Artista goiana Marillac faz exposição individual em Genebra na Suíça

A mostra S’assoir leva a arte produzida em Goiás para outros continentes

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
3f91e36c473c5bd22f8f51207f6708cf

De malas prontas para a Suiça, a artista Marillac leva suas obras para Genebra onde acontecerá a mostra s’assoir, no mês de outubro de 2016.

Em um bate papo com a artista, ela contou ao Curta Mais um pouco sobre a exposição e seus projetos futuros.

“S’assoir é um tema para várias mostras, esse assunto é inesgotável”, diz Marillac.

 

Esta individual vai impactar sua vida?

Não, na verdade é uma oportunidade que eu identifico como positiva, mas trato com muita simplicidade e organização. Esta mostra está pronta desde 2015. Este ano trabalhei muito em outros projetos.

Estou trabalhando com projetos para 2017 e 2018, cada trabalho traz uma série de novos problemas e possíveis soluções. Então eu vou seguindo meu caminho com atenção e buscando leveza.

Tenho muito claro que se alguma coisa me deslumbrar ou me amedrontar, devo parar para analisar o que anda acontecendo. Sempre procuro focar em cumprir minha agenda lembrando que não sou melhor, nem pior e nem igual a ninguém. Sou apenas uma parte dessa coisa toda.

 

O que você pode falar sobre os novos projetos?

Estou trabalhando nos projetos “Com paixão” e “Luz, substantivo feminino” a mídia é bem variada, painéis, instalações, vídeos e esculturas.

As três mostras dialogam com a necessidade de pararmos e refletirmos sobre nossas atitudes, ou melhor sobre a minha necessidade de parar e refletir, talvez sirva pra alguém.

Na mostra Luz substantivo feminino, a luz entra como um convite para elucidar alguns fatos.

 

A mostra Luz substantivo feminino fala sobre a mulher, o machismo ainda existe?

Sim, mas também existem muitos homens com uma cabeça digamos mais contemporânea.  Um dia destes li uma matéria na revista Época e nessa matéria o Ivan Martins escreveu “Quem realmente gosta de mulher não pode ser contra o movimento por igualdade.”  

O machismo existe em muita gente e me dói muito dizer, ele também está em mim. Tive que ficar cara a cara com ele para parar de negá-lo. Esta mostra é um convite para cortarmos o fio que nos prende ao emaranhado de tradições equivocadas. E um agradecimento as mulheres que lutaram por um mundo mais justo.

 

Todo artista traz uma influência, quem te influenciou?

Minhas influências esbarram na literatura então começo por Virginia Woolf mais precisamente no livro “Um teto todo seu”. Nas artes plásticas Mark Rothko e Lucio Fontana e na gestão Cleber Gouveia.

marillac

Marillac: de Goiás para o mundo.

Artista

Um dos trabalhos da artista em exposição.