Atentado em escola em Goiânia deixa três crianças mortas e outras cinco pessoas feridas

A tragédia tem repercussão nacional e reacende discussões sobre bullying entre crianças e adolescentes

Caio Miranda
Por Caio Miranda
6131e6cc404fd59a1f85b821735cb04e

A notícia de que duas crianças e outras cinco pessoas ficaram feridas após um atentado a tiros no Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia, pegou toda a comunidade goiana de surpresa.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, por volta do meio dia desta sexta-feira (20), uma professora ligou no 193 dizendo que uma pessoa invadiu a escola e fez diversos disparos contra os estudantes.

Cinco viaturas foram enviadas ao local e o atirador, que tem 14 anos e era estudante da instituição, está detido.

Um dos feridos foi levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e os outros quatro, segundo o Corpo de Bombeiros, foram levados a outras unidades de saúde por terceiros.

Segundo testemunhas, o autor do atentado era alvo constante de bullying no colégio, sendo chamado várias vezes de “fedorento” pelos colegas.

A Polícia Militar confirmou que a arma utilizada no atentado – uma pistola .40 – pertence a um major da corporação, pai do adolescente. O coronel Marcelo Granja, porta-voz da Polícia Militar, afirmou que o pai do atirador deve prestar depoimento à corregedoria para explicar como o filho teve acesso à arma.

O suspeito pelos disparos foi apreendido logo após a chegada da polícia. Segundo relatos de colegas e professores no local do atentado, ele sofria bullying constante de outros estudantes e tinha poucos amigos no colégio, que fica no Conjunto Riviera, bairro de classe média da capital goiana, e atende alunos do ensino infantil e fundamental. De acordo com testemunhas e com delegado do caso, Luis Gonzaga Júnior, o atirador esvaziou um cartucho de munição que levava na pistola e estava prestes a usar um novo conjunto de balas, mas foi convencido por uma funcionária do colégio a não abrir fogo novamente. Depois, o adolescente foi levado à biblioteca da escola, onde foi abordado pelos policiais.