Atraso salarial e corte no quadro de professores interrompe funcionamento do Basileu França
Professores entram em greve e estão sem receber salário há dois meses
Nesta segunda-feira (29), os professores do Instituto Tecnológico de Goiás Basileu França (Itego) entraram em greve por atraso no pagamento de salários e cortes no quadro de funcionários. Muitos estão sem receber pagamento desde setembro.
“Ficamos sabendo que buscam realizar o corte de 70% dos professores e funcionários administrativos. Queremos um posicionamento sobre isso, pois estamos nos sentindo lesados”, relata a professora de canto Nataly Brum. Ou seja, de 194 professores da escola, 134 seriam demitidos. Levando o corte em consideração, o quadro de alunos também seria diminuído, passando de aproximadamente 5 mil alunos para praticamente metade.
Em comunicado oficial, o Centro de Gestão em Educação Continuada (CEGECON), declarou que “na qualidade de gestora do ITEGO Basileu França, compreende a reivindicação dos professores em relação aos atrasos salariais, contudo esclarecemos que, dado a finalidade não lucrativa desta instituição, tal como qualquer organização social, não dispomos de capital de giro, conforme prevê a legislação, para arcar com as despesas com pessoal em casos de atraso, dependendo exclusivamente dos repasses que são realizados pelo Estado de Goiás.”
Em protesto à atual situação, funcionários e alunos lançaram a hashtag #SOSBasileu. Hoje (31), uma manifestação artística, elaborada por alunos e professores da escola, acontece no Palácio Pedro Ludovico Teixeira até às 18h.
Alunos do curso de produção cênica estão organizando, também em prol do Basileu e da cultura goiana, uma festa de Halloween que acontece nesta quinta-feira (01), no Tropix Cultura Viva (Rua 91, 481 – Setor Sul), a partir das 19h.
Sobre o Basileu França
Antes chamado de Veiga Vale, o Basileu França existe há 50 anos e hoje é uma das maiores escolas de arte do Brasil.
Aulas de música, teatro, dança, circo, artes plásticas, arte educação, arte inclusão, artesanato e produção cênica e até curso tecnológico são ministrados por profissionais de cada área. A escola ainda dispõe de 3 orquestras, duas jovens e uma infantil, além de diversos grupos corais.
Localizado na Av. Universitária, 1750 – Setor Leste Universitário, a escola é dirigida por Lóide Batista Magalhães Silva, graduada em Educação Artística Habilitação Música pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Mestrado em Música pela UFG.