Caminhoneiros ameaçam nova greve no Brasil

Governo monitora a possibilidade de paralisação dos motoristas

Bianca Stephania Siarom
Por Bianca Stephania Siarom
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Caminhoneiros organizam desde a semana passada, através do WhatsApp, uma paralisação. Os motoristas entendem que os principais compromissos assumidos pelo governo Michel Temer não estão sendo cumpridos, como o congelamento dos preços do diesel, medida que venceu em dezembro de 2018.

Segundo a entidade, fundada em 1983 e que afirma representar 600 mil caminhonheiros autônomos do país, “são inúmeros telefonemas e mensagens de insatisfação com o atual piso mínimo de frete, bem como a falta de fiscalização para o seu cumprimento”. A suposta greve está marcada para acontecer no dia 30 de março (sábado).

Na terça-feira (26), a Petrobras anunciou o congelamento dos preços do diesel por períodos de 15 dias e a criação de um cartão que fixa preços para abastecimento em postos com bandeira BR.

A medida é vista como uma forma de atender umas das principais reivindicações dos caminhoneiros. Ivar Luiz Schmidt, líder do Comando Nacional dos Transportes (CNT), entidade sindical que representa a categoria, disse que há uma grande insatisfação nos caminhoneiros por conta da alternância constante dos preços dos combustíveis por parte da Petrobras.

Uma nova greve de caminhoneiros neste ano teria impactos potencialmente maiores na economia que os provocados pela paralisação de maio de 2018, estima a consultoria Austin Rating.

No ano passado, os caminhoneiros realizaram a maior greve da categoria no país e deixaram diversos mercados e postos de gasolina desabastecidos. Após dias de paralisação, o ex-presidente Michel Temer negociou com a categoria e atendeu algumas das reivindicações.

Foto: Agência Brasil