Casal americano entra na Justiça para obrigar filho de 30 anos a sair de casa

Desempregado, o homem não ajudava com os custos da casa nem com as tarefas domésticas

Caio Miranda
Por Caio Miranda
960ba7e39c1209eef8e03e180557b77f

Os pais de um homem de 30 anos precisaram recorrer à Suprema Corte para que seu filho finalmente deixasse a casa da família para morar sozinho.

De acordo com os documentos do proceso, Michael Rotondo não ajudava com os gastos da casa nem com as tarefas domésticas. Desempregado, ele ainda ignorou as inúmeras ofertas de ajuda financeira de seus pais para que fosse morar em outro lugar.

O casal, Cristina e Mark Rotondo, diz que seu filho chegou a sair de casa quando mais jovem, mas que voltou pra casa quando ficou desempregado, aos 22 anos. Hoje, ele passa o tempo administrando um site na internet.

Inconformado, Michael argumentou que não havia recebido aviso prévio suficiente e pediu um prazo de seis meses para poder preparar a mudança. Seus pais, porém, alegaram que emitiram cinco cartas de despejo para o filho desde fevereiro deste ano.

Confira trechos delas:

“Após discutir o assunto com sua mãe, decidimos que você deve deixar essa casa imediatamente”, disse o casal na primeira, entregue ao filho em 2 de fevereiro.

“Você está sendo despejado por meio desta”, diz a ordem de despejo escrita com ajuda do advogado e assinada por Christina em 13 de fevereiro.

“Medidas legais serão tomadas imediatamente se você não se mudar até 15 de março de 2018.” Michael ignorou a mensagem.

O casal escreveu, então, uma nova mensagem em 18 de fevereiro, oferecendo US$ 1,1 mil (cerca de R$ 4 mil) para que ele saísse. O texto incluía alguns comentários pessoais sobre o filho.

“Há empregos disponíveis para aqueles com um histórico profissional ruim como o seu. Consiga um – você precisa trabalhar”, disse o casal.

“Não notamos nenhum sinal de que você está se preparando para sair. Saiba que tomaremos as medidas necessárias para garantir que você saia de casa como foi ordenado”, dizia a carta redigida em 5 de março, quando a paciência de Cristina e Mark já dava claros sinais de estar se esgotando.

Os Rotondo resolveram recorrer à Justiça em abril. Nesta última terça (22), o caso foi julgado e os pais de Michael saíram vitoriosos. Por sua vez, Michael alegou que a decisão é “revoltante” e entrará com recurso.