CEO do WhatsApp critica bloqueio do serviço no Brasil

“Mais uma vez, milhões de brasileiros inocentes estão sendo punidos", disse Jan Koum

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque
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“Mais uma vez, milhões de brasileiros inocentes estão sendo punidos porque uma corte quer que o WhatsApp forneça informações que nós repetidamente dissemos que não temos. Não apenas criptografamos mensagens de ponta a ponta no WhatsApp para manter as informações das pessoas a salvo e seguras, como também não mantemos o histórico da chat nos nossos servidores. Quando você manda uma mensagem criptografada de ponta a ponta, ninguém mais pode lê-la — nem mesmo nós. Enquanto trabalhamos para desbloquear o WhatsApp o quanto antes, não temos qualquer intenção de comprometer a segurança de bilhões de usuários em todo o mundo”. O post publicado nesta terça-feira (03/05) no Facebook, é do diretor executivo do WhatsApp, Jan Koum, sobre a decisão judicial que bloqueou o aplicativo no Brasil por 72 horas desde as 14h de segunda-feira (02/05).

Na madrugada desta terça-feira, o desembargador Cezário Siqueira Neto negou a liminar do mandado de segurança impetrado pelo WhatsApp. A decisão foi publicada à meia-noite e meia durante o Plantão do Judiciáio do Tribunal de Sergipe (TJSE) e confirmada nesta manhã pela assessoria de comunicação do órgão. Assim, as operadoras de telefonia fixa e móvel continuam obrigadas pela Justiça de Sergipe a bloquear o serviço em todo o país.

A decisão de 26 de abril foi ordenada pelo juiz Marcel Montalvão, da cidade de Lagarto, no Sergipe. As empresas de telecomunicação e o aplicativo de bate-papo, porém, só foram notificados na segunda-feira.

Esta é a segunda vez que o WhatsApp é bloqueado pela Justiça. Em ambos os casos, a suspensão foi uma represália da Justiça por a empresa ter se recusado a cumprir determinação de quebrar o sigilo de dados trocados entre investigados criminais.

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