Família de João Gilberto começou disputa pela herança no dia do enterro cantor

O Artista morreu aos 88 anos de idade há poucos dias e no mesmo dia do enterro já se iniciaram as brigas na família pela herança milionária deixada por João Gilberto.

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
8c7d635cf3f2ee1c38b0802e82ff8bb3

Reportagem do jornal O Globo informa que, enquanto o corpo de João Gilberto era velado no Teatro Municipal, na segunda-feira, já se davam nos bastidores as primeiras movimentações jurídicas em torno do espólio do artista. Sua filha Bebel Gilberto e Maria do Céu Harris (que se coloca como companheira do músico) entraram com pedidos de inventário naquele mesmo dia — ambas reclamando o direito de cuidar do processo. A disputa dá sequência a uma batalha judicial na qual elas já vinham em campos opostos — em 2017, Bebel solicitou a interdição de João, que Maria do Céu (aliada a João Marcelo, também filho do cantor) contestava. “Bebel, como curadora, assumiu a gestão do patrimônio do pai. Com o falecimento dele, para que ela possa cumprir com diversas obrigações que existem, agora precisa trocar a curatela pela inventariança”, argumenta Simone Kamenetz, advogada de Bebel.

De acordo com a publicação, a tentativa de Bebel e Maria do Céu gerirem o inventário de João é apenas parte das disputas que se iniciam com a morte do músico. Em 4 de setembro de 2003, ele escriturou um testamento — ao qual O GLOBO teve agora acesso exclusivo. Nele, determinou que seus bens fossem partilhados entre os filhos João Marcelo e Bebel (à época, sua caçula Luisa, filha de Cláudia Faissol, hoje com 15 anos, ainda não era nascida) e Maria do Céu — apesar de o documento trazer a informação de que “o testador declara, por fim, que não tem companheira”.

Como a lei afirma que 50% da herança têm que ser divididos entre os filhos, João dispôs dos outros 50% repartindo-o em partes iguais entre Maria do Céu e os filhos. Em conversas com advogados ontem, Cláudia disse estar preparada para enfrentar e contestar uma eventual ação de reconhecimento de união estável movida por Maria do Céu. Cláudia teria conseguido ainda, em 2017, a revogação do testamento, completa o Jornal O Globo.