Filme Taego Ãwa entra em cartaz no Lumière Bougainville

Debate com Lisandro Nogueira e brindes fazem parte do programa

Yasmim Fleury
Por Yasmim Fleury
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Segundo o crítico Hernani Heffner, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Taego Ãwa é uma “obra-prima recente”. Para Fabrício Cordeiro, diretor do Cine Cultura, “o filme chega num momento propício, um momento em que temos notícias de vários atos violentos e assassinatos de índios no Brasil.” E nesta semana, o público de Goiânia ganha a oportunidade de assistir a esse trabalho em mais uma sala de cinema (Lumiére) e em dois novos horários (15h40 e 19h50), e ainda participar de um debate mediado pelo Prof. Lisandro Nogueira, organizador da Mostra O Amor, a Morte e as Paixões, no sábado, 20 de maio, às 19h50. O filme também segue em cartaz no Cine Cultura até o fim do mês (até o dia 25/05 às 20h30. Após esta data, às 17h).

 

Novos públicos, novos olhares.

A diretora Marcela Borela comenta sobre o convite do Lumière para Taego Ãwa: “A gente fica feliz por mais uma sala de cinema em Goiânia ter esse interesse pelo filme, e feliz por termos mais um debate, com um público que nesse caso é diferente. O público do Lumière é diferente do público do Cine Cultura, então o filme chegar até ali significa ele encontrar novos olhares. A gente fica muito contente com a oportunidade e espera que o espectador compareça e prestigie o cinema brasileiro, o cinema feito em Goiás.”

O documentário “TAEGO ÃWA estreou dia 11 de maio pela Sessão Vitrine Petrobras, recebendo da crítica especializada de São Paulo uma avaliação de 4 estrelas. No filme, registros recentes se misturam a imagens antigas dos índios Ãwa. O longa chega ao circuito comercial após um hiato de 20 anos. TAEGO ÃWA é o primeiro filme goiano, em duas décadas, a receber um convite curatorial de uma distribuidora, por sua relevância temática e estética.

Taego Ãwa conta a história dos índios Ãwa, mais conhecidos como Avá-Canoeiros do Araguaia. A obra, dirigida pelos irmãos Henrique e Marcela Borela e realizada pelas produtoras goianienses Barroca e F64 Filmes, levou aproximadamente 12 anos para ficar pronta e teve início quando fitas VHS, que por anos ficaram perdidas no acervo da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Goiás, foram encontradas pela então estudante Marcela Borela. Depois de pronto, o filme encontra reverberação em um contexto político de reinvindicação de direitos sociais de povos originários sobre a terra. Uma disputa que transcorre neste momento na capital do país.

 

Sobre os diretores:

Henrique Borela e Marcela Borela são irmãos. Ele tem 27 anos e nasceu em Goiânia e ela tem 33 e é de Araguari-MG. Formado em ciências sociais pela UFG, Henrique trabalha com cinema desde 2006. Assinou a direção e roteiro de cinco curtas-metragens, entre os quais se destacam: Ainda que se movam os trens, de 2013, e Sob Nossos Pés, 2015, realizados em codireção com Marcela Borela e Vinicius Berger – e Porfírio, também de 2015. Marcela é realizadora audiovisual, pesquisadora, professora, curadora e gestora de projetos cinematográficos. Vive e trabalha na Cidade de Goiás. Desde 2004, reúne experiências em diferentes áreas do audiovisual. Marcela tem especialização em história cultural pela UFG e mestrado em história pela mesma universidade. Foi diretora e curadora do Cine Cultura, em Goiânia, entre 2011 e 2013, e hoje é professora no IFG – Instituto Federal de Goiás – Câmpus Cidade de Goiás. Henrique e Marcela são diretores do Fronteira – Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental.

 

S E R V I Ç O 

Longa-metragem TAEGO ÃWA 

Quando: Sessão com debate – 20 de maio de 2017

Onde: Cinema Lumière – Shopping Bougainville

Horário: 19h50