Flavio Venturini promete show histórico em Goiânia com sucessos do Clube da Esquina

Cantor faz revelações, conta de sua relação com Goiás e espera ‘noite linda’ no próximo sábado

Adelina Lima
Por Adelina Lima
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O cantor, compositor, tecladista e pianista, Flávio Venturini, se prepara para o retorno aos palcos em Goiânia junto com o 14 Bis e a dupla Sá & Guarabyra no Encontro Marcado. O show acontecerá no Novo Centro de Convenções da PUC, no próximo sábado (16) às 21.

Em entrevista exclusiva ao Curta Mais, ele abriu o jogo, falou da importância do Clube da Esquina – um movimento musical mineiro da década de 1960 em que participou ao lado de nomes como Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes e muitos outros. O artista também comentou do seu momento musical, da sua relação Goiás e fez algumas revelações sobre o próximo espetáculo que acontece na capital.

Ao relembrar do Clube da Esquina, Venturini comenta que “foi muito uma formação musical” e revela a sua parceria com Milton Nascimento no início do 14 Bis: “ele foi meio que o padrinho assim”. Ele também não poupou críticas à política brasileira atual: “como qualquer brasileiro, é um momento de muita desilusão, com a classe política, muita insatisfação com os rumos que o país tomou”, afirmou.

Sobre a sua relação com o povo goiano, o mineiro comenta: “eu sempre vi Goiânia e Goiás como um estado muito irmão de Minas Gerais, a cultura…”. Ele também lamenta não ter vindo a Goiânia mais vezes. “Gostaria de ir mais, mas fizemos esse Encontro Marcado com sucesso há dois anos e agora estamos retornando para ter um bom reencontro”.

Para o próximo show, ele também prometeu cantar os maiores sucessos do Clube da Esquina para reviver os bons tempos e despertar a paixão dos mais saudosos, com canções como “Caçador de Mim”, “Espanhola”, “Canção da América” e muitas outras.

Confira a seguir os melhores momentos desse bate-papo:

 

O que representa o clube da esquina para você e como você define esse movimento musical brasileiro?

O Clube da Esquina pra mim foi muito uma formação musical, né?  E eu achei que foi muito importante ter conhecido esse pessoal nos festivais de música e a gente formou uma turma e íamos muitos um para casa dos outros. O pessoal vinha muito para minha casa e ficávamos mostrando as músicas eu acabei tocando com todos, fiz parte de discos e trabalhos com todos eles, que para mim foi muita informação. Acho que foi muito legal essa troca. E historicamente, o Milton (Nascimento) no Clube da Esquina 2 lançou uma música minha, que foi “Nascente”, eu participei da turnê. E o Milton ainda produziu o primeiro disco do 14 Bis, ele foi meio que o padrinho assim. Então eu tenho um carinho grande por todos, pelo Bituca (apelido de Milton Nascimento), acho que foi uma coisa que marcou muito a minha carreira e marcou, claro, a música mineira e brasileira.

 

Você define o Encontro Marcado como uma expressão atual do Clube da Esquina?

Não, não acho que é uma expressão atual do Clube da Esquina. Eu acho que todos nós, principalmente eu e o 14 Bis temos essa formação. O Sá e o Guarabyra acompanharam, mas eles não exatamente fizeram parte. Eles me chamaram para gravar no grupo O Terço, que ia gravar um disco com eles, foi aí o começo da minha carreira profissional, eu considero eles os padrinhos. A gente gravou “Caçador de Mim”, então de certa forma eles são da turma sim, mas não o embrião do movimento.

Mas nesse show nós cantamos muitas músicas que são clássicos do Clube da Esquina, inclusive a música “Caçador de Mim”, “Espanhola”, que é uma minha com o Guarabyra e tem várias músicas, tem a “Canção da América”, que foi uma homenagem a um grande amigo, que foi um grande poeta do Clube da Esquina, importantíssimo o trabalho do Milton.

 

Você vai tocar a música “Mais Uma Vez”, que você compôs junto com o Renato Russo?

Faz parte do repertório. É um repertório muito rico em sucessos, a gente procurou tocar as músicas mais conhecidas que marcaram nossas carreiras individuais, e o legal desse show é que somos todos juntos no palco o tempo inteiro, como se fosse uma outra banda. O Sá é meio que uma espécie de mestre de cerimônia, que conta histórias de como as músicas foram feitas, chama a gente para falar sobre as músicas e isso também a plateia adora. Tem um pouco do humor, o Guarabyra conta a história do “Espanhola”, com bastante humor e é muito interessante.

 

Musicalmente falando, qual é o seu momento? Que fase você vive?

O meu CD mais recente já está com quase quatro anos já. Eu estou em um momento que eu me dediquei exclusivamente ao Encontro Marcado que já tem três anos. E agora eu estou retomando a minha carreira solo, lançando meu álbum solo com músicas inéditas, o disco deve sair no ano que vem, mas já está saindo aos poucos algumas músicas na internet. Esse ano eu vou lançar uma música chamada “Em cima do tempo”, deve sair ainda esse mês nas redes. O disco deve sair ainda no ano que vem. E eu estou me preparando também para um projeto com o grupo O Terço,. A gente vai finalmente gravar um disco de inéditas, com essa banda que foi ícone dos anos 1970.

 

Sobre o momento político que o Brasil vive, qual a sua visão como músico e, claro, como cidadão?

Como qualquer brasileiro, é um momento de muita desilusão, com a classe política, com muita insatisfação com os rumos que o país tomou. Mas não deixo de ter esperança de que com as eleições aí o povo preste bastante atenção em quem vai votar. Eu acho que se roubou tanto que gera a sensação de que o Brasil é muito rico, né? De onde saiu tanto dinheiro, né? Esse dinheiro poderia ter sido empregado em melhorias de condições da saúde, da nossa tecnologia, das coisas do Brasil que precisam evoluir. É um momento bem triste, estou bem desiludido…

 

Tem a ver com o processo do impeachment ou vem de mais tempo?

Eu acho que isso vem de mais tempo, isso já vem sendo armado e infelizmente a classe política nos decepcionou.

 

Como é tocar em Goiânia, qual a importância da cidade para a sua carreira enquanto músico?

Eu sempre vi Goiânia e Goiás como um estado muito irmão de Minas Gerais, a cultura… A minha família vem do interior, do oeste de Minas, e eu me lembro que teve uma época em que ocorreu um êxodo de vários parentes meus que foram e estão em Goiânia, alguns no interior do estado. É um estado que eu como artista solo não tenho ido tanto, gostaria de ir mais, mas fizemos esse Encontro Marcado com sucesso aí há dois anos e agora estamos retornando e ter um bom reencontro aí.

 

Para encerrar, gostaria que você mandasse uma mensagem para os fãs e admiradores que vão ao show Encontro Marcado do próximo sábado em Goiânia.

Fica meu recado aos amigos de Goiânia, que acompanham nosso trabalho, o meu, o 14 Bis e Sá & Guarabyra para esse show que é um grande encontro de amigos que gostam de fazer músicas juntos e que vão mostrar os seus maiores sucessos. É um show que tem sido sucesso no Brasil após três anos de estrada. Nós vamos ter o CD e o DVD à venda com todo o show completo e vamos esperar que seja uma noite linda. Espero por vocês!

 

S E R V I Ç O
Flávio Venturini, Sá & Guarabyra e 14 Bis: Encontro Marcado
Quando: sábado, 16 de setembro 
Onde: Novo Centro de Convenções da PUC-GO Campus II (Teatro) – Avenida Engles, 507, Jardim Mariliza. Ao lado do Memorial do Cerrado. (Telefone: 3946-1067) 
Que horas: 21h às 22h50 
Quanto: 
Plateia Promocional
R$ R$ 160,00 (inteira), R$ 80 (meia-entrada ou CMPM Básico) e R$ 70 (CMPM Premium)
Plateia Standard
R$ 200 (inteira), R$ 100 (meia-entrada ou CMPM Básico) e R$ 95 (CMPM Premium)
Plateia Premium
R$ 300 (inteira), R$ 150 (meia-entrada ou CMPM Básico) e R$ 145 (CMPM Premium)
Camarote 
R$ 400 (inteira), R$ 200 (meia-entrada ou CMPM Básico) e R$ 180 (CMPM Premium)
*Estacionamento será cobrado à parte 
Vendas: 
Quiosque Curta Mais (Shopping Bougainville, Piso 1) – de segunda a sábado, das 10h às 22h
Curta Mais Por Menos
Mais informações: (62) 3931-0505