Hospital de Goiânia utiliza arte como terapia no tratamento de pacientes

Arteterapia: pela primeira vez em sua história, HUGO promove oficina de pintura para pacientes

Bianca Stephania Siarom
Por Bianca Stephania Siarom
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Uma terapia com princípios da Psicologia e das Artes, que tem o objetivo de auxiliar um tratamento terapêutico. Esse é o princípio fundamental da Arteterapia, que pode utilizar-se de pintura, música, dança ou teatro, por exemplo. O foco é promover qualidade de vida, autoconhecimento e melhora na autoestima. Aliada à assistência médica, a técnica tem a capacidade de humanizar a assistência hospitalar e integralizar pacientes e colaboradores, além de alterar a rotina da unidade de saúde e tornar o ambiente mais leve e harmônico.

c6bf47d655659734d4facc57ff2a5336.jpegFoto: HUGO | Divulgação

A pintura é uma terapia alternativa, que proporciona muitos benefícios, como estimular a atividade cerebral, desestressar e melhorar a comunicação. A arteterapia permite o uso de tintas e cores, que liberam sentimentos, sejam eles de afeto, angústia, raiva, frustração, prazer ou amor. Isso faz muita diferença no atendimento e no acolher dos pacientes”, explica Flávia Zenha, coordenadora do Setor Psicossocial do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO). A psicóloga ressalta ainda que, dentro de um hospital o “objetivo não é formar artistas, e sim fornecer bem-estar a cada indivíduo, permitindo com que, naquele momento, ele se conecte com o mundo exterior”, conclui.

Pensando nisso, o HUGO promoveu, pela primeira vez em sua história, uma sessão de arteterapia para pacientes internados na unidade de saúde. Em uma tarde colorida por tintas, pinceis e iluminação natural, cerca de 40 enfermos puderam sair de seus leitos de internação para viver momentos de descontração. Mais que exposição em estudos científicos, os benefícios da terapia alternativa puderam ser vividos e descritos pelos próprios pacientes.

bf8271d8d8b7a94a66ae58b7e8fd2e0c.jpegFoto: HUGO | Divulgação

Para Domingas Santana que, há nove dias acompanha o pai, Domingos Felis dos Santos, foi uma experiência diferente de todas as outras que já viveu. “Eu sou a única acompanhante dele e é muito tenso ficar dentro do quarto. A pintura nos distraiu, foi muito bom. A gente nem pensa em outra coisa, enquanto mexe com os pinceis. Que maravilha viver isso! Achei, ainda, que não conseguiríamos fazer as cores, mas a artista nos mostrou que somos capazes e vamos levar isso para a vida”, relata a filha entusiasmada.

9aae35cdabec277c4d2339b0fe3c8e76.jpegFoto: HUGO | Divulgação

Jarez de Carvalho, em tratamento por uma luxação no ombro, comenta sobre a sensação trazida pela arteterapia. “Desde criança eu gosto muito de mexer com artes e essa oficina foi uma maravilha! Quando estamos em um momento complicado, como a internação hospitalar, passam mil pensamentos na nossa mente, mas, quando saímos dessa rotina de hospital, parece que aquela dificuldade desaparece. Eu fiquei muito grato, Deus abençoe a todos que se envolveram!”.

ce5239c0bcaeb092fdec89b345707505.jpegFoto: HUGO | Divulgação

Fonte: HUGO