João de Deus sacou R$ 35 milhões de contas bancárias após denúncias, segundo a polícia

Médium é considerado foragido e está na lista de procurados da Interpol

Bianca Stephania Siarom
Por Bianca Stephania Siarom
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Segundo investigadores, o médium João de Deus realizou a retirada de cerca de R$ 35 milhões de reais de suas contas bancárias desde as primeiras denúncias de abuso sexual que foram mostradas na TV pelo programa do Bial, na rede Globo de televisão.

A descoberta destas operações fez com que a Polícia de Goiás e o Ministério Público do estado fizessem uma força tarefa para investigar e pedir a prisão do médium. O dinheiro foi retirado de aplicações que João de Deus tem em instituições bancárias. Depois das denúncias, vizinhos relataram que ele não mais voltou à sua casa em Abadiânia.

O médium ainda não foi localizado e nesta tarde foi considerado foragido e está na lista de procurados da Interpol. Sua última aparição em público foi na quarta-feira, na casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. Ele permaneceu no local por apenas oito minutos.

A defesa do líder religioso teme pela integridade física do mesmo na prisão. Em nota, na sexta-feira, o advogado Toron havia classificado a ordem de prisão como “inaceitável”, já que a defesa não teria tido acesso, na ocasião, ao pedido de prisão do Ministério Público Estadual de Goiás nem ao teor do depoimento das vítimas.

Uma petição foi protocolada com pedido de prisão do médium na última quarta-feira (12), pelos promotores Luciano Miranda Meireles e Patrícia Ottoni Pereira que fazem parte da força-tarefa que o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) intensificou para apurar todas as denúncias de abuso sexual do João de Deus. No último dia 14 (sexta-feira) a Justiça de Goiás decretou a prisão preventiva do médium.

João Teixeira de Farias, o médium João de Deus, já atendeu celebridades, políticos e altos funcionários públicos do Brasil e de todo o mundo em sua cidade, Abadiana, no interior de Goiás. Agora, no entanto, ele é alvo de mais de 300 acusações de abuso sexual.

Com informações do Jornal O Globo | Imagem: Walterson Rosa/Folhapress