Com artistas de renome nacional e internacional, Goiás é um grande celeiro das artes visuais do país. Para celebrar a boa arte produzida no estado, selecionamos 12 nomes que deixaram sua marca na história da arte goiana e influenciaram as novas gerações de artistas, dispostos em ordem cronológica de nascimento. Para construir esta lista, contamos com a expertise de Marcos Caiado, colecionador e galerista; Gilmar Camilo, atual curador do Museu de Arte Contemporânea de Goiás; Eliane Miclos, marchande há 27 anos e pesquisadora de arte; e Leonam Fleury, artista goiano atuante há mais de 30 anos. E se você sentir falta de artistas mais contemporâneos nessa lista, não se preocupe: já estamos consultando os especialistas do ramo para trazer a vocês os nomes da nova arte goiana. Sem mais delongas, aprecie nossa galeria!

 

1. Veiga Valle (1806 – GO | 1874 – GO)

Representante da arte barroca em Goiás, o escultor Veiga Valle expressou uma riqueza de detalhes e extrema delicadeza em suas obras de imagens sacras.

   

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, do séc. XIX (Enciclopédia Itapu Cultural) | Detalhe de São Miguel Arcanjo, séc. XIX (Brasil Artes Enciclopédia)

 

2. Gustav Ritter (1904 – Alemanha | 1979 – GO)

Henning Gustav Ritter arquiteto e artista plástico alemão naturalizado brasileiro, Ritter mudou-se para Goiânia em 1949, onde exerceu grande influência no cenário artístico, e seu trabalho contribuiu para consolidar a linguagem moderna na produção de arte do estado.

   

Aquarela da Chapada dos Veadeiros | Toco entre Sarrafos (Acervo do Museu de Arte Contemporânea de Goiás)

 
3. Octo Marques (1915 – GO | 1988 – GO)

Pintor primitivista e escritor, Octo Marques retratou a cultura e a alma goiana em obras de ar sereno e ingênuo. Como muitos grandes artistas, o reconhecimento pela sua contribuição à arte veio apenas depois de sua morte.

   

Cidade de Goiás, de 1973 (Enciclopédia Itaú Cultural) | Paisagem Vilaboense (Diário da Manhã)

 

4. Frei Nazareno Confaloni (1917 – Itália | 1977 – GO)

Pintor, muralista, desenhista e professor, o frei dominicano Nazareno Canfaloni é considerado um dos pioneiros da arte moderna em Goiás. Trabalhou no estado a partir de 1952 e se dedicou à pintura de temas religiosos e do cotidiano goiano.

   

Descida da cru, de 1964 (Enciclopédia Itaú Cultural) | Sem título (Enciclopédia Itaú Cultural) 

 

5. Antonio Poteiro (1925 – Portugal | 2010 – GO)

Ceramista e pintor, Antonio Poteiro deu a suas obras uma linguagem própria que passeia pela arte primitiva e espontânea. Em seus quadros, pequenas histórias são narradas com muita cor e detalhes.

   

Criação do mundo visto por Poteiro, de 1979 (Acervo do Instituto Antonio Poteiro) | Cavalhada de lado, de 1991 (Acervo do Instituto Antonio Poteiro)

 

6. D. J Oliveira (1932 – SP | 2005 – GO)

DJ Oliveira dedicou-se à arte da pintura, gravura e murais, retratando temas do cotidiano goiano. É reconhecido por seu trabalho com a técnica de afresco, utilizada no painel da antiga reitoria da Universidade Federal de Goiás, e nos painéis do Edifício Pequeno Hans, ambos em Goiânia.

Mural da UFG (ASCOM UFG) | Painéis no Edifício Hans em Goiânia (Blog do Bráulio)

 

7. Cléber Gouvêa (1942 – MG | 2000 – DF)

A arte abstrata e geométrica de Cléber Gouvêa representou, nos anos 60, uma ruptura radical dos cânones da pintura goiana e o transformou em um ícone da arte do estado.

   

Entre pedras, de 1987 (Enciclopédia Itaú Cultural) | Rompimento, de 1975 (Enciclopédia Itaú Cultural)

 

8. Ana Maria Pacheco (1943 – GO)

Ana Maria Pacheco é escultora, pintora, desenhista e gravadora e seu trabalho é consagrado na Europa. Sua obra faz referência às tradições da cultura popular e cria um mundo particular povoado por imagens metafóricas e irônicas, por vezes até mesmo sombrias.

   

Tales of Transformation III, de 1998 (Enciclopédia Itaú Cultural) | Bandits I (Lampião), de 2001 (Enciclopédia Itaú Cultural)

 

9. Roos (1947 – GO)

A obra de Roos é marcada pela criatividade e frescor, com toques de melancolia. Ao longo dos anos, o artista trabalhou com temas como a Santa Ceia, Dom Quixote, palhaços e bêbados.

   

Ainda Ontem, de 2011 (Beco das Artes) | Mulher, de 2012 (Beco das Artes)

 

10. Siron Franco (1947 – GO)

Pintor, desenhista e escultor, a obra de Siron Franco é uma crônica subjetiva da contemporaneidade e trata também de questões políticas e sociais, como no Monumento às Nações Indígenas em Aparecida de Goiânia e o Monumento à Paz Mundial no Parque dos Buritis, em Goiânia.

   

Perus, de 1990 (Enciclopédia Itaú Cultural) | Salão de Beleza, de 1980 (Enciclopédia Itaú Cultural)

 

11. Pitagoras Lopes (1964 – GO)

Autoditada, a arte contemporânea de Pitagoras Lopes satiriza a estética humana e já foi exibida em exposições internacionais.

   

Sem título, 2004 (Enciclopédia Itaú Cultural) | Sem título, 2004 (Enciclopédia Itaú Cultural)

 

12. Marcelo Solá (1971 – GO)

O artista transmite sua forma de ver o mundo e o cotidiano da cidade através da linguagem dos desenhos. Marcelo Solá já participou de residências artísticas no Brasil, Estados Unidos, Canadá e Holanda.

    

Sem título, sem data (Luciana Caravello) | Sem título, sem data (Casa Vogue)