Marcado para o dia 25 de junho de 2016, o Vestibular de Medicina da PUC-GO está oficialmente suspenso. O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira (09/06) por meio das redes sociais da instituição. No formato perguntas e respostas, o texto começa explicando o motivo da decisão e denuncia um esquema criminoso de fraude no processo seletivo envolvendo incluisve alunos da própria Universidade. “Um grupo de estudantes do curso de Medicina da PUC está envolvido com uma quadrilha, que tentou fraudar o vestibular da instituição em novembro de 2015. Há indícios de atuação fraudulenta da mesma organização criminosa também no Enem e em vestibulares de outras universidades de Goiás e do Brasil”, diz o documento. Sem citar nomes, o comunicado continua: “a Universidade educa para formar bons médicos, éticos, honestos e sensíveis às demandas dos mais necessitados, não para diplomar criminosos”.

Durante a semana, grupos de alunos chegaram a fazer manifestações com a possibilidade de cancelamento do processo seletivo.

A fraude teria sido descoberta e denunciada pela própria universidade ao Ministério Público Federal (MPF-GO). Também foi instaurado um processo administrativo disciplinar para apurar a participação e a responsabilidade de alguns estudantes. 

Vestibulandos de todo o país disputariam as vagas e muitos já tinham se programado para a realização das provas. Sobre esta situação, a PUC-GOdiz que a instituição “não quer que esses estudantes ingressem num ambiente educativo contaminado pelo crime e pela corrupção. Enquanto esse mal da corrupção não for extirpado do corpo educativo, enquanto o joio não for separado do trigo, não seremos irresponsáveis em permitir novos ingressos no curso de Medicina”.

A PUC-GO espera agora a conclusão do inquérito policial para analisar novamente a reabertura das vagas, mas ainda não há data marcada. “A PUC não vai admitir novos alunos no curso de Medicina, seja qual for a forma de ingresso, enquanto as responsabilidades de todos os envolvidos na tentativa de fraude não forem apuradas e punidas por meio do processo administrativo disciplinar em andamento”.

Leia aqui o documento na íntegra.

O comunicado foi feito nas redes sociais: