Ronco é a terceira maior causa de divórcio, revela pesquisa

O problema só perde para traição e dinheiro nas separações

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Você que reclama de alguém que ronca, muita calma nessa hora. O problema é mais comum do que muita gente pensa. Quase metade dos homens de meia idade roncam, e até um quarto das mulheres também.

O ronco aparece quando, durante o sono, suas vias aéreas ficam semiobstruídas, a língua “desce” em direção à garganta, a boca abre e gera as vibrações – que incomodam todo mundo, menos o próprio roncador.

Problemas de saúde à parte, o fato é que roncar pode acabar até mesmo separar acabar com muitos relacionamentos.

Sim, atrás apenas da infidelidade e dos problemas financeiros, o ronco é a terceira maior causa de divórcios no Brasil e no mundo.

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Rosalind Cartwright, do Centro Médico Rush, em Chicago, pesquisa a relação entre casamento e apneia do sono. Com um dos casais que estudou, um exame de eficiência do sono revelou que o resultado da esposa que dormia com o marido roncador era de apenas 73%, sendo que o normal é acima de 85%. Seu sono era interrompido mais de trinta vezes pelos roncos; cada roncão mais alto resultava no acordar e significava 4 minutos de sono interrompido. Matematicamente: 2 horas insones por noite. Isso quer dizer que, de 8 horas que ela passava na cama, dormia de fato menos de 6 horas.

Além disso, o ronco tende a trazer um sério problema de comunicação: a “vítima” do roncador não consegue explicar o impacto do problema para si, porque a experiência de quem ronca é muito mais branda – e isso pode ser extremamente frustrante.

Diante deste problema, muitos casais optam por dormir em quartos separados. Na literatura, é comum encontrarmos este fato chamado de “divórcio do sono”, acompanhado do alerta de que costuma se tratar de uma perda progressiva da intimidade do casal, do ponto de vista sexual mas não somente: o momento antes de dormir é geralmente usado para fazer planos, tomar decisões e resolver problemas.

Ainda assim, uma pesquisa da Associação Brasileira do Sono revelou que, aproximadamente, só 10% dos roncadores busca tratamento