Ícone da Art Déco em Goiânia, Museu Zoroastro Artiaga será restaurado

O Museu Zoroastro Artiaga, situado na Praça Cívica, no centro de Goiânia, possui uma história fascinante e desempenha um papel significativo na preservação da cultura e história da região. O edifício que abriga o museu foi originalmente construído entre 1942 e 1943 pelo engenheiro polonês Kazimiers Bartoszevsky, em um impressionante estilo Art Déco. Inicialmente, a estrutura foi destinada a sediar o Departamento de Imprensa e Propaganda.

Em 1946, o local foi convertido em um museu e recebeu o nome de ”Zoroastro Artiaga”, em homenagem a uma figura multifacetada que desempenhou papéis importantes na educação, advocacia, geologia e história. Zoroastro Artiaga foi o primeiro diretor da instituição, conferindo-lhe uma conexão direta com o surgimento do museu na capital.

Revitalização

O projeto de restauração do Museu Zoroastro Artiaga foi aprovado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A obra será realizada pelo Governo de Goiás, por meio de recursos da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e foi orçada em R$ 6,5 milhões. “Estamos fazendo diversas adequações para que o prédio seja acessível a toda a população. Vamos entregar todos os prédios da Praça Cívica requalificados até 2026”, adianta a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes.

Desenvolvido pelas equipes da Secult, o projeto contempla a recuperação das características originais do prédio e a valorização das qualidades arquitetônicas do acervo Art Déco da capital. Também serão realizadas intervenções de acessibilidade e segurança estrutural com o objetivo de conservar a edificação e requalificar o espaço. A restauração ainda vai contemplar a elaboração de nova proposta museográfica para o espaço.

O museu também vai passar por processo de desinfestação e higienização de seu acervo para poder receber novos desenhos de exposições de coleções de peças arqueológicas, mineralógicas, de etnologia indígena, arte sacra e arte popular que contam a trajetória do estado e da cidade de Goiânia, desde sua fundação até os dias atuais.

A obra será executada pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). O projeto segue para o processo licitatório e a previsão é de iniciar os trabalhos no primeiro semestre de 2024.

O museu faz parte do Circuito Cultural, um ambicioso projeto do Governo de Goiás, que visa revitalizar a Praça Cívica e valorizar a importância de todos os sete prédios do local que carregam a memória e a cultura de Goiás (foto: reprodução Goiás Total)

História e tradição

O Museu Zoroastro Artiaga é de importância singular, sendo o primeiro museu da cidade. Além de sua significativa relevância cultural, o edifício foi tombado como Patrimônio Arquitetônico e Histórico Estadual em 1998, destacando a importância de sua arquitetura e contribuição histórica para o estado de Goiás, e em 2004 foi tombado pelo Iphan.

O acervo do Museu Zoroastro Artiaga é diversificado, abrangendo peças históricas, artísticas e culturais relacionadas à região. Visitantes têm a oportunidade de explorar exposições que refletem a rica herança de Goiânia e suas contribuições para a história do Brasil.

Com suas exposições permanentes e temporárias, o museu proporciona uma experiência enriquecedora para todos que buscam compreender a história e a cultura da região.

O Museu Zoroastro Artiaga não apenas é uma joia arquitetônica em estilo Art Decó, mas também desempenha um papel crucial na preservação e divulgação da rica história e cultura de Goiânia e do estado de Goiás.

 

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Arquitetura francesa inspirou construção de Goiânia; entenda

A arquitetura de Goiânia reflete uma combinação única de influências francesas e inglesas, particularmente no que diz respeito ao urbanismo e ao planejamento da cidade. O urbanismo francês foi uma fonte de inspiração significativa para o planejamento de Goiânia, especialmente no que se refere a questões como higienismo, estrutura viária, saneamento básico e embelezamento urbano. Essa influência é evidente na adoção do estilo Art Déco na arquitetura da cidade, representando o progresso e a modernidade da época.

Goiânia foi planejada e construída na década de 1930, sob a liderança do urbanista Attilio Corrêa Lima. Lima, formado pela Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, foi fortemente influenciado pelos princípios da Escola de Belas Artes de Paris. Essa escola, referência mundial na época, defendia um estilo neoclássico, que Lima adaptou para o contexto brasileiro.

Entre os exemplos notáveis de construções Art Déco em Goiânia, destacam-se:

  • Coreto da Praça Cívica: Inaugurado em 1942, palco de manifestações artísticas, culturais e políticas.
  • Palácio das Esmeraldas: Sede do governo estadual, projetado por Atílio Corrêa Lima, inaugurado em 1937, caracterizado por sua cor esmeralda.
  • Edifício da antiga Chefatura de Polícia, atual Procuradoria Geral do Estado: Inaugurado em 1937, exemplo da adaptação do estilo Art Déco para fins institucionais.
  • Centro Cultural Marieta Telles Machado: Antiga Secretaria Geral do Estado, inaugurado em 1936, é um espaço cultural importante.
  • Tribunal Regional Eleitoral: Localizado na Praça Cívica, reflete a estética Art Déco em um contexto jurídico.
  • Museu Zoroastro Artiaga: Fundado em 1946, primeiro museu da cidade, localizado na Praça Cívica.
  • Teatro Goiânia: Inaugurado em 1942, projetado por Jorge Félix, é um importante espaço cultural.
  • Colégio Estadual Lyceu de Goiânia: Mais antigo colégio da cidade, incorporando o estilo Art Déco em sua estrutura educacional.
  • Grande Hotel: Inaugurado em 1937, foi um dos pioneiros a receber o estilo Art Déco na cidade.
  • Museu Pedro Ludovico: Construído entre 1934 e 1937, representa um marco da modernidade em contraste com o passado colonial..

Esses edifícios não apenas exemplificam o estilo Art Déco, mas também são integrantes fundamentais da identidade cultural e histórica de Goiânia. Suas características incluem o uso de formas geométricas, linhas retas e circulares estilizadas, e um design abstrato, frequentemente explorando temas de animais e mulheres. O Art Déco reflete a elegância, o luxo e a modernidade que Attilio Corrêa Lima buscava para a nova capital goiana, contrastando com o estilo colonial anterior​.

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Projeto visa revitalizar Goiânia para seu aniversário de 100 anos

Entre os becos e avenidas de Goiânia, há uma riqueza de histórias. Suas ruas e vielas ecoam  conversas, mostram quão rica é a capital de Goiás. O projeto “Goiânia, Capital de 2030” tem um propósito sério: resgatar e revitalizar Goiânia, resgatando a identidade da cidade por meio da educação e da comunicação social. Mergulhar na história da capital planejada que é símbolo do urbanismo moderno, e reposicionar a cidade com toda riqueza que sua história carrega.

Perto de celebrar o centenário da Revolução de 30, que resultou na construção da cidade, o  projeto “Goiânia, Capital de 2030” movimento busca autenticar o imaginário coletivo da cidade, destacando sua importância histórica e cultural.

Foto: Divulgação

O projeto pretende modificar padrões mentais, incentivando uma visão responsável sobre a cidade e o meio ambiente. Busca também resgatar a identidade moderna de Goiânia, muitas vezes, fundida por uma visão pós-moderna e urbanista (até demais).

O desafio está em resgatar a identidade moderna da cidade em um contexto marcado pelo agronegócio e coronelismo. O projeto busca estabelecer um diálogo entre a tradição e a necessidade de promover uma visão mais sustentável e consciente para Goiânia, visando não apenas o presente, mas também um futuro mais equilibrado e ecológico.

Eco-Gyn
Além de tudo, o projeto procura conciliar a revitalização com uma agenda sustentável. O Grupo de Trabalho “Goiânia 2030” busca alinhar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, priorizando a defesa do bioma Cerrado, a segurança climática e a economia circular. A proposta é estabelecer uma agenda municipal para promover a sustentabilidade ecológica, econômica e equitativa.

Entre as metas de longo prazo, estão a promoção da economia verde e agricultura sustentável, com baixa emissão de carbono e resíduos sólidos. A importância de repensar as relações de produção, consumo e descarte, visando enfrentar desafios históricos como o coronelismo tanto vivido historicamente pela cidade e promover uma consciência ecológica na população.

Foto: Divulgação

Primeiro colégio de Goiânia e ícone Art Déco, será restaurado e será bilíngue

Nesta segunda-feira, o governador Ronaldo Caiado formalizou a ordem de serviço para a reforma, restauração e readequação do Colégio Lyceu de Goiânia, a mais antiga instituição de ensino da capital. O investimento de aproximadamente R$13,5 milhões será destinado à completa reforma estrutural do prédio, incluindo a recuperação de sua cor original.

Durante o evento, o governador enfatizou a importância dos investimentos na educação, afirmando: “Recuperamos todas as 1.049 escolas e colégios do estado porque educação não se faz com discurso.” Caiado reforçou o compromisso de oferecer à população goiana uma educação pública de excelência, superando até mesmo as instituições particulares.

 

O Lyceu de Goiânia, atualmente funcionando como Centro de Ensino em Período Integral (Cepi), é um dos primeiros colégios secundários do Brasil e a primeira instituição de ensino inaugurada em Goiás. Apesar de sua relevância histórica, nunca passou por uma reforma completa. Parte do edifício possui status de patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2003, o que requer a execução dos serviços por empresas especializadas em restauro arquitetônico. Obras começaram na semana passada, com previsão de entrega para final de 2025.

Além da revitalização física, o Colégio Lyceu de Goiânia ampliará sua oferta educacional para incluir o ensino de língua portuguesa e francesa, fruto de uma parceria com a embaixada da França. Os alunos destacados terão a oportunidade de imersão na língua francesa, contribuindo para uma formação bilíngue.

Personalidades da política e da história goiana que passaram pelo Lyceu marcaram presença na solenidade, incluindo ex-governadores, deputados federais e figuras proeminentes como o ex-ministro Henrique Meirelles. O diretor do Cepi Lyceu de Goiânia, Ricardo Marques, ressaltou a relevância do momento, afirmando que a reforma representa um resgate educacional e a memória afetiva de muitos.

A reforma do Colégio Lyceu de Goiânia é parte integrante do compromisso do governo estadual em proporcionar uma educação pública de alta qualidade e representa um marco na preservação do patrimônio histórico e cultural da região.

 

Foto: Lucas Diener

Foto: Reprodução

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Os Bailes do Grande Hotel marcaram época e guardam memórias imponentes

O Grande Hotel era sinônimo de luxo, glamour, exuberância e fé no progresso social e tecnológico. A construção estava entre os edifícios prioritários do fundador, Pedro Ludovico Teixeira. O local é símbolo do movimento art déco e tratava-se de uma obra estratégica, já que a nova cidade precisava de um local para hospedar os visitantes.

Originalmente era uma construção imponente: com três pavimentos, 60 quartos, além de quatro apartamentos de luxo. O local recebeu nomes famosos como o antropólogo Claude Lévi-Strauss. O presidente da República, na época da Fundação de Goiânia, Getúlio Vargas, também veio à cidade e se hospedou no Grande Hotel.

O prédio também já serviu de hospedagem para grandes nomes, como o poeta chileno Pablo Neruda e o escritor brasileiro Monteiro Lobato, autor de obras conhecidas como o Sítio do Picapau Amarelo.

Créditos: Grande Hotel. Década de 1960.  Alois Feichtenberger. Goiânia – GO. Acervo MIS|GO. 

Com a defesa de intelectuais e outras personalidades, o prédio foi finalmente tombado, em 1991, como um dos 20 bens que formam o patrimônio do estilo arquitetônico art déco em Goiânia. Naqueles tempos, de uma cidade ainda em construção, o hotel modernista ia muito além de local de hospedagem dos famosos. Era ponto de encontro da elite que aqui se instalava. 

Foi palco dos bailes mais badalados das primeiras décadas da capital, do primeiro carnaval de Goiânia e o seu restaurante era um dos lugares preferidos da alta sociedade. O lugar também era palco onde se apresentavam a banda da 1ª Cia. da Polícia Militar, o Jazz Band Imperial e outros grupos.

Da construção original, resta a estrutura da fachada. O interior foi descaracterizado ao longo dos anos. Mesmo durante seu auge, os problemas já começaram a surgir no Grande Hotel. Em 1938, o Governo de Goiás publicou um despacho convocando a arrendatária do Grande Hotel para, dentro de 30 dias, efetuar pagamentos atrasados para o Estado e Previdência, a fim de não perder a concessão de arrendamento.

Créditos: Carlos Falcão / Aproveite à Cidade

Em 2003 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), declarou o tombamento do Grande Hotel e dos demais edifícios e monumentos públicos que integravam o conjunto urbano de Goiânia, um total de 22 construções concentradas, em sua maioria, no Centro da cidade. As instalações passaram por reforma em 2004, quando o Grande Hotel sediou o evento Casa Cor.

Atualmente, o lugar não está em pleno funcionamento e tem parte das salas ocupadas por funcionários do INSS. Além disso, conta com atividades pontuais, como as oficinas realizadas pelo centro cultural que leva o nome do imóvel.

Com o passar dos anos, o primeiro hotel da capital goiana se tornou ponto de encontro de diversas tribos urbanas, curtindo um samba ao vivo. No entanto, as rodas de chorinho deram lugar ao silêncio. O imóvel está vazio, abandonado, sem vida. Na época de glória ficou apenas na memória dos que ali frequentavam.

 

Créditos da imagem de capa: Grande Hotel. 194-. Alois Feichtenberger. Goiânia – GO. Acervo MIS|GO.

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Arquitetura Art Déco é uma das marcas de Goiânia

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Arquitetura Art Déco é uma das marcas de Goiânia

A arquitetura Art Déco floresceu no início do século 20 e deixou uma impressão duradoura em Goiânia, que foi planejada e construída em meados do século. Os elementos distintivos desse estilo arquitetônico, como linhas geométricas, detalhes decorativos e uma abordagem moderna, podem ser vistos em edifícios públicos, residências e marcos urbanos por toda a cidade.

O projeto da nova capital era marcado pela modernidade e sofisticação, deixando para trás o antigo estilo colonial, presente nas cidades que nasceram com a mineração. Assim, Attilio Corrêa Lima encontrou no estilo Art Déco, uma alternativa para expressar o progresso que a nova capital representava para o estado

A maioria das primeiras construções da cidade, erguidos entre 1940 e 1950, fazem parte do conjunto urbano de Goiânia, tombado como Patrimônio Histórico e Cultural (2003), mas hoje se encontram abandonados e pichados e se concentram no Setor Central. Confira abaixo alguns lugares que se adequam a essa arquitetura surpreendente.

 

Grande Hotel 

Créditos: Poder Goiás

Inaugurado em 1937, o Grande Hotel recebia importantes hóspedes em suas visitas à capital. Atualmente, o prédio recebe eventos de cunho cultural, apesar do precário estado de conservação. 

 

Endereço: Av. Goiás, 462 – St. Central, Goiânia – GO, 74063-010

 

Palácio das Esmeraldas

Créditos: Correio Braziliense

Sua composição Art Déco tem predominância de linhas retas e caráter sóbrio, pendendo para a simplificação. Na visão do arquiteto Atílio Corrêa Lima, a sede do executivo goiano deveria representar a racionalidade e economia, traduzidas em uma construção sólida e que atendesse às exigências da vida moderna.

 

Endereço: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira – St. Central, Goiânia – GO, 74083-010

 

Teatro Goiânia 

Créditos: Curta Mais

Conhecido como o mais nobre e tradicional espaço cultural da cidade, o Teatro Goiânia foi inaugurado em 14 de junho de 1942 e integra o conjunto arquitetônico do início da capital. A mais luxuosa casa de espetáculos da nova capital recebeu a cerimônia do Batismo Cultural da Cidade, que contou com discursos, entrega da chave da cidade ao primeiro prefeito, Venerando de Freitas, e a presença de autoridades e intelectuais para extensa programação cultural.

 

Endereço:  R. 23, 252 – St. Central, Goiânia – GO, 74015-120

 

Centro Cultural Marieta Telles Machado

Créditos: Via Liberdade

Construído em 1933 em estilo art déco, o prédio serviu primeiro à Secretaria Geral do Estado. Anos depois abrigou o Fórum e mais tarde, foi sede da Secretaria da Fazenda. No local, funcionou o escritório técnico das obras da construção de Goiânia, em 1936. Hoje é o Centro Cultural Marietta Telles Machado, onde funcionam algumas unidades e setores da Secretaria de Estado da Cultura.

 

Endereço: Praça Cívica, nº 2, Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira – St. Central, Goiânia – GO, 74003-010

 

Museu Zoroastro Artiaga 

Créditos: Museu Zoroastro Artiaga

Considerado o primeiro do Estado de Goiás e de Goiânia, o espaço desempenha um papel fundamental na preservação e promoção da memória e cultura da região. O edifício foi projetado, no início dos anos de 1940, e destaca-se pela arquitetura em estilo art déco. Sendo considerado um dos mais belos da cidade, um edifício bastante épico. 

 

Endereço: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, 13 – St. Central, Goiânia – GO, 74083-010

 

Antiga Estação Ferroviária de Goiânia 

Créditos: Curta Mais 

A construção foi erigida no Estilo Art-Déco, sendo uma das principais construções históricas do município de Goiânia. O edifício possui em sua área interna (saguão principal), dois importantes murais produzidos pelo artista italiano Frei Nazareno Confaloni – introdutor do modernismo em Goiás, ambos pintados no ano de 1953. Esses murais se destacam por serem afrescos, pintados em areia – uma técnica até então inovadora e primaz em nosso Estado.

 

Endereço: Av. Goiás, 1799 – St. Central, Goiânia – GO, 74063-010

 

Coreto da Praça Cívica 

Créditos: A Redação

O monumento se destaca pela riqueza dos detalhes e do acabamento, com composição simétrica, laje plana e elementos que também remetem ao ecletismo arquitetônico. O espaço é considerado um dos exemplares mais elaborados do patrimônio art déco goianiense, uma obra-prima pelo conjunto dos elementos que o compõem.

 

Endereço: St. Central, Goiânia – GO, 74015-095

 

Centro de Ensino em Período Integral Lyceu de Goiânia

Créditos: A Redação

Fundado em 1846, na cidade de Goiás, pelo presidente da província, Barão de Ramalho, o Lyceu de Goiânia é um dos primeiros colégios secundários do Brasil. Com a mudança da capital, a unidade foi transferida para a nova cidade, em 1937, por Pedro Ludovico Teixeira, pois seria muito oneroso manter dois colégios. O estilo é uma mesclagem entre o colonial e o art déco, com fachada reta, pórtico na entrada principal, pilares e os marcantes portões de ferro.

 

Endereço: R. 21, 10 – St. Central, Goiânia – GO, 74030-070

 

Instituto Federal de Goiás (IFG)

Créditos: Instituto Federal de Goiás

Nas construções art déco do edifício predominam nas fachadas as linhas retas e a limpeza visual. O pórtico de entrada do edifício é um elemento interessante. Os traços dele fazem referências aos elementos aerodinâmicos. Outra característica arquitetônica também marcante do edifício do IFG são as janelas redondas em formas de escotilhas pouco usadas em outros prédios construídos na capital no mesmo período.

 

Endereço: R. 75, 46 – Centro Centro, Goiânia – GO, 74055-110

 

Goiânia Palace Hotel

Créditos: TripAdvisor

Os traços em Art Déco, que marcam diferentes construções no centro histórico, também alcançam e deslizam a entrada do hotel, que ainda hoje recebe pessoas de diferentes lugares.

 

Endereço: Av. Anhanguera, 5195 – St. Central, Goiânia – GO, 74043-011

 

Créditos da imagem de capa: TripAdvisor

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Em 5 de outubro de 1942, durante o batismo cultural de Goiânia, que recebeu a presença de ilustres nomes da política brasileira, como do Presidente Getúlio Vargas e do Governador de Goiás Pedro Ludovico Teixeira, foi inaugurado o coreto da praça cívica, que faz parte da história da construção de Goiânia e é um ícone do Art Decó, com uma riqueza de detalhes e acabamento. Além de acompanhar todo o desenvolvimento da capital, o coreto guarda a memória de manifestações artísticas, culturais e políticas. O lugar era ponto de encontro para aqueles que queriam apreciar uma boa música, e já recebeu manifestações políticas, uma dessas manifestações aconteceu no feriado da Independência do Brasil em 2013, onde um grupo de cerca de 300 pessoas fez um protesto pacífico pedindo melhorias em serviços públicos e criticando os governantes.

 

 

O Coreto possui tombamento nas esferas federal, estadual e municipal. Na esfera federal, em 2003 o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou Conjunto Arquitetônico Art Déco e Urbanístico de Goiânia, que inclui parte do traçado urbano dos núcleos pioneiros da capital, mais 21 edifícios e monumentos públicos, concentrados no centro da cidade e no núcleo pioneiro de Campinas.

 

O surgimento da Praça Cívica na nova Capital do Estado de Goiás foi o marco inicial da construção de Goiânia. É lá que juntamente com o coreto se encontram a maioria do patrimônio material e histórico de Goiânia, como os principais prédios da administração do Governo de Goiás, como o Palácio das Esmeraldas e o prédio do antigo Centro Administrativo, hoje denominado Palácio Pedro Ludovico, encontramos também o Museu Zoroastro Artiaga que surgiu em 1946, com acervo formado por documentos históricos, utilitários antigos, além de objetos relacionados aos índios do Brasil Central, peças e obras artísticas. Um fato importante que ocorreu na Praça Cívica, e que merece ser lembrado e destacado, é o lançamento da pedra fundamental do Instituto Histórico Geográfico de Goiânia – IHGG.

 

Para ser possível a adequação às novas realidades urbanas e às novas propostas de ordenamento de espaço, as cidades são dinâmicas e estão sempre em constante evolução. Porém, é de extrema importância que arquiteturas como o coreto sejam preservadas e bem cuidadas, afinal, estamos falando da história da nossa capital. 

 

 

A arquitetura predominante no coreto é o Art Decó. A adoção do Art Decó na arquitetura de Goiânia, na década de 30, está relacionada à ideia de trazer progresso à cidade e ao Estado. Ao longo dos anos, o monumento passou por modificações que o distanciaram do projeto original, e chegou a se tornar um ponto de informações turísticas. A obra voltou ao seu modelo arquitetônico original em 1978, sendo necessário que a Prefeitura buscasse o pedreiro que havia participado da primeira construção. 

 

Já entre 2019 e 2020, o coreto passou por um processo de restauração, que foi uma das intervenções na paisagem da região histórica da cidade, realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A obra buscou valorizar a linguagem arquitetônica. O trabalho foi realizado para garantir a integridade e arquitetura do edifício, foi também pensada em duas fases, sendo a primeira de estudo, com ensaios em laboratório, e a segunda de execução. Na obra, foram feitas alterações na laje, pisos, bancos e revestimentos de pedra portuguesa na área externa. Também realizaram a recomposição de luminárias, calçada acessível, pintura, adornos e elementos decorativos.

 

 

O coreto da Praça Cívica pode ser visto como um testemunho dos eventos que moldaram em Goiânia, um símbolo de história e cultura na cidade. Podemos olhar para este monumento como um representante da conexão entre o passado e o presente. Por isso devemos sempre ter em mente o quanto é importante proteger esse e outros pontos históricos em Goiânia, já que a identidade do povo goiano está gravado nas paredes de cada lugar histórico da cidade. A preservação é um dever de todos, pois ela não apenas honra o passado, mas também enriquece o presente e contribui para um futuro culturalmente rico em Goiânia.

 

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Fotos: Museu da imagem e do som / Marcos Aleotti – Curta Mais 

 

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Você acredita em assombração ? Pode não parecer, mas além da sua arquitetura Art Déco o Teatro Goiânia possui uma história marcante e segredos bem escondidos através de suas paredes históricas, fazendo parte dos fatos marcantes que marcaram Goiânia e o país inteiro.

O Teatro Goiânia foi inaugurado em julho de 1942 e uma das curiosidades sobre o local é que durante o período do Estado Novo (1937-1945), o governo tentou construir um túnel que ligava o Teatro ao Palácio das Esmeraldas e outro até o Jóquei Clube, mas a obra não chegou a ser concluída. Realmente existem porões no teatro e essas estruturas só foram descobertas em 1975, com a reforma do teatro, uma vez que eram secretas. Assim, os espaços no subsolo foram pensados para servir de abrigo para eventuais ataques aéreos na Segunda Guerra Mundial, que ocorreu entre 1939 e 1945.

Créditos: Secult Goiás

Entretanto, as histórias continuam e ainda hoje funcionários do teatro contam que no local ‘o chão range, o teto estala e as janelas uivam’.

 

Por dentro da história

Créditos: Hélio de Oliveira / Secult Goiás

A sessão solene de inauguração ocorreu durante o evento do Batismo Cultural com discursos, entrega da chave da cidade ao primeiro prefeito, Venerando de Freitas, e uma movimentada programação cultural, que reuniu governadores, intelectuais e ministros.

De acordo com a Secretaria Estadual de Cultura (Secult), o filme exibido na estreia foi Divino Tormento, com Jeannette McDonald e Nelson Eddy foi o filme exibido na estreia. Na mesma semana, a maior empresa de comédia brasileira – a Companhia Eva Todor – inaugurou o palco com a obra Colégio Interno, de Ladislaw Todor. Como sala exibidora de filmes que o Cine-Teatro Goiânia atingiu sua fase áurea na década de 40. Além disso, o local mantinha programação de filmes nacionais e estrangeiros em sintonia com o eixo Rio-São Paulo. 

Já na década de 1970, com o declínio dos cinemas, a falta de uma estrutura teatral para espetáculos e a necessidade de reparos em suas instalações, o espaço foi fechado e passou por minuciosa reforma, quando então se abandonou a ideia de cineteatro, para ter somente a função de teatro. O lugar é o mais nobre e tradicional espaço cultural da cidade. Sendo assim, ele integra o conjunto arquitetônico do início da capital e trata-se de projeto do arquiteto Jorge Félix, que o concebeu em estilo Art Déco.

O edifício fica no encontro de dois importantes eixos que estruturam o núcleo original da cidade: a Avenida Tocantins e a Avenida Anhanguera. Poesia, artes cénicas, concertos musicais e outros tipos de espetáculos artísticos são realizados no Teatro Goiânia. O local dá vida às noites no Centro, ajudando a movimentar a cultura da cidade.

 

Reformas no Teatro 

Sua última reforma foi em 1998, com reinauguração em 28 de novembro. Na reforma geral, recebeu 100 novos lugares. Com isso, passou a acolher 836 pessoas. Outro aspecto importante foi a retirada da antiga lanchonete que funcionava em suas dependências, descaracterizando o projeto original. O Teatro Goiânia foi palco de memoráveis solenidades históricas que marcaram o Batismo Cultural. Desde então, tem abrigado grandes e médios espetáculos. De concertos a recitais e peças teatrais.

 

Créditos da imagem de capa: Jornal Opção

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Como o edifício que hoje abriga o Conselho Estadual da Educação se tornou o berço da educação em Goiânia

Situado no pulsante coração de Goiânia, ergue-se um edifício não apenas majestoso em arquitetura, mas rico em histórias entrelaçadas com o próprio crescimento da capital goiana. Este prédio, que hoje é o lar do Conselho Estadual de Educação (CEE), tem uma trajetória que é um testemunho vivo do progresso educacional da cidade.

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No alvorecer de 1938, enquanto Goiânia desabrochava em suas primeiras pinceladas urbanas, um novo emblema educacional emergia: a Escola Santana. Idealizada para servir como um bastião educacional para os filhos dos operários que construíam a nascente capital, a escola foi fundada graças à visão e determinação de quatro proeminentes mulheres de Vila Boa. Sob a orientação astuta da professora Emília Perillo Argenta, a instituição floresceu, tornando-se um farol de ensino e influenciando inúmeras gerações.

Dando continuidade ao legado educacional do local, 1970 viu surgir ao lado da Escola Santana, o Colégio Estadual Brasil Central. Embora inicialmente divididas por um muro, em 1972, uma passarela coberta foi erguida, unindo as duas instituições em propósito e missão. Esta harmonia foi ainda mais cristalizada em 1974, quando, em uma homenagem sincera ao renomado Professor José Carlos de Almeida – um ex-aluno que se destacou e retornou como educador – a escola adotou seu nome.

 A expansão continuou e, com a integração do 2º grau em 1996, o estabelecimento passou a se chamar Colégio Estadual José Carlos de Almeida. Este magnífico edifício, que reflete a elegância da arquitetura Art Déco, hoje serve a quase 2.800 alunos em 23 salas de aula, e orgulhosamente detém um lugar no Livro do Tombo do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Goiás, uma honra consolidada tanto por lei quanto por decreto nas décadas seguintes.

A década de 90 viu o complexo educacional se expandir e florescer, chegando a receber cerca de 3 mil alunos. E o reconhecimento veio: este local, repleto de memórias e aprendizado, foi catalogado no Livro do Tombo do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Goiás.

No entanto, a passagem do tempo trouxe novas direções. Em 2015, a Escola Santana encerrou suas atividades. Mas a chama da educação não se apagou, pois em 2017 o CEE deu novo propósito ao edifício. Flávio Roberto de Castro, presidente do CEE, observa com orgulho: “Estamos no berço da educação de Goiânia. Tem toda uma relação com o início de Goiânia e isso tem muito valor para nós.”

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Registros Históricos guardados no local

Preservando o legado art déco da estrutura e fazendo reformas apenas essenciais, o CEE assegura que, mesmo em sua nova função, o prédio continua a servir à educação. Como Flávio destaca: “Preservamos as características de art déco, fazendo apenas reformas estruturais necessárias. Até mesmo as estruturas de recepção e atendimento no térreo foram mantidas.”

Agora, quando alguém caminha pelas proximidades desse edifício, é uma viagem pela história educacional de Goiânia. E embora nem todos conheçam seus detalhes, as paredes continuam contando sua história a todos que se dispõem a ouvir.

Para o presidente do CEE, Flávio Roberto de Castro, é uma honra que o órgão esteja instalado no prédio da primeira escola da capital. “Tem toda uma relação com o início de Goiânia e isso tem muito valor para nós”, exalta.

 

Buscando ao máximo preservar a estrutura original do local, eles se adaptaram de modo que só foi necessário fazer algumas adequações para transformar salas de aula em locais de atendimento. “Preservamos as características de art déco, fazendo apenas reformas estruturais necessárias, como pintura e troca de telhado. Até mesmo as estruturas de recepção e atendimento no térreo foram mantidas”, explica Flávio.

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Uma Ode à arquitetura Art Déco 

Erguido na década de 1930, o prédio do antigo Colégio José Carlos de Almeida, é uma joia arquitetônica que incorpora a elegância e o charme do estilo Art Déco. Com linhas geométricas, detalhes ornamentais e uma estrutura robusta, este ícone arquitetônico se destaca no tecido urbano de Goiânia, servindo como um lembrete vívido da cidade em sua infância.

Em 2017, o prédio teve a honra de sediar o evento CASACOR, um prestigiado festival de design e decoração. Esse evento proporcionou ao edifício uma restauração meticulosa, conduzida por especialistas de renome. Eles não só entenderam a importância histórica e cultural da estrutura, mas também souberam como equilibrar modernidade e preservação. Mais de 40 ambientes foram revitalizados, com um cuidado especial para manter e destacar seu caráter original.

O prédio, embora não seja mais um espaço dedicado exclusivamente à educação, ainda fala em tons educacionais. Ele se mantém como um monumento, onde as memórias dos alunos e educadores do passado parecem se fundir com o presente, contando histórias através de seus corredores de mármore e suas salas amplas.

Agora, este local que uma vez ecoou com a risada e o aprendizado de milhares de alunos, abriga o Conselho Estadual de Educação, refletindo uma evolução natural de seu propósito educacional. De uma instituição dedicada à formação direta dos jovens para um órgão que supervisiona a qualidade da educação em todo o estado.

Mesmo em silêncio, o edifício ressoa. Sua presença dominante na cidade serve não apenas como um lembrete das raízes educacionais de Goiânia, mas também como um símbolo de como a preservação arquitetônica pode coexistir harmoniosamente com a evolução urbana. Em um mundo em constante mudança, o antigo colégio Santana nos lembra da importância de valorizar e preservar nosso patrimônio cultural e arquitetônico.

 

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Goiânia Art Déco: Festival celebra patrimônio histórico, cultural e arquitetônico da cidade

Com início nesta terça-feira (22), o Festival Goiânia Art Déco recebe uma programação rica em atividades gratuitas, que celebram a rica história arquitetônica e cultural da cidade, até o próximo dia 27 de agosto.

Ao longo dos três primeiros dias do evento, os participantes poderão desfrutar de seminários, exposições, apresentações de jazz, circuitos de arte e muito mais.

Rua

Rua do Lazer, em Goiânia, abriga boa parte do acervo Art Déco da Capital, e foi inspirada nas famosas calçadas francesas

Confira a programação:

 

1º dia | 22 de agosto (terça-feira)

17h: Exposição Art Déco da Agav, Lançamento do Catálogo Art Déco Festival e Apresentação de Jazz. Local: Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).


2º dia | 23 de agosto (quarta-feira)

14h30: Seminário “Goiânia: Patrimônio Histórico da Humanidade”. Local: Auditório Julieta Passos/IFG (R. 75).

– Tema 01: Gestão Eficiente: Tombamento, Engrandecimento e Benefícios ao Valor Cultural do Centro de Goiânia.

– Tema 02: Propriedade Goianiense: Patrimônio do Centro de Goiânia, qual sua importância para a sociedade?

– Tema 03: Patrimônio e Identidade – Goiânia dentro do Cenário Histórico Mundial da Art Déco 

19h30: Circuito Déco de Arte da Agav. Local: Saída do Charminho Bar (Av. Araguaia, nº 204).

 Catedral

Catedral Metropolitana de Goiânia carrega os ideais do estilo Art Déco, além da inspiração em outros grandes símbolos e estilos arquitetônicos da época

3º dia | 24 de agosto (quinta-feira)

9h: Exposição do Concurso de Desenho Art Déco e Exposição do Déco Fashion Week. Local: Hall de Entrada da Alego.

10h: Audiência Pública | Art Déco: 20 anos de tombamento. Local: Auditório 01 da Alego.

14h30: Seminário “Goiânia: Patrimônio Histórico da Humanidade”. Local: Auditório Julieta Passos/IFG.

– Tema 01: Art Déco como atrativo turístico em nossa capital.

– Tema 02: O turismo no desenvolvimento do centro de Goiânia.

– Tema 03: Recuperação do protagonismo econômico do centro de Goiânia.

– Tema 04: Processo de revitalização urbana no centro de Goiânia.

19h: Exposição “Paisagens, Patrimônio e Bucolismo”. Local: Café Ogum (R. 5, nº 585).

20h: Roda de Conversa “Empreender e Preservar”. Local: Café Ogum.

 

Art Déco

Goiânia foi a primeira cidade do Brasil planejada no Século XX. Mesma época em que o Art Déco nasceu, alcançando seu apogeu na década de 1930, quando a cidade foi finalmente fundada.

Com quase 90 anos de existência, a cidade é hoje a responsável pelo maior acervo do estilo no país. Sua elegância e sofisticação pode ser identificada, facilmente, nos bairros mais antigos e nos prédios mais importantes da capital.

Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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10 Lugares em Goiânia que dão um show em Art Déco

Art Decó é um estilo artístico que surgiu na Europa nos anos 20 e influenciou as artes, moda, cinema, arquitetura, design de interiores, entre outras áreas. Entre as suas características estão o uso de formas geométricas, ornamentos e design abstrato. No Brasil esse estilo ganhou relevância na primeira capital planejada do país: Goiânia. 

Sua arquitetura inicial foi toda pensada nesse estilo artístico. Os edifícios em Art Decó de nossa capital fazem parte do nosso patrimônio cultural, preservá-los é responsabilidade de todos, tanto do poder público quanto da sociedade. Vamos conhecer mais um pouco sobre esses patrimônios.

 

Palácio das Esmeraldas 

palacio

A construção do Palácio das Esmeraldas foi iniciada em dezembro de 1933, mas sua conclusão levou três anos, sendo o dia 23 de março de 1937 a data oficial da inauguração. Sua composição Art Déco tem predominância de linhas retas e caráter sóbrio, pendendo para a simplificação. Na visão do arquiteto Atílio Corrêa Lima, a sede do executivo goiano deveria representar a racionalidade e economia, traduzidas em uma construção sólida e que atendesse às exigências da vida moderna.

 

Endereço: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira – St. Central, Goiânia – GO, 74083-010

 

Estação Ferroviária de Goiânia

estacao

Era ainda o início da década de 1950 quando a Maria Fumaça apitou pela primeira vez pelo centro de Goiânia, a recém construída capital de Goiás. As estradas de ferro que contam a rica história de ocupação e desenvolvimento do país não percorrem mais aqueles caminhos, mas cravada no coração da cidade ainda está a Estação Ferroviária, com os traços marcantes e detalhes que tão bem simbolizam o acervo art déco da capital.

 

Endereço: Av. Goiás, 1799 – St. Central, Goiânia – GO, 74063-010

 

Museu Pedro Ludovico 

Construção

O casarão é um destaque na história arquitetônica de Goiânia, sendo um marco da modernidade anunciada e símbolo da ruptura com o passado colonial da antiga capital. A construção em art déco foi realizada entre 1934 e 1937, mediante a execução do projeto de Atílio Corrêa Lima, o mesmo arquiteto e urbanista responsável pelo projeto da nova capital do Estado de Goiás. O local possui, inclusive, a primeira piscina residencial de Goiânia e a televisão exposta foi o primeiro aparelho do tipo a cores do estado de Goiás. 

 

Endereço: R. Dona Gercina Borges Teixeira – St. Sul, Goiânia – GO, 74083-012

 

Teatro Goiânia 

teatro

Conhecido como o mais nobre e tradicional espaço cultural da cidade, o Teatro Goiânia foi inaugurado em 14 de junho de 1942 e integra o conjunto arquitetônico do início da capital. Localizado na esquina das avenidas Anhanguera e Tocantins, o teatro foi projetado pelo arquiteto Jorge Félix, que o concebeu em estilo art déco.

Com o nome de Cine-Teatro Goiânia, o local foi inaugurado por Pedro Ludovico Teixeira, então interventor federal em Goiás. A mais luxuosa casa de espetáculos da nova capital recebeu a cerimônia do Batismo Cultural da Cidade, que contou com discursos, entrega da chave da cidade ao primeiro prefeito, Venerando de Freitas, e a presença de autoridades e intelectuais para extensa programação cultural.

 

Endereço: R. 23, 252 – St. Central, Goiânia – GO, 74015-120

 

Coreto da Praça Cívica 

coreto

O Coreto, um dos principais edifícios representativos da arquitetura Art Déco de Goiânia, foi inaugurado em 1942 por ocasião do batismo cultural da cidade. O local foi palco dos principais acontecimentos políticos, sociais e culturais da nova capital por vários anos. Em 2003, foi tombado pelo Iphan como patrimônio histórico e parte do acervo arquitetônico e urbanístico Art Déco de Goiânia.

 

Endereço: St. Central, Goiânia – GO, 74015-095

 

Torre do Relógio 

torre

Construída para ser suporte de um marcador do tempo, a própria Torre do Relógio da Avenida Goiás também se tornou um marco temporal da nossa cidade. Símbolo de uma época em que o ideal de modernidade se traduziu no estilo art decó, pelo menos para aqueles que projetaram a nova capital do estado, o monumento foi erguido junto com os primeiros prédios da cidade que, aos poucos, mudava a paisagem dos arredores da Campininha.

 

Endereço: Av. Goiás – St. Central, Goiânia – GO, 74015-005

 

Tribunal Regional Eleitoral de Goiás 

tribunal

Sua inauguração ocorreu no dia 14 de julho de 1937, com a presença de várias autoridades regionais, dentre elas o governador Pedro Ludovico Teixeira e o então presidente do TRE-GO, Desembargador Antônio Perilo. O edifício-sede, onde eram realizadas as sessões plenárias, se tornou o ponto administrativo da Justiça Eleitoral de Goiás durante todo resto do século XX. 

Em 9 de fevereiro de 1998, o prédio Anexo I foi inaugurado no mesmo lote do edifício-sede, possibilitando maior eficiência e centralidade entre as secretarias e coordenadorias do TRE-GO. Em setembro do mesmo ano, o edifício histórico foi reformado externamente, preservando-se a fachada original no estilo arquitetônico Art Déco. Em dezembro de 2000, foi realizada uma reforma interna.

Endereço: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, 300 – St. Central, Goiânia – GO, 74083-010

 

Grande Hotel 

grande

Era uma construção imponente: três pavimentos, 60 quartos, além de quatro apartamentos de luxo. O produtor cultural e guia turístico Gutto Lemes explica que o valor histórico e patrimonial do Grande Hotel é muito importante para Goiânia e sua população. Foi o primeiro hotel de luxo em estilo Art Déco da Capital, inaugurado já em 1937. Além de hospedar engenheiros, arquitetos e políticos na construção da cidade, recebeu ilustres personalidades como o antropólogo francês Claude Levi-Strauss, o poeta chileno Pablo Neruda e o escritor Monteiro Lobato.

 

Endereço: Av. Goiás, 462 – St. Central, Goiânia – GO, 74063-010

 

Mureta e Trampolim do Lago das Rosas 

lago

O Parque Lago das Rosas possui duas estruturas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O trampolim, que foi muito utilizado pelos frequentadores e em competições. E também a mureta, que tem aproximadamente 150 metros. Ela tem em seus pilares a figura de uma flor, e os pontos cardeais e colaterais em seu centro simbolizam a Rosa dos Ventos. Os dois monumentos foram construídos no estilo Art Déco, como diversos outros em Goiânia.

 

Endereço: Alameda Das Rosas Q R7, 1931 – St. Oeste, Goiânia – GO, 74125-010

 

Goiânia Palace Hotel

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O Hotel completou 70 anos em janeiro de 2023 e participa de grande parte da história da cidade. O prédio está situado na Avenida Anhanguera, nº 5195, no Setor Central. Os traços em Art Déco, que marcam diferentes construções no centro histórico, também alcança e desliza a entrada do hotel, que ainda hoje recebe pessoas de diferentes lugares.

 

Endereço: Av. Anhanguera, 5195 – St. Central, Goiânia – GO, 74043-011

 

Todas as imagens foram retiradas da Prefeitura de Goiânia 

Créditos da imagem de capa: Casa Militar

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10 vezes que Goiânia colocou o mundo no chinelo e você provavelmente não sabia

Conhecida como “capital do cerrado”, Goiânia foi fundada em 24 de outubro de 1933 e seu nome, acredita-se ter sido originado na tribo dos goyazes, que habitavam a região. Ao longo dos anos, ela tem sido muito mais do que apenas um ponto no mapa, transformando-se em um centro de inovação, cultura e superação.

Seu nome agora ecoa nos quatro cantos do globo, mas ainda assim, poucos conhecem verdadeiramente a grandiosidade e singularidade desse lugar extraordinário. Essa cidade vibrante e cheia de encantos no coração do Brasil, tem mostrado ao mundo que não está para brincadeira quando se trata de impressionar e surpreender a todos.

Além disso, sua paisagem urbana misturada com as áreas verdes, traz a tona seus segredos escondidos em parques charmosos que têm conquistado os corações dos visitantes e, colocado essa cidade cativante no topo do mapa mundial. O estilo Art Decó, projetado por Attílio Corrêa de Lima, responsável pelo planejamento da nova capital, havia estudado urbanismo em Paris, e trouxe consigo a influência dessa arte modernista.

 

É uma das cidades mais arborizadas do mundo

cidade

Créditos: Prefeitura de Goiânia

O mapeamento do último Censo Demográfico do IBGE, de 2010, constatou que a taxa de arborização de Goiânia é de 89,3%. Na época, a capital possuía mais de 900 mil árvores, de 382 espécies diferentes, isto é, 94 m 2 de área verde por habitante. Com isso, ela recebeu o título de cidade mais verde do país, seguida por Campinas, em São Paulo, com a taxa de arborização de 87,5%.

Tendo mais de 89% das vias públicas arborizadas, a capital possui 42 parques e bosques, sendo o Lago das Rosas o mais antigo, construído na década de 1940. A cidade apresenta 94 m² de área verde por morador, o que supera – e muito – o índice recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU), de 12 m² por habitante. Com isso, a capital goiana fica atrás somente da cidade de Edmonton, no Canadá, considerada a mais arborizada do mundo.

 

Possui a maior feira ao ar livre da América Latina

Créditos

Créditos: TripAdvisor

A maior e mais antiga feira da cidade é a Feira Hippie que acontece aos domingos durante a toda manhã. Com 6.884 feirantes cadastrados, é considerada a maior feira livre do Brasil e da América Latina.

Com aproximadamente 30 anos, a feira tem sua história iniciada na década de 60, quando alguns hippies expunham suas peças no Mutirama, migrando em seguida para a Praça Universitária, depois para a Praça Cívica até se fixarem na Praça do Trabalhador que é um ponto histórico de Goiânia.

 

A capital guarda um dos acervos Art Decó mais significativos do mundo

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Créditos: Prefeitura de Goiânia

O estilo art déco, cujas principais características são o uso de formas geométricas, ornamentos e design abstrato, pode ser bem observado em várias edificações da cidade. Alguns desses prédios, construídos entre as décadas de 1940 e 50, foram tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio nacional por sua relevância histórica e arquitetônica. Uma preciosidade!

Goiânia possui 21 bens tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Entre eles estão o belo Teatro Goiânia, o Grande Hotel, o Museu Pedro Ludovico Teixeira, a Estação Ferroviária, o Palácio das Esmeraldas, entre outros.

 

É a cidade com maior número de acácias no mundo

acacias

Créditos: Curta Mais 

Durante o outono e o inverno, as calçadas e praças de Goiânia ficam tomadas pelas flores das acácias. Fora da Europa, a capital do Centro-Oeste é a cidade com o maior número de acácias no mundo.

As árvores são conhecidas pelas belas flores amarelas, tanto que são popularmente chamadas de chuva-de-ouro. Costumam ter entre 6 e 7 metros de altura, e são também usadas como cercas-vivas.

 

Possui o segundo maior polo de moda no Brasil

região

Créditos: Região da 44

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2020, mostra que a Região da 44 em Goiânia é o segundo maior polo de vendas de roupas e calçados do Brasil, atrás apenas do Brás em São Paulo. A cidade passou a ser conhecida por todo o centro-oeste, e após poucos anos, já havia sido descoberta por todo o país devido a qualidade e preços atraentes ofertados.

No estado de Goiás, abriga 3% das indústrias têxteis e de confecção do Brasil, produzindo mais de 60 milhões de peças de vestuário ao mês. Deste total, 70% são roupas em jeans, produtos comercializados em todo o Brasil e exportados para a América Latina, Europa e Ásia. Aregião da 44 que abrange três avenidas e nove ruas do setor Norte Ferroviário, de uma hora para outra transformou a cidade que tinha vocação para fabricar roupas, em uma potência da moda que seduziu o Brasil

Com mais 16 mil pontos de venda, a 44 responde hoje por 180 mil empregos diretos na região metropolitana da capital, entre lojistas, vendedores, funcionários de pequenas e médias confecções, trabalhadores de hotéis e shoppings na região. A 44 movimenta ainda uma dinâmica cadeia produtiva da moda que envolve cerca de 30 municípios goianos. 

São cerca de 300 mil turistas de compras por semana, porém no fim de ano este número salta para 500 e 600 mil pessoas. Só mês de dezembro, por exemplo, esse numero de visitantes à Região ultrapassa os um milhão e meio de pessoas.

 

Os Pit Dogs são considerados patrimônios culturais e já estão rodando o mundo

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Créditos: Tim Sanduicheria

Na verdade, também passaram a existir em Londres após uma família goianiense ter decidido levar à capital inglesa a culinária típica da cidade. Lá os clientes poderão encontrar além dos “x-saladas” (sanduíches), açaí, pastel de feira, coxinha, empadão, barcas e diversas sobremesas deliciosas, especialmente feitas com o jeitinho goiano. 

 

O Villa Mix já conquistou o título de maior estrutura de palco do mundo por duas vezes

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Créditos: Villa Mix 

Em 2015 a edição Goiânia do festival foi certificada pelo Guinness World Records como a maior estrutura de palco do mundo com 2.788,39 metros quadrados, 52,34 metros de altura e 628 toneladas de equipamentos, superando a marca da banda irlandesa U2. Já em 2017, os números aumentaram e o Villa Mix bateu o próprio recorde. Foram 69,37 metros de altura – o equivalente a um edifício de 23 andares.

 

Apresenta o melhor ambiente regulatório para empreender no Brasil

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Créditos: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

A capital goiana conquistou a liderança em ambiente regulatório no ranking geral do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2023, que mede as condições oferecidas pelo poder público para quem quer empreender. Entre os critérios analisados, estão as alíquotas de impostos e o tempo que se leva para resolver questões burocráticas (legais e processuais) essenciais à criação do negócio.

 

Parque Mutirama foi inspirado na Disney

parque

Créditos: G1 Globo

Pode parecer loucura, mas é isso mesmo que você acabou de ler! Segundo o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, o principal parque de diversões da cidade, o Mutirama, foi inspirado na Disneylândia. Foi devido uma viagem a Orlando (EUA), que ele percebeu que deveria fazer do Mutirama “um parque de diversões que se assemelhasse àquele ambiente mágico” e não apenas um simples bosque com brinquedos, como inicialmente planejado.

 

O Lago das Rosas é o parque mais antigo de Goiânia

Lago

Créditos: Marcos Aleotti / Curta Mais 

Seu nome se refere ao grande canteiro de rosas que abrigava inicialmente. Por anos, o lago foi usado como piscina pela população que se divertia no trampolim.

No local nascia um córrego, o Capim Puba. Este nome foi mantido, bem como o da fazenda e do proprietário, Urias Magalhães. Posteriormente, utilizado para batizar um bairro de Goiânia.

Segundo a AMMA (Agência Municipal de Meio Ambiente de Goiânia), em 1937, diretores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro orientaram a implementação do Horto Florestal de Goiânia na área onde hoje funciona o parque.

Quatro anos depois, em 1941, foi fundado o Balneário Lago das Rosas, com objetivo de proporcionar lazer à população de Goiânia. Além disso, se tornou um clube popular, onde se podia tomar banho e realizar programas familiares nas matas ao redor.

 

Créditos da imagem de capa: Prefeitura de Goiânia

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Palácio do Governo de Goiás é uma joia arquitetônica no coração de Goiânia

Localizada no coração da capital do Pequi, a Praça Cívica funciona como importante acervo histórico dos cidadãos goianos. Seu conjunto arquitetônico abriga as mais importantes obras que simbolizam o desenvolvimento de um pequeno projeto, para uma grande capital.

Em 1937, Goiânia recebia um dos prédios mais importantes e simbólicos do estado. Sua rica história é um tesouro ligado à fundação e ascensão da cidade e de todo Goiás.

Residência

Imagem: Eduardo Bilemjian

Encomendado pelo governador Pedro Ludovico Teixeira, o Palácio das Esmeraldas funcionou como sede do governo do estado até 2006. Atualmente, deveria funcionar como a residência oficial do governador.

Para Pedro Ludovico, era imprescindível que a capital contasse com um prédio que representasse a força do estado.

Sua imponente e elegante arquitetura deveria ser símbolo de racionalidade e economia, frente a modernidade representada pela capital.

Residência

Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

Residência

Atílio Corrêa Lima, arquiteto goiano formado por universidades francesas, buscou inspiração nas exuberantes arquiteturas dos palácios europeus. A ideia era criar um prédio majestoso, com uma fachada em estilo neoclássico.

Para isso, a frente do edifício recebeu a imposição de pedras verdes, remetendo a cor das esmeraldas. Sua área ao redor foi contemplada com jardins e lagos simétricos, que podem ser apreciados através das varandas semi-integradas.

Residência

Imagem: acervo do Governo de Goiás

Ao todo, o espaço compreende 9.786,96 metros quadrados de área construída, com itens decorativos calculados para remeter às características regionais.

Um passeio pelo interior da propriedade permite a visualização de obras artísticas como o vitral assinado por Conrado Sorgenitch, artista russo.

Residência

Rica em detalhes, a peça retrata a história econômica, social e cultural da época. É possível visualizar a presença de indígenas, cavalos, a união entre flora e fauna, bem como a atuação dos bandeirantes.

O prédio foi dividido em três pavimentos. Abrigando a administração, no térreo foram inseridos o gabinete do governador, as recepções e os salões verdes. Além de uma ampla sala de cinema.

Residência

Imagem: acervo do Governo de Goiás

Residência

Já o segundo e terceiro andar eram de uso da família. Esses dois pavimentos contavam com sala de refeições, sala de chá, e os aposentos pessoais.

A construção foi iniciada em dezembro de 1933. Concluída cerca de três anos depois, teve sua inauguração oficial em 23 de março de 1937.

Residência

Imagens: Eduardo Bilemjian

Residência

Residência

Para manter a residência foram contratados uma média de 96 funcionários. Dentro desta equipe estavam profissionais de limpeza, cozinha, segurança e almoxarifado. Todos recebiam treinamento e orientações para zelar pelo bem estar e segurança da família do governador.

Residência

Imagem: Eduardo Bilemjian

Desde sua inauguração, a obra passou por diversas reformas e ampliações, mas sempre mantendo a originalidade Art Déco.

O local já viu de tudo! Em 1984, o salão foi preparado para a recepção da seleção brasileira de futebol, após conquista da medalha de Prata nos Jogos Olímpicos.

Outro importante acontecimento foi o lançamento das Diretas Já, em 1988. O comício, realizado na porta do Palácio das Esmeraldas, contou com a presença de personalidades como Tancredo Neves, Ulisses Guimarães e Henrique Santillo.

Visualizado do lado de fora pelos cidadãos, o espaço é carregado de lendas urbanas. A mais conhecida narra a existência de um túnel que o liga ao Teatro Goiânia, no centro da Capital.

Se você ainda não teve a oportunidade de conhecer o Palácio das Esmeraldas, vale a pena incluir esse passeio em sua lista de atividades em Goiânia.

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Primeiro prédio do maior jornal de Goiás é histórico e está à venda

 

Era o começo da década de 1930 quando Goiânia saía dos papéis de projeção para ganhar forma. Sob os comandos do interventor federal, Pedro Ludovico Teixeira, a cidade foi fundada em 24 de outubro de 1933.

Os irmãos Câmara acreditavam no potencial da nova capital para se desenvolver e formular um importante polo econômico. Sob a necessidade de produzir um jornal impresso voltado à população goianiense, nasceu uma das primeiras obras da cidade.

No dia 3 de abril de 1938, a população goiana recebia a primeira edição do Jornal O Popular. Com direção de Joaquim Câmara Filho, Vicente Rebouças Câmara e Jaime Câmara, aquele primeiro volume era composto por quatro páginas.

Àquela mesma época, o arquiteto Serafim do Anjos projetou o primeiro prédio para fins jornalísticos em Goiânia. Na região Central da jovem capital, na Avenida Goiás, o edifício era erguido para funcionar como sede do Jornal. Mais tarde, aquele seria um dos principais pontos de referência da cidade.

jornal

Imagem: reprodução Jornal O Popular

O jornal O Popular era um dos mais importantes do estado de Goiás. A construção de um prédio moderno e imponente, seguindo as preferências arquitetônicas de Pedro Ludovico, foi uma forma de demonstrar sua influência e poder.

 

Aquela estrutura se desenvolveu sob o viés de marco na arquitetura de Goiânia. Em estilo Art Déco, as fachadas foram revestidas em pastilhas de porcelana. Sendo composta por desenhos geométricos e elementos decorativos em metal.

jornal

Ao longo dos anos, o prédio passou por diversas reformas e ampliações, acompanhando as mudanças e evoluções do jornal.

Em 1982, foi inaugurada a torre de transmissão de TV, que levou a programação do Jornal O Popular para todo o estado de Goiás.

Em 2017, o prédio passou por uma grande reforma, que modernizou sua estrutura e o tornou mais sustentável e acessível.

Hoje, o Jornal O Popular funciona em um prédio do Grupo Jaime Câmara no Setor Serrinha. O prédio histórico em estilo Art Déco, na Avenida Goiás, ainda estampa o nome do jornal, mas se encontra fechado e “enfeitado” por uma placa de venda.

jornal

Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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Prédio da CASAG é uma verdadeira obra-prima do art déco

Goiânia nasceu e se desenvolveu sob o viés de atrair os olhares críticos para espaços que iam além do perfil político e econômico. Para o interventor federal, Pedro Ludovico, a cidade deveria trazer a beleza do Art Déco, envolvido pela modernidade que era sinônimo da nova capital.

O município recebeu diferentes edifícios iniciais, visando abrigar os integrantes do órgão político do Estado. Um deles, construído para abrigar a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), teve suas bases estruturadas na esquina da Rua 1 com a Avenida Goiás.

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), teve suas bases estruturadas na esquina da Rua 1 com a Avenida Goiás, no coração de Goiânia. O terreno foi adquirido em 27 de dezembro de 1950. A construção do edifício só foi discutida no primeiro mandato de Colemar Natal e Silva que, durante um debate, levantou a pauta da necessidade de uma nova sede.

O Conselho Seccional defendia que a sede utilizada pela OAB-GO deveria ser o prédio já construído no Setor Leste. Enquanto o edifício da Avenida Goiás, ao ser finalizado, deveria ser alugado em pavimentos para angariar fundos para a instituição.

Durante o segundo mandato do presidente, uma nova discussão conseguiu a autorização de empréstimos em torno de CR$ 400 mil cruzeiros, para auxiliar na construção da sede.

Em 24 de outubro de 1956, com apenas um pavimento pronto, o prédio foi inaugurado. As primeiras salas foram locadas pela Delegacia do Instituto de Rendas.

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A obra toda só foi entregue em 10 de dezembro de 1960, no Dia da Justiça. O Conservatório de Música da UFG alugou o primeiro pavimento, com a OAB-GO e a CASAG dividindo o segundo andar.

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Com o aumento do número de inscritos na OAB-GO, outra sede foi inaugurada em 1991, no setor Marista. O prédio da Avenida Goiás passou a comportar apenas os integrantes da CASAG. Em 2012 outra sede foi inaugurada no setor Sul, Rua 101.

A estrutura do Setor Central passou por obras de revitalização entre os anos de 2016 e 2017. Como um edifício histórico, o espaço recebeu operações para manter o estilo art déco e modernizar o espaço.

Após a obra ser entregue, algumas áreas receberam nomes de advogados ilustres como o Espaço Cultural Amália Hermano Teixeira e a sala de reuniões Colemar Natal e Silva, Carmen Lúcia Barbosa de Souza Carneiro e João Nader.

 

A advocacia funciona em Goiás a mais de 90 anos. Para o presidente Jacó Coelho, este edifício marca o início dessa história. “É um símbolo de uma trajetória de evolução crescente, com mais de 47 mil advogados ativos atualmente em Goiás.” A revitalização do local ilustrava a importância do cuidado com a centro histórico de Goiânia.

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Imagens: CASAG

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