Copacabana Palace fecha as portas pela primeira vez em quase 100 anos

Pela primeira vez em 96 anos de existência, o Hotel Copacabana Palace vai fechar as portas temporariamente, a partir desta sexta-feira, devido à pandemia da Covid-19. A previsão é que as atividades fiquem suspensas até o fim de maio. Uma equipe de manutenção reduzida vai continuar trabalhando para garantir a segurança sanitária do hotel e de seu acervo.

O Belmond Copacabana Palace informou que o procedimento de saúde foi intensificado e uma enfermeira vai monitorar os funcionários que estiverem trabalhando durante o período para assegurar que se mantenham saudáveis.

O prédio quase centenário, que virou um dos símbolos da capital fluminense e ícone da hotelaria, tem três restaurantes, cerca de 230 apartamentos e a famosa piscina. Hospedou personalidades do mundo inteiro, como a princesa Daiana e o príncipe Charles.

Os últimos hóspedes deixaram o hotel na segunda-feira. De acordo com a diretora-geral do grupo, Andrea Natal, a ocupação dos apartamentos e suítes em março caiu para 36%, quando a expectativa para o mês era de uma ocupação de 70%.  Apenas Andrea vai permanecer morando no hotel, e o cantor Jorge Ben Jor, que desde 2018 reside no Copa.

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio informou que já fechou 60 hotéis do Rio de Janeiro. Segundo dados do Hotéis Rio, no início de março a ocupação da rede hoteleira estava em torno de 70%. Atualmente, devido à pandemia do coronavírus, a hotelaria conta com menos de 5% dos quartos ocupados. Ainda segundo o Hóteis Rio, diante do cenário, aproximadamente 5 mil empregos estão ameaçados, e a estimativa é de demissão de 20% dos funcionários. (Via EBC)

Louis Vuitton compra Copacabana Palace por US$ 3,2 bilhões

A Rede Belmond, proprietária do Copacabana Palace no Rio de Janeiro, mais célebre dos hotéis brasileiros, foi vendida para Bernard Arnault, controlador da LVMH, que possui marcas de alto luxo como a Louis Vuitton, Veuve Clicquot, Moët & Chandon e Fendi. A transação ficou em US$ 3,2 bilhões, dos quais US$ 2,6 bilhões são em ações e o restante em dívidas.

A aposta da LVMH na rede — da qual também faz parte o icônico Cipriani, em Veneza, dentre outros trinta hoteis — vem num momento em que, nos segmentos nos quais já tem forte presença, a empresa não tem muito mais para onde crescer. Basicamente, Arnault adquiriu todas as marcas fashion de luxo que teve chance. Dior, Bulgari, Emilio Pucci, Kenzo, Marc Jacobs, Givenchy, Fendi… Tudo dele.

No segmento de relógios & joalheria, detém Hublot, Bulgari e Tag Heuer. Além de ser proprietário de bebidas como Moët & Chandon, Krug, Veuve Clicquot, Hennessy e Château d’Yquem. O próprio nome do conglomerado, LVMH, já vem da fusão de Louis Vuitton com Moët Henessy, tradicional fabricante de bebidas premium. O grupo também tem a Sephora, dentre outros.

A divisão de hotelaria da LVMH, criada em 2010, conta atualmente com endereços como o Cheval Blanc, em Courchevel, e seis hotéis com a bandeira Bulgari.

O acordo é esperado que seja finalizado no primeiro semestre de 2019. Ainda tem de passar pela aprovação de acionistas e agências reguladoras.