Conheça a cidade goiana onde o tempo sussurra histórias, poesias e sonhos

A Cidade de Goiás, também conhecida popularmente como Goiás Velho, é uma relíquia viva da história brasileira, assim como as poesias nascidas ali. Suas ruas de pedra e casarões coloniais narram séculos de história, e o local é um Patrimônio Mundial da UNESCO. A arquitetura barroca única, as tradições culturais ricas e a paisagem natural deslumbrante encapsulam a essência do Brasil Central dos séculos XVIII e XIX.

Ela exemplifica como uma cidade europeia foi adaptada às condições climáticas, geográficas e culturais da América do Sul central, mantendo um equilíbrio harmonioso com o ambiente natural e a utilização de técnicas e materiais de construção locais​​​​. Fundada no auge do ciclo do ouro brasileiro, a cidade de Goiás prosperou como um centro econômico e cultural, atraindo comerciantes, artistas e missionários que contribuíram para o seu desenvolvimento distintivo. As ruas de pedra e os casarões coloniais da cidade contam histórias de um passado repleto de riquezas e de desafios, enquanto a cidade manteve muitas de suas tradições vivas, abrangendo desde técnicas de construção até celebrações populares como a procissão do Fogaréu​​.

A preservação cuidadosa da cidade de Goiás permite que visitantes e estudiosos experimentem um vislumbre autêntico da vida colonial brasileira. Suas construções históricas, juntamente com a cultura viva de sua comunidade, oferecem uma experiência imersiva única, destacando a importância de manter essas tradições para futuras gerações. A inclusão da cidade como Patrimônio Mundial da UNESCO sublinha a necessidade de conservar esse cenário extraordinário, que é tão importante para a identidade cultural brasileira e para a compreensão global da história humana

O coração da cidade pulsa com o legado de Cora Coralina, a renomada poetisa. Sua casa, transformada em museu, continua a inspirar visitantes com sua história e literatura. A arquitetura da cidade reflete a harmonia entre o passado e o presente, mantendo a integridade de seu ambiente histórico e cultural. Além disso, o cenário natural de Goiás complementa sua rica herança.

A visita ao Museu Casa de Cora Coralina oferece uma experiência imersiva na vida e obra da ilustre poetisa. Os visitantes têm a oportunidade de explorar o ambiente preservado da casa, onde Cora viveu, e se conectar com sua história através de objetos, manuscritos e a atmosfera inspiradora que permeia o local. O museu é um ponto de encontro para admiradores de sua literatura, proporcionando um mergulho profundo na herança cultural que ela deixou

Atrações imperdíveis incluem:

  1. Museu de Cora Coralina: Um tributo à poetisa, com objetos pessoais e uma atmosfera que transporta os visitantes para sua época.
  2. Igreja Nossa Senhora do Rosário: Construída em estilo colonial em 1761, abriga pinturas de arte barroca do Frei Nazareno Confaloni.
  3. Museu das Bandeiras: Localizado no antigo edifício da Câmara e Cadeia, exibe objetos significativos da presença negra, indígena e portuguesa em Goiás.
  4. Museu de Arte Sacra da Boa Morte: Sediado na antiga Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, apresenta arte sacra, objetos religiosos e peças do escultor José Joaquim da Veiga Valle.

Para os aventureiros, cachoeiras como a Cachoeira das Andorinhas e a Cachoeira da Carioca oferecem paisagens naturais espetaculares e um refúgio tranquilo da vida urbana. E não deixe de saborear as delícias culinárias goianas, muitas vezes homenageadas nos poemas de Cora Coralina.

Visitar a Cidade de Goiás é embarcar em uma jornada pelo tempo, onde cada pedra, construção e tradição conta uma parte da rica tapeçaria cultural do Brasil. É uma experiência autêntica, enraizada na história, na cultura e na beleza natural.

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Em meio à vastidão do interior goiano, uma jóia histórica reluz como um tesouro escondido, aguardando ser descoberta pelos viajantes ávidos por beleza e cultura. Bem-vindos à Cidade de Goiás, um rincão que transcende o tempo e convida todos a se perderem em suas ruas de pedra e nas páginas de sua história rica e fascinante.

Esta cidade, outrora a própria capital do estado homônimo, é como um portal para o passado, um lugar onde a arquitetura barroca peculiar e as tradições culturais seculares se fundem harmoniosamente com a natureza exuberante que a abraça. A Cidade de Goiás está situada a 143 quilômetros de Goiânia, a capital do estado de Goiás, e a 313 quilômetros de Brasília, a capital do Brasil. Uma joia preciosa em meio ao coração do país.

Fundada em 1727, esta cidade é uma das mais antigas do Brasil, testemunha silenciosa de séculos de história e transformação. Mas, ao invés de ser apenas uma relíquia empoeirada do passado, a Cidade de Goiás é um local vibrante, onde a cultura e a tradição ainda fluem pelas suas ruas estreitas e becos encantadores.

O título de Patrimônio Mundial, concedido pela UNESCO em 2001, não foi dado em vão. As igrejas históricas, como a imponente Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a graciosa Igreja de São Francisco, são testemunhos vivos da devoção religiosa que permeia essa cidade. Aqui, as cerimônias religiosas têm um significado especial, reverberando pelas pedras centenárias.

Mas a Cidade de Goiás é mais do que igrejas e rituais religiosos. É uma aula de história a céu aberto, onde cada esquina conta uma história diferente. As casas coloniais preservadas, com suas fachadas coloridas e janelas de madeira, transportam os visitantes para uma época em que a vida seguia um ritmo mais tranquilo.

As vistas panorâmicas da paisagem circundante são como pinturas vivas, uma ode à beleza natural do interior do Brasil. Montanhas, rios e florestas se estendem até onde a vista alcança, convidando os viajantes a se aventurarem além das ruas históricas.

É aqui, nessa cidade mágica, que nasceu Cora Coralina, uma das mais notáveis poetisas do Brasil. Ela viveu e escreveu sobre a Cidade de Goiás, tornando-a eternamente imortal em suas palavras. Caminhar pelas mesmas ruas que ela percorreu é como seguir os passos de uma musa literária.

Além disso, a cidade é também o berço de Goiânia, a capital do estado. Pedro Ludovico Teixeira, o visionário fundador de Goiânia, viu neste lugar uma herança de beleza e cultura que merecia ser preservada, e sua visão deixou um legado que perdura até hoje.

Portanto, preparai vossos corações para uma jornada única. A Cidade de Goiás é muito mais do que um destino turístico; é uma experiência que toca a alma e desperta a imaginação. Seu passado histórico se entrelaça com o presente, criando um mosaico de beleza, cultura e espiritualidade que merece ser explorado. Então, embarquemos juntos nessa viagem no tempo, onde as pedras contam histórias e a poesia permeia o ar. Bem-vindos à Cidade de Goiás, onde o Brasil se revela em sua forma mais autêntica e cativante.

 

História da Cidade de Goiás

Como toda a porção central do Brasil, a região de Goiás Velho era habitada por indígenas. Mas com a descoberta de ouro e investidas de bandeirantes vindos de São Paulo, Goiás começou a ter sua história contada. 

Onde habitava a nação Goiá, Bartolomeu Bueno da Silva fundaria, em 1729, o Arraial de Sant’Anna.

Pouco mais de uma década depois, em 1736, o local seria elevado à condição de vila administrativa, com o nome de Vila Boa de Goyaz (ortografia arcaica). Nesta época, ainda pertencia à Capitania de São Paulo. Em 1748, foi criada a Capitania de Goiás, mas o primeiro governador, dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos, só chegaria ali cinco anos depois.

Com ele, instalou-se um “Estado mínimo” e, logo, a vila transforma-se em capital da comarca. Noronha manda construir, então, entre outros prédios, a Casa de Fundição, em 1750, e o Palácio que levaria seu nome (Conde dos Arcos), em 1751. Décadas depois, outro governador – Luís da Cunha Meneses, que ficou no cargo de 1778 a 1783-, cria importantes marcos, fazendo a arborização da vila, o alinhamento de ruas e estabelecendo o primeiro plano de ordenamento urbano, que delineou a estrutura mantida até hoje.

Com o esgotamento do ouro, em fins do século XVIII, Vila Boa teve sua população reduzida e precisou reorientar suas atividades econômicas para a agropecuária, mas ainda assim cultural e socialmente sempre esteve sintonizada com as modas do Rio de Janeiro, então capital do Império. Daí até o início do século XX, as principais manifestações seriam de arte e cultura, com sarais, jograis, artes plásticas, literatura, arte culinária e cerâmica – além de um ritual único no Brasil, a Procissão do Fogaréu, realizada na Semana Santa.

Entretanto, a grande mudança, que já vinha sendo ventilada há muito tempo, foi a transferência da capital estadual para Goiânia, nos anos trinta e quarenta, coordenada pelo então interventor do Estado, Pedro Ludovico Teixeira. De certa forma, foi essa decisão que preservou a singular e exclusiva arquitetura colonial da cidade de Goiás.

Depois tornou-se simplesmente Goiás. Usa-se o Cidade apenas para diferenciar do nome do estado. Goiás Velho é apenas um apelido da velha capital. Mesmo com a mudança de nome, quem nasce lá ainda é chamado de vilaboense.

 

Turismo

Com tanta história, somente dar uma volta pelo centro da cidade já é um atrativo turístico. Mas onde ir? Nós vamos te contar tudo agora…

Com certeza, observar o Centro Histórico da simpática cidade goiana, com sua arquitetura preservada e chão de pedra já é um programa para o dia todo.

Listamos os principais pontos turísticos da Cidade de Goiás, com fotos e informações relevantes, para sua visita ser perfeita. 

 

Vamos conferir?

 

Museu Casa de Cora Coralina

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Foto: Marcos Aleotti

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Foto: Marcos Aleotti

O Museu Casa Cora Coralina, também conhecido como Casa Velha da Ponte. Fica às margens do Rio Vermelho e preserva a memória de uma das maiores poetisas da literatura brasileira. O museu foi criado em 1989. A casa pertencera ao desembargador Francisco Lins dos Guimarães Peixoto, pai de Cora, adquirida no início do século XIX.

 

Igreja do Rosário

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Foto: Marcos Aleotti

Independentemente de sua religião – e mesmo que não pratique nenhum, você irá se interessar pela beleza e arquitetura das várias igrejas da cidade. E a Igreja do Rosário é uma das mais belas da cidade. Com arcos góticos e paredes de pedras, ela foi construída em 1761, depois demolida e reconstruída em 1934, quando sua fachada original foi totalmente restaurada.

 

Praça do Coreto

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Foto: AnnaPrado / Flickr

Ainda no Centro Histórico da Cidade fica a encantadora Praça do Coreto. Logo abaixo encontra-se uma sorveteria que funciona desde 1952, onde você pode apreciar o movimento da praça, cuja arquitetura apaixona todos os que a admiram. O nome oficial do local é Praça Dr. Tasso de Camargo.

 

Palácio Conde dos Arcos

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Foto: Vívian Marçal / Flickr

Antiga cara dos governadores de Goiás, recebe o nome do primeiro deles. O lugar apresentar uma encantadora arquitetura barroca, com o curioso apelido de “Casa Chata”, com aspecto alongado. É uma das estruturas mais belas da cidade.

 

Museu das Bandeiras

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Foto: Marcos Aleotti

Antiga cadeia e prédio legislativo, hoje guarda armamentos, roupas, arte sacra, documentos, ferramentas de garimpo e outros objetos históricos.

 

Casa da Fundição do Ouro

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Foto: Nélio Oliveira

Essa repartição, muito comum durante o ciclo do ouro nas capitanias mineradoras, subsistiu em Goiás até 1832, quando ainda era contemplada no orçamento. Era sua atribuição fundir o ouro trazido pelos mineiros em barras, descontando na ocasião os tributos que incidissem sobre o minério.

 

Cachoeira das Andorinhas

Cachoeira das Andorinhas: refúgio pra quem busca relaxar à apenas 2 horas  de Goiânia - Curta Mais

Foto: Trip Advisor

O turismo em Goiás Velho também está ligado a suas cachoeiras, como essa que é uma das mais famosas da cidade. 

A cachoeira das andorinhas é uma propriedade particular que o visitante de Goiás pode ter acesso ao um preço bem em conta. Faz-se uma caminhada de aproximadamente 1,5 km para chegar até ela, em meio a uma trilha na mata com belas paisagens. Ao chegar, o acesso é bem fácil e o banho a recompensa por estar num local bem preservado e maravilhoso.

Valor: R$ 20,00 (O valor pode sofrer alterações)

Maiores Informações: Telefone CAT – (62) 3524-1052 | Site Oficial 

 

Chafariz de Cauda

 

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Foto: Marcos Aleotti

 

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Foto: Marcos Aleotti

Fundado em 1778, o Largo do Chafariz foi criado para abastecer a cidade. Localiza-se na Praça Brasil Caído, seguindo um padrão arquitetônico próprio do século XVIII. O nome “Chafariz de Cauda” se deu pelo fato do aqueduto que o abastece ser bastante parecido a uma enorme cauda, na sua parte posterior. Diz-se que é o “único chafariz de cauda do Brasil”.

 

Mercado Municipal

 

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Foto: Marcos Aleotti

A parte mais deliciosa da Cidade de Goiás – com os melhores empadões, o bolinho de arroz e outros sabores imperdíveis – foi restaurada recentemente. Com seus mais de 90 anos de existência, o projeto arquitetônico manteve-se como no original, inicialmente idealizado para comercialização de mercadorias entre os produtores rurais da região.

 

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Fotos de capa: Marcos Aleotti

Como seriam os príncipes da Disney se fossem goianos

Goiás, uma região brasileira dotada de história rica e cultura vibrante, possui um encanto que vai além da beleza natural do cerrado e das cidades que misturam tradição e modernidade. É um lugar onde a dança, a arquitetura e as tradições folclóricas pintam um quadro vivaz da alma brasileira, uma mistura harmônica de passado e presente que se revela em cada canto, desde as calçadas históricas de Goiás Velho até a modernidade pulsante de Goiânia.

E é neste contexto diversificado e rico que nos propomos a embarcar em uma jornada criativa sem precedentes, reimaginando os príncipes Disney através do prisma da cultura goiana. Imagine, por um momento, como seriam essas figuras icônicas se nascessem e crescessem nas terras goianas, se suas histórias fossem tecidas com os fios da tradição e da contemporaneidade goiana.

Neste universo imaginado, os príncipes da Disney seriam moldados pelas marcas inconfundíveis da goianidade. Talvez vissemos um Príncipe Encantado que, em vez de buscar sua princesa em um castelo distante, dançasse catira nas festas juninas típicas da região, vestindo uma roupa tradicional meticulosamente bordada com referências às belas paisagens do cerrado.

Ou talvez, fossem personagens que cultivassem profundo respeito e admiração pela poesia de Cora Coralina, demonstrando em suas aventuras a sabedoria e a resiliência que são marcas registradas dos goianos. Eles poderiam ser ambientalistas apaixonados, dedicados a preservar as belezas naturais e a biodiversidade única do cerrado, ou artesãos habilidosos, mestres na arte da confecção de peças em barro e tecidos tradicionais.

Nessa reinterpretação, cada príncipe traria consigo um pedaço da essência goiana, seja no colorido vibrante de suas vestimentas, no respeito às tradições ou na celebração constante da cultura e da natureza locais. Seria uma verdadeira celebração da identidade goiana, transportada para o universo Disney, criando uma narrativa onde a fantasia encontra o real de uma maneira completamente nova e apaixonante.

Prepare-se para um passeio por uma Goiás reimaginada, um lugar onde o folclore local não é apenas um pano de fundo, mas o verdadeiro protagonista nas histórias dos príncipes Disney, trazendo uma nova dimensão a esses personagens tão queridos. Com traços e personalidades marcados pelas tradições e belezas de Goiás, descobriremos juntos um mundo onde a magia se tece com os fios da realidade, dando vida a uma experiência narrativa inédita e envolvente.

A cultura goiana, com sua rica tapeçaria de influências indígenas, africanas e portuguesas, oferece um pano de fundo vibrante para reinventar os icônicos príncipes da Disney. Vamos imaginar como seriam estes príncipes se nascessem e crescessem nas terras vermelhas e cidades históricas de Goiás:

Príncipe Encantado (Cinderela)

Imagine o Príncipe Encantado vivendo nas históricas ruas de Goiás Velho. Crescendo em meio à arquitetura colonial, ele desenvolveria um profundo respeito pela tradição e pela história. Este príncipe seria um amante da arte popular goiana, talvez até mesmo praticando a tradicional dança das Cavalhadas, demonstrando bravura e honradez em cada apresentação.

Príncipe Encantado é a personificação da elegância e do respeito pelas tradições ancestrais presentes em Goiás Velho. Seu físico é esguio, mas forte, uma verdadeira homenagem viva à cultura e à história que pulsam nas ruas de paralelepípedos da cidade histórica.

Seus olhos refletem a profundidade das tradições que aprendeu a valorizar, carregando um brilho que irradia gentileza e uma força protetora pelos que o cercam. O sorriso é gentil e amável, um reflexo genuíno da admiração que tem pela riqueza cultural de sua terra.

Veste-se de forma que presta homenagem às raízes históricas de Goiás, possivelmente adotando tecidos naturais e regionais em suas vestimentas, adornadas com elementos artesanais que representam a arte popular goiana. Ao se apresentar nas Cavalhadas, ele usa um traje suntuoso que respeita as vestimentas tradicionais da dança, um equilíbrio perfeito entre elegância e simbolismo, com cores vivas e detalhes bordados à mão que contam histórias através de cada ponto e padrão.

Nos pés, calça botas firmes, que ecoam cada passo com determinação e reverência pelo chão histórico que pisa. Quando dança, cada movimento é preciso, uma dança que conversa com a história, respeitando cada batida do coração da cidade que respira tradição e história.

Ele aprenderia a tocar viola, um instrumento que ressoa não apenas notas musicais, mas também a riqueza da história cultural da região. Sua musicalidade se uniria à sua paixão pela arte, criando apresentações que reverenciam a história e encantam pela profundidade e pela habilidade.

Em sua postura altiva, há a consciência da importância de preservar e valorizar as histórias que vieram antes dele, um verdadeiro guardião da história e das tradições que fazem de Goiás Velho um lugar único, onde cada pedra e cada rua tem uma história para contar.

Príncipe Encantado, assim, não apenas carregaria o encanto de um líder nascido da nobreza, mas seria, em sua essência, um príncipe do povo, um reflexo vivo da cultura e da história goiana, demonstrando em cada gesto a bravura, honradez e o encantamento profundo pelas raízes que o definem.

 

Príncipe Eric (A Pequena Sereia)

O Príncipe Eric poderia ser um jovem oriundo das cidades às margens do Rio Araguaia, um apaixonado pela fauna e flora goiana. Ele se destacaria pela sua consciência ecológica e esforço incansável na preservação do cerrado, organizando expedições de limpeza dos rios e promovendo a educação ambiental.

O Príncipe Eric possui uma pele levemente bronzeada, resultado de horas dedicadas a trabalhar sob o sol forte do cerrado. É um jovem de olhar penetrante e atento, sempre pronto para aprender algo novo sobre a rica biodiversidade que o cerca. Ele veste roupas sustentáveis, feitas com materiais reciclados e naturais. Seu cabelo, castanho e levemente ondulado, combina com seu sorriso fácil e cativante que ilumina seu rosto sempre que fala sobre suas ações em prol do meio ambiente.

Aladdin

Nascido nas comunidades quilombolas de Goiás, Aladdin teria uma conexão profunda com suas raízes e com a luta pela igualdade e justiça social. Este príncipe teria a habilidade de contar histórias fascinantes à luz do luar, inspiradas pela rica tapeçaria cultural que Goiás proporciona. Aladdin seria um símbolo de superação, lutando por uma sociedade mais justa e igualitária.

Aladdin teria a pele negra, uma herança de suas raízes quilombolas. Seus olhos são profundos e carregam a sabedoria de seu povo e a determinação de lutar por igualdade e justiça social. Normalmente, Aladdin vestiria roupas tradicionais, com tecidos ricos em cores e padrões que narram histórias ancestrais através de seus bordados e detalhes. Seu sorriso é largo e acolhedor, um convite para ouvir as histórias que conta sob a luz do luar.

Príncipe Adam (A Bela e a Fera)

Príncipe Adam poderia ser um intelectual que se refugiou nas belezas naturais de Chapada dos Veadeiros, buscando cura e autoconhecimento. Com o tempo, ele aprenderia a respeitar e conviver harmoniosamente com a natureza, tornando-se um guardião das tradições e saberes locais, além de um protetor do cerrado, um ecossistema único no mundo.

Adam é um homem de feições marcantes e contemplativas, reflexo de sua jornada de autoconhecimento nas terras de Chapada dos Veadeiros. Seu corpo, forte e esguio, carrega a serenidade de quem encontrou harmonia com a natureza. Vestido com roupas feitas de fibras naturais, que harmonizam com os tons terrosos do cerrado, ele irradia uma paz interior conquistada através da conexão profunda com a terra e suas tradições

Príncipe Naveen (A Princesa e o Sapo)

Imaginemos o Príncipe Naveen como um músico virtuoso da cena cultural de Goiânia, envolvido com o movimento musical local e a cena de rock que é tão forte na cidade. Ele seria um mestre na viola caipira, misturando ritmos tradicionais goianos com jazz, criando uma sonoridade única que encantaria todos que o ouvissem.

Naveen tem uma energia vibrante e contagiosa, um jovem músico com um dom para misturar ritmos e criar sonoridades únicas. Ele carrega em seus traços uma mistura rica de heranças culturais. Vestido de maneira moderna, mas com toques que remetem às tradições goianas, como um chapéu estilizado, ele está sempre pronto para encantar com sua música e carisma.

Príncipe Felipe (A Bela Adormecida)

Este príncipe teria crescido no seio de uma família tradicional goiana, cultivando o amor pela cavalgada e pelas festas de peão. Um verdadeiro cowboy goiano, Felipe teria a coragem e a força dos peões, mas também uma sensibilidade artística, admirando a poesia e a música que emergem das tradições goianas.

Felipe teria uma postura forte e determinada, típica de um cowboy goiano que cresceu valorizando as tradições de sua terra. Seu rosto, marcado pelo sol, carrega uma expressão de coragem e nobreza. Vestido com roupas típicas de peão, incluindo botas de couro e chapéu, ele ainda possui um olhar sensível e artístico, que se revela em seu apreço pela poesia e música regional.

 

Príncipe Florian (Branca de Neve) 

O príncipe Florian, caso fosse nativo das terras goianas, manteria seu charme cativante e natureza amorosa que o tornou um ícone desde sua primeira aparição. Seus cabelos castanhos seriam mais que uma característica física; simbolizariam a terra fértil e acolhedora de Goiás, onde tantas culturas florescem juntas, criando um mosaico rico e vibrante.

Seu traje refletiria a integração harmoniosa entre a tradição e a contemporaneidade presentes na cultura goiana. A capa vermelha, uma de suas marcas registradas, seria feita de um tecido sustentável, talvez tingido com corantes naturais extraídos da flora do cerrado, representando seu profundo respeito e conexão com a natureza e a cultura local.

A roupa que veste por baixo da capa poderia ser inspirada nas vestimentas tradicionais dos vaqueiros goianos, com uma paleta de cores que remete à diversidade de paisagens encontradas em Goiás, desde as cachoeiras cristalinas até as vastas áreas de cerrado. Detalhes artesanais, como bordados feitos à mão, adornariam seu traje, acrescentando um toque de singularidade e valorizando o trabalho manual dos artistas locais.

No peito, Florian levaria um broche que simboliza o amor e o respeito pela terra, talvez com a representação de uma flor de pequi, uma árvore muito presente na região, que é não apenas um símbolo do cerrado, mas também um ingrediente icônico da culinária goiana.

Sua postura seria a de um líder consciente e respeitoso, que compreende a importância de preservar as tradições e a natureza, enquanto busca promover uma sociedade mais justa e igualitária. Seu sorriso gentil e seu olhar atento demonstrariam sua natureza amorosa, enquanto sua determinação em promover o bem-estar de seu povo revelaria sua força de caráter.

Florian goiano seria, assim, não apenas um príncipe de contos de fadas, mas um representante fiel das riquezas culturais e naturais de Goiás, um líder que carrega em seu ser a essência vibrante e acolhedora desta região tão especial do Brasil.

 

Cora Coralina é imortalizada em selo personalizado dos Correios

 

A empresa postal brasileira, Correios, em colaboração com a Thear Vestuário, anuncia um evento especial para lançar o selo personalizado “Todas as Coras”, uma homenagem à respeitada poetisa e confeiteira goiana, Cora Coralina. A cerimônia será realizada no dia 21 de junho no ateliê da designer Eleonora Hsiung, localizado em Goiânia. O evento destacará a exibição de roupas e acessórios que foram apresentados na São Paulo Fashion Week.

A inspiração para o selo personalizado veio após uma carta escrita à mão por Vicência Bretas Tahan, filha nonagenária de Cora, dando permissão para que a vida e a obra de sua mãe fossem o tema da coleção apresentada na 55ª edição da SPFW. A coleção “Todas as Coras” busca resgatar certos costumes antigos que são cada vez menos comuns hoje em dia, como a arte de escrever cartas à mão. A participação dos Correios neste projeto contribui para perpetuar este momento marcante para a Thear Vestuário, ao mesmo tempo que honra a memória de Cora Coralina por meio da criação de um selo comemorativo.

O selo personalizado apresenta o retrato da venerada poetisa e confeiteira goiana, complementado com a marca da Thear e o nome da coleção “Todas as Coras”. Além disso, o evento contará com uma exposição dos itens da coleção “Todas as Coras”. Acessórios exclusivos, criados pela talentosa designer de joias Eleonora Hsiung, estarão disponíveis para compra no local.

Essa reverência feita pelos Correios à Cora Coralina tem como objetivo resgatar a tradição da escrita de cartas e celebrar de forma perene a imagem da poetisa e confeiteira goiana na coleção “Todas as Coras”. A colaboração entre os Correios e a Thear Vestuário tem um significado importante para a cultura goiana, a literatura e o turismo regional.

Goiás Velho: a cidade histórica que preserva a cultura colonial

A Cidade de Goiás, também conhecida como Goiás Velho, é uma das cidades mais antigas do Brasil e é repleta de história e cultura religiosa.

Sendo um importante destino turístico em Goiás, a cidade atrai visitantes de todo o mundo com sua arquitetura colonial preservada, igrejas históricas e cerimônias religiosas. Além disso, a cidade é berço de grandes personalidades brasileiras, como Cora Coralina e Pedro Ludovico Teixeira. Nesse artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber para planejar sua viagem à Cidade de Goiás.

A história da Cidade de Goiás começa em 1727, quando foi fundada pelos bandeirantes portugueses que buscavam ouro no interior do Brasil. A cidade já foi capital do estado de Goiás e seu patrimônio histórico se estende por toda a sua extensão territorial. O centro histórico é um verdadeiro museu a céu aberto, com ruas de pedra, casas coloniais e igrejas centenárias.

Uma das principais atrações da cidade são as igrejas históricas, todas construídas no período colonial. A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário é uma das mais famosas e uma das primeiras construções religiosas da cidade. Outra igreja imperdível é a Igreja de São Francisco, que possui uma fachada barroca espetacular e um interior ricamente decorado.

Além das igrejas, a cidade também é conhecida por suas cerimônias religiosas, como a Semana Santa e a Festa do Divino, que acontecem todos os anos e atraem milhares de fiéis. Durante esses eventos, as ruas da cidade são enfeitadas com tapetes multicoloridos feitos de serragem e flores.

Outro ponto turístico importante é a casa de Cora Coralina, localizada no centro da cidade. A casa foi transformada em museu e preserva objetos pessoais da escritora, além de uma bela vista para o Rio Vermelho. A poetisa é uma das personalidades mais importantes para a literatura brasileira e suas obras retratam a vida simples e cotidiana da cidade.

A Cidade de Goiás é um tesouro histórico do Brasil e um destino imperdível para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a cultura religiosa e arquitetura colonial do país. A cidade oferece muitas opções de passeios turísticos, como visitas às igrejas históricas, cerimônias religiosas e museus. Além disso, é possível apreciar vistas panorâmicas incríveis da paisagem circundante. Não deixe de incluir a Cidade de Goiás no seu roteiro de viagem pelo interior de Goiás.

 

História da Cidade de Goiás

Como toda a porção central do Brasil, a região de Goiás Velho era habitada por indígenas. Mas com a descoberta de ouro e investidas de bandeirantes vindos de São Paulo, Goiás começou a ter sua história contada. 

Onde habitava a nação Goiá, Bartolomeu Bueno da Silva fundaria, em 1729, o Arraial de Sant’Anna.

Pouco mais de uma década depois, em 1736, o local seria elevado à condição de vila administrativa, com o nome de Vila Boa de Goyaz (ortografia arcaica). Nesta época, ainda pertencia à Capitania de São Paulo. Em 1748, foi criada a Capitania de Goiás, mas o primeiro governador, dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos, só chegaria ali cinco anos depois.

Com ele, instalou-se um “Estado mínimo” e, logo, a vila transforma-se em capital da comarca. Noronha manda construir, então, entre outros prédios, a Casa de Fundição, em 1750, e o Palácio que levaria seu nome (Conde dos Arcos), em 1751. Décadas depois, outro governador – Luís da Cunha Meneses, que ficou no cargo de 1778 a 1783-, cria importantes marcos, fazendo a arborização da vila, o alinhamento de ruas e estabelecendo o primeiro plano de ordenamento urbano, que delineou a estrutura mantida até hoje.

Com o esgotamento do ouro, em fins do século XVIII, Vila Boa teve sua população reduzida e precisou reorientar suas atividades econômicas para a agropecuária, mas ainda assim cultural e socialmente sempre esteve sintonizada com as modas do Rio de Janeiro, então capital do Império. Daí até o início do século XX, as principais manifestações seriam de arte e cultura, com sarais, jograis, artes plásticas, literatura, arte culinária e cerâmica – além de um ritual único no Brasil, a Procissão do Fogaréu, realizada na Semana Santa.

Entretanto, a grande mudança, que já vinha sendo ventilada há muito tempo, foi a transferência da capital estadual para Goiânia, nos anos trinta e quarenta, coordenada pelo então interventor do Estado, Pedro Ludovico Teixeira. De certa forma, foi essa decisão que preservou a singular e exclusiva arquitetura colonial da cidade de Goiás.

Depois tornou-se simplesmente Goiás. Usa-se o Cidade apenas para diferenciar do nome do estado. Goiás Velho é apenas um apelido da velha capital. Mesmo com a mudança de nome, quem nasce lá ainda é chamado de vilaboense.

 

Turismo

Com tanta história, somente dar uma volta pelo centro da cidade já é um atrativo turístico. Mas onde ir? Nós vamos te contar tudo agora…

Com certeza, observar o Centro Histórico da simpática cidade goiana, com sua arquitetura preservada e chão de pedra já é um programa para o dia todo.

Listamos os principais pontos turísticos da Cidade de Goiás, com fotos e informações relevantes, para sua visita ser perfeita. 

 

Vamos conferir?

 

Museu Casa de Cora Coralina

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Foto: Marcos Aleotti

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Foto: Marcos Aleotti

O Museu Casa Cora Coralina, também conhecido como Casa Velha da Ponte. Fica às margens do Rio Vermelho e preserva a memória de uma das maiores poetisas da literatura brasileira. O museu foi criado em 1989. A casa pertencera ao desembargador Francisco Lins dos Guimarães Peixoto, pai de Cora, adquirida no início do século XIX.

 

Igreja do Rosário

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Foto: Marcos Aleotti

Independentemente de sua religião – e mesmo que não pratique nenhum, você irá se interessar pela beleza e arquitetura das várias igrejas da cidade. E a Igreja do Rosário é uma das mais belas da cidade. Com arcos góticos e paredes de pedras, ela foi construída em 1761, depois demolida e reconstruída em 1934, quando sua fachada original foi totalmente restaurada.

 

Praça do Coreto

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Foto: AnnaPrado / Flickr

Ainda no Centro Histórico da Cidade fica a encantadora Praça do Coreto. Logo abaixo encontra-se uma sorveteria que funciona desde 1952, onde você pode apreciar o movimento da praça, cuja arquitetura apaixona todos os que a admiram. O nome oficial do local é Praça Dr. Tasso de Camargo.

 

Palácio Conde dos Arcos

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Foto: Vívian Marçal / Flickr

Antiga cara dos governadores de Goiás, recebe o nome do primeiro deles. O lugar apresentar uma encantadora arquitetura barroca, com o curioso apelido de “Casa Chata”, com aspecto alongado. É uma das estruturas mais belas da cidade.

 

Museu das Bandeiras

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Foto: Marcos Aleotti

Antiga cadeia e prédio legislativo, hoje guarda armamentos, roupas, arte sacra, documentos, ferramentas de garimpo e outros objetos históricos.

 

Casa da Fundição do Ouro

Casas de Fundição do Brasil: conheça a história de 20 delas

Foto: Nélio Oliveira

Essa repartição, muito comum durante o ciclo do ouro nas capitanias mineradoras, subsistiu em Goiás até 1832, quando ainda era contemplada no orçamento. Era sua atribuição fundir o ouro trazido pelos mineiros em barras, descontando na ocasião os tributos que incidissem sobre o minério.

 

Cachoeira das Andorinhas

Cachoeira das Andorinhas: refúgio pra quem busca relaxar à apenas 2 horas  de Goiânia - Curta Mais

Foto: Trip Advisor

O turismo em Goiás Velho também está ligado a suas cachoeiras, como essa que é uma das mais famosas da cidade. 

A cachoeira das andorinhas é uma propriedade particular que o visitante de Goiás pode ter acesso ao um preço bem em conta. Faz-se uma caminhada de aproximadamente 1,5 km para chegar até ela, em meio a uma trilha na mata com belas paisagens. Ao chegar, o acesso é bem fácil e o banho a recompensa por estar num local bem preservado e maravilhoso.

Valor: R$ 20,00 (O valor pode sofrer alterações)

Maiores Informações: Telefone CAT – (62) 3524-1052 | Site Oficial 

 

Chafariz de Cauda

 

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Foto: Marcos Aleotti

 

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Foto: Marcos Aleotti

Fundado em 1778, o Largo do Chafariz foi criado para abastecer a cidade. Localiza-se na Praça Brasil Caído, seguindo um padrão arquitetônico próprio do século XVIII. O nome “Chafariz de Cauda” se deu pelo fato do aqueduto que o abastece ser bastante parecido a uma enorme cauda, na sua parte posterior. Diz-se que é o “único chafariz de cauda do Brasil”.

 

Mercado Municipal

 

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Foto: Marcos Aleotti

A parte mais deliciosa da Cidade de Goiás – com os melhores empadões, o bolinho de arroz e outros sabores imperdíveis – foi restaurada recentemente. Com seus mais de 90 anos de existência, o projeto arquitetônico manteve-se como no original, inicialmente idealizado para comercialização de mercadorias entre os produtores rurais da região.

 

 

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Fotos de capa: Marcos Aleotti

Cora Coralina será homenageada no São Paulo Fashion Week

A poetisa Cora Coralina será homenageada no São Paulo Fashion Week em 2023. A homenagem foi feita pela coleção da marca goiana Thear Vestuário, assinada pelo Empreendedor e Diretor Criativo Theo Alexandre.

 

Ele conta que a coleção foi desenvolvida  após  uma imersão na Cidade de Goiás para buscar as raízes e inspirações da ilustre goiana, que publicou o seu primeiro livro aos 76 anos e despontou como detentora de uma das maiores expressividades da poesia moderna.  De acordo com Theo,  Cora Coralina é a inspiração pelo o que representa, pela força feminina.  O estilista recebeu o aval da filha e neto de Cora, Vicência e Rubio, por meio de uma carta escrita à mão.

 

“Tive a oportunidade de abrir o guarda-roupa e entender quem era a doceira e a poetisa. Ouvir histórias e trazer essa regionalidade para as peças que serão apresentadas na passarela do SPFWN55”, conta. 

 

O desfile acontece no dia 27 de maio às 18h30, no Komplexo Tempo. O Festival SPFW+ Origens/Ressignificar fala sobre quem somos e o que nos une como coletivo humano criativo, destacando o caráter diverso e plural impresso em nossa expressão artística e estética.

 

Caminho de Cora Coralina se transforma em patrimônio cultural de Goiás

O Caminho de Cora Coralina é um roteiro turístico-cultural que tem como objetivo homenagear a escritora brasileira Cora Coralina, que nasceu e viveu boa parte da sua vida na cidade de Goiás.

Hoje o roteiro Caminho de Cora Coralina encontra-se consolidado, atendendo a caminhantes e ciclistas com pousos e alimentação ao longo de todo o seu percurso, tem uma associação formalizada com mais de 30 empreendedores e conta com mais de meia centena de colaboradores e voluntários que oferecem apoios em diversas áreas, cumprindo a missão de transformar o Caminho de Cora Coralina num roteiro de história, natureza, gastronomia e poesia.

Durante o percurso, os visitantes podem conhecer a história de Cora Coralina e sua importância para a literatura brasileira, além de desfrutar da beleza da cidade histórica de Goiás e da rica cultura goiana. O Caminho de Cora Coralina é uma forma de valorizar a obra da escritora e promover o turismo na região.

Patrimônio Cultural e Imaterial goiano

E agora, o Caminho de Cora Coralina se tornou oficialmente Patrimônio Cultural e Imaterial de Goiás. O governador Ronaldo Caiado sancionou a Lei Estadual nº 21.840 de autoria do deputado Amilton Filho (MDB), que reconhece a importância do percurso de mais de 300 km de extensão, que liga oito cidades goianas – Corumbá de Goiás, Pirenópolis, São Francisco de Goiás, Jaraguá, cidade de Goiás, Cocalzinho de Goiás, Itaguari e Itabera.

Segundo o parlamentar, o trecho mantém viva a tradição e a história de Goiás, além de propiciar uma imersão dentro do Cerrado e suas belezas naturais. “A contemplação de patrimônio de Goiás reconhecerá o trecho que retoma a caminhada dos bandeirantes por Goiás, que é palco de muitas pesquisas, conservação do meio ambiente e atrativos da cultura goiana”, disse Amilton Filho, na ocasião da defesa.

Em 2017 foi implementado o Caminho de Cora Coralina pela Agência Estadual de Turismo (Goiás Turismo), que ofereceu apoio em sua estruturação, através do Programa Experiências na Natureza, viabilizando a inclusão dos parques estaduais e de outras unidades de conservação no roteiro, mobilizando as comunidades locais e dando os primeiros passos para a organização da Associação Caminho de Cora Coralina. “Muitos turistas já caminham ou pedalam pelo percurso, que na história remonta à rota de bandeirantes que desbravaram o estado no passado”, destacou o deputado.

 

 

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Goiânia recebe espetáculo infantil inspirado em Alice no País das Maravilhas neste fim de semana

O Teatro Goiânia, unidade da Secretaria do Estado da Cultura (Secult), recebe neste sábado (25), a peça infantil ‘’Corinha no Cerrado das Maravilhas’’ da companhia Flor do Cerrado. O espetáculo começa a partir das 18 horas, e os ingressos podem ser adquiridos pela plataforma do Sympla com valores a partir de R$ 20,00.

A peça traz uma perspectiva da possível infância de Cora Coralina em uma história adaptada de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, e com um cenário bem goiano. Narrada pelo Chapeleiro Maluco, as aventuras de Corinha apresenta com criatividade a importância de preservar o Cerrado.

Celebrando 10 anos de carreira, a Companhia Flor do Cerrado apresenta, dentro da peça, músicas autorais e coreografias repletas de elementos folclóricos e regionais. Durante a história, além de interagir com o narrador, a protagonista também contracena com personagens conhecidos do Cerrado como o senhor Anta, a Jaguatirica, o Quati e o Tamanduá Bandeira.

Além da abordagem de preservação do meio ambiente, o evento é uma linda homenagem poética à grande mulher e escritora goiana Cora Coralina. Com criatividade e imaginação, este espetáculo traz à vida as cores do mundo, do céu, dos doces, das formigas e a importância da preservação do cerrado, tudo através da poesia de Cora.

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SERVIÇO:

Espetáculo infantil ‘’Corinha no Cerrado das Maravilhas’’

Quando: sábado, 25 de Março

Onde: Teatro Goiânia – Centro

Horário: 18 horas

Ingressos: portal Sympla

 

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Mulheres de Goiás: entenda a importância de Cora Coralina

Cora Coralina foi uma poetisa brasileira de grande destaque na literatura brasileira e goiana. Seu legado representa a síntese entre a poesia e a cultura brasileira. O trabalho de Cora Coralina foi muito importante para a valorização da cultura nacional. Um orgulho goiano!

A poetisa nasceu em 1882, na cidade de Goiás. Seu nome completo era Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mas ela foi mais conhecida pelo pseudônimo Cora Coralina.

A poesia dela mostrou a força da cultura brasileira e o encantamento do cotidiano. Seus poemas retratam a natureza, a vida e a cultura brasileira. Cora Coralina escreveu muitas obras, como Poesias, Livro de Sonetos, Livro de Poemas e Brasiliana.

Todas essas obras são marcadas por seu estilo único, que se destaca pela simplicidade e beleza poética. Cora Coralina também foi uma grande incentivadora da literatura brasileira e da cultura nacional. Ela também acreditava que a poesia era uma forma de expressar sentimentos e pensamentos.

O legado de Cora ainda é lembrado e admirado. 

Considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais), quando já tinha quase 76 anos de idade, apesar de escrever seus versos desde a adolescência.

Por incrível que pareça, ela era uma mulher simples, doceira de profissão, e mesmo tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

Uma curiosidade é que ela cursou apenas até a terceira série do curso primário. E em 1922 foi convidada a participar da Semana de Arte Moderna, mas foi impedida por seu marido. Foi eleita com o “Prêmio Juca Pato” da União Brasileira dos Escritores, como intelectual do ano de 1983.

Em Goiás Velho, ou Cidade de Goiás, tem um museu na casa onde Cora Coralina nasceu e viveu. 

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Foto: Prefeitura da Cidade de Goiás

Além disso, perto da entrada, tem uma estátua homenagenado a poetisa goiana.

 

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Foto de capa: Luis Elias

Temporada 2023 de exposições na Vila Cultural Cora Coralina começa nesta terça em Goiânia

A Vila Cultural Cora Coralina, em Goiânia, abre a temporada 2023 de exposições nesta terça-feira (14) a partir das 18h30. A mostra de abertura é do artista goiano Ricardo Santiago, chamada ‘’Arte em Misturas’’, que vai ficar exposta na sala Sebastião Barbosa.

Com entrada gratuita, a mostra fica em cartaz até 3 de março, com visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. A exposição reúne vários trabalhos desenvolvidos pelo artista que transitam pelo artesanato, artes plásticas e artes visuais digitais. O objetivo, segundo o artista, é a busca pela conexão destas linguagens artísticas através de técnicas mistas e inovadoras. As obras foram produzidas nos últimos três anos.  

Natural de Goiânia, Ricardo Santiago é arquiteto por formação e artesão, artista plástico e visual autodidata. O artista tem 26 anos e atua há sete dedicando-se aos estudos do artesanato, artes plásticas e artes visuais digitais. Já participou de mostras individuais e coletivas na capital.
 
A Vila Cultural Cora Coralina é uma unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) de Goiás.

 
SERVIÇO:

Arte em Misturas – Individual do artista Ricardo Santiago
Local: Sala Sebastião Barbosa – Vila Cultural Cora Coralina – Rua 23 com Rua 3, Centro
Abertura: 14/02, às 18h30
Visitação: de 15/02 a 03/02, segunda a sexta-feira, das 9h às 15h
Entrada Franca

 

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Conheça o Cora, novo restaurante em Goiânia e que será palco da festa dos vencedores do 1º Prêmio Curta Mais – o melhor da cidade

O Guia Curta Mais completa 15 anos agora em 2022 e essa data não poderia passar em branco. Ou melhor, de pratos vazios. Por isso, em um momento de arrefecimento da pandemia e de retomada das atividades presenciais nos setores de gastronomia, entretenimento, hotelaria e Turismo, nada melhor que quem tem autoridade e reconhecimento nas áreas fazer um guia prestigiando e premiando os melhores de Goiânia. Daí que nasceu o 1º Prêmio Curta Mais – o melhor da cidade 2022.

 

A divulgação dos melhores da gastronomia, entretenimento, hotelaria e turismo de Goiânia acontece no dia 22 de novembro, em uma festa exclusiva para convidados e premiados, no Cora Restaurante – Escola do Senac, na nova sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O 1º Prêmio Curta Mais – o melhor da cidade 2022 conta com o reconhecimento e apoio do Sicob-Secovicred, do Sebrae e do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac.

 

A Gastronomia é um setor que avança para além das ações da cozinha, e impacta de forma crescente e positiva o mercado brasileiro, transformando não só profissionais que atuam nos ramos de alimentos, hotelaria e eventos como amplia possibilidades de empreendedorismo e transformação social por meio da educação profissional. Para o Presidente da Fecomércio Goiás, Marcelo Baiocchi inegável o poder transformador da gastronomia, pois a alimentação é uma das atividades humanas mais importantes, não só por óbvias razões biológicas, mas também porque envolve aspectos econômicos, sociais, científicos, políticos, psicológicos e culturais cruciais para a dinâmica do desenvolvimento social. Este segmento é de grande importância para o Senac Goiás e, no que tange a visibilidade de seus resultados e ações regionais e nacionais.

 

Em um Restaurante Escola, acontecem as rotinas operacionais de um restaurante comum e vinculado a essa operação funciona um polo de aprendizagem para os estudantes de cursos de Gastronomia. O espaço tem uma grande importância para o cotidiano de ensino, sobretudo para os alunos que desejam ter uma primeira experiência profissional. No Restaurante Escola, é possível desenvolver habilidades e competências que fazem parte da rotina da profissão. Isso porque os alunos irão atuar com técnica e criatividade, sendo sempre orientados pelos instrutores especialistas do Senac Goiás e pela equipe do próprio restaurante, facilitadores de aprendizado.

 

O Cora Restante Escola contará com um design moderno e arrojado, com traços de Art Déco mesclado com modernidade, grandes espaços verdes e na cozinha espaço subdivididos com equipamento modernos e tecnológicos. 

 

Para escolha do nome da primeira empresa pedagógica do Senac Goiás, o mesmo teria que conjugar com a gestão atual da Fecomércio/ GO e Senac Goiás, que vem trazendo inovação a entidades tradicionais, também teria que ser forte e, em simultâneo, simples. Além de representativo para o estado, e assim surgiu o CORA RESTAURANTE ESCOLA.

 

Cora Coralina é personalidade goiana famosa, poetisa e doceira por quase toda a vida, conta com inúmeros livros publicados de poesia e receitas. Com isso, considerando o conceito do restaurante de tecnologia e modernidade, foi escolhido apenas o Cora para mostrar a valorização da cultura e tradição goiana.

 

O Cora Restaurante Escola, contara com portfólio de capacitações exclusivo, com previsão de cursos comerciais e pelo programa de gratuidade Senac. Ao todo serão realizados mais de 20 cursos tanto técnicas básicas, gastronomia internacional, gestão de bares e restaurantes e outros. Como destaque; os cursos de auxiliar de cozinha e garçom, cursos de capacitação profissional do Programa de Gratuidade Senac, onde poderão participar pessoas cuja renda familiar mensal per capita não ultrapasse dois salários-mínimos federais. Esses cursos têm o foco de atender as demandas constantes de bares e restaurantes desses profissionais.

 

Cora Restaurante Escola Assembleia Legislativa de Goiás

 

Localizado nas dependências da Alego, na avenida PL1 e AV. PL2 esquina com AV Olinda, Qd G, LT 01, Park Lozandes, Goiânia – GO. CEP: 74884-120

 

Foto: Divulgação

Os 10 melhores poemas de Cora Coralina

Ana Lins dos Guimarães Peixoto (20 de agosto de 1889 – 10 de abril de 1985) era o nome de batismo da poeta Cora Coralina, uma goiana que começou a publicar os seus trabalhos quando tinha 76 anos. Tendo cursado somente até a terceira série, Ana ou Cora criou versos preciosos.

Suas poesias são baseadas numa escrita do cotidiano, das miudezas, e é caracterizada por uma delicadeza e por uma sabedoria de quem passou pela vida e observou cada detalhe do caminho.

Apesar do início tardio na carreira literária, Cora Coralina é dona de uma produção consistente e tornou-se uma das mais celebradas poetas do país. Seus versos ganharam fãs mundo afora e a lírica goiana, está sendo divulgada.

Listamos os 10 melhores poemas dessa autoria inestimável para a literatura brasileira:

1. Aninha e Suas Pedras

Não te deixes destruir…

Ajuntando novas pedras

e construindo novos poemas.

Recria tua vida, sempre, sempre.

Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.

Faz de tua vida mesquinha

um poema.

E viverás no coração dos jovens

e na memória das gerações que hão de vir.

Esta fonte é para uso de todos os sedentos.

Toma a tua parte.

Vem a estas páginas

e não entraves seu uso

aos que têm sede.

 

2. Conclusões de Aninha

Estavam ali parados. Marido e mulher.

Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça

tímida, humilde, sofrida.

Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,

e tudo que tinha dentro.

Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar

novo rancho e comprar suas pobrezinhas.

O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula,

entregou sem palavra.

A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,

se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar

E não abriu a bolsa.

Qual dos dois ajudou mais?

 

3. Mulher da Vida

Mulher da Vida,

Minha irmã.

De todos os tempos.

De todos os povos.

De todas as latitudes.

Ela vem do fundo imemorial das idades

e carrega a carga pesada

dos mais torpes sinônimos,

apelidos e ápodos:

Mulher da zona,

Mulher da rua,

Mulher perdida,

Mulher à toa.

Mulher da vida,

Minha irmã.

 

4. Ofertas de Aninha (Aos moços)

Eu sou aquela mulher

a quem o tempo

muito ensinou.

Ensinou a amar a vida.

Não desistir da luta.

Recomeçar na derrota.

Renunciar a palavras e pensamentos negativos.

Acreditar nos valores humanos.

Ser otimista.

Creio numa força imanente

que vai ligando a família humana

numa corrente luminosa

de fraternidade universal.

Creio na solidariedade humana.

Creio na superação dos erros

e angústias do presente.

Acredito nos moços.

Exalto sua confiança,

generosidade e idealismo.

Creio nos milagres da ciência

e na descoberta de uma profilaxia

futura dos erros e violências

do presente.

Aprendi que mais vale lutar

do que recolher dinheiro fácil.

Antes acreditar do que duvidar.

 

5. Becos de Goiás

Becos da minha terra…

Amo tua paisagem triste, ausente e suja.

Teu ar sombrio. Tua velha umidade andrajosa.

Teu lodo negro, esverdeado, escorregadio.

E a réstia de sol que ao meio-dia desce fugidia,

e semeias polmes dourados no teu lixo pobre,

calçando de ouro a sandália velha, jogada no monturo.

 

Amo a prantina silenciosa do teu fio de água,

Descendo de quintais escusos sem pressa,

e se sumindo depressa na brecha de um velho cano.

Amo a avenca delicada que renasce

Na frincha de teus muros empenados,

e a plantinha desvalida de caule mole

que se defende, viceja e floresce

no agasalho de tua sombra úmida e calada

 

6. Meu Destino

Nas palmas de tuas mãos

leio as linhas da minha vida.

Linhas cruzadas, sinuosas,

interferindo no teu destino.

Não te procurei, não me procurastes –

íamos sozinhos por estradas diferentes.

Indiferentes, cruzamos

Passavas com o fardo da vida…

Corri ao teu encontro.

Sorri. Falamos.

Esse dia foi marcado

com a pedra branca

da cabeça de um peixe.

E, desde então, caminhamos

juntos pela vida…

 

7. Ressalva

Este livro foi escrito

por uma mulher

que no tarde da Vida

recria a poetiza sua própria

Vida.

 

Este livro

foi escrito por uma mulher

que fez a escalada da

Montanha da Vida

removendo pedras

e plantando flores.

 

Este livro:

Versos… Não.

Poesia… Não.

Um modo diferente de contar velhas estórias.

 

8. Todas as Vidas

Vive dentro de mim

uma cabocla velha

de mau-olhado,

acocorada ao pé do borralho,

olhando para o fogo.

Benze quebranto.

Bota feitiço…

Ogum. Orixá.

Macumba, terreiro.

Ogã, pai de santo…

 

Vive dentro de mim

a lavadeira do Rio Vermelho.

Seu cheiro gostoso

d’água e sabão.

Rodilha de pano.

Trouxa de roupa,

pedra de anil.

Sua coroa verde de são-caetano.

 

Vive dentro de mim

a mulher cozinheira.

Pimenta e cebola.

Quitute benfeito.

Panela de barro.

Taipa de lenha.

Cozinha antiga

toda pretinha.

Bem cacheada de picumã.

Pedra pontuda.

Cumbuco de coco.

Pisando alho-sal.

 

Vive dentro de mim

a mulher do povo.

Bem proletária.

Bem linguaruda,

desabusada, sem preconceitos,

de casca-grossa,

de chinelinha,

e filharada.

 

Vive dentro de mim

a mulher roceira.

– Enxerto da terra,

meio casmurra.

Trabalhadeira.

Madrugadeira.

Analfabeta.

De pé no chão.

Bem parideira.

Bem criadeira.

Seus doze filhos

Seus vinte netos.

 

Vive dentro de mim

a mulher da vida.

Minha irmãzinha…

Fingindo alegre seu triste fado.

 

Todas as vidas dentro de mim:

Na minha vida –

a vida mera das obscuras.

 

9. Cora Coralina, Quem É Você?

Sou mulher como outra qualquer.

Venho do século passado

e trago comigo todas as idades.

 

Nasci numa rebaixa de serra

entre serras e morros.

“Longe de todos os lugares”.

Numa cidade de onde levaram

o ouro e deixaram as pedras.

 

Junto a estas decorreram

a minha infância e adolescência.

 

Aos meus anseios respondiam

as escarpas agrestes.

E eu fechada dentroda imensa serrania

que se azulava na distância

longínqua.

 

Numa ânsia de vida eu abria

o vôo nas asas impossíveis

do sonho.

 

Venho do século passado.

Pertenço a uma geração

ponte, entre a libertação

dos escravos e o trabalhador livre.

Entre a monarquia

caída e a república

que se instalava.

 

Todo o ranço do passado era

presente.

A brutalidade, a incompreensão,

a ignorância, o carrancismo.

 

10. Assim Eu Vejo a Vida

A vida tem duas faces:

Positiva e negativa

O passado foi duro

mas deixou o seu legado

Saber viver é a grande sabedoria

Que eu possa dignificar

Minha condição de mulher,

Aceitar suas limitações

E me fazer pedra de segurança

dos valores que vão desmoronando.

Nasci em tempos rudes

Aceitei contradições

lutas e pedras

como lições de vida

e delas me sirvo

Aprendi a viver.

 

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Foto de capa: Reprodução/Luis Elias

7 poetas goianos que todo mundo precisa conhecer

O Dia do Poeta é celebrado anualmente em 20 de outubro. Esta data celebra o profissional, que pode (e deve) ser reconhecido como um artista escritor, que usa de sua criatividade, imaginação e sensibilidade para escrever, em versos, as poesias que faz. O principal propósito da data é incentivar a leitura, escrita e publicação de obras poéticas nacionais.

Há séculos as pessoas se emocionam, riem e choram com essas belas produção artísticas, consideradas como uma das Sete Artes Tradicionais. Aqui em Goiás tem muitos poetas bons e para homenageá-los, hoje separamos 7 nomes importantes na literatura goiana. Confira:

 

Cora Coralina

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Provavelmente é uma das autoras mais reconhecidas na literatura brasileira. Tendo concluído apenas a 4ª série do ensino fundamental, Cora encanta a todos que entram em contato com seus livros, poemas, poesias e artigos que destilam a alegria de viver. Seu primeiro livro foi lançado em junho de 1965, quando já tinha quase 76 anos de idade.

 

José Godoy Garcia

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Natural de Jataí, José morou no Rio de Janeiro na década de 30 e ao retornar para Goiás publicou o “Rio do Sono”, que fala do fazer poético e do que inspira um escritor. Além disso, o autor teve diversas obras publicadas como: Araguaia Mansidão (1972); Aqui é a Terra (1980); Entre Hinos e Bandeiras (1985); Os morcegos (1987); Os dinossauros dos sete mares (1988) dentre outros.

 

Bernardo Élis

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Também nascido em Corumbá de Goiás, Élis foi o primeiro e único membro goiano da Academia Brasileira de Letras. Foi poeta, contista e romancista, além de advogado e professor.

 

Gilberto Mendonça Teles

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O escritor faz parte do seleto grupo de autores de Goiás que ultrapassaram as fronteiras do estado e ganharam visibilidade na literatura brasileira. Nascido em Bela Vista de Goiás, é conhecido tanto pela sua produção poética como pelos seus importantes estudos sobre o modernismo e a vanguarda na poesia.

 

Lêda Selma

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Membro da cadeira 14 da Academia Goiana de Letras, Lêda é poetisa, contista, cronista, e integra várias antologias nacionais e internacionais. É verbete em diversos trabalhos críticos goianos, e, também, em obras de alcance nacional como “Dicionário de Mulheres”, de Hilda Agnes Hübner Flores, e “Enciclopédia de Literatura Brasileira”, Afrânio Coutinho. Publicou 14 livros (7 de poemas e 7 em prosa).

 

Yêda Schmaltz

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Recém-nascida no estado de Pernambuco 1941, foi levada para Ipameri (GO), terra do seu pai. É neta do poeta Demóstenes Cristino um dos iniciadores do modernismo em Goiás. Bacharel em Letras Vernáculas e em Direito, foi professora da Universidade Federal de Goiás, Instituto de Artes. Tem mais de 20 obras publicadas, recebeu inúmeros prêmios e distinções, cabendo destacar o da Associação Paulista de Críticos de Arte, reconhendo sua obra “Baco e Anas brasileiras” como o melhor livro de poesia, em 1985. Yêda foi voz feminina da poesia de Goiás.

 

Leodegária De Jesus

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Leodegária Brazília de Jesus nasceu em Caldas Novas em 1889. Ela foi uma das primeiras mulheres a lançar um livro de poemas em Goiás. Documentos apontam 1906 como ano da publicação da sua primeira obra, “Coroas de Lírios”, que ela teria escrito aos quinze anos e publicado aos dezessete. O fato de ter sido uma escritora negra marcou as dificuldades que a escritora enfrentava naquela época. Tanto que, durante muito tempo, sua obra caiu no ostracismo. Uma revisão da literatura aponta que os poemas de Leodegária não foram bem recebidos quando publicados. Sua literatura é autobiográfica, carregada de romantismo e forma parnasiana. Na época em que Leodegária escreveu seus livros, seu estilo literário modernista já despontava em outras partes do Brasil, principalmente no eixo Rio-São Paulo. Isso mostra o tardio contato da literatura goiana com o movimento.

A escritora Darcy Denófrio descreve Leodegária de Jesus como o primeiro punho lírico feminino em Goiás. “Mulher admirável, foi ela pioneira em mais de um sentido: estudou até Latim, numa época em que as mulheres brasileiras morriam analfabetas; foi chefe de família, quando a mulher não cumpria esta função; foi escritora, quando a mulher não escrevia; escreveu livro de poemas entre os 14 e os 15 anos, época em que a mulher aprendia tão somente os ofícios domésticos em prisão domiciliar; publicou-o mal entrando em seus 17 anos, quando os poetas, seus pares, tinham idade para ser seus pais ou até mesmo seus avós; e numa década pródiga em livros, rica para a Literatura Goiana, quando foi dela a única voz que salvou a mulher do total silêncio nas Letras, perdurando o seu solo por quase meio século.”

 

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Fotos reproduzidas da Internet (Wikipédia)

 

 

Espetáculo infantil em homenagem à Cora Coralina acontece em Goiânia com entrada gratuita

O espetáculo infantil ”Corinha no Cerrado das Maravilhas” é uma superprodução desenvolvida pela Cia. Flor do Cerrado, em celebração aos 10 anos da companhia de teatro, e uma homenagem à uma das figuras mais importantes da história de Goiás: a poetisa Cora Coralina. A peça acontece no próximo sábado, 24 de setembro, no Centro Cultural da UFG, a partir das 19h e a entrada é totalmente gratuita.

O espetáculo tem o intuito de trazer o olhar para a infância possível de Cora Coralina, a sua meninice, resgatando o colorido que existe em sua escrita e nos seus doces e receitas. E nada melhor do que fazer este paralelo com a obra Alice no País das Maravilhas, de Lewis Caroll. 

Uma homenagem poética a esta grande mulher e escritora que é Cora Coralina, bem como levar a mensagem da importância da criatividade e imaginação, das cores do mundo, do céu, dos doces, das formigas e da preservação do cerrado.  

O enredo ainda conta com a narração do Chapeleiro Maluco, que ao longo da história interage com a menina Corinha e o os animais do cerrado, como o senhor Anta, a Jaguatirica, o Quati e o Tamanduá Bandeira. Dessa maneira, o autor Ribamar Ribeiro dá a dimensão necessária ao universo lúdico de Cora. Somando a isso a cenografia mapeada oferece uma experiência única de imersão do público e construção de um mundo lúdico que explora a criatividade e imaginação. 

Ingressos

Para participar, é necessário retirar o ingresso gratuito pela plataforma Sympla, com limite de até duas cortesias por cadastro. O sucesso foi tanto que, no momento, os ingressos já estão esgotados. Mas de acordo com o produtor cultural da peça, Hélio Martins, serão liberados mais 80 bilhetes para retirada.

10 anos da Cia. Flor do Cerrado

Criada em 2012, a companhia, desenvolve ao longo desses 10 anos uma pesquisa focada no teatro para a infância e juventude, onde a organização, produção e criação artística são executadas de forma compartilhada entre seus artistas, produtores e equipe técnica. Além das montagens teatrais para o público infantil, o grupo também propõe uma permanente reflexão sobre teatro inclusivo e acessível. A cia já circulou por 4 estados brasileiros (Brasília, Tocantins, Pará e Maranhão) e se apresentou em 25 cidades goianas, incluindo o entorno do Distrito Federal.

SERVIÇO:

Espetáculo ‘Corinha no Cerrado das Maravilhas’ em Goiânia

Quando: sábado, 24 de setembro

Onde: Centro Cultural UFG – Avenida Universitária, nº 1533, Setor Leste Universitário

Horário: 19h

Entrada franca / Retirada no Sympla

cia

 

Imagem: Jhonnathas Franco

 

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