Palocci diz que propina para campanha de Dilma foi acertada em reunião com Lula

Uma semana apenas antes das eleições, o juíz responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, Sérgio Moro, derrubou o sigilo da delação de  Antônio Palocci, ministro dos governos Lula e Dilma.

O ex-ministro, que pagará multa de R$ 35 milhões e com isso uma redução de 2/3 da pena, diz que propina de R$ 40 milhões para a campanha da Dilma em 2010 foi acertada em reunião com o ex-presidente Lula.

Palocci e Lula são amigos antes mesmo do PT chegar ao Planalto.

Imagem: Dida Sampaio | Estadão 2006

Saiba quem é quem em O Mecanismo, série da Netflix inspirada na Operação Lava Jato

Faz apenas uma semana que O Mecanismo, série dirigida por José Padilha (Tropa de Elite) com base na operação Lava Jato, estreou no catálogo da Netflix, mas estes oito dias foram suficientes para uma série de polêmicas envolvendo a produção movimentarem as redes sociais.

Grupos na internet fizeram campanha de boicote à Netflix contra a suposta ‘parcialidade’ da série e até os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff chegaram a sugerir que a produção é irresponsável ao transmitir os fatos para seu público.

Isso tudo porque figuras centrais da operação Lava Jato, que movimenta os noticiários brasileiros desde 2014, são retratadas na obra (com nomes diferentes). Apesar disso, não é muito difícil identificar quem é quem através das características físicas e trejeitos dos personagens.

Assistiu a série e ficou na dúvida sobre quem um personagem ou outro representa? O Curta Mais mostra quem é quem:

db459b35a79b079884c41a4cd4ab9cbf.jpg
O juiz Sergio Moro em ‘O Mecanismo’ é o Juiz Rigo, vivido pelo ator Otto Jr

ae16232b74e9f96bcce29382ac9781bd.jpg
Lula, ex-presidente pelo PT, na versão da série se chama João Higino, interpretado por Arthur Kohl

57c09ac833e4d3a2ac2f34b9eee52a6b.jpg
Dilma Rousseff é Janete Ruscov, cuja pele é dada por Sura Berditchevsky

f706da7f5e0dc02b64588ce1925102ab.jpg
O policial Gerson Machado é Marco Ruffo, por Selton Mello

5236408bd00c83be81a256a333227d49.jpg
Aécio Neves é Lúcio Lemes, por Michel Bercovitch

0228f9303e11d1ff963dce430af801d5.jpg
Erica Marena é vivida pela atriz Carol Abras na personagem Verena Cardoni

bdc0cbed80e91b48315d1fa64cd225e5.jpg
Paulo Roberto Costa, dirigente da Petrobras, na série virou João Pedro Rangel, por Leonardo Medeiros

9aadd76abf478badaa0d25c089bcf41c.jpg
O empreiteiro Marcelo Odebrecht (presidente da Odebrecht, que na série é Miller & Brecht) na série virou Ricardo Brecht, interpretado por Emilio Orciollo Netto

e19f5e93cc907d2454de06ab284564b0.jpg
O doleiro Alberto Youssef é representado na série por Roberto Ibrahim, vivido por Enrique Diaz

 

Diretor de O Mecanismo responde a crítica de Dilma: se soubesse ler, não estaríamos com esse problema

Lançada na última sexta-feira (23), a série O Mecanismo, inspirada na operação Lava Jato, está dando o que falar, gerando discussão fazendo até com que a ex-presidente Dilma Roussef se pronuncie.

Em nota divulgada no último domingo (25), Dilma afirma que José Padilha, o cabeça por trás da série, é um “criador de notícias falsas”.

Dizendo que: a propósito de contar a história da Lava Jato, numa série ‘baseada em fatos reais’, o cineasta José Padilha incorre na distorção da realidade e na propagação de mentiras de toda sorte para atacar, a ela e ao ex-presidente Lula.

A série tem como intérprete de seu protagonista o ator Selton Mello. Para “mascarar” alguns personagens reais, a produção optou por expressões como Polícia Federativa, Ministério Federal Público, PetroBrasil, Ricardo ‘Brecht’, entre outras. Segundo a produtora Malu Miranda, isso acontece porque, diferente das produções norte-americanas, no Brasil, tratam-se de “marcas registradas”. Outros exemplos: Higino, o ex-presidente Lula e Janete seria Dilma.

Além disso, no início de casa episódio é exibido um alerta de que se tratam de uma obra de ficção baseada em fatos reais.

Uma das principais reclamações da ex-presidente foi a frase “estancar a sangria” [expressão usada para falar sobre barrar as investigações da Lava Jato] ter sido colocada na boa de Higino, sendo que na vida real essa fraase foi dita pelo senador Romero Jucá [MDB-RR].

Em resposta, Padilha disse à Folha de S. Paulo, que Jucá não é dono dessa expressão, então os roteiristas estão livres para usá-la.

E que O Mecanismo é uma obra-comentário. Na abertura de cada capítulo está escrito que os fatos estão dramatizados, se a Dilma soubesse ler, não estaríamos com esse problema.

O cineasta também afirma que a série representa um problema sistêmico de corrupção, não exclusivo do PT, mas de outros partidos e setores.

Esse é um debate boboca, mas que revela algo: se a principal reclamação é o uso desta expressão, pode-se imaginar que o público petista está achando difícil negar todo o resto. Nada a dizer quanto aos roubos e desvios de verba públicas praticadas por Higino e Tames com os empreiteiros…? Hummm… Interessante, disse em entrevista ao Observatório do Cinema.

‘O Mecanismo’ – série sobre Operação Lava Jato gera polêmica e irrita Dilma: ‘fake news’

A série “O Mecanismo”, dirigida pelo brasileiro José Padilha e produzida pela Netflix, chegou causando polêmica e dividindo opiniões nas redes sociais. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que é retratada na produção, fez duras críticas ao seriado, inspirado na Operação Lava Jato. Por meio de nota, a ex-presidente atacou o diretor brasileiro que também esteve à frente de Narcos, outra série de sucesso da Netflix, que reconta a história de Pablo Escobar e também também rendeu polêmica na Colômbia. “A série ‘O Mecanismo’, na Netflix, é mentirosa e dissimulada. O diretor inventa fatos. Não reproduz ‘fake news’. Ele próprio tornou-se um criador de notícias falsas”, diz a nota assinada por Dilma.

Dilma diz ainda que o cineasta “tem o desplante” de atribuir as palavras do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre “estancar a sangria” ao personagem associado ao ex-presidente Lula. “Jucá confessava ali o desejo de ‘um grande acordo acordo nacional’. O estarrecedor é que o cineasta atribui tais declarações ao personagem que encarna o presidente Lula”, escreve.

A ex-presidente chama a série de “desonestidade intelectual” por parte de Padilha e compara a narrativa a outros fatos da história mundial. “É como se recriassem no cinema os últimos momentos da tragédia de John Kennedy, colocando o assassino, Lee Harvey Oswald, acusando a vítima. Ou Winston Churchill acertando com Adolf Hitler uma aliança para atacar os Estados Unidos. Ou Getúlio Vargas muito amigo de Carlos Lacerda, apoiando o golpe em 1954”.

A petista finaliza dizendo reiterar o respeito pela liberdade de expressão e manifestação artística, mas defende que a série se assuma como uma obra de ficção. “É forçoso reconhecer que se trata de ficção. Caso contrário, o que se está fazendo não está baseado em fatos reais, mas em distorções reais, em ‘fake news’ inventadas”, diz

Em entrevista ao site “Observatório do Cinema”, publicada neste domingo, o diretor respondeu às críticas feitas à série. Segundo ele, o fato de ter misturado falas e personagens não tem importância. “Essa turma nāo entendeu que a série é uma crítica ao sistema como um todo e nāo a esse ou àquele político ou a qualquer grupo partidário. Por isso se chama ‘O Mecanismo’. Assim, misturar falas ou expressōes de um político-personagem que o público pode confundir nāo tem a menor importância, pois sāo todos parte do sistema. É esse mecanismo que queremos combater”, afirmou o diretor. Para ele, as críticas constituem uma discussão “boboca”.

Leia a nota da ex-presidente Dilma Rousseff na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O país continua vivo, apesar dos ilusionistas, dos vendedores de ódio e dos golpistas de plantão. Agora, a narrativa pró-Golpe de 2016 ganha novas cores, numa visão distorcida da história, com tons típicos do fascismo latente no país.

A propósito de contar a história da Lava-Jato, numa série “baseada em fatos reais”, o cineasta José Padilha incorre na distorção da realidade e na propagação de mentiras de toda sorte para atacar a mim e ao presidente Lula.

A série “O Mecanismo”, na Netflix, é mentirosa e dissimulada. O diretor inventa fatos. Não reproduz “fake news”. Ele próprio tornou-se um criador de notícias falsas.

O cineasta trata o escândalo do Banestado, cujo doleiro-delator era Alberto Yousseff, numa linha de tempo alternativa. Ora, se a série é “baseada em fatos reais”, no mínimo é preciso se ater ao tempo em que os fatos ocorreram. O caso Banestado não começou em 2003, como está na série, mas em 1996, em pleno governo FHC.

Sobre mim, o diretor de cinema usa as mesmas tintas de parte da imprensa brasileira para praticar assassinato de reputações, vertendo mentiras na série de TV, algumas que nem mesmo parte da grande mídia nacional teve coragem de insinuar.

Youssef jamais teve participação na minha campanha de reeleição, nem esteve na sede do comitê, como destaca a série, logo em seu primeiro capítulo. A verdade é que o doleiro nunca teve contato com qualquer integrante da minha campanha.

A má fé do cineasta é gritante, ao ponto de cometer outra fantasia: a de que eu seria próxima de Paulo Roberto da Costa. Isso não é verdade. Eu nunca tive qualquer tipo de amizade com Paulo Roberto, exonerado da Petrobras no meu governo.

Na série de TV, o cineasta ainda tem o desplante de usar as célebres palavras do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre “estancar a sangria”, na época do impeachment fraudulento, num esforço para evitar que as investigações chegassem até aos golpistas. Juca confessava ali o desejo de “um grande acordo nacional”. O estarrecedor é que o cineasta atribui tais declarações ao personagem que encarna o presidente Lula.

Reparem. Na vida real, Lula jamais deu tais declarações. O senador Romero Jucá, líder do golpe, afirmou isso numa conversa com o delator  Sérgio Machado, que o gravou e a quem esclarecia sobre o caráter estratégico do meu impeachment.

Na ocasião, Jucá e Machado debatiam como paralisar as investigações da Lava Jato contra membros do PMDB e do governo Temer, o que seria obtido pela chegada dos golpistas ao poder, a partir do meu afastamento da Presidência da República, em 2016.

Outra mentira é a declaração do personagem baseado em Youssef de que, em 2003, o então ministro da Justiça era seu advogado. Uma farsa. A pasta era ocupada naquela época por Márcio Thomas Bastos. Padilha faz o ataque à honra do criminalista à sorrelfa. O advogado sequer está vivo hoje para se defender.

O cineasta não usa a liberdade artística para recriar um episódio da história nacional. Ele mente, distorce e falseia. Isso é mais do que desonestidade intelectual. É próprio de um pusilânime a serviço de uma versão que teme a verdade.

É como se recriassem no cinema os últimos momentos da tragédia de John Kennedy, colocando o assassino, Lee Harvey Oswald, acusando a vítima. Ou Winston Churchill acertando com Adolf Hitler uma aliança para atacar os Estados Unidos. Ou Getúlio Vargas muito amigo de Carlos Lacerda, apoiando o golpe em 1954.

O cineasta faz ficção ao tratar da história do país, mas sem avisar a opinião pública. Declara basear-se em fatos reais e com isso tenta dissimular o que está  fazendo, ao inventar passagens e distorcer os fatos reais da história para emoldurar a realidade à sua maneira e ao seu bel prazer.

Reitero meu respeito à liberdade de expressão e à manifestação artística. Há quem queira fazer ficção e tem todo o direito de fazê-lo. Mas é forçoso reconhecer que se trata de ficção. Caso contrário, o que se está fazendo não está baseado em fatos reais, mas em distorções reais, em “fake news” inventadas.

DILMA ROUSSEFF

Lula afirma estar pronto para ser preso em livro que será lançado nesta sexta

O livro “A Verdade Vencerá – o povo sabe por que me condenam”, que foi escrito baseado em três entrevistas com o ex-presidente Lula, será lançado nesta sexta (16), em São Paulo, pela editora Boitempo. Os jornalistas Juca Kfouri, Ivana Jinkings, Gilberto Maringoni e Maria Inês Nassif foram os responsáveis pelas entrevistas. Confira a seguir os principais pontos abordados pelo ex-presidente, indo desde a possibilidade de ser preso, até a opinião de Lula sobre Dilma Roussef.

A prisão

Sobre uma possível fuga para uma embaixada amiga (ao invés de aceitar passivamente a prisão), Lula afirmou que está pronto para enfrentar a pena e nega a possibilidade de um escape para outro país. “Olha, conheço companheiros que ficaram 15 anos exilados e não tiveram voz aqui dentro, no Brasil.”
A pena a que foi condenado é de 12 anos e 1 mês e o ex-presidente afirma que tal condenação servirá como uma forma de discurso em prol de seu nome a ser usado por seus seguidores (o discurso de preso político, injustiçado). Ele também acredita que um dia será absolvido pela história, dizendo “o preço que vai ser pago historicamente é a mentira contada agora”.

Sobre Dilma e Temer

Lula não poupou críticas à ex-presidente Dilma Rousseff, afirmando que faltou empenho político da presidente cassada e sua equipe para evitar o impeachment. Ele revelou que, inclusive, disse para Dilma: “Olha, você vai passar para a história como a única presidente que nem os ministros defenderam”.
Comparando-a ao atual presidente Michel Temer, Lula afirmou que ele soube resistir melhor que a petista.

6cb52843bdbc6b1d0f3d6f41427fbfca.jpg

Foto: Ilustração/Google/GGN.

Lula vai além e fala de outros assuntos, políticos e pessoais, como histórias de eleições passadas, a relação de João Santana em relação à Dilma e a sua relação com bebidas alcoólicas, afirmando que a última vez em que bebeu “para valer” foi em 1974, após um jogo entre Brasil e Holanda, em que o time brasileiro perdeu por 2×0.

O livro

Uma curiosidade sobre o livro que será lançado esta semana, é que o discurso “A História me Absolverá”, escrito como a defesa do advogado e líder da revolução cubana, Fidel Castro, foi uma das inspirações para Luís Inácio Lula da Silva. Coincidentemente, o livro com o discurso de Fidel também mostra um líder político que afirma não temer a prisão, o que fica claro na frase “Condenai-me, não importa. A história me absolverá.”

8f3f8029685dce57d06014c40738d5b6.jpg

Foto: Ilustração/Google/National Review.

As entrevistas para a produção do livro foram realizadas em fevereiro deste ano – ou seja, após o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) ter confirmado a condenação do ex-presidente. Outros escritores, como Luis Fernando Veríssimo, Luiz Felipe de Alencastro e Eric Nepomuceno colaboraram com textos para a obra.

Foto de capa: Ilustração/Nelson Almeida/AFP.

Dilma confirma eutanásia de seu labrador

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) divulgou, através de sua assessoria de imprensa, uma nota em que esclarece que o labrador Nego, que vivia no Palácio da Alvorada, foi sacrificado por orientação médica pouco antes da petista deixar o local após ser afastada da Presidência da República.

“Há dois meses, o médico recomendou que fosse abreviado o sofrimento do cão, um dos prediletos de Dilma. Relutante, ela adiou a decisão até pouco antes de deixar o Palácio da Alvorada, na semana passada, e mudar-se para Porto Alegre”, diz a nota.

Já a labradora Princesa está com o ex-marido de Dilma, o advogado Carlos Araújo, em Porto Alegre, segundo a nota. Sobre os outros cachorros, os labradores Boni e Galego, Dilma disse que os deixou com amigos que vivem em Brasília.

Dilma

Confira a íntegra:

NOTA À IMPRENSA

A respeito das notas publicadas pela imprensa sobre a morte do cachorro Nego, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1. Não procede a informação de que Dilma Rousseff tenha “abandonado” o labrador Nego, que ganhou de José Dirceu em 2005. Ao lado dos outros cães de estimação da ex-presidenta – todos adotados: os labradores Boni, Galego e Princesa, além da cadelinha Fafá –, Nego foi amado por Dilma e sua família desde que passou a viver com ela em Brasília, nos tempos em que era ministra-chefe da Casa Civil.

2. Animal de grande porte, com quase 1,70m, Nego tinha três anos de idade quando passou a viver com Dilma. Aos 14 anos, desde dezembro de 2015, vinha sofrendo. Além da idade avançada, foi diagnosticado pelo veterinário como portador de mielopatia degenerativa canina.

3. Sob cuidados e orientação do médico-veterinário, Dilma prolongou ao máximo que pode o conforto e as necessidades de Nego. Há dois meses, o médico recomendou que fosse abreviado o sofrimento do cão, um dos prediletos de Dilma. Relutante, ela adiou a decisão até pouco antes de deixar o Palácio da Alvorada, na semana passada, e mudar-se para Porto Alegre.

4. Dilma sempre teve amor por animais de estimação. Adotou Fafá quando percorria as ruas de Brasília em uma caminhada e encontrou a cadelinha abandonada no Lago Sul. A acolheu e passou a cuidar dela com amor, atenção e carinho. Fafá permanece com uma das tias da ex-presidenta, que a levou para Belo Horizonte, onde vai ficar até que Dilma a transfira para Porto Alegre, em novembro.

5. Já a labradora Princesa está com o ex-marido de Dilma, o advogado Carlos Araújo, em Porto Alegre. Quanto aos outros cães – os labradores Boni e Galego – Dilma optou por deixá-los com amigos que vivem em Brasília, porque não havia como levar os dois para morar no apartamento que tem em Porto Alegre.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
DILMA ROUSSEFF

E agora, o que acontece com Dilma depois do impeachment?

Finalizado o processo de impeachment pelo Senado Federal e após Michel Temer tomar posse como o novo presidente da República Federativa do Brasil, Dilma perdeu o mandato. Mas e agora? O que acontece com ela?

Dilma terá até 30 dias para deixar sua casa, o Palácio da Alvorada, onde residem os presidentes. Ela não recebe mais salário, porém terá direito a oito servidores: dois assessores, quatro seguranças e dois motoristas, além de dois carros.

As despesas com funcionários e carros serão pagas pela Casa Civil, com recursos do Tesouro Nacional. Para sempre. Inclusive os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardozo e Luiz Inácio Lula da Silva também têm esses benefícios.

Além disso, Dilma decidiu retornar para Porto Alegre (RS) nos próximos dias. A filha e seus dois netos moram na capital. A ex-presidente ainda recebeu convites de duas instituições para estudar fora — uma dos Estados Unidos e outra da França. Mas ainda está avaliando as propostas.

Presidente Dilma é alvo de trote e se enfurece

A segurança do Planalto investiga o autor de um trote em Dilma. Enquanto ela estava se preparando para acompanhar a votação, foi avisada de que Lula estava na linha. Atendeu o telefone, mas era só um gaiato imitando o petista. Dilma se mostrou furiosa.

Apesar de todo o discurso de resiliência e da imagem de que cresce na dificuldade, Dilma Rousseff dá sinais de esgotamento. Petistas se preocupam com sua disposição para liderar a defesa até o julgamento definitivo pelo Senado. Nas últimas semanas, deixou escapar sentir saudades de uma vida normal, mas a renúncia é carta fora do baralho. Alguns traduzem os sinais como se quisesse “se livrar disso”. Entre as decepções da reta final, o Supremo. Dilma repete que a corte joga “contra” ela. 

Presidente Dilma é afastada do cargo

O plenário do Senado Federal aprovou às 6h34 desta quinta-feira, dia 12, a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por 55 votos a favor e 22 contra. Com a decisão, ela fica afastada do mandato por até 180 dias. Com o afastamento de Dilma, o vice Michel Temer assume a Presidência da República.

A presidente, deverá ser oficialmente afastada do seu cargo na manhã desta quinta-feira, dia 12, quando receberá um notificação entregue pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO). O Palácio do Planalto prepara uma cerimônia no gabinete presidencial, no terceiro andar do prédio, onde Dilma receberá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, autoridades e personalidades aliadas para assinar a notificação.

Dilma fará também uma declaração à imprensa e um vídeo gravado será distribuído nas redes sociais.

Senadores votam processo de impeachment contra Dilma. Acompanhe ao vivo

A votação histórica do relatório da Comissão Especial do Impeachment sobre a admissibilidade do processo contra a presidente Dilma Rousseff (PT), acontece nesta quarta-feira (11/05) no plenário do Senado Federal.

O relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) é favorável à continuidade do processo de impeachment por considerar que há indícios de que Dilma praticou “crime de responsabilidade”.

A sessão começou as 9h00 e deve durar 15 horas, em três blocos: de 9h às 12h; das 13h às 18h; e das 19h até o termino da votação.

Caso o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) seja referendado por metade mais um dos senadores presentes a sessão de hoje, o resultado será o afastamento da presidente por 180 dias.

Se o relatório for rejeitado, o processo será arquivado.

Acompanhe a sessão ao vivo direto do Senado Federal:

Waldir Maranhão revoga ato que anulou o impeachment e vira piada nacional

O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), revogou na noite desta segunda-feira decisão que ele mesmo havia proferido para anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em decisão surpreendente e sem fundamento jurídico, Maranhão havia acatado na manhã desta segunda recurso ingressado pela Advocacia-Geral da União (AGU) que pedia pela retomada da ação contra a presidente da República. A canetada do novo comandante da Câmara provocou imediata reação e foi criticada pela oposição, por juristas e pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – que classificou a medida como “brincadeira com a democracia” e decidiu ignorar a determinação, dando seguimento ao impeachment.

Após se tornar o protagonista do noticiário político nesta segunda-feira (9), ao anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara Federal, o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), recuou e decidiu revogar a própria decisão.

O vai e vem do presidente interino da Câmara dos Deputados, virou piada nacional: 

Processo de impeachment de Dilma Roussef é anulado

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou nesta segunda-feira (9) a tramitação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, conforme noticiou em primeira mão o jornal Folha de São Paulo.

O deputado entendeu que a votação que enviou o processo ao Senado, no dia 17 de abril, extrapolou os limites da denúncia oferecida contra Dilma, no caso das pedaladas fiscais.

Maranhão assumiu a vaga de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado por decisão do Supremo na última quinta-feira (5). Ainda não há mais detalhes de como a decisão influenciará o processo a partir de agora, uma vez que o afastamento da presidente já está prestes a ser votado no plenário do Senado.

O assunto viralizou na web no final da manhã desta segunda-feira (9/05).

Waldir

Waldir Maranhão: presidente interino da Câmara Federal.

Silvio Santos critica e faz piada sobre o processo de impeachment da presidente Dilma

Neste último domingo, dia 24, Silvio Santos fez uma crítica ao processo de votação de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). No dia 17 a maior parte das emissoras mostrou a longa votação do processo de abertura de impeachment, enquanto ele, escolheu ignorar o contexto político e seguir com sua programação normal. O que resultou na ocupação de primeiro lugar de audiência, com 12,4 pontos em São Paulo.

No programa, o apresentador mostrou a imagem de um meme, que circulou na internet, sobre o processo de decisão do impeachment, utilizando o método de um quadro do seu programa chamado “Tentação”.

311b208c2189ce9aa9cfe2235f88370b.jpeg

O empresário disse: “Se tivessem falado comigo, não tinha demorado tanto. Era só fazer a pergunta e o pessoal saía lá do plenário e entrava nas portas. E acabava logo. Não precisava demorar tanto tempo para resolver uma questão”. Passada a provocação aos deputados, o Programa Silvio Santos seguiu como um dos assuntos mais comentados no Twitter, segurarando a audiência e chegando a ser um dos assuntos mais comentados no Twitter.

Entenda os próximos passos do Impeachment e não tenha mais dúvidas sobre o assunto

E agora o que acontece, para facilitar e tirar todas as suas dúvidas sobre o momento político do nosso país, segue um passo a passo

Como ontem em votação aberta a câmara dos Deputados aprovou o prosseguimento do processo que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Agora  o processo  avança para o Senado Federal, e pode durar mais de seis meses até que seja concluído. O placar final foi de 367 votos a favor do impeachment e 137 contra, além de sete abstenções e duas ausências.

Dilma é acusada de cometer crime de responsabilidade, previsto na Lei do Impeachment (lei 1.079/1950), ao autorizar supostas manobras contábeis chamadas de pedaladas fiscais. Elas se caracterizam pela prática do Tesouro Nacional de atrasar intencionalmente o repasse de dinheiro para bancos (públicos e privados) e autarquias (por exemplo, o INSS) a fim de melhorar artificialmente as contas federais.

E agora, o que acontece, veja em passo a passo os próximos passos ?

1 – Autorização no Senado

Uma COMISSÃO com 21 membros será formada no Senado em até dois dias e terá mais dez dias de prazo para emitir um PARECER. Não há definição se as vagas na comissão serão divididas segundo o tamanho das bancadas dos partidos ou dos blocos. Também não está claro se serão contados dias corridos ou úteis.

2 – Votação do parecer

A comissão VOTA O PARECER elaborado e, caso o mesmo seja aprovado, é então enviado ao plenário para apreciação de todos os senadores.

3 – Votação no Senado

Os senadores então votam o parecer da comissão. Se, por MAIORIA SIMPLES (41 dos 81 senadores), o Senado referendar o pedido, a presidente é AFASTADA DE SUAS FUNÇÕES por 180 dias. O vice, Michel Temer (PMDB), ASSUME INTERINAMENTE. A assessoria técnica do Senado prevê que o plenário do Senado possa votar o parecer até o dia 11 de maio.

4 – Julgamento

Ainda no Senado, tem início o julgamento da ação do impeachment, onde são apresentadas ACUSAÇÃO E DEFESA, sob o comando do presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Para afastar Dilma de vez, são necessários 54 VOTOS de um total de 81 SENADORES.

5 – Condenação OU Absolvição

Se CONDENADA, Dilma perde o mandato e fica inelegível por oito anos. Temer ASSUME DEFINITIVAMENTE para terminar o mandato para o qual a chapa foi eleita. Em caso de ABSOLVIÇÃO, a presidente REASSUME o mandato imediatamente.

Conheça todos os senadores: AQUI 

Assista ao vivo a votação da comissão do impeachment

Hoje é o dia mais importante da democracia recente no Brasil: a votação do impeachment da Presidenta Dilma Rousseff chega ao plenário da Câmara em sessão que está marcada para começar às 14h e deve durar até às 21h. Depois de inúmeras manifestações que levaram milhares de pessoas às ruas das cidades brasileiras, o processo será votado pela comissão especial. O Curta Mais vai facilitar para voce, asissta ao vivo no link abaixo.

 

https://www.youtube.com/watch?v=YuqVSIaNd2I

Ou 
http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/cobertura-ao-vivo.html