Fazenda secular no interior de Goiás tombada patrimônio histórico oferece café sertanejo digno de um comendador
A Fazenda Babilônia, ou Engenho de São Joaquim, como era conhecido na época em que foi construído, se encontra na cidade de Pirenópolis, na região Centro-Oeste, no do estado de Goiás, no Brasil. O Engenho, fica a cerca de 15 km do centro da cidade que está a 116 km de Goiânia, é levantado em paredes de pau a pique e sustentada por esteios e lagoas vigas de madeira.
O telhado, coberto por telhas cocha, é composto por caibros roliços, com diâmetro de aproximadamente 20 centímetros. As cavilhas de madeira são unidas ao madeirame por encaixes muito precisos. Até mesmo as dobradiças da fazenda são feitas de madeira. Arquitetos explicam que isso se deve à carência de metal no início do Século XIX no Brasil e ao seu alto custo de importação. O casarão da Fazenda Babilônia é cercado por um grande muro de pedra, que é erguido pelos escravos. O muro circula ainda o pasto, o curral e as outras áreas construídas do engenho.
A sede da Fazenda Babilônia tem também uma capela, que se estende por toda a frente da casa.[O altar é estreito e cimentado por um nicho, onde está, sobre um retábulo de madeira, está uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, que é considerada uma das relíquias que estão na propriedade.
A imagem foi produzida pelo escultor José Joaquim da Veiga Vale, que é a maior referência da arte sacra goiana. De acordo com historiadores goianos, outras relíquias importantes podem ser encontradas na capela da fazenda.
A Fazenda Babilônia era propriedade do Comendador Joaquim Alves de Oliveira, que morreu em 1985. Porém antes disso, quando ele resolveu mudar com a família para o local, mudanças drásticas aconteceram no local. Entre elas está a construção do casarão e a demolição da senzala, que abrigava os escravos.
A Fazenda Babilônia foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e inscrita no Livro de Belas Artes em 26 de abril de 1965. Dessa maneira, o casarão está conservado em estilo colonial original, assim como os seus muros de pedras construídos pelos escravos.
Os atuais proprietários do local mantêm a tradição do local e abrem o espaço para visitas turísticas. No espaço, além de fazer uma verdadeira viagem ao passado, o turista também pode experimentar o tradicional Café Sertanejo, ou Café Colonial.
No cardápio, que é vasto, predominam os alimentos à base de milho e mandioca, como no Brasil Colonial, quando as famílias de origem portuguesa tiveram que se adaptar e começar a produzir pratos europeus com os ingredientes que produziam no Brasil.
A mesa farta reúne mais de 40 itens, que são produzidos no local. Destacam-se os tradicionais sequilhos, broas, geléias, pão de queijo e pamonha frita.
Para provar desse saboroso café ou fazer um tour pelo prédio histórico, é preciso agendar neste site. O passeio histórico e cultural no local tem o valor de R$ 42,00 por pessoa. Se o visitante escolher visita histórica com resgate gastronômico, o valor por pessoa é de R$: 132,00. Os valores foram checados no site do local no dia 25 de janeiro de 2023. Não nos responsabilizamos por alterações.
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