Fogos de artifício e bebidas: combinação que pode causar danos irreparáveis; alerta especialista

As festividades de fim de ano são marcadas por alegria, celebrações e tradições. Mas nem tudo são flores, ou melhor, luzes. Especialistas alertam para os perigos de combinar fogos de artifício, muito usados nesta época, com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, ressaltando os riscos iminentes para a segurança e a saúde.

O cirurgião plástico, Fabiano Calixto, médico especialista na área de queimaduras no Hugol, explica que alguns cuidados são necessários na hora de utilizar fogos de artifício. “Para evitar acidentes, o ideal é que apenas profissionais façam o manuseio do artefato, e que este profissional não utilize as próprias mãos para segurar o material. É recomendado encaixar o equipamento no chão ou em algum suporte para proteger as mãos ao acender os fogos”, contou.

Com essas medidas simples é possível evitar que a pessoa se queime, queime alguém próximo ou até mesmo provoque algum incêndio na região. Além disso, o especialista alerta para outro caso frequente nas festas de fim de ano: os acidentes durante o churrasco. “Também é muito comum nesse período, casos de queimaduras com churrasqueira. É necessário tomar bastante cuidado ao utilizar álcool na churrasqueira. Em alguns casos, a pessoa joga o álcool de qualquer jeito e acaba queimando a região das mãos”, disse Calixto.

De acordo com profissionais da área da saúde, a coordenação motora e o julgamento ficam comprometidos sob o efeito do álcool, o que pode resultar em manuseio imprudente dos fogos. Queimaduras, lesões oculares e até incêndios acidentais são algumas das consequências desastrosas associadas a essa combinação perigosa.

Autoridades e organizações de saúde recomendam fortemente evitar o manuseio de fogos de artifício sob a influência do álcool. É fundamental que as celebrações sejam desfrutadas com responsabilidade, colocando a segurança em primeiro lugar.

Ao se preparar para as festividades, é aconselhável planejar com antecedência, considerar alternativas mais seguras para a diversão, como eventos organizados por profissionais capacitados para manusear fogos de artifício e garantir um ambiente seguro para todos os presentes.

Neste período festivo, o espírito de comemoração deve ser acompanhado pela consciência dos riscos envolvidos, visando a proteção de todos os envolvidos. A celebração responsável e consciente é a chave para garantir que as festividades sejam lembradas por momentos felizes e não por danos irreparáveis.

Especialistas alertam sobre impacto de fogos de artifício e música alta para crianças autistas

As queimas de fogos e a música alta nas festas de fim de ano significam motivo de comemoração para muitos, mas também é uma grande preocupação para pais dos pacientes autistas do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia, que veem o comportamento de seus filhos mudar bruscamente com o grande barulho, causando desconforto para as crianças e seus cuidadores.

A psicóloga do Crer, Sofia Martins, atua na clínica intelectual da unidade, e explica o porquê sons altos afetam de forma diferente crianças autistas. “As crianças com espectro autista normalmente apresentam uma maneira diferente de interpretar os estímulos sensoriais, e quando eles aparecem em uma proporção que os pequenos muitas vezes não estão acostumados, ocorre uma desregulagem emocional, podendo causar choros, gritos ou agitação”.

Acácio Pedrollo é pai da pequena Luísa, que realiza diversas terapias na unidade, como fonoaudiologia, terapia ocupacional, arteterapia, musicoterapia, entre outras. Ele fala que existe uma falta de empatia das pessoas em relação a situação de crianças autistas. “Tive que colocar um cartaz na porta da minha casa informando da situação da minha filha, e mesmo assim muitos não se importam. Eu entendo que as pessoas querem festejar, e eles estão no direito, mas poderiam diminuir um pouco o volume e ter cuidado com os fogos.

Se tratando de pacientes autistas, cada caso tem sua especificidade, e cada pessoa pode ser afetada em diferentes proporções pelos barulhos extremos. “Existem formas diferentes de como as pessoas lidam com essa situação do som alto em datas festivas, mas é importante que os pais habituem gradativamente seus filhos a estímulos que eles podem vivenciar na sociedade, para que eles não estranhem tanto quando ocorrer”, reforçou a psicóloga Sofia.

Fernanda Santos é mãe do paciente Davi, e comentou que devido aos festejos de Natal, eles já estavam sem dormir há dois dias. “O Davi tem hipersensibilidade auditiva, e sofre muito por conta da queima de fogos. Quando quebra a rotina dele fica muito complicado. Tentamos ficar em casa no fim de ano para que ele não fique muito agitado. Hoje em dia eu já nem tenho muito prazer de comemorar essas datas”.

Crianças com autismo são atendidas no Crer, em Goiânia (Foto: divulgação)

Como proteger os portadores

A hipersensibilidade sensorial pode acabar desencadeando crises por parte das pessoas com autismo. Para evitar que isso aconteça, existem algumas atitudes que podem ser tomadas e que podem minimizar os efeitos dos estímulos.

Uma dica é pensar no ambiente em que essa pessoa vai estar. O ideal seria que ela pudesse passar a noite do ano-novo com pessoas que ela conhece, em um ambiente já conhecido por ela. Outra coisa que pode diminuir a intensidade dos sons seria colocar algodão no ouvido ou fones de ouvido.

Mesmo com as prevenções, uma crise ainda pode ser desencadeada. Nesse caso, é conversar, tentar acalmar, tentar afastar os estímulos auditivos e visuais para ver se a pessoa se tranquiliza.

 

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12 dicas para amenizar o sofrimento dos Pets na virada de ano

Toda virada de ano a história se repete: donos de cães e gatos divulgam, em cartazes nas ruas ou postagens nas redes sociais, a fuga de seus bichinhos de estimação, que sumiram assustados durante a queima de fogos no Réveillon.

Os cães têm a capacidade auditiva maior que a dos humanos e, para eles, barulhos acima de 60 decibéis, que equivale a uma conversa em tom alto, podem causar estresse físico e psicológico, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).

O ouvido canino é capaz de perceber uma frequência maior de sons, se comparado a humanos, e podem detectar sons quatro vezes mais distantes. Por esse motivo, a queima de fogos com barulho, em comemorações como o réveillon, torna-se um momento de desespero para os animais.

Pensando nisso, separamos abaixo 12 dicas que podem amenizar o sofrimento dos nossos bichinhos durante a queima de fogos. Confira:

1. Evite deixar o seu cão ao ar livre, por vezes, quando fogos de artifício são queimados

Leve seu cão para uma caminhada longa e agradável bem antes do anoitecer.

2. Crie um “lugar seguro” dentro da sua casa para o seu cão se esconda dos fogos de artifício

Uma mesa coberta com um cobertor é um ótimo retiro ou, se o seu cão estiver acostumado a estar em um caixote, cubra-o e deixe-o aberto com cobertores no interior.

3. O repentino estrondo de fogos de artifício pode ser disfarçado, mantendo um rádio ou TV ligados em som alto, o que pode reduzir os ruídos de impacto que podem ter em seu animal de estimação.

A música clássica ajudará a acalmar os cães em geral, e a música com graves bem fortes será ideal para disfarçar os barulhos.

Olha essa playlist, ótima para os cães:

 

4. Feche as cortinas do local que ele estiver, ou as janelas.

Não é apenas o som de fogos de artifício que pode causar angústia para os cães, é também a luz e os flashes no céu.

5. Cubra as portas e janelas com cobertores ou edredons grossos para abafar o som vindo de fora.

6. Não tranque seu cão em um quarto, pois eles podem se machucar tentando sair, especialmente se ficarem estressados.

Os cães também podem ficar mais confortáveis ​​enrolados em seu local habitual com você, em vez de um “lugar seguro” designado, para permitir acesso a todas as áreas seguras da casa.

7. Se o seu cão puder ver que os fogos de artifício não têm efeito sobre você, isso pode ajudar a diminuir sua ansiedade

Os animais são altamente perceptivos e notarão se você estiver se comportando de forma incomum. Seguir o seu cão ao redor ou ser excessivamente afetuoso pode deixá-los nervosos ou confusos. Tranquilize seu animal de estimação por todos os meios, mas tente se comportar da forma mais normal possível – quanto mais você mudar seu comportamento, mais ansioso ficará seu animal.

8. Os cães podem se espremer em lugares surpreendentemente apertados, por isso, faça com que sua casa seja a mais segura possível

Certifique-se de que todas as portas e janelas estejam fechadas com firmeza e que qualquer pessoa que entre ou saia de casa esteja ciente de que precisa abrir e fechar portas rapidamente, e ficar de olho em qualquer cachorro que tente fugir.

9. Forneça aos cães algum petisco de longa duração para ajudar a mantê-los distraídos, ou algo para roer.

Petiscos próprios para cães são deliciosos para eles e eles se mantem distraídos por horas. Ou ofereça algo que o cachorro ame muito roer ou lamber (tudo bem se ele não quiser pegar. Com medo ele pode perder o interesse).

10. Se o seu cão ainda estiver extremamente estressado com fogos de artifício depois de seguir o nosso conselho, você pode querer consultar o seu veterinário.

Um veterinário pode ser capaz de fornecer medicação para ajudar a reduzir a ansiedade do seu animal de estimação – no entanto, qualquer tratamento medicinal deve sempre ser acompanhado por um veterinário de sua confiança. Também há remédios que podem ajudar o pet a ficar com menos medo. Converse com o médico-veterinário.

11. Amarrar com um pano o peito e costas do cachorrinho

Essa técnica consiste em atar um pano ao redor do cão, estimulando a circulação sanguínea e reduzindo as tensões e irritação

Veja como fazer:

 

12. Deixe o cachorro com identificação (mesmo que você more em prédio. Nunca se sabe…)

 

 

*Fontes Agência Brasil; Portal Amo meu Pet e Jornal O Estadão

Imagem: Reprodução

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Réveillon para pets: canal de TV irá transmitir ‘programação especial’ para acalmar os animais na virada

No dia 31 de dezembro, a partir das 23h, o National Geographic apresenta o Réveillon Para Pets, uma iniciativa de sucesso criada em 2017 que visa conscientizar as pessoas sobre os efeitos negativos que os fogos de artifício têm nos animais de estimação. Entre outros sintomas, os fogos de artifício geram arritmia, medo, tontura e descontrole. A programação especial ajuda a aliviar o estresse causado pelo ruído por meio de imagens e músicas relaxantes.

Seguindo os conselhos de especialistas, que garantem que a música clássica acalma os animais, o especial Réveillon Para Pets tem como base a Sinfonia pelo Planeta, uma produção que combina música sinfônica com imagens relaxantes do mar, da costa, da terra, das montanhas e do céu, numa composição variada, dinâmica e surpreendente.

Além de ser transmitido no National Geographic, o especial Réveillon Para Pets também pode ser visto a partir das 23h nos canais National Geographic Wild e Nat Geo Kids, que por sua vez celebrarão as festas de fim de ano ao longo do mês com filmes especiais e episódios de temáticos das séries favoritas de cada canal.

Para aproveitar ao máximo seus efeitos, a organização sem fins lucrativos argentina “El Campito Refugio”, além de aconselhar a sintonizar no especial Réveillon Para Pets em alto volume, propõe que os animais sejam deixados soltos em local seguro, livre de obstáculos e com as cortinas fechadas e certifique-se de que haja um espaço confortável e água potável ao seu alcance.

Além disso, é importante levar seu pet para uma caminhada antes, para que fiquem mais descansados. Eles também sugerem não mimar os pets para não reforçar seu estresse e sempre consultar o veterinário antes de optar por sedá-los. Por fim, lembre-se de verificar se seus animaizinhos estão com colar de identificação, caso escapem por estresse.

Por fim, com a hashtag #RéveillonParaPets, o público pode compartilhar dicas, experiências e imagens de seus bichinhos neste final de ano nas redes sociais do National Geographic.

 

Foto: Divulgação

Fogos de artifícios são proibidos em Goiânia

Nesta quarta-feira, 31, foi aprovada a lei que príbe os fogos de artifício na capital.

O projeto de lei apresentado pelo vereador Zander Fábio (Patri), em parceria com o Andrey Azeredo, visa proibir, em recintos abertos ou fechados, em áreas públicas ou locais privados, a utilização de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos na cidade. Revogando assim, o parágrafo do artigo 53 do Código de Postura do Município e criando o 59-A.

Agora será proibido qualquer hipótese de queima, manuseio e utilização desses objetos.

No texto, o legislador expressa a ideia de conter a utilização de artefatos que causem poluição sonora, através de estouros, estampidos e outros. Entre eles, fogos de artifício, bombas, morteiros, busca-pés e outros. Na matéria, também é proibido soltar balões impulsionados por amterial incandescente, fazer fogueiras sem prévia autorização do órgão municipal competente e a utilização de aparelhos celulares e similares eletrônicos em auditórios, teatros e cinemas.

Para Zander a poluição sonora causada pelos objetos vedados nesta lei afeta gravemente os moradores da capital, ele cita também que “os animais, como cães, gatos e aves, também são gravemente afetados, sendo que o barulho pode levá-lo à surdez, stress, ansiedade, alteração cardíaca e até à morte.”

A matéria também prevê que quem descumprir a lei fica sujeito à apreensão dos produtos e multa.

A sanção financeira é de 10 salários mínimos vigentes, acrescidos de juros e correção monetária até o pagamento. Esse valor é dobrado em caso de reincidência.

O dinheiro arrecadado por meio das multas deverá ser revertido em benefício de programas e ações relacionadas ao bem estar animal.Os órgãos responsáveis por fiscalizar o cumprimento da lei serão a Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), o órgão de defesa do consumidor (Procon) e outro órgão determinado pela Administração Pública do Município.

 

Prefeitura proíbe a venda e o uso de rojões com barulho

Às vésperas da Copa do Mundo, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, sancionou na manhã desta quarta-feira, 23, a lei que proíbe a venda e o uso de fogos de artifício com barulho, como rojões. A aprovação, tanto do prefeito quanto da Câmara dos Vereadores, se deu graças à pressão de 73 mil pessoas que assinaram uma campanha criada na Change.org, foram a reuniões na Câmara cobrar uma posição dos vereadores e mantiveram a mobilização viva.

A petição traz relatos de famílias que têm filhos autistas – muitas vezes, o estouro dos fogos faz as crianças terem convulsões. Quem tem animais, como cães e gatos, também relata que os animais sofrem com o barulho dos rojões.

A lei proíbe manuseio, utilização, queima e soltura de fogos de estampidos e artifício, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos, de efeito sonoro e ruidoso.

Além de São Paulo, mais de 73 mobilizações foram criadas em todo o país pedindo leis para proibir a venda de rojões com estampido. As campanhas pedem tanto leis nacionais, que valham para todo o Brasil, quanto leis municipais.

Mais de 160 mil pessoas assinaram contra fogos de artifício em cidades como Salvador, Florianópolis, Belo Horizonte, Bauru e outras. Clique e veja a página do Movimento.