Até o ano de 1889 Goiás vivia um política bem diferente, tendo “presidente” ao invés de um governador. Além disso os votos eram muito regulados por padrões altos, de modo que só homens, brancos, com posses de terras conseguiam votar.
Mesmo restrito, as eleições sempre geram problemas, por isso nossa história é repleta de buracos no governo, onde sem um nome no comando, sobravam para os chamados interventores de estado, enviados do Rio de Janeiro (onde centralizam o poder com a família Real).
Num processo muito confuso,onde cada um que entrava tomava uma decisão diferente, o Brasil ficou décadas centralizando e descentralizando o poder estatal, sem contar com os anos de atraso causados pela ditadura militar, que manteve o poder e a economia do estado congelados. Variando o poder, mas sem tomar decisões de fato, o modelo permaneceu até que finalmente com a constituição de 1981, o primeiro governador oficial do estado de Goiás, Rodolfo Gustavo foi eleito.
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Rodolfo Gustavo da Paixão (1891-1892)
Nomeado pelo Marechal Deodoro da Fonseca em 1890, Rodolfo era militar, político e poeta. Atuava como general de brigada, até atingir o posto de marechal. O Governador foi diretor da Colônia Militar do Alto Uruguai, além de ter comandado obras militares no Rio, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul,e ser o interventor do Maranhão durante o governo de Nilo Peçanha.
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Braz Abrantes (1892)
Com uma longa carreira política ele era militar e professor também, fazendo curso na Escola Militar em 1872. Oficial do Exército, ele era marechal e general de divisão, participando da Guerra do Paraguai, e fundando o Clube Militar no Brasil. Além disso, ainda foi senador e interventor no estado de Goiás sob ordem de Floriano Peixoto.
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Pedro Ludovico Teixeira (1935-1945/1951-1954)
Foi um dos líderes na revolução de 1930, responsável pela transferência da capital para Goiânia. Pedro era político, médico e jornalista, e assumiu o poder em uma tentativa de romper o poderio político da família caiado. Filho de médicos, nasceu na cidade de Goiás e mudou-se para o Rio de Janeiro para fazer Medicina. Ficou conhecido principalmente pela construção de estradas internas, que aumentam consideravelmente o desenvolvimento do estado, pela reforma agrária e a Marcha para o Oeste!
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Taciano Gomes de Melo (interino de PLT)
Produtor Rural e Político pelo estado de Goiás, Taciano assumiu durante 1 mês em 1935, também atuando como deputado estadual e federal, foi eleito em 3 ocasiões o prefeito de Morrinhos.
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Hermógenes Ferreira Coelho (Interino de PLT)
Sem registro fotográfico encontrado
Hermógenes era empresário e político, dono da empresa Força e Luz, que era responsável pela distribuição de energia em Goiás da época, e posteriormente viria a se tornar a CELG. Ele ficou alguns meses no comando do governo de Pedro.
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João d’Abreu (1936-1937)
Além de político, João era advogado e odontólogo, passando também pelo cargo de deputado federal posteriormente. Nascido no Tocantins (na época ainda era Goiás), chegou ao governo ainda “jovem”, com 48 anos.
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Jeronymo Coimbra Bueno (1947-1950)
Dando nome a dois bairros famosos em Goiânia, ele foi um engenheiro, empresário e político, atuando como Governador e Senador pelo estado de Goiás. Fundador da empresa Coimbra Bueno e Cia, foi responsável pelas obras que construíram Goiânia, levando a ascensão gigantesca da cidade, através de uma rodovia interestadual que interligava o sul de Goiás com as principais vias do País.
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José Ludovico de Almeida (1955-1959)
Nascido em Itaberaí, José Ludovico se formou em farmácia antes de iniciar a vida política, até que em 1930 assumiu a direção do Grupo Escolar Rocha Lima, onde ficou até ser eleito deputado estadual 4 anos depois. Nomeado prefeito de sua cidade natal, ele não manteve o cargo por conta do golpe de 37, e alternando entre a gestão da Secretaria da Fazenda, e a função de interventor interino do estado, foi eleito em 1954 como Governador de Goiás.
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José Feliciano Ferreira (1959-1961)
Começando na política como vereador em Jataí, sua cidade natal, ele também era advogado, e cresceu casualmente na área. Eleito em 1958, foi responsável pela construção de uma usina hidrelétrica em Jataí, assim como do Instituto de Educação de Goiás. Muito próximo do ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), foi um grande parceiro na construção de Brasília, que mais tarde, por conta de políticas educacionais, garantiu todo suporte para criação das duas maiores universidades do Estado, a Universidade Católica e a Universidade Federal de Goiás.
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Mauro Borges Teixeira (1961-1064)
Filho do ex-governador Pedro Ludovico Teixeira, ele era militar e político, sendo filiado ao Partido Social Democrático (PSD). Cursando a escola militar, atingiu a patente de coronel antes de ser eleito. Responsável pela criação da Secretaria do Planejamento, em seu governo também foram criados os concursos públicos, que funcionam muito bem. Ele retomou a Marcha para o Oeste, uma política de seu pai, e implantou uma nova reforma agrária a partir da produção cooperativa.
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Almir Turisco de Araújo (interino de MBT)
Em 1964 em decorrência a uma viagem que o Governador Mauro Borges teve que fazer emergencialmente para o exterior, Almir assumiu o governo, pois o vice-governador estava doente. Ele era minerador e trabalhava em lavouras, até ter sua própria fazenda e dar início a sua vida política. Almir faleceu em 2018, com incríveis 102 anos de idade.
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Emílio Rodrigues Ribas Júnior (1965-1966)
Nascido no Amazonas, Emílio foi um militar e político que comandou o IV Exército em Recife, até que um ano depois foi nomeado chefe do Estado-Maior do Exército Brasileiro, que permaneceu por mais de um ano. Após deixar o cargo, iniciou sua vida política e foi eleito governador de Goiás em 1965, até 1966.
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Otávio Lage de Siqueira (1966-1971)
Formado em Engenharia Civil, foi prefeito de Goianésia anos antes de assumir o cargo de governador do estado. Mesmo sendo o único eleito por voto popular, apoiou a ditadura militar em Goiás, apoiando o setor pecuário. Além disso foi também um dos maiores empresários de Goiás, se destacando na agropecuária com plantações e frigoríficos.
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Leonino Di Ramos Caiado (1971-1975)
Descendente de uma das maiores famílias da história de Goiás, Leonino Caiado estudou no Rio de Janeiro, onde foi presidente do centro acadêmico, até formar-se com especialidade em espeleologia (estudo de cavernas). Ajudando na criação de Brasília, era engenheiro-chefe em Goiás, e durante sua gestão construiu grupos escolares, ginásios, hospitais e escolas rurais, focando seu plano na educação.
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Irapuan Costa Júnior (1975-1979)
Estudando Engenharia Civil no Rio de Janeiro, ele cursou Física Atômica e Nuclear, se tornando professor depois da formação, dando aula na UFG. Foi prefeito na cidade de Anápolis e deputado federal, além de senador por Goiás. Eleito em 1975, ele atua na política até hoje, pelo MDB.
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Ary Ribeiro Valadão (1979-1983)
Agricultor, Industrial, Advogado e Político, Ary Ribeiro foi Governador entre 1979 e 1983, pelo partido ARENA, e em 1980 pelo PDS. Formado pela UFG, é especialista em Criminologia e Balística, e foi escolhido pelo presidente Ernesto Geisel para assumir o comando. No fim de seu mandato, com a criação do novo estado, Tocantins, se candidatou para o governo lá mas foi derrotado, continuando como deputado federal. Dando nomes a escolas, ruas e ginásios em Goiânia, ele faleceu em 2021, com 102 anos de idade.
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Iris Rezende Machado (1983-1986/1991-1994)
Começando a carreira com 16 anos de idade, foi eleito para vereador, e posteriormente já assumiu como prefeito de Goiânia. Já foi deputado estadual por Goiás, senador do estado, ministro da agricultura, e ministro da justiça, além de claro prefeito da capital, e governador de Goiás. Foi um dos nomes mais presentes na política do estado, comandando a cidade durante 3 passagens, e o estado 2 vezes.
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Henrique Santillo (1987-1991)
Médico e Político, Santillo também foi ministro da saúde, e por Goiás atuou como Governador, Senador e Deputado Federal, além de vereador e prefeito de Anápolis.
Nascido em Ribeirão Preto (SP), é filho de imigrantes italianos, e teve que trabalhar desde cedo para ajudar. Ganhando uma medalha de honra da UFMG, é um dos fundadores do partido MDB, e ficou conhecido nas eleições por fazer uma campanha eleitoral interativa com a população, entregando questionários, encontros e caminhada, que foram todas feitas novamente após sua vitória.
20. Luiz A. Maguito Vilela (1995-1998)
Nascido em Jataí, além do cargo político ele era advogado, e foi eleito em 1994, onde ficou até o fim do mandato em 1998. Admitido como vice-governador de Goiás, foi promovido a Grande-Oficial por Fernando Henrique Cardoso (Collor), e assumiu o cargo em 1995, ficando até o fim do mandato de 4 anos. Ainda foi deputado estadual e federal, assumindo a prefeitura de Aparecida de Goiânia em 2008. Em 2020 maguito retorna e vence o segundo turno da eleição para prefeito de Goiânia contra Vanderlan Cardoso
21. Naphtali Alves de Souza (1998)
Engenheiro Civil e político, também foi prefeito de Morrinhos e Deputado Federal por Goiás. Antes de assumir, em 1998, ocupava a função de Vice-Governador do estado pela chapa de Maguito Vilela, que saiu em licença para concorrer a um vaga do senado, deixando a vaga para Naphtali, que ao deixar o governo foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
22. Helenês Cândido (1998)
Também prefeito de Morrinhos pelo ARENA, ele passou pelo cargo de deputado estadual por três mandatos antes de assumir o governo do estado de Goiás. Além dos cargos políticos, Helenês foi presidente da ALEGO. Ele faleceu em 2021 na cidade de Caldas Novas, em decorrência do COVID-19.
23. Marconi F. Perillo Júnior (1999-2006/2011-2018)
Com um dos mandatos mais longos, ele ocupou o cargo de governador em quatro mandatos pelo estado de Goiás. Começou três cursos universitários após sua vinda para Goiânia mas não concluiu nenhum, até que em 2007 ingressou na faculdade de direito junto com sua esposa. Após denúncias de fraude no processo de matrícula, a ação ainda tramita na justiça federal, buscando revogar o direito de Marconi e aplicar uma indenização.
Ele começou sua carreira no PMDB, onde presidiu o PMDB Jovem, e mais tarde foi assessor do então governador Henrique Santillo. Trocando algumas vezes de partido, foi eleito em 1998 e desde então esteve envolvido em escândalos e polêmicas, mas continuou a ser votado, algumas vezes em primeiro turno.
24. Alcides Rodrigues Filho (2006-2010)
Médico e Político, ele é filiado a um partido religioso de extrema direita, e atuando também como vice-governador e deputado federal, foi eleito para governar Goiás durante um dois mandatos em 2006. Formado em medicina pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia), atuou como médico das forças armadas por um bom tempo. Atualmente ele atua como deputado federal em Goiás.
25. José Eliton de Figuerêdo Júnior (2018)
Formado em direito pela Universidade Católica de Goiás, com especialização em direito eleitoral, ele já foi membro de vários orgãos importantes durante sua trajetória política. Atuando como tesoureiro, presidente da CELG, secretário de segurança pública, e outras atividades, ele foi governador durante 1 ano, se candidatando e perdendo em 2018 para Ronaldo Caiado.
Em 28 de setembro de 2016, José Eliton protagonizou uma das histórias mais bizarras do meio político. Durante uma carreata ele foi baleado no abdômen, e no mesmo lugar morreram o candidato à prefeitura de Itumbiara e um PM que fazia a segurança. O atirador foi identific
26. Ronaldo Ramos Caiado (2019-Presente)
Professor, Médico e Político, Ronaldo Caiado é o 80° e atual governador do estado de Goiás. Vindo de uma das famílias mais tradicionais do estado, eles possuem mais de 100 anos de história, estando presentes na política de Goiás desde seu começo.
Atuando como deputado e senador, Caiado já concorreu a presidência do País em 1989, mas foi derrotado com 1% dos votos. Atualmente é um dos maiores nomes da bancada ruralista, e líder do partido “Democratas”.
Caiado faz seu primeiro mandato no estado, e segundo pesquisas do Instituto Paraná, possui a maior taxa de aprovação dentre todos os governadores do país com 76%, seguido de Ratinho Júnior, do Paraná, com 70%. Programas como o auxílio de R$100 por mês aos estudantes do ensino médio ou os trabalhos de revitalização das ruas contribuem para essa média. Mas assim como qualquer político, Caiado também já teve seu nome associado a diversos escândalos e processos.
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Foto de Capa: Istock
