Você já ouviu falar da cidade do entorno de Goiânia que é considerada a capital da jabuticaba? A jabuticaba, uma fruta nativa do Brasil, é conhecida por seu sabor doce e pelas árvores que produzem frutos diretamente no tronco, tornando-a uma iguaria única. Agora, Hidrolândia é oficialmente definida como a capital dessa deliciosa frutinha brasileira.

O projeto de lei no 2792/23, de autoria do deputado Virmondes Cruvinel (UB) foi aprovado em segunda votação, conferindo ao município de Hidrolândia o título de Capital Goiana da Jabuticaba. Essa decisão foi tomada com o aval do Plenário, solidificando o compromisso da cidade com a promoção e preservação da jabuticaba. Vamos explorar os detalhes de Hidrolândia, agora capital da jabuticaba e entender sua relação com a frutinha tão querida pelos brasileiros.

Segundo o censo do IBGE de 2017, o valor da produção de jabuticabas em todo o Brasil é de 10.510 Mil Reais. A quantidade produzida é de 3.751 toneladas, colhidas em 572 Hectares, em 579 unidades de estabelecimentos, em 259 mil unidades de pés de jabuticaba, sendo Goiás o maior produtor da frutinha. 

A jabuticaba é o fruto da jabuticabeira, árvore originária do Brasil, nativa da Mata Atlântica. É encontrada em abundância em Hidrolândia, um município brasileiro do interior do estado de Goiás localizado a 45 min (35,9 km) de Goiânia. Sua população estimada em 2022 era de 27.741 habitantes, segundo o censo do IBGE. A cidade se orgulha de, agora oficialmente, ser considerada a capital nacional da jabuticaba. A grande produção e alta qualidade da frutinha na cidade está relacionada com fatores como a quantidade de jabuticabeiras e as condições de solo e clima, tornando a cidade perfeita para ser a capital da frutinha. 

A cidade de Hidrolândia teve suas origens com colonizadores da Capitania das Minas Gerais, a maioria deles simpatizantes da “Inconfidência Mineira”. Eles se estabeleceram na região, expulsaram os índios e criaram extensas fazendas de gado e atividades agrícolas. Inicialmente, o comércio da área era centrado em Santa Cruz de Goiás, mas a construção de uma estrada ligando Goiás às Minas Gerais, liderada pelo Padre Marinho, trouxe desenvolvimento à região. Em 1855, Pouso Alto (atual Piracanjuba) se tornou um município autônomo, atraindo as atividades comerciais. Um povoado começou a crescer ao redor de uma capela dedicada a Santo Antônio, e o Distrito de Santo Antônio das Grimpas foi criado em 1896. Em 1930, sob esforços do Dr. Mário D’Alencastro Caiado, o distrito se tornou o município de Hidrolândia, com o nome escolhido devido à abundância de água na região. No entanto, mais tarde, Hidrolândia perdeu sua emancipação e voltou a ser um distrito, até que, em 1948, foi novamente elevada à condição de município autônomo por uma lei estadual.

O município possui uma variedade de atividades nos diferentes setores da economia, com a implantação de grandes distribuidoras, produção agropecuária diversificada, com destaque na produção de jabuticaba, possuindo a maior produção do país.

O PIB da cidade é de cerca de R$ 1,1 milhão de, sendo que 59,1% do valor adicionado advém dos serviços, na sequência aparecem as participações da indústria (18,6%), da administração pública (11,7%) e da agropecuária (10,6%). Com esta estrutura, o PIB per capita de Hidrolândia é de R$ 50,5 mil, valor superior à média do estado (R$ 29,7 mil), da grande região de Goiânia (R$ 32 mil) e da pequena região de Goiânia (R$ 30,8 mil).

O maior pomar de jabuticaba do mundo está localizado na Fazenda Jaboticabal, em Hidrolândia. A fazenda conta com um total de 42 mil pés de jabuticaba em 100 hectares. Existe um divertido desafio estipulado pelo dono, que garante a propriedade de porta fechada e escritura passada a quem chupar uma jabuticaba de cada pé. O desafio começou na década de 1980 e até hoje ninguém conseguiu vencê-lo. A Fazenda Jaboticabal, aguarda uma colheita de 1.400 toneladas de jabuticaba. Os donos da propriedade produzem ainda derivados da fruta, como aguardente, licores, geleias, fermentados e outros produtos. Além disso, também realizam atividades de turismo rural, abrindo as portas da fazenda e da vinícola para visitantes

No local, o primeiro pé foi plantado em 1947, dois anos após a Segunda Guerra Mundial. Pouco tempo depois, com a gradual expansão da área de cultivo, famílias começaram a pedir para alugar uma árvore e passar a tarde comendo as frutinhas diretamente da árvore. Foi assim que o local passou a se tornar um importante negócio turístico.

Sendo assim, a fazenda inaugurou um movimento de visitação às plantações de jabuticaba como uma forma de lazer que hoje é bastante popular na cidade de Hidrolândia. Uma das fazendas na cidade aberta a visitação é a fazenda de Edilson Teodoro, que conta com dois mil pés de jabuticaba, seu pomar é voltado apenas para a atividade turística, recebendo o recorde de trezentas pessoas em um único domingo, geralmente o dia mais cheio da semana.

A decisão de oficialmente designar Hidrolândia como a “Capital Goiana da Jabuticaba” é um marco significativo para a cidade que desempenha um papel significativo na produção e promoção dessa fruta nativa do Brasil Essa conquista não é apenas um título, mas um reflexo do compromisso da cidade em promover e preservar a cultura da jabuticaba, uma fruta tão querida pelos brasileiros. Hidrolândia, que orgulhosamente abriga o maior pomar de jabuticaba do mundo, se torna um exemplo de como uma cidade pode abraçar sua herança natural e transformá-la em uma oportunidade para crescimento e reconhecimento regional.

Fonte: Assembléia Legislativa de Goiás, O Popular, Wikipedia, Agrolink

Fotos: Reprodução

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