Procissão do Fogaréu leva visitantes para uma noite de mistério e fé na cidade de Goiás

A Procissão do Fogaréu é, sem dúvida, um dos eventos mais emblemáticos da Semana Santa no Brasil, e é particularmente destacada em Goiás, onde adquire uma dimensão cultural e religiosa profunda. A procissão, que tem suas raízes em uma tradição europeia, foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses e encontrou em Goiás, especialmente na cidade de Goiás (antiga capital do estado), um solo fértil para se desenvolver e ganhar características únicas.

A Procissão do Fogaréu é uma representação dramática da busca e prisão de Jesus Cristo. Ela ocorre à meia-noite da Quinta-feira Santa, com a iluminação pública apagada e ao som de tambores. A procissão começa na Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, na praça principal da cidade.

Os participantes principais são 40 homens encapuzados, conhecidos como farricocos, que representam os soldados romanos que perseguiram Jesus. Vestidos com túnicas reluzentes de cores vibrantes, eles seguem descalços pelas ruas da cidade histórica, carregando tochas e entoando músicas sacras. A procissão segue um percurso específico, fazendo paradas em locais que representam diferentes partes da história da Paixão de Cristo. A primeira parada é na Igreja do Rosário, que representa o local da Última Ceia. Em seguida, o grupo avança para a Igreja de São Francisco de Paula, que simboliza o Jardim das Oliveiras, onde Cristo foi preso.

Ao som do clarim, surge o estandarte com a imagem de Jesus, carregado pelo único farricoco vestido de branco, simbolizando a captura de Cristo.  O Bispo de Goiás encerra a cerimônia. A Procissão do Fogaréu é um evento que atrai milhares de pessoas, incluindo fiéis, turistas e moradores locais, que assistem ao espetáculo e marcham juntamente aos farricocos.

Origem e desenvolvimento da Procissão do Fogaréu

A Procissão do Fogaréu tem suas raízes na Europa medieval, mais especificamente em tradições católicas ibéricas que visavam representar os momentos que antecedem a prisão de Jesus Cristo. No Brasil, a prática chegou com os colonizadores portugueses no século XVIII, adaptando-se às realidades locais e ganhando novos contornos em cada região onde foi introduzida.  Na cidade de Goiás, a procissão é documentada desde 1745, refletindo a intensa vivência religiosa da comunidade local.

Significado da Procissão do Fogaréu

A Procissão do Fogaréu em Goiás Velho ocorre na madrugada da Quarta-feira Santa para a Quinta-feira Santa, simbolizando a busca e a prisão de Jesus Cristo pelos soldados romanos. Nesta procissão, cerca de 40 homens encapuzados, representando os fariseus, percorrem as ruas históricas da cidade apenas iluminadas por tochas, criando um espetáculo visual e emocional único. O silêncio da noite, apenas quebrado pelos passos dos participantes e pelas orações dos fiéis, contribui para uma atmosfera de introspecção e reverência.

Os participantes, conhecidos como “farricocos”, usam túnicas coloridas e capuzes, ocultando suas identidades e simbolizando os soldados romanos. A multidão que acompanha a procissão carrega velas, iluminando o caminho e participando ativamente do ato de fé.

Importância cultural da Procissão do Fogaréu

Além de seu significado religioso, a Procissão do Fogaréu é um evento de grande importância cultural e turística para Goiás. Ela atrai visitantes de diversas partes do Brasil e do mundo, interessados em vivenciar essa manifestação única de fé e tradição. O evento também desempenha um papel crucial na preservação da identidade cultural goiana, mantendo viva a história e as tradições locais.

Para a cultura goiana, a Procissão do Fogaréu é um símbolo de resistência e perseverança, representando a capacidade da comunidade de manter suas tradições vivas através dos séculos. É uma expressão da rica tapeçaria cultural do estado, que entrelaça elementos religiosos, históricos e sociais, oferecendo aos observadores uma janela para o passado e um momento de reflexão sobre o significado da fé e da comunidade.

Em suma, a Procissão do Fogaréu não é apenas um evento religioso; é um pilar da identidade goiana, um atrativo turístico significativo e uma manifestação cultural que transcende as barreiras do tempo, mantendo viva a memória de uma tradição que se renova a cada ano, ao mesmo tempo em que fortalece os laços comunitários e a fé das pessoas.

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Durante as férias escolares, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) oferece aos visitantes a oportunidade de explorar quatro museus fascinantes em diferentes regiões de Goiás. Esses espaços, localizados em Goiânia, cidade de Goiás e Pires do Rio, são tesouros culturais que preservam expressões históricas desde o período colonial até as décadas de 1930 e 1940.

Conheça a curiosa história do primeiro ‘Palácio’ do Governo de Goiás

Sempre que pensamos em palácios do governo, imaginamos majestosos edifícios de mármore e colunas imponentes. Porém, a história da capital goiana reserva uma curiosidade interessante: o primeiro palácio do governo de Goiás foi estabelecido sob a sombra de uma árvore. Muitos acreditam que o Palácio das Esmeraldas sempre foi o único palácio do governo em Goiânia, porém, seu primeiro “palácio” foi uma amoreira localizada na Rua 24 em Goiânia.

 

Em 1934, uma “frondosa moreira”, onde havia dois casarões de madeira, era o local onde Pedro Ludovico Teixeira despachava documentos quando chegava ao canteiro de obras da nova capital do estado de Goiás. 

 

Segundo a ex-reitora da UFG e ex-presidente da Academia Goiana de Letras, Maria do Rosário Cassimiro, nas proximidades da Rua 24, existiam dois casarões de madeira e, perto deles, duas enormes árvores de moreira. Essas casas foram construídas em 1934 e elas abrigavam os escritórios dos engenheiros e urbanistas que construíram Goiânia. Uma vez que os casarões ali existentes não resistiram à força do tempo, a árvore se tornou então a última herança do local. 

 

Tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal, a moreira se tornou assim uma árvore histórica. A ação civil pública foi motivada por informações enviadas à 7ª Promotoria de Justiça de que as construções existentes naquele endereço estavam sendo demolidas. Tratava-se de três casas geminadas, no estilo bangalô, com construção característica da época e destinadas a abrigar os funcionários públicos que vinham a Goiânia, ou mesmo moradores da nova capital. 

 

 

Apesar de sua importância para a história de Goiânia, a árvore acabou sendo esquecida e hoje se encontra abandonada, seca e mal cuidada. O lote no local nada mais era do que um grande espaço utilizado como estacionamento. 

 

Em 2010, também, uma decisão do juiz Jeronymo Pedro Villas Boas havia determinado a proteção do patrimônio, cabendo, inclusive, ao Município de Goiânia a preservação da árvore, por meio de equipe profissional de seus quadros, com o conhecimento técnico que a situação requer. No entanto, não foi isso o que aconteceu, o local não existe mais. No lugar, existe apenas a existência de um pequeno prédio com um conjunto de pontos comerciais. 

 

 

Hoje o Palácio do Governo, também conhecido como Palácio das Esmeraldas, está localizado na Praça Cívica de Goiânia. É a sede oficial do governo do estado desde 1937. O Palácio das Esmeraldas foi projetado pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, e foi concluído em 1937.

 

O Palácio faz parte dos edifícios e monumentos públicos tombados pelo Iphan, em 2003. O conjunto urbano de Goiânia inclui 22 edifícios e monumentos públicos, concentrados em sua maioria no centro da cidade, e o núcleo pioneiro de Campinas, antigo município e atual bairro da capital goiana. Entre essas edificações, destacam-se o Cine Teatro Goiânia e a Torre do Relógio da Av. Goiás, de 1942. Inaugurada em 1935, seu acervo arquitetônico é considerado um dos mais significativos do Brasil.

 

Esta história da amoreira que leva o título de primeiro “palácio” do governo nos leva a refletir sobre como a história e a identidade de uma cidade são moldadas por eventos surpreendentes e frequentemente esquecidos. Enquanto o progresso e o crescimento urbano podem apagar fisicamente o passado, as histórias como essa nos recordam a importância de preservar e valorizar nosso patrimônio cultural.

Foto de capa: Brasil Escola

 

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Governador de Goiás subiu em telhado para protestar contra a intervenção militar

A história do Brasil é marcada por diversas personalidades políticas, entre elas encontramos o goiano Mauro Borges, que trilhou uma carreira notável na política, e contribuiu para o desenvolvimento e modernização do Estado de Goiás. Mauro se destacou ao se opor à intervenção militar em seu governo, embora em um primeiro momento tenha apoiado o golpe de 1964. Vamos explorar a trajetória do antigo governador, filho do fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira, e descobrir os motivos por trás de sua mudança de posicionamento em relação ao governo militar.

 

Quem foi Mauro Borges

 

 

Nascido em 1920 em Rio Verde e filho do fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira, Mauro Borges Teixeira foi um político brasileiro, foi governador, senador e deputado federal por dois mandatos. Mauro Borges presenciou toda a luta política do pai durante a revolução de 1930, da construção de Goiânia e da resistência ao movimento paulista de 1932.

 

Mauro Borges também era militar, cursou a Escola Militar do Realengo e a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. O maior posto que atingiu na hierarquia do Exército Brasileiro foi o de tenente-coronel, sendo promovido a coronel quando foi para a reserva. Já sua carreira política teve início em 1958, quando foi eleito como deputado federal. Em 1960 foi eleito governador do Estado. 

 

Foi afastado do governo por intervenção federal após o golpe de 1964, que deu início à ditadura militar no Brasil. Teve seus direitos políticos cassados em 1966 e voltou ao cenário político apenas em 1979, quando foi eleito presidente regional do MDB. Em 1982 voltou a ser senador, eleito pelo PMDB e, em 1990, novamente deputado federal pelo PDC.

 

Mauro Borges e o golpe de 1964

 

 

Mauro Borges fez um governo que contribuiu para modernizar Goiás, mas, embora tenha apoiado o golpe de 1964, foi deposto porque o presidente Castello Branco não resistiu às pressões da linha dura das Forças Armadas

 

O governador Mauro Borges apoiou o golpe de 1964 que derrubou o governo de João Goulart e pôs fim à Quarta República, iniciando a ditadura militar brasileira. Apesar de seu apoio inicial ao golpe, o governador resistiu à intervenção militar em seu governo estadual. Ele recusou-se a reformular seu Secretariado, sob o argumento de que sua autoridade seria atingida e, nesse caso, “era preferível cair de pé, com todos os Secretários, uma vez que foi eleito pelo povo e não pelos militares”. 

 

Ele preferia manter seu Secretariado e enfrentar as consequências dessa resistência. Em declarações ao Jornal do Brasil em 1964, o Governador Mauro Borges disse que o seu Secretariado era formado de homens excepcionais que o ajudaram no movimento revolucionário de 31 de março e que não sacrificaria estes homens. Preferia ser ele o sacrificado.

 

Logo após seu posicionamento o Governador Mauro Borges enviou uma carta ao primeiro presidente da ditadura militar, marechal Castello Branco, para tentar provar o alinhamento do Palácio das Esmeraldas com o regime que se iniciava, o governador Mauro Borges terminou sua defesa com as seguintes palavras: “Vossa Excelência removerá por certo as injúrias e, enfim, os menosprezos de toda ordem adredemente (intencionalmente) preparados contra o espírito da Revolução da qual – permita-me a imodéstia – fui parte integrante”.

 

Por conta de diversas interferências políticas, a carta não teve o efeito esperado, devido a interferências políticas, especialmente da União Democrática Nacional (UDN) e da “linha-dura”, e, mesmo com uma série de ações posteriores, nada foi suficiente para salvar o mandato do governador de Goiás. Ele foi deposto alguns meses depois, em 26 de novembro de 1964. 

 

No dia em que os aviões do exército brasileiro sobrevoaram a cidade para pousar no aeroporto e depor o governo, Mauro Borges subiu no telhado do Palácio do Governo e permaneceu lá durante todo o tempo como símbolo de revolta e resistência.

 

 

A trajetória de Mauro Borges Teixeira é um reflexo complexo da política brasileira em 1964. Filho de um dos nomes mais importantes na história de Goiás, ele construiu sua própria jornada política e militar, enfrentando desafios e controvérsias ao longo do caminho. Mauro Borges faleceu em março de 2013, aos 93 anos e sua influência e legado continuam a ser debatidos e estudados, representando um capítulo importante na narrativa da política brasileira.

 

Fontes: Instituto Mauro Borges, Jornal do Brasil – 1964, SECOM UFG, Jornal Opção, Wikipédia 

Fotos: Reprodução Google 

 

 

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Goiás, um cenário aparentemente pacífico e distante dos conflitos que envolvem o Oriente Médio, tornou-se palco de um crime internacional. A notícia de que o ex-presidente da Síria foi assassinado em solo brasileiro no dia 27 de setembro de 1964 chocou o mundo. O assassinado aconteceu em Ceres (Goiás), localizado a 155,87 km de Goiânia, por Nawaf Gazhaleh, motivado por vingança.

 

Quem foi Adib Shishakli? Adib Bin Hassan Al-Shishakli, nascido em Hama em 1909, foi um líder militar e aos 40 anos se tornou o quarto presidente da Síria, nos anos de 1953 e 1954. Ele chegou ao poder por meio de um golpe militar em um momento em que o país enfrentava uma grande instabilidade política, e se manteve no cargo após eleições gerais. Assim como chegou ao poder, foi tirado dele, deposto por um golpe militar em 1954. Desde então passou a fugir temendo pela própria vida após sofrer ameaças. A Síria era marcada por uma constante, instável e violenta disputa de poder, que levou à morte dos antecessores de Shishakli, que temia ter o mesmo fim. 

 

 

Durante a época de seu mandato, Shishakli serviu no exército francês, conhecido como Exército de Terra. Ele estudou na Academia Militar de Damasco (posteriormente transferida para Homs) e se tornou um dos primeiros membros do Partido Social Nacionalista Sírio (PSNS), promovendo o conceito de uma Grande Síria. Após a independência, Shishakli lutou em um exército voluntário árabe, conhecido como o Exército de Liberação Árabe, contra as milícias sionistas na guerra árabe-israelense de 1948.

 

Quando deposto, Shishakli sofreu ameaças de morte por líderes drusos – um grupo etno-religioso extremista, que se formou a partir de uma discordância política do islã xiita. Após as ameaças, Shishakli fugiu para o Líbano e posteriormente para o Brasil. Nessa época, havia aproximadamente 30 mil drusos no Brasil, e um deles era justamente Nawaf Gazhaleh, que buscava vingança por seus pais que morreram durante os bombardeios na região de Jabal al-Arab, também conhecida como Jabal al-Druze, o bombardeio aconteceu a mando de Shishakli, durante seu curto período de mandato. Gazhaleh então, descobriu o paradeiro de Shishakli em Ceres e viu enfim uma oportunidade para vingar seus pais. Foi então que em 1964 Shishakli foi assassinado em Ceres (Goiás) enquanto atravessava uma ponte entre as cidades de Ceres e Rialma. Os dois trocaram algumas palavras antes de Gazhaleh atirar nele cinco vezes com uma pistola.

 

 

O que aconteceu com Gazhaleh? Após o assassinato, Gazhaleh passou por Anápolis e Minas Gerais, até seguir para Teófilo Otoni, onde se reuniu com outros membros da comunidade drusa, que comemoraram ao saber da morte de Shishakli, eles então prometeram apoio a Gazhaleh e juntaram recursos para sua defesa judicial, que contou com o deputado federal Pedro Aleixo, que posteriormente se tornou vice-presidente do Brasil, e contou também com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Hungria.

 

A justiça determinou que Gazhaleh fosse absolvido, já que suas ações foram movidas pela emoção, além de as atitudes de Shishakli justificarem seu desejo de vingança, sendo assim, ninguém foi condenado pelo assassinado de Shishakli. Em julho de 2019 foi decidido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) que o processo sobre o assassinato de Shishakli seria exposto no Centro de Cultura e Memória do órgão. Esse incidente, ocorrido em solo brasileiro, serve como um lembrete da interconexão dos eventos globais e da necessidade de cooperação internacional para enfrentar os desafios que afetam a segurança e a paz no mundo.

 

Fontes: Wikipédia, Correio Braziliense, O Hoje e Uol. 

Fotos: Reprodução – Google

 

 

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Descobrimos a história por trás dos nomes de lugares muito conhecidos dos goianos

 

História e cultura: um mergulho na rica herança da Cidade de Goiás

A 140 km de Goiânia e 318 km de Brasília, a Cidade de Goiás se mantem imponente como berço da cultura goiana. E sua rica história começa quando o Estado, como um todo, ainda era só mato.

Fundada em 1727, a Cidade carrega uma bagagem de 296 anos de lutas, mudanças políticas, intrigas, guerras, mortes e dificuldades

O local já foi palco de tantos momentos marcantes para os goianos que, resumir a “Velho” é um sinal claro de ignorância, incompreensão e incultura.

Tradicional e histórica, consegue reunir charme, sabor e poesia em uma região feita por morros.

Cidade

Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

Cidade

Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

Cidade

De ocupação popular, sua margem direita está localizada ao longo dos morros Catalango e Santa Bárbara, região onde se destacam as Igrejas do Rosário, Igreja de Santa Bárbara, Igreja de Nossa Senhora do Carmo e Igreja de Nossa Senhora da Abadia.

Já sua margem esquerda, limitada pelos morros de Dom Francisco e do Chapéu do Padre, abriga edifícios oficiais como Igreja Matriz de Santana, Palácio do Governo – Conde dos Arcos, Quartel do Vinte, Casa de Fundição, Museu das Bandeiras e Chafariz de Cauda. Bem como o núcleo residencial histórico e a Praça do Mercado.

A união entre arquitetura pública e privada garantem à cidade um conjunto harmonioso, modesto e encantador.

Cidade

Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

Cidade

Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

Cidade

Como exemplo de desenvolvimento de uma cidade mineradora, o local é um documento raro da forma como os exploradores adaptaram os modelos de projeções residenciais portuguesas, às realidades da região Central do país.

Embarque conosco em uma viagem pela Cidade de Goiás e conheça a história e cultura regional.

 

Santuário Nossa Senhora do Rosário

Com arquitetura que remete sua época, a Igreja Nossa Senhora do Rosário foi erguida em 1761. Os escravos visavam a construção de um local para abrigar a irmandade, em devoção à Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.

No ano de 1934, a Igreja foi demolida por padres dominicanos e reconstruída em estilo neogótico. Segundo os idealizadores do projeto, a obra representava a “chegada da modernidade” na antiga capital de Goiás.

Como percursor do modernismo no estado de Goiás, Frei Nazareno Confaloni tem suas pinturas de arte barroca expostas na Igreja. Começando com a anunciação pelos mistérios e finalizando na abóbada em cima do altar, os painéis laterais exibem os 15 mistérios do rosário da antiga ordem.

Anualmente, a frente da igreja é palco da “Última Ceia” durante a Procissão do Fogaréu.

Santuário

Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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Onde: R. Luiz Guedes Amorim, 1 – Goiás

Horários: Todos os dias, das 7h às 20h

Contato: (62) 3371 1116

 

Museu Casa de Cora Coralina

A “Casa Velha da Ponte”, às margens do Rio Vermelho, tem visita iniciada pela cozinha, onde estão os tachos de cobre que Cora usava para fazer seus famosos doces de leite. A visita passa também por seu quarto, onde estão todos os vestidos e móveis da forma como ela deixou.

Livros, fotos, cartas, máquina de escrever e até bengala utilizada nos últimos anos estão expostos. Totens reproduzem vídeos em que ela aparece declamando seus poemas.

 Museu

Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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Onde: Rua Dom Cândido, 20 – Centro da Cidade de Goiás

Horários: Terça a sábado – 9h às 16h45, domingos e feriados, 9h às 13h | fechado às segundas

Ingressos: R$ 10

Contato: (62) 3371 1990

 

Instituto Biapó

Com entrada livre, o Instituto funciona como um canal de apoio ao patrimônio artístico cultural. O local recebe exposições de artes rotativas, e outras amostras culturais. Além de funcionar como espaço de eventos, oferece vários programas sociais para empresas.

Onde: Rua Dom Cândido, Penso, 25 – Centro da Cidade de Goiás

Contato através do site Institutobiapo.com.br

 

Mercado Municipal

Um lugar icônico, de arquitetura estonteante. Construído em 1926, o Mercado nasceu como uma feira. Os produtores rurais vendiam suas mercadorias aos moradores do Centro.

Edificando o comércio local, tornou-se parte do grande centro de compras da região. Hoje é reconhecido como patrimônio histórico da humanidade.

Com arquitetura próxima à neoclássica, trabalha uma alvenaria mista de tijolos cerâmicos e de adobe, e ornamentos em massa forte de reboco. Além de colunas com capitéis e volutas em estilo grego-jônico.

No espaço é possível encontrar duas estátuas femininas, sentadas em um banco embaixo do ipê amarelo. Uma é Cora, a outra é Leogedária de Jesus, outra poetisa brasileira. As duas trabalhavam juntas na redação do jornal “A Rosa”.

Onde: Praça Vinicius Fleury, 24 – Cidade de Goiás

Horários: Todos os dias, 6h às 22h

Contato: (62) 3371 7713

 

Praça do Coreto

No meio do Centro Histórico fica o coreto de 1923. Em uma praça ampla e arborizada, o local abriga sorveterias históricas com diversos sabores típicos do Cerrado.

O point é palco de grande parte dos eventos que acontecem na cidade, como o famoso Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) atraindo turistas e cineastas do mundo todo.

Praça

Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

Praça

Imagem: Anna Caroline Prado

Onde: Rua Moretti Foggia, 180 – Centro da Cidade de Goiás

 

Catedral de Sant’Ana

A Praça do Coreto guarda grandes pontos históricos importantes da Cidade, como a Matriz de Sant’Ana. No Largo do Palácio, a Igreja começou a ser erguida em 1743 pelo Ouvidor Geral de Goiás, Manoel Antunes da Fonseca.

Algumas falhas de construção fizeram com parte de sua estrutura desabasse por diversas vezes. Como em 1759, quando o teto desabou e a população precisou se unir para uma reconstrução.

Foi só em 1998 que a Diocese de Goiás, juntamente com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) restaurou a igreja. A edificação tornou-se uma mistura intrigante entre rústico e colonial.

Seu acervo artístico abriga murais de Cerezo Barredo com temas como escravidão, liberdade, pobreza, justiça e igualdade. As cenas são protagonizadas por personagens da fé católica, bem como por escravizados e indígenas.

A Catedral abriga também o túmulo de Dom Tomás Balduíno.

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Onde: 80, Rua 25 de Julho, 2 – Cidade de Goiás

Contato: (62) 9 9128 9616

 

Museu de Arte Sacra e Palácio Conde dos Arcos

A residência oficial foi construída para abrigar o governador da Capitania de Goiás, Dom Marcos de Noronha, ou Conde dos Arcos.

Conde dos Arcos chegou a Vila Boa de Goiás e, como não encontrou nenhuma casa que estivesse “à altura de um governador”, comunicou o fato a Dom João, que autorizou a construção de uma residência oficial.

Em 1752 foram compradas de Domingos Lopes Fogaça cinco casas. Demolidas, deram lugar ao Palácio do Governo.

Por meio do Decreto n° 2787, de 26 de julho de 1987, o governador Henrique Santillo transformou a residência em centro cultural Palácio Conde dos Arcos. A fim de incentivar criações artísticas e estimular a presença de visitantes.

Seu acervo guarda as principais esculturas de artistas como Goiano Veiga Vale e Aleijadinho.

Conde

Onde: Praça Tasso Camargo, 1 – Centro da Cidade de Goiás

Horários: Terça a sábado, das 8h às 17h | domingos e feriados, das 8h às 13h

Contato: (62) 3371 1200

 

Chafariz de Cauda da Boa Morte

Inaugurado em 1778, o Chafariz foi criado como fonte de abastecimento da cidade. Construído em alvenaria de pedra, com detalhes marcantes de pedra sabão, conta com um formato que lembra uma cauda, o que lhe deu seu nome.

Chafariz

Chafariz

Onde: Rua da Praça Brasil Caiado, 16 – Cidade de Goiás

 

Museu das Bandeiras – Ibram

O prédio que servia como Câmara e Cadeia foi construído em 1766. Foi em 1949 que passou a ocupar o posto de museu, guardando a história dos primeiros residentes goianos.

Seu acervo é composto por 573 objetos que desenham a presença negra, indígena e portuguesa em Goiás. Ao longo dos primeiros meses, foi constituído por documentos da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional em Goiás.

Museu

Onde: Praça Brasil Caiado – Centro da Cidade de Goiás

Contato: (62) 3521 4345

 

Igreja de São Francisco de Paula

Com base nas características gerais dos edifícios religiosos goianos do século XVIII, essa igreja foi construída em 1761. Como um dos poucos templos religiosos da cidade a apresentar pinturas no teto, foi a única contemplada com pintura no forro da capela-mor.

Igreja

 

Igreja de Santa Bárbara

A construção da igreja de Santa Bárbara começou a ser erguida em 1775 por Cristóvão José Ferreira. Concluída cerca de cinco anos depois, conta com uma longa escadaria de cimento com mais de cinquenta degraus.

Do alto é possível contemplar a cidade com a Serra Dourada ao fundo. Com arquitetura simplista, abriga a imagem da padroeira em seu interior, sendo assinada pelo escultor Veiga Valle.

 

Igreja de Nossa Senhora do Carmo

Edificada em meados do século XVIII pelo secretário de Governo Diogo Luiz Peleja, a Igreja foi cedida à Confraria de São Benedito dos Crioulos em 1786. Inspirada pela arquitetura portuguesa, adota uma nave octagonal e arcos característicos do estilo usado.

Igreja

Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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Dona Gercina: Conheça a história da mulher que inspirou e apoiou o criador de Goiânia

Dona Gercina Borges Teixeira foi uma importante figura histórica na fundação e desenvolvimento da cidade de Goiânia. Filha do senador estadual Antônio Martins Borges, Gercina nasceu em 1900 em Rio Verde. Ao contrário da maioria das moças de seu tempo, ela optou por ter uma formação, tornando-se professora após um período de estudos no interior paulista.

Segundo a biógrafa Esther Barbosa Oriente, que escreveu ”Dona Gercina – Mãe dos Pobres”, foi no ano em que retornou a Rio Verde (1917) que ela conheceu seu futuro marido. Em 1918, ela se casou com Pedro Ludovico Teixeira, que mais tarde se tornaria o governador de Goiás e o fundador da cidade da capital goiana.

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Dona Gercina Borges Teixeira (Foto: reprodução DM / Bento Fleury)

Mas engana-se quem pensa que a primeira Dama de Goiânia foi apenas a ‘’esposa’’ de Pedro Ludovico. Durante o processo de fundação da cidade, ela teve um papel importante no planejamento e organização local, e ajudou a projetar a disposição das ruas, praças e jardins.

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Gercina e Pedro Ludovico Teixeira (Foto: reprodução Alego)

Além disso, sem a esposa, talvez Pedro Ludovico sequer tivesse ingressado na política. Sem ela, Goiânia teria encontrado ainda mais dificuldades para se firmar como sede do poder.

Gercina também dedicou parte da sua vida para ajudar as minorias. Cognominada de “Mãe dos pobres”, em vista de seu benemérito trabalho de caridade junto aos menos assistidos, mendigos e doentes, ela se dedicou a fazer o bem indistintamente, e, na condição de esposa de Pedro Ludovico, ombreou com ele a imensa tarefa de levantar uma cidade em pleno sertão, em época adversa, com o fantasma da Guerra e as dificuldades; mas não se absteve da luta e construiu uma obra eterna.

Foi considerada a mulher mais importante da história social de Goiás no século XX. E também nos séculos anteriores.

Por conta desse trabalho de caridade, Dona Gercina também foi a primeira presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA) em Goiás. Essa foi sua bandeira, atendendo áreas a que poucas pessoas davam atenção.

Na Santa Casa, por exemplo, apoiou a criação de um serviço funerário para quem não podia pagar. Também incentivou cursos profissionalizantes e foi uma defensora da construção de moradias populares, apelidada de Vila dos Pobres, para atender pessoas que habitavam em condições insalubres na cidade.

Também fundadora da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Dona Gercina ligava seus trabalhos assistenciais à imagem pública das gestões do marido. Mas também costurava acordos políticos.

Curiosidades

O salão principal do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, se chama Dona Gercina Borges. Um quadro que a retrata decora o espaço, usado, sobretudo, para cerimônias especiais, principalmente ligadas ao mundo cultural.

No Palácio das Esmeraldas, muito do estilo da ex-primeira dama ainda está preservado. O mobiliário e várias peças de decoração são da época que ela morava lá. São móveis de madeira de lei, sóbrios e com cores fechadas. 

Em 1976 ela faleceu depois de insidiosa enfermidade, na sua casa do centro de Goiânia, como queria. Quase 50 anos se passaram desde que adentrou nos jardins da eternidade, mas não foi esquecida pelos goianos.

Museu

Para conhecer mais sobre a história, visite o Museu Pedro Ludovico que foi criado em 1987, e fica na Rua Gercina Borges Teixeira, nº 133, Centro. O local trata-se da antiga casa da família de Pedro Ludovico Teixeira construída em 1934, em estilo art déco, com dois pavimentos.

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Foto: reprodução DM / Bento Fleury

 

*Fontes: Diário da Manhã, Jornal O Popular e Museu Pedro Ludovico

Imagem de capa: Reprodução Museu Pedro Ludovico

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Goiás já teve banco próprio e que era orgulho da população

Inaugurado oficialmente em 18 de maio de 1955, o Banco do Estado de Goiás S/A (BEG), foi uma sociedade de economia mista, controlada pelo Governo do Estado de Goiás, com sede em Goiânia.

Foto: Afabeg

O Banco foi criado pela iniciativa do Estado de Goiás em conjunto com os bancos Imobiliário, Mercantil do Oeste Brasileiro, Casa Bancária da Produção e Crédito (Pró-Crédito), e Banco de Goiás. Quando iniciou suas operações, o Banco tinha cinco unidades além de Goiânia, em Cidade de Goiás, Anápolis, Ceres, Ipameri e Nerópolis.

Num outro 18 de maio, em 1964, quando o BEG festejava o seu 9º aniversário, aconteceu um dos mais importantes momentos na vida da empresa: a inauguração da sede própria, o importante edifício da Praça do Bandeirante, com seus nove andares. Construção moderníssima, a primeira no Estado a ter uma central de ar-condicionado, atraía atenções. E era muito grande: o Banco: só ocupava do subsolo até o 3º andar. Os pavimentos de 4º a 7º eram alugados e o 8 º sediava a Associação dos Servidores, a recém-criada ASBEG. No 9º morava o zelador.

Foto: Afabeg

Em 31 de maio de 1999, devido a nova politica de desestatização, diversos bancos estaduais do país foram vendidos, privatizados e ou incorporados pela iniciativa privada. Essa política do Banco Central obrigou o estado de Goiás a passar o controle para o Governo Federal, que ao final acabou privatizando o BEG.

Pouco antes da federalização, o BEG contava com 268 pontos de atendimento, sendo 152 agências bancárias e 116 postos de serviços, em 188 municípios goianos. Contava, também com agências nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, contava com uma DTVM própria e uma corretora de seguros.

Foto: Afabeg

Sua missão principal, como maior instituição financeira do Estado, era o fomento e o desenvolvimento da economia regional.

No dia 04 de dezembro de 2001, a instituição financeira foi vendida num leilão de privatização na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, cujo valor inicial era de R$ 300,72 milhões, e adquirido pelo Itaú, pelo valor de R$ 665 milhões.

 

Afabeg

A AfaBeg – Associação dos Aposentados e Pensionistas do Banco BEG foi criada em 14 de setembro de 1988, como Associação dos Funcionários Antigos e Aposentados do BEG, a partir da iniciativa de um grupo de beguianos que desejavam perpetuar os laços de amizade e representar e defender os interesses dos funcionários antigos e aposentados do BEG.

Com a venda do BEG para o Banco Itaú, o número de aposentados cresceu o que levou à alteração do nome da Associação, acrescentando-se aos seus objetivos o de representar e defender os interesses dos aposentados e pensionistas junto ao conglomerado Itaú Unibanco.

A AfaBeg é uma sociedade de caráter civil com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, tendo as suas atividade reguladas pela legislação civil pertinente, por Estatuto e pelas demais normas emanadas dos órgãos próprios.

 

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Foto de Capa: Afabeg

Castelo de rica e importante cidade do interior de Goiás é referência histórica e sofre com falta amparo do Iphan

Há alguns meses publicamos uma matéria falando sobre o “Castelinho de Urutaí” que estava, segundo informações que havíamos recebido em estado de abandono. A obra histórica e importante, arquitetonicamente falando,  fica dentro do Campus do Instituto Federal Goiano da cidade.

 

Por este motivo, a assessoria de comunicação da instituição entrou em contato e esclareceu alguns pontos que não havíamos conseguido por meio de nossas pesquisas. A primeira questão é que o “Castelinho de Urutaí” não está abandonado. Ele não está sendo utilizado porque está em situação precária e precisa de uma restauração para que possa manter a sua história e originalidade e também possa oferecer segurança a quem estiver dentro dele. 

Foto enviada pela assessoria de Imprensa do UF Goiano – Urataí do Castelinho em seus tempos áureos

 

O castelinho foi construído por dois irmãos espanhóis,  por isso a arquitetura moderna para representar a fazenda. Até 1980 o espaço do castelinho foi moradia dos diretores da instituição, a partir daí o diretor da época construiu uma nova casa para ser residência do diretor-geral e o castelinho ficou fechado até o ano de 2000,  quando a instituição o transformou em museu com espaço para visitação a fotos, peças usadas em aulas práticas, e vários itens de memórias dos anos passados.

 

Em 2015 foi interditado devido aos danos na infraestrutura. No mesmo ano,   foi solicitado o tombamento ao IPHAN que fez um completo relatório sobre o castelinho. Mas, em  2020 enviaram afirmando que não tinha recursos financeiros para a restauração do local, que seria um trabalho de reconstrução da estrutura e preservação da arquitetura histórica.

 

Mesmo sofrendo a implacável ação do tempo suas características de construção de época são nítidas. É um dos únicos prédios que permanece da forma como foi construído a mais de 100 anos. 

 

Inclusive, o IF Goiano, Campus de Urutaí, nos informou que foi tentado em 2015, por meio de um Ofício da Superintendência do IPHAN/GO, uma vistoria para tentativa de tombamento pelo IPHAN, devido a sua representatividade à comunidade local. 

O relatório do órgão, que o Curta Mais teve acesso, relata que o Castelinho é “uma edificação expressiva e parte de um conjunto de residências que haviam no local, em uma das vias próximo ao atual portão de acesso, sendo que, estas, apresentam características de arquitetura eclética”. 

 

O documento conta ainda um pouco da história do imóvel, baseado na dissertação de mestrado de Sílvia Apa Caixeta Issa, intitulada “A escola agrícola de Urutaí (1953-1963): singularidades da cultura escolar agrícola”, de 2014.

 

A história do Castelinho começou em 1918 com o Decreto no 13.197, de 25 de setembro de 1918 que instituiu a Fazenda Modelo de Criação de Urutaí. Em 1920, foi dado início a  construção da Fazenda Modelo de Criação em Urutai por meio de doação de terras dos coronéis Sebastião Louzada e o Major Zacharias Borges (área total: 4.841.300 m2). O governador de Goiás era João Alves de Castro, José Leopoldo de Bulhões Jardim era o senador na Câmara Federal.Em 1953, a  Lei no 1923, de 28 de julho de 1953, transformou a Fazenda Modelo de Urutaí em Escola Agrícola (EAU), subordinada à Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário.

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Através da transcrição de relatos presentes no material consultado, constata-se que a antiga Fazenda Modelo, e posterior Escola Agrícola, funcionava como internato e semi-internato em sua segunda fase, que é datada de  1953, sendo, portanto, também local de residência dos estudantes.

Dado que o início da construção da Fazenda Modelo se deu em 1920, conforme data de doação de terras, a construção da residência pode ter ocorrido entre 1918 e 1920, não sendo possível precisar a data exata a partir do material consultado.

O levantamento do Iphan conta ainda que o Castelinho foi construído para ser a  moradia do Diretor da Instituição. Por isso, ela  é a mais imponente do conjunto do qual ela faz parte, e  apresenta maior porte e riqueza nos acabamentos. 

Ela se destaca dentro do Campus do IFGoiano, de Urutaí, tanto pelo porte, como pela arquitetura eclética. O apuro nos detalhes e o rico trabalho em pedra presente na escada, conotam a intenção de marcar a edificação com um exemplar primoroso para a época em que foi construída. .

O castelinho  tem  forma retangular, apresentando porão alto, do tipo habitável, ou seja, com altura suficiente para o acesso de pessoas, constituição típica de residências de fazenda. 

A parte do porão é marcada por uma textura e relevos que “fingem” ser revestidos em pedra aparente. Na parte acima do porão, as paredes são lisas, possuindo falsas pilastras retangulares com capiteis dóricos e fustes canelados dispostas nos cantos e dividindo em partes mais ou menos equidistantes os planos laterais, sendo estes intervalos entremeados pelas aberturas.

O acesso se dá por meio de dois pontos: pelas duas escadarias frontais em pedra espelhadas em leque que conduzem a uma área avarandada recoberta de ladrilho hidráulico vermelho e pela área de alpendre na lateral esquerda, elevada por pilares simples e com soalho em madeira.

 O alpendre lateral é recoberto por cobertura em telha cerâmica mais baixa que a do volume principal da edificação. Devido a sua disposição no corpo do edifício e acabamentos, há a possibilidade de que a introdução do alpendre lateral seja posterior.

O telhado é composto de dois corpos principais: o frontal mais alto, contornado por cimalha na parte superior dos planos verticais, que possui cumeeira principal paralela à via e é composto de dois volumes sobressalentes que ladeiam o terraço de acesso por escada que é reentrante e  o volume posterior, com cumeeira perpendicular à via frontal, com 3 águas e beiral simples. 

A cobertura é atualmente em telha romana, mas devido ao período em que o edifício foi construído, as telhas deviam ser originalmente do tipo francesa, que eram comuns no ecletismo ou até coloniais, que são as capa e canal, tradicionalmente usual nas cidades brasileiras. 

A fachada frontal e fachadas laterais externas do volume onde se situa a escada em leque são ricamente ornamentadas, sendo que a quantidade de ornamentação é menor no volume posterior. 

 Esta é uma condição comum em edifícios no início do século, onde a fachada principal apresenta maior apuro que as demais por ser a mais visível. Devido a esta diferença entre os dois volumes, também pode ser investigada a possibilidade de terem sido construídos em duas etapas. 

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Cidade goiana na divisa com a Bahia tem história surpreendente e um poço azul completamente apaixonante

A cidade goiana de Posse, tem aproximadamente 37 mil habitantes e fica na região do nordeste goiano. Próxima ao município de Guarani de Goiás (20 km), as paisagens locais são impressionantes. 

Situada na divisa com o estado da Bahia, é conhecida por “Rainha do Nordeste Goiano” por ser o principal centro da região. Posse fica 506 km distante de Goiânia e 311 km de Brasília.

Vamos te contar um pouquinho sobre mais essa cidade goiana, que encanta!

 

História

No início do século XIX, Arraial de Posse foi fundado por imigrantes nordestinos que, fugindo da seca, procuravam terras para o cultivo de cereais. A região era conhecida por Buenos Aires e situava-se abaixo da confluência do Rio Prata com o Corrente. O pastoreio, o curral, a lavoura e o engenho constituíram as bases econômicas da povoação.

A malária provocou a decadência do povoado, logo nos primeiros anos de sua fundação, e a consequente retirada dos habitantes para a zona da chapada, fronteiriça à Serra Geral ou das Araras. Foi onde se formou o novo povoado de Posse, nome decorrente do “apoderamento” da área à margem do Córrego Passagem dos Gerais.

Nazário da Silva Ribeiro, o fundador, construiu uma capela em louvor a Nossa Senhora Santana, em torno da qual surgiram várias moradas. Com o desenvolvimento da indústria rural, agricultura e criação de gado, o povoado tornou-se distrito em 1855.

Sua autonomia municipal foi concedida em 1872, com a nova denominação de Nossa Senhora Santana de Posse, mais tarde mudado para Posse, o nome original. No final da década de 1970, o desenvolvimento da cidade foi impulsionado com a inauguração da rodovia Brasília – Salvador, que passa pelo município.

 

Turismo

Um dos atrativos de Posse é o Lago Azul, que fica a 12 km do centro da cidade. A paisagem é incrível, a água cristalina. Dá vontade de ficar lá por horas a fio.

Um lugar cheio de vida, adrenalina, paz e belezas quase intocáveis.

Cachoeira de 35 metros, essa é a maior das 5 cachoeiras em 1 km de trilha, todas com beleza de encher os olhos, de cima a água fica linda com tons azul e verde.

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Foto: @thomasaugusto73

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Indicamos esse lugar mágico para você conhecer em Posse. Além disso, uma passadinha em Guarani de Goiás vale a pena para conferir as paisagens únicas que tem por lá!

 

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Fotos de capa: Prefeitura Municipal de Posse

Descobrimos a ‘Machu Picchu’ goiana que é repleta de mistérios e já foi habitada por dinossauros

A cidade de Paraúna está ganhando um apelido: ‘Machu Picchu’ goiana ou a ‘Machu Picchu’ de Goiás. Isso se deve as suas formações rochosas que fazem lembrar aquelas lá do Peru, uma das 7 maravilhas do mundo. Uns acreditam que realmente foram feitas pelos povos Incas ou Maias, outros que as tais formações foram esculpidas pela ação da água, que em eras remotas ocupava a região.

Além disso, foram encontrados fósseis de dinossauros na área que compõem a cidade. Até mesmo um dente, que acredita-se ser um parente do Tiranossauro Rex.

A ‘Machu Picchu’ goiana é também, uma das cidades que prometem bombar no turismo de Goiás, em 2023. Para ver a lista completa das cidades clique AQUI.

Incrível né? Nós achamos demais! Por isso viemos contar tudo que tem de melhor, de lindo e curioso em Paraúna, para você ficar com aquela vontade de conhecer mais essa cidade goiana. Então vamos lá…

A pouco mais de 100 km de Goiânia e 350 km de Brasília, Paraúna abriga histórias e lendas repassadas pelos moradores das redondezas. Eles afirmam que a região é visitada e/ou habitada por seres estranhos (alguns até vindos de outros planetas). O misticismo está relacionado às grandes formações rochosas e às construções antigas que a cidade abriga, principal cartão-postal e atrativo turístico da cidade. 

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Lago Municipal de Paraúna. Foto: Luciano Guimarães/Goiás Turismo

Não é atoa que foi criado o Parque Estadual de Paraúna, em 2002. O parque tem objetivo de preservar dois monumentos geológicos encontrados na região: a Serra das Galés, no setor leste do Parque, e a Serra da Portaria, no setor oeste. 

Outra coisa: o local atrai geólogos, cientistas, historiadores e já é objeto até de tese de doutorado. Tudo isso porque foram descobertos fósseis de dinossauros em Paraúna. Esses estudos possibilitaram a inclusão de Goiás no Mapa Mundial de pesquisas de dinossauros, bem como de outras áreas da paleontologia do Período Cretáceo. 

O geólogo, pesquisador e doutor em geografia Ricardo de Faria Pinto Filho falou com o Curta Mais e destacou o potencial da cidade. “Paraúna, hoje, depois de vários estudos e pesquisas desenvolvidas por pesquisadores, professores e alunos de Mestrado e Doutorado da Universidade Federal de Goiás, é um celeiro de potencialidades turísticas voltadas ao patrimônio geologico no estado de Goiás. O município é um forte candidato a desenvolver um projeto de  território Geoparque e torna um exemplar chancelado pela Unesco, tendo o mesmo grau de importância de um monumento histórico da humanidade e de uma reserva da biosfera.” afirmou Ricardo.

Segundo profissionais o local tem potencial para se tornar um Geoparque. Esses são parques que mixam atrativos históricos, geológicos e turísticos. Um Geoparque também possibilita a proteção do patrimônio geológico local.

 

História de Paraúna

Apesar da história de milhões de anos, com habitantes bem grandes. A cidade de Paraúna tem sua história local mais recente.

O povoamento de Paraúna se deu por volta do ano de 1900, na Fazenda São José, às margens do córrego São José, a partir de três famílias, quais sejam, Ferreira (Maria Rosa Ferreira), Ferro (João Xavier Ferrro) e Moraes (Felisbino Coelho de Moraes), cuja ascendência remonta ao meado do século XVI.

O primitivo nome do povoado-embrião, era ‘‘Bota Fumaça” ou “Fumaça”. A denominação não chegou a ser oficializado, mas se deu porque os moradores mais antigos relacionavam o nome ao fato dos animais soltarem fumaça pelas narinas, especialmente nos dias frios, em razão do conato do ar quente dos pulmões com o ar frio do ambiente.

O povoado tornou-se distrito de São José do Turvo, em razão da sua localização às margens do córrego São José, que faz barra com Rio Turvo, e integrante do território do Município de Alemão, hoje Palmeiras de Goiás.

Com a emancipação do distrito de São José do Turvo, foi então assinada a lei que criou o Município de Paraúna, que em tupi guarani significa: “PARA” que significa RIO e “UNA “que significa PRETO. Por questões políticas, o município teve vida curta e foi extinto no mesmo ano da assinatura da lei de sua criação. Mas, quatro anos depois, voltou a se oficializar em 24 de novembro de 1934.

Assim, para efeito de comemoração e registros históricos, a data de 10 de novembro, prevaleceu para comemoração do aniversário da cidade e da restauração do município reinstalado quatro anos após sua emancipação.

Segundo IBGE Paraúna tem uma população estimada de 11.221 pessoas.

 

Turismo

Com um conjunto de formações rochosas que instiga a curiosidade até dos mais desatentos, a cidade de Paraúna é repleta de grutas, quedas d’água e outras paisagens capazes de agraciar os olhos de qualquer turista.

Na cidade há ainda a produção de vinhos. Vinícolas estão a disposição para visitação guiada. Nada melhor do que conhecer um bom vinho goiano na viagem, né?

Além disso ainda há cachoeiras e grutas incríveis para conhecer. Paraúna é um local propício para aventuras, com ótimas trilhas para ciclistas e motociclistas, e paredões perfeitos para prática de rapel, um lugar ideal para se fugir da rotina do dia-a-dia e relaxar, curtindo as belezas naturais.

E para você não perder tempo, nós listamos as principais atrações de Paraúna aqui a seguir. Confira:

 

Capela Nossa Senhora da Guia e Cristo Redentor

Vista aérea da Capela e do Cristo, em Paraúna. Foto: Prefeitura de Paraúna

Dentro da cidade, vale visitar o Morro da Igrejinha, que abriga a Capela de Nossa Senhora da Guia, fundada em 1944, por uma senhora. Dona Otávila de Souza Melo recebeu a graça de ver seu filho e outros jovens dispensados da 2ª. Guerra mundial, daí criou o espaço para agradecer.

Na Capela acontecem as tradicionais missas e novenas em louvor à Nossa Senhora da Guia, sempre na primeira quinzena do mês de agosto.

Ao lado da capela está a imagem do Cristo Redentor, construída em 1975, que tem mais de 10 metros de altura e é um dos pontos turísticos de Paraúna.

O Morro da Igrejinha oferece uma vista única da cidade. Clique AQUI para saber como chegar lá.

 

Serra da Portaria

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Vista para o Vale da Portaria em Paraúna. Foto: Luciano Guimarães/Goiás Turismo

A Serra da Portaria se destaca pela beleza das serras imponentes formadas de rochas sedimentares que sobressaem na paisagem e podem chegar até 120m de altura em alguns pontos. 

O nome foi dado por existirem supostos portais lacrados na Serra, como se alguém tivesse fechado as entradas usando rochas. O misticismo do local atrai a atenção dos turistas, que conhecem parte das histórias pelas páginas do livro do pesquisador Alódio Tovar.

Ele relata ter encontrado numa fazenda da região, a cerca de 80km de Paraúna, uma grande formação rochosa, sob a qual havia uma gruta contendo figuras estranhas e enigmáticas.

Serra da Portaria, em Paraúna. Foto: Prefeitura de Paraúna

 

Para ele, se tratavam de um grande enigma e de uma grande revelação sobre o passado de nossa terra. Construções de pedras e outros vestígios de antigas civilizações que podem ter ligações com os povos maias e incas.

Histórias que eram contadas pelos antigos moradores das redondezas, passam de geração em geração e surpreendem quando dizem que a região de Paraúna ainda é visitada e pode ter sido habitada por seres estranhos e criaturas sobrenaturais. Falam de uma energia captada e sentida pelos visitantes que sobem a serra (especialmente nos meses de junho e julho) e se posicionam sob uma pedra, que traços de uma estrela. 

Ao pé da Serra há um salto que forma uma piscina natural, adequada para banho.

O atrativo é ideal para contemplação e prática de esportes radicais.

A VISITAÇÃO É LIVRE, mas recomenda-se o auxilio de um condutor/guia de turismo para se aventurar nas trilhas com maior segurança.

 

LOCALIZAÇÃO 

A SERRA DA PORTARIA, está localizada no Parque Estadual de Paraúna, a 40km da cidade, (pela GO 050), onde a maior parte do trajeto é feito em estradas de terra, com alguns pontos arenosos. 

TRILHA

O percurso para subir e chegar ao topo da serra, tem duração de aproximadamente 1:30h de caminhada (cerca de 2km).

O percurso apresenta grau de dificuldade nível médio e existem alguns pontos de difícil locomoção.

 

Muralha de Ferro ou Muralha de Pedra

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Muralha de Ferro, em Paraúna. Foto: Prefeitura de Paraúna

No vale da Serra da Portaria, está localizada a MURALHA DE FERRO ou MURALHA DE PEDRA como também é conhecida. Um conjunto de rochas alinhadas que formam uma estrutura semelhante a um grande muro. Segundo o historiador Alódio Tovar, possui cerca de 15 km de extensão e em alguns pontos mais de 2 metros de altura e 1,5 metros de largura. 

A muralha é toda constituída de blocos de basalto negro, tipo de rocha vulcânica muito resistente, também conhecida como pedra-ferro e chama a atenção dos visitantes pelo formato, que se parece com degraus, e ainda como cada uma daquelas pedras colossais foram colocadas ali, a grande maioria delas assentadas sempre na posição horizontal e além de tudo, coladas umas nas outras, com óleo de baleia, o que leva alguns geólogos a cogitarem a possibilidade da região ter sido oceânica.  

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Muralha de Ferro, em Paraúna. Foto: Thiago Moura/Prefeitura de Paraúna

Este é sem dúvidas, mais um dos mistérios que Paraúna guarda em suas terras, na região central do Brasil, que não deixa dúvidas de que uma espécie de cultura megalítica milenar, pode ter se desenvolvido no local.

 

LOCALIZAÇÃO 

A MURALHA DE PEDRA, está localizada dentro da Área de Preservação Permanente – APA Serra as Galés e da Portaria, a 45km da cidade (pela GO 050), onde a maior parte do trajeto é feito em estradas de terra, com alguns pontos arenosos. (vide mapa de acesso).

A Muralha está distante aproximadamente 2,5km da Serra da Portaria.

A visitação é aberta. O local é ideal para contemplação e pode ser facilmente acessado por carros altos, sem necessidade de serem traçados. 

 

Serra das Galés

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Pedra do Cálice. Foto: Luciano Guimarães/Goiás Turismo

A SERRA DAS GALÉS, foi reconhecida em 1996 como Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN e surpreende com as belas formações, que podem até ser comparadas com as ruínas de uma cidade abandonada.

Na Serra das Galés está localizada a principal atração turística e cartão postal da cidade, a Pedra do Cálice. As imagens esculpidas nas rochas pela força do tempo, do vento, da chuva e do sol, impressionam pela semelhança com objetos, pessoas e animais, que se tornam mais nítidas quando observadas de ângulos específicos. 

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Pedra da Tartaruga. Foto: Luciano Guimarães/Goiás Turismo

Dentre outras, podem ser notadas formações que lembram uma Tartaruga, um Lorde, uma Máquina de Escrever e uma Índia com seu filho às costas. Inúmeras pedras, que analisadas pela imaginação de cada visitante, formam monumentos diferentes e às vezes ainda desconhecidos! A Serra das Galés também é ideal para prática de trilhas.

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Foto: Prefeitura de Paraúna

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Pedra do Cálice. Foto: Luciano Guimarães/Goiás Turismo

A visitação é aberta. O local é ideal para contemplação 

 

LOCALIZAÇÃO 

A Serra das Galés está localizada na Unidade de Conservação denominada como Parque Estadual de Paraúna e está distante 27 km da cidade (pela GO 050), onde a maior parte do trajeto é feito em estradas de terra, com alguns pontos arenosos. Pode ser facilmente acessado por carros altos, sem necessidade de serem traçados. 

Para chegar até os monumentos, o visitante precisa percorrer uma trilha de 1,5Km, que tem grau de dificuldade leve.

 

Rio Formoso (Formosinho)

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Foto: Prefeitura de Paraúna

O rio de correnteza leve se contorce em recantos ideais para o banho. Sua água fresca é a melhor resposta ao sol e ao calor que constantemente inundam essa região de cerrado alto. É um local propício para camping, com estrutura (mesas e churrasqueiras de alvenaria) para as famílias se reunirem e compartilharem momentos agradáveis junto à natureza! 

A visitação é aberta. 

Recomenda-se levar ÁGUA PARA HIDRATAÇÃO.

 

LOCALIZAÇÃO 

Fica a 7 Km do centro da cidade de Paraúna pela GO050, não havendo necessidade de carros altos ou traçados

 

CACHOEIRA DO CERVO 

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Foto: Prefeitura de Paraúna

Em meio a uma belíssima vegetação, se encontra um complexo de saltos e cachoeiras, com quedas de até 12 metros d’água e 25 metros de largura. É a cachoeira mais conhecida na região e conta com bons lugares para banho, camping . Está localizada a 60 km da cidade, sendo a maior parte desse percurso em estradas de terra. 

 

CACHOEIRA DO DESENGANO

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Foto: Prefeitura de Paraúna

A cachoeira do Desengano está distante 44 km da cidade, tem sua nascente na Serra das Divisões e é pequena, mas o local como um todo é muito bonito. Belo banco de areia, bom para camping e banhos. Está localizada ao lado da estrada, dá para ir sem guia turístico, mas a estrada é de terra, carros normais conseguem ir, mas areões assustam (ou divertem) um pouco. 

 

CACHOEIRA DO SONHO

Foto: Prefeitura de Paraúna

A Cachoeira do Sonho está localizada a 52 km da cidade. A estrada é de terra e a predominância de areia merece atenção para quem vai com carros sem tração 4×4, já perto da cachoeira os areões ficam mais densos. A cachoeira possui uma seqüência de quedas, e nas rochas que margeiam o rio existem marcas que despertam curiosidade. O local possui poços para banhos, sempre importante levar mantimento e muito liquido.

 

PONTE DE PEDRA

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Ponte de Pedra. Foto: Luciano Guimarães/Goiás Turismo

A Ponte de Pedra é um lindo lugar onde podemos ter contato direto com a natureza, por lá passa um rio com o mesmo nome. A Ponte de Pedra fica localizada no município de Paraúna na divisa com o município de Rio Verde.

As águas do Rio Ponte de Pedra, distante 60 km da cidade, esculpiram uma ponte natural de pedra e embaixo, por onde passa o rio, formou-se uma caverna cheia de estalactites e estalagmites de grande beleza e interesse científico.

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Ponte de Pedra. Foto: Luciano Guimarães/Goiás Turismo

Existe área de camping, onde as pessoas podem acampar e é totalmente gratuito, além de ter local propício para banho.

É uma obra de arte, uma visão única!

 

VINÍCOLA SERRA DAS GALÉS

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Foto: Luciano Guimarães/Goiás Turismo

A Vinícola Serra das Galés está localizada na GO 320, km 01, Setor Ponte de Pedra em Paraúna. Tem como base a inovação, o arrojo e o pioneirismo. É uma alternativa concreta de desenvolvimento regional sustentável e tem como princípio fundamental a utilização dos recursos do cerrado de forma racional e equilibrada.  

A propriedade produz 600 toneladas de uva por ano, para produção dos sucos naturais, dos vinhos Cálice de Pedra – rosado, branco e tinto, elaborados a partir de variedades das uvas Isabel, Violeta, Niágara e Lorena e ainda do vinho Muralha, produzido com as uvas Syrah e Touriga Nacional, trazidas da França e de Portugal e cultivadas em solo goiano.

Tanto os vinhos quanto a vinícola fazem homenagem à Pedra do Cálice, principal monumento natural de Paraúna e símbolo da Serra das Galés, localizada no município.

É possível visitar tanto a fábrica quanto a vinícola (o período ideal para conhecer a plantação são os meses de junho e julho, período das uvas), basta fazer agendamento prévio. Os amantes de vinhos podem fazer a rota como enoturismo.

Oficialmente inaugurada em 2007, a Vinícola Serra das Galés colocou  Paraúna em posição de destaque com o enoturismo goiano.

Contrariando muitos prognósticos de que a atividade não daria certo em solo goiano, atualmente, o empreendimento produz mais de 300 toneladas de uva por ano, destinadas à produção do suco de uva 100% natural Cálice de Pedra, dos vinhos Cálice de Pedra – rosado, branco e tinto (elaborados a partir de variedades das uvas Isabel, Violeta, Niágara e Lorena), e ainda do vinho Muralha, produzido com as variedades de uva portuguesa, a Touriga Nacional, e francesa, Syrah.

A sede da Vinícola está localizada na Rodovia GO 320, Km 01, em Paraúna-GO, funciona de terça a domingo das 8h ás 18h.

Telefone/WhattsApp: 64.3556.1000 / 64.99972.5023

 

Contatos dos Condutores de Turismo de Paraúna:

 

André – 64.996455294

Edneudes – 64.99921.1877

João – 64.99994.7728

Ronaldo – 64.99653.8381

Walber – 64.99644.5538

 

 

Onde se hospedar em Paraúna:

Hotel Cristo Redentor

Telefone: 64.3556.2721 WhattsApp: 64.98438.8936

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Hotel Bruno´s Hotel

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Hotel Serras de Paraúna

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Endereço: Av. JK, 0, Centro, Paraúna-GO

 

Hotel São José

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Pousada Instituto Serra da Portaria

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Foto de Capa:  Luciano Guimarães/Goiás Turismo

 

Confira o projeto arquitetônico da prefeitura de Goiânia feito em 1940 e que nunca saiu do papel

Goiânia é a segunda capital do Estado de Goiás. A primeira foi a histórica cidade de Goiás.  A transferência da capital de Goiás para outra cidade era um assunto discutido desde a Proclamação da República,  em 1889, mas que veio a se concretizar apenas em em 24 de outubro de 1933.

 

A demora neste processo aconteceu por diversas questões que são históricas. Entre elas, podemos elencar a  Constituição de 1891, que  manteve a capital na antiga região aurífera pela sua importância econômica para o estado de Goiás e para o Brasil 

 

Com o fim do período do ouro, a velha Goiás, antiga Vila Boa, começou a perder a hegemonia econômica e cidades envolvidas com a criação de gado e agricultura, localizadas mais ao Sul do Estado, passaram a ter mais importância do que a antiga capital.

 

Em 1930, com a chamada Revolução de 30, que foi um movimento armado, liderado  por Getúlio Vargas com o apoio dos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul,  que impediu a posse de Júlio Prestes, que foi democraticamente eleito e colocou Getúlio Vargas no poder, as coisas mudaram em Goiás. 

 

Isso porque Vargas nomeou interventores para todos os governos estaduais. Em Goiás, foi nomeado o médico Pedro Ludovico Teixeira, que havia lutado na revolução de 1930. Pedro Ludovico se opôs à oligarquia política da época e decidiu que era hora de mudar a capital de Goiás. 

 

Pedro Ludovico acreditava que  era preciso impulsionar a ocupação de Goiás, direcionando os excedentes populacionais para espaços demográficos vazios na tentativa de aumentar a produção econômica. Na visão do interventor goiano, a mudança da capital era uma das alternativas que permitiria a ligação do Centro-Oeste ao sul do País.

 

Assim, em 1932, Pedro Ludovico instituiu uma comissão, presidida por D. Emanuel Gomes de Oliveira, que deveria discutir e escolher o melhor local para a construção da nova capital. A resistência da forte oposição a Pedro Ludovico considerava dispendiosa e desnecessária a mudança da Capital.

 

Mas Pedro Ludovico  e toda a cúpula dos revolucionários de 1930, consideravam a construção de uma nova cidade necessária.  Em janeiro de 1933, a comissão instituída por Pedro Ludovico  fez estudos das condições topográficas, hidrológicas e climáticas das localidades de Bonfim, atual Silvânia, Pires do Rio de Ubatan, atual vila de Erigeneu Teixeira, em Orizona,  e Campinas, que é atual bairro de Campinas

 

O relatório final apresentado a Pedro Ludovico indicou uma fazenda localizada nas proximidades do povoado de Campinas como o local ideal para construção da nova capital. O decreto estadual nº 3359, de 18 de maio de 1933, determinou a escolha da região às margens do córrego Botafogo, compreendida pelas fazendas Crimeia, Vaca Brava e Botafogo, no então município de Campinas, para a edificação da nova capital de Goiás. 

 

Em 24 de outubro de 1933, em local definido pelo engenheiro, arquiteto, urbanista e paisagista Attilio Corrêa Lima, responsável pelo projeto urbanístico da nova capital, Pedro Ludovico lançou a pedra fundamental de Goiânia. A data foi escolhida para homenagear os três anos da revolução de 1930.

De acordo com relatos históricos, o nome sugerido para a nova capital de Goiás teria sido “Petrônia”, em homenagem ao seu fundador Pedro Ludovico. O jornal O Social havia realizado um concurso cultural com seus leitores para o batismo da nova cidade. 

Dois nomes concorreram: Petrônia e Goiânia. O primeiro foi escolhido por 68 leitores do jornal, enquanto Goiânia obteve menos de 10 votos. Pedro Ludovico, no entanto, por razões que ele nunca revelou a ninguém, preferiu Goiânia e em decreto de 2 de agosto de 1935 formalizou o nome da nova capital.

Como a nova cidade foi construída do zero, tudo precisava ser levantado, inclusive uma sede para a Prefeitura, que inicialmente ficava na Praça Cívica, sede do Centro Administrativo, de onde se irradiam as três principais avenidas, que são Goiás, Araguaia e Tocantins.

Por algum motivo, ainda alheio a história, em 1940, o prefeito Venerando de Freitas Borges, que foi o primeiro prefeito da nova capital, encomendou um projeto arquitetônico de uma nova sede para a prefeitura municipal da cidade, que ainda crescia bastante. 

O projeto, que pode ser conferido na imagem abaixo, estava na mesa do prefeito mas nunca saiu do papel. A informação é do site Goiás tem História. Confira a foto:

 

Av. Anhanguera. Década de 1960 (Alois Feichtenberger – Goiânia – GO. Acervo MIS|GO)

Construída inicialmente para 50 mil habitantes, Goiânia experimentou um crescimento moderado até 1955. Entretanto, devido a uma série de fatores, como a chegada da estrada de ferro, em 1951, a retomada da política de interiorização de Getúlio Vargas, de 1951 a 1954, a inauguração da Usina do Rochedo, em 1955, e construção de Brasília, de 1954 a 1960, cerca de 150 mil pessoas já habitavam a nova capital em 1965. Apenas na década de 1960, Goiânia ganhou cerca de 125 novos bairros e tudo isso exigia mais infraestrutura, energia, transporte e escolas.

Monumento ao bandeirante: conheça a história e o significado da histórica e polêmica estátua de Goiânia

Bartolomeu Bueno da Silva – o Diabo Velho, ou Anhanguera como é popularmente conhecido, recebeu tal apelido do povo Tupi. O pseudônimo faz referência a quando o bandeirante ateou fogo em água ardente na tentativa de assustar indígenas para que revelassem onde estavam localizadas as minas de ouro.  

No ano de 1722 Bartolomeu Bueno da Silva liderou a expedição de Bandeirantes em direção ao estado de Goiás com permissão da Coroa. A caravana foi inicialmente composta por 152 homens, dentre os quais encontravam-se padres e indígenas. O percurso não foi fácil. Sem direção certa alguns bandeirantes começaram a perecer por desidratação. Outros desistiam do percurso na tentativa de voltar para São Paulo. Quando a expedição finalmente chegou ao Rio Tocantins, a caravana contava com apenas setenta homens. 

Foi só em 1725, próximo a atual cidade de Goiás, que os bandeirantes encontraram ouro. No ano seguinte (1726) Anhanguera estabeleceu-se nas terras das minas e ganhou o posto de capitão-mor da mineração recém-descoberta. Bartolomeu Bueno da Silva permaneceu como superintendente das ‘minas dos Goiases’ até 1734, quando entrou em conflito com comandantes paulistas. 

Anhanguera fora acusado de sonegação de impostos à Coroa, sendo processado e perdendo seu direito de explorador. Permaneceu então no arraial de Sant’Anna, atual cidade de Goiás, em uma tentativa de apaziguar as disputas pelo controle das minas. 

 

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O Bandeirante faleceu em Goiás no ano de 1740. Falida, sua família se mudou para o longo do rio Corumbá. Seu filho primogênito decide reclamar à Portugal as injustiças perante a história de seu pai. No ano de 1746, a família obtém a restituição das passagens dos rios Jaguari, Atibaia, Grande, das Velhas e Corumbá.

Anhanguera foi elevado ao status de herói recebendo homenagens póstumas em grandes quantidades. A principal via da capital, Avenida Anhanguera, foi assim nomeada em sua homenagem. 

 

Estátua de Bartolomeu Bueno da Silva – Goiânia

Em 9 de novembro de 1942 foi inaugurado o Monumento ao Bandeirante, uma homenagem de São Paulo. A estátua surgiu como fruto do Estado Novo da Era de Getúlio Vargas, da caminhada do progresso para o Oeste, de uma nova política hegemônica. A escultura em bronze com três metros e meio de altura busca retratar o bandeirante que deu nome à Praça do Bandeirante, como é popularmente conhecida a Praça Attilio Correia Lima. 

A histórica Praça foi palco de vários movimentos estudantis como o comício pelas Diretas Já no ano de 1984 que reuniu cerca de 300 mil pessoas. Em 1992 aconteceu o comício caras-pintadas com inúmeros jovens em luto contra a corrupção. Ao longo dos anos, o aumento no fluxo de carros na avenida Anhanguera fez com que a histórica praça fosse reduzida significativamente. 

 

Estátua com os dias contados

Durante a pandemia de 2020 espalhou-se pelo mundo uma onda de protestos em apoio ao movimento ‘Black Lives Matter’. Em Bristol, Inglaterra, a estátua do traficante de escravos Edward Colston foi arrancada da base e lançada ao rio. Em Los Angeles, nos Estados Unidos, a própria prefeitura mandou retirar o monumento de Cristóvão Colombo. 

Segundo o professor e historiador José Luciano, a estátua de Anhanguera representa “como o modelo racista e excludente de nossa sociedade triunfou”. A fama de Anhanguera, Diabo Velho, é parte da história envolta pela crueldade com que tratava os nativos em atos de racismo e massacres indígenas. 

Em 2021 tramitou na Câmara Federal Projeto de Lei PL 5296/20 que “proíbe em todo território nacional o uso de monumentos para homenagear personagens da história ligados à escravidão”.

 

Foto: Letícia Coqueiro

Descubra a história do Mercado Central de Goiânia

Tecidos, temperos, artesanatos, comida boa… Tudo isso você encontra no Mercado Central de Goiânia. Um dos principais atrativos turísticos da cidade, conta com pouco mais de 100 comércios para a alegria dos goianos e turistas. Vale o destaque para o atendimento dos vendedores, que parecem já te conhecer de tão amigáveis. 

Distribuídas em dois pisos, as lojas oferecem os mais variados tipos de produtos, com um precinho camarada, além da qualidade. Um verdadeiro centro turístico, histórico, cultural e gastronômico da capital goiana.

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Agora se você ama comida goiana, se prepara! O Mercado oferece os melhores pratos da culinária, além dos lanchinhos tradicionais como: pastéis, salgados, tortas, doces artesanais e mais. Uma variedade de queijos locais e da região, e lógico… o tradicional empadão goiano.

Você pode encontrar no mercado também medicamentos naturais, garrafadas. Além de artesanatos como cestas, sandálias em couro, bolsas, utensílios para a casa. Até açougue e peixaria tem no local.

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Mas a história do Mercado Central de Goiânia, também conhecido como Mercado Municipal, começou nos anos de 1940 e vamos te contar tudo por aqui.

 

História

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Antiga sede do Mercado Central de Goiânia, onde hoje se encontra o Parthenon Center. Foto: Reprodução/@goiastemhistória

Localizado no número 322 da Rua 3, no Setor Central, o Mercado Central de Goiânia foi oficialmente inaugurado em 1950, mas em outro endereço. Começou a funcionar onde hoje se encontra o prédio do Parthenon Center. Posteriormente, foi transferido para o Mercado Centro Comercial Popular, onde existe, atualmente, o Camelódromo do Centro. Já em 24 de outubro de 1986, foi novamente transferido para sua sede definitiva, onde está funcionando hoje, com área construída de 6.787 metros quadrados e dividido em três pavimentos.

Comerciantes da época da fundação relatam que o local já funcionava três anos antes da inauguração, em 1947. Em 1950 quando inaugurou, o Mercado contava com cerca de 120 comerciantes que vendiam, principalmente, secos e molhados, além de hortifrutis. Em setembro de 1991, o Mercado Central passou por uma reforma feita pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos Municipais. Três anos depois, a Prefeitura de Goiânia fez a cobertura do Mercado Central. 

O mercado não tinha estacionamento e, então, foi criada uma comissão pelos permissionários que solicitou ao então Ministro dos Transportes, Iris Rezende Machado, a desapropriação de alguns imóveis, onde foi construído o estacionamento.

Com o avanço de diversos novos mercados e grandes centros de compras espalhados pela cidade, o terceiro piso do mercado não teve o interesse esperado. Desde 1995, o Mercado Central funciona normalmente nos primeiro e segundo pisos, com 101 permissionários. No terceiro piso funciona o Restaurante do Trabalhador, com refeições ao valor de R$ 1,00.

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Os atrativos maiores do lugar existem desde a sua inauguração. São produtos reconhecidos, ao longo dos anos, pela qualidade e pelo sabor, como queijos, farináceos, artesanatos e empadas. Aliás, a empada é uma das referências gastronômicas de Goiás, sendo a do Mercado Central a mais famosa de Goiânia.

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Além das opções gastronômicas, é possível encontrar no mercado diversos tipos de produtos, os quais são lembrados, também, pelo preço acessível. Como filtros de barro, panelas e utensílios em geral, raízes e medicamentos artesanais, dentre tantas outras opções.

Uma coisa é fato: você não sairá do mercado sem encontrar o que precisa, ou sem comprar alguma coisa que nem precisa.

Se você não conhece o Mercado Central de Goiânia, se joga e vai visitar!

 

Mais informações

Mercado Central de Goiânia

Telefone: (62) 3524-1324

Endereço: R. 3, 322 – Setor Central, Goiânia

Horário de Funcionamento: Segunda à Sexta 7h as 18h | Sábado 7h as 15h | Domingo 7h as 12h

Instagram: @mercadocentraldegoianiaoficial

Site: mc.goiania.br

 

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Com informações da ALEGO

Foto de Capa: Letícia Coqueiro

As fotos da matéria foram extraídas das redes sociais oficiais do Mercado Central de Goiânia.

Conheça a história de João Garrote, inventor goiano que criou o talher para comer pequi

O goiano João da Silva Garrote, de 85 anos, nasceu em Itumbiara em 1935, mais especificamente na Fazenda do Bandeira. Se declara escritor, inventor, advogado e Procurador da União de Goiás (aposentado). É dono de mais de 35 patentes de invenção, entre elas o famoso “pegador de pequi”. E segundo o próprio João, “a necessidade é a mãe das invenções”.

João Garrote, como é mais conhecido, teve uma infância com poucos recursos. Seus pais eram fazendeiros e desde menino, ele inventava coisas, fazia as famosas “gambiarras”. Durante sua infância, fazia seus próprios carrinhos, além de adaptar ratoeiras para caçar aves e muitas outras criações.

No ano de 1954, o inventor entrou para o curso de “Rádio Técnico” na escola técnica, atual Instituto Federal de Goiás. O curso, na época, equivalia ao “ginasial” e os alunos passavam um período de tempo em todas as oficinas dos cursos oferecidos. Tinham oficinas de mecânica, eletrotécnica, rádio técnico, alfaiataria, marcenaria, serralheria e tipografia.

Na escola técnica, João desenvolveu várias habilidades que o levaram a patentear ao menos 35 das suas criações. Inclusive, ele publicou uma carta aberta em agradecimento ao IFG pela oportunidade “quase todos os alunos que passaram pela escola técnica de Goiânia foram pessoas que triunfaram na vida e conseguiram alcançar um lugar ao sol” declarou.

Aos 25 anos, em 1962, João concluiu a primeira invenção: uma tampa disparadora para vaso sanitário. Incomodado porque as pessoas não davam descarga, desenvolveu um mecanismo que, quando a pessoa levanta do vaso, a descarga dispara.

Daí pra frente foram muitas criações, mas ele elege duas como suas preferidas: a agulha de sutura e o mexedor de tacho. A primeira delas facilita o manuseio no couro de animais e surgiu após conversar com um médico veterinário, que relatou dificuldade ao dar pontos em feridas.

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Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Já a ideia do mexedor de tacho surgiu depois que a mulher dele, a dona de casa Joana Darque Rezende Garrote, de 52 anos, sofreu um acidente doméstico. 

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Foto: Reprodução/Jornal UFG

De dentro da sua oficina na própria casa, em Goiânia, saiu a invenção mais famosa do procurador aposentado: o “pegador de pequi”, que permite saborear o fruto sem sujar as mãos. Garrote já registrou a patente do talher de pequi no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). 

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Foto: Reprodução/Instituto de Longevidade (MAG)

O inventor já participou inclusive da série da Globo News chamada ‘O Melhor do Brasil é o Brasileiro’. O programa mostra que os inventores estão por todo o país, com 15 casos de diferentes cidades. O episódio 5 da primeira temporada se chama “Invenções e João e Maria” e conta a história de dois inventores: João da Silva Garrote, de 82 anos e a cientista prodígio do Paraná, Maria Vitória Valoto, que aos 18 anos encontrou uma bactéria nas laranjas que pode combater a candidíase. A série está disponível no Globo News Play

Apesar de garantir que nunca ganhou dinheiro com suas criações, João Garrote garante que vai continuar inventando enquanto puder!

 

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Com informações de Jornal UFG, Tv Anhanguera, Instituto de Longevidade (MAG) e O Popular.

Foto de capa: Reprodução/Youtube O Popular