Estar com fome realmente nos deixa irritado, aponta estudo

Raiva, parece ser a palavra certa para descrever o mau-humor que muitas pessoas têm quando estão com fome. Mas será que isso é real? Ficamos mesmo irritados quando estamos famintos? De acordo com um estudo recente, a resposta é, sim!

 

Em um experimento que contou com 64 voluntários, uma equipe de pesquisadores ingleses encontrou uma ligação clara entre a fome e a sensação e sentimentos de raiva e irritabilidade. As conclusões foram publicadas neste mês no PLOS ONE.

 

Segundo a pesquisa liderada por Viren Swami, professor de psicologia social da Universidade Anglia Ruskin, em Cambridge, Inglaterra, além de sentirmos mais raiva quando estamos com fome, também tendemos a ter menos prazer nas atividades que estamos executando.

 

Para o pesquisador, uma das razões para isso acontecer é que a fome nos deixa mais propensos a experimentar emoções negativas. E quando isso ocorre, começamos a interpretar pistas contextuais à nossa volta, também de maneira negativa.

 

Para examinar mais de perto o gancho que liga a fome ao nosso humor, Swami e seus colegas pediram aos voluntários que registrassem seus níveis de fome e seus estados emocionais cinco vezes ao dia, em uma escala de 0 a 100, por um período ininterrupto de 21 dias.

 

No caso da fome, os níveis variavam entre “sem fome” a “com muita fome”. Da mesma forma, para a irritabilidade e raiva, as classificações oscilavam de “nada” a “muito”. Além disso, também foi pedido aos voluntários que avaliassem seu estado de alerta e emocional em uma escala de 0 a 100.

 

Para facilitar o levantamento das informações, os participantes registravam tudo em um app. Para complementar os dados da pesquisa, Swami e sua equipe ainda analisaram hábitos alimentares dos envolvidos, tais como o consumo de comida por observar os outros comendo e alimentação induzida emocionalmente.

 

Os números obtidos sobre o comportamento dos participantes foram bastante variados: 

 

58% tomavam café da manhã, 

78% almoçavam, 

84% jantavam, 

48% lanchavam entre as refeições e,

9% tinham o hábito de acordar a noite para comer.

 

Já correlação entre a fome a raiva apresentaram as seguintes flutuações:

 

56% oscilaram na irritabilidade,

48% variaram na raiva e,

44% tiveram variação no prazer.

 

Entre aqueles que responderam o questionário final do estudo, 53% disseram que se preocupavam rotineiramente ou sempre com uma alimentação saudável. Já 55% apontaram prestarem mais atenção à fome do que ao que comiam.

 

Conclusão 

 

Os pesquisadores têm algumas hipóteses para explicar como a fome pode influenciar nossas emoções. Uma é baseada em estudos anteriores que sugerem que níveis baixos de açúcar no sangue faz com a que pessoa fique mais agressiva, irritada e impulsiva.

Outra hipótese propõe que, quando as pessoas estão com fome, é provável que comecem a ver o mundo à sua volta com olhos irritáveis.

Seja qual for o mecanismo que explique como a fome muda nosso estado de humor, Swami acredita que essa pesquisa levanta um debate muito sério, por exemplo, crianças que vão para a escola com fome terão muito mais dificuldades de aprender de forma eficaz, sem falar na possibilidade de elas terem problemas comportamentais.

 

Foto/Reprodução

 

Na palma da mão

Acesse https://linktr.ee/guiacurtamais e fique por dentro do que há de melhor em conteúdo. O Curta Mais é a multiplataforma mais completa e confiável de cultura, gastronomia, entretenimento, política e negócios de Goiás.

 

Pessoas que mais te irritam são as que mais se parecem com você, revela estudo

Sabe aquela pessoa que mais te irrita? Ela pode ser o seu melhor espelho! É o que afirma a psicóloga Marta Segrelles, do Colegio Oficial de Psicólogos de Cataluña, na Espanha no estudo intitulado “O que o incomoda no outro tem a ver com você”.

De acordo com a psicóloga, os seres humanos têm um mecanismo de defesa, que fica em alerta quando uma pessoa atribui a outra pensamentos e atitudes que ela mesma não consegue tolerar, ou seja, projetam nos outros o que não aceitam nelas mesmas. Ou seja, uma situação em que alguém projeta, literalmente, no outro emoções que não consegue aceitar em si mesmo. Isso costuma acontecer porque aceitar essas emoções tiraria o indivíduo de sua zona de conforto, causando ansiedade ou estresse.

Não assumir a responsabilidade pelos aspectos negativos impede a pessoa de melhorar e superar aquilo que provoca incômodos. Porém, para alguns é mais fácil transferir os sentimentos para um fator externo e sentir raiva desse fator externo do que confrontar a realidade.

O estudo mostra ainda que muitas atitudes que as pessoas possuem, foram herdadas dos pais. Desde quando somos crianças, absorvemos o comportamento e jeito de ser de nossos pais, em diferentes situações, e durante a adolescência é que essa ‘absorção’ do jeito de ser fica ainda maior. O desenvolvimento psicológico do filho pode ser afetado pelo estado emocional dos pais.

O filho que mais irrita os pais pode ser exatamente aquele que mais se parece com seus progenitores. A pesquisa revela também que antes da atenção ser toda pro filho, os pais precisam resolver seus próprios problemas e buscar uma evolução interior, entendendo que as crianças não são propriedades do pai e nem da mãe, por isso, precisam tomar as próprias decisões e cometer erros, isso faz parte do processo de aprendizagem pessoal.

O passado é impossível de ser mudado, porém, é reconhecendo o que precisa ser transformado, que um novo futuro acaba se formando. Não julgue, seja tolerante, as pessoas possuem suas próprias individualidades e precisam ser respeitadas por isso, você concordando ou não; avalie o porquê daquilo estar te incomodando no outro.

“Tudo que incomoda você sobre outros seres é apenas uma projeção do que você não resolveu em si mesmo.” – Buda.