Andor Stern: Morre aos 94 anos único brasileiro sobrevivente do holocausto

Andor Stern, o único brasileiro sobrevivente do Holocausto, morreu nesta quinta-feira (07), em São Paulo. O comunicado foi feito por familiares através de sua conta no Instagram. Stern faleceu em casa aos 94 anos de idade e havia dedicado parte de sua vida a relembrar e ensinar os horrores cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. 

 

“Nossa família agradece desde já por todas as mensagens de apoio e palavras de carinho”, diz a mensagem. 

 

Andor era judeu e nascido brasileiro, se mudou para a Hungria quando era criança e vivenciou toda a época de antissemitismo enquanto crescia, sendo levado para o campo de concentração de Auschwitz anos depois.

 

A história de Andor Stern

 

No auge da segunda guerra, Andor Stern viu uma verdadeira transformação na sua vida. Aos 13 anos de idade, o brasileiro se viu obrigado a escapar da terrível perseguição que se iniciava aos judeus na Hungria — a terra natal de seus pais.

 

Algum tempo depois, acabou sendo capturado e chegou a viver um ano inteiro de sua vida dentro do maior campo de concentração nazista no período de guerra: Auschwitz, na Polônia. Nesse momento, Stern foi separado de seus pais e nunca mais conseguiu reencontrá-los em vida. O número “83892” que foi usado para identificá-lo continuou marcado em sua pele até a sua morte.

 

Estima-se que pelo menos 1,1 milhão de pessoas — sendo judeus em sua grande maioria —  tenham morrido de fome, doenças ou em câmaras de gás no complexo de 40 campos de concentração de Auschwitz. A história completa de Andor foi contada no livro biográfico Uma Estrela na Escuridão (2018), escrito por Gabriel Davi Pierin e André Bernardino.

 

Retorno ao Brasil 

 

Quando retornou ao Brasil, Andor, então com 20 anos de idade, não tinha qualquer lembrança de como falar português, ele decidiu voltar para São Paulo, cidade onde nasceu. No Brasil, precisou reaprender a língua, estudou engenharia, trabalhou na empresa de tecnologia IBM e conseguiu abrir sua própria empresa.

 

Foi aqui que também conseguiu um reencontro tardio com o pai — que ele achava estar morto, mas havia formado nova família na Espanha. Em 1954, casou-se com Terezinha e teve cinco filhos. Ao total da guerra, Andor perdeu 94 membros de sua família no Holocausto, somando o lado de sua mãe e do seu pai. 

 

Sua história de sobrevivência tornou-se um símbolo de resistência e uma eterna lembrança sobre os tempos obscuros que tomaram conta do planeta entre 1939 e 1945. 

Foto: Reprodução/Gshow

Bunker da 2ª Guerra Mundial na França é transformado em pousada

Um homem decidiu comprar um terreno onde ficava um antigo bunker (estrutura ou reduto fortificado, parcialmente ou totalmente construído no subterrâneo para resistir a projéteis de guerra) da Segunda Guerra Mundial, e resolveu reformá-lo para transformar o local em uma pousada, na França. 

 

Com reformas que duraram cerca de 1 ano e meio para ficarem prontas, a decoração ainda remete ao período de guerra, com vestimentas e armas da época. O preço das diárias giram em torno de 320 euros, o equivalente a dois mil reais. 


Em matéria publicada no CNN Brasil, explica que a construção é de origem alemã e foi erguida após o exército nazista dominar o território francês. Embora o monumento seja histórico, ele também pode representar perigo para a população.

 

Por muito tempo, governantes de vários lugares do mundo tentaram destruir alguns bunkers, mas as construções são tão resistentes que o impacto ambiental seria muito grande. E apesar dos locais remeterem a um período muito triste da história mundial, muitos foram ‘’reaproveitados’’ e transformados em pontos turísticos, assim como este na França.

Confira o vídeo abaixo:

 

 

 

Imagem: Reprodução CNN Brasil

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Mas é verdade mesmo que o setor Jaó (em Goiânia) foi construído por Nazistas alemães?

Goiânia é um capital cheia de histórias curiosas, muitas delas com ligação direta com a Segunda Guerra Mundial. Dizem que existe um grande “bunker” embaixo das avenidas Tocantins e Anhanguera, feito para proteger a população de um ataque aéreo. Sabia disso?

Outra história curiosa é sobre os túneis que ligavam a Praça Cívica, Teatro Goiânia, Casa do Governador Pedro Ludovico e etc. Muitos dizem que eles ainda podem ser usados. Mas não há resposta oficial sobre isso!

Mas o mito que já foi confirmado como verdade mesmo é sobre o setor Jaó ter sido projetado por “nazistas” alemães. Sim, é verdade! Não se sabe exatamente a data, mas no ano de 1947 50 oficiais das Forças Armadas Alemãs foram trazidos como prisioneiros para Goiânia pelo Reino Unido.

Os alemães vieram para Goiânia a pedido de um embaixador britânico que, em conversa com o Jerônimo Coimbra Bueno, Governador de Goiás à época, solicitou que o estado “recebesse” 50 prisioneiros de guerra alemães. 

Os prisioneiros chegaram a capital em um avião da poderosa Royal Air Force (Força Aérea Real – RAF), mas sua chegada e estadia era segredo de estado. Temia-se pela repercussão negativa que o fato traria.

Os 50 que agora estavam sobre a tutela do Estado de Goiás não eram simples prisioneiros, mas sim de alta patente e nível intelectual. Tanto que viajavam com malas e pertences. 

Suas primeiras moradas por aqui foi a Penitenciária de Goiânia, localizada na Avenida Independência, que é hoje a área de treinamento da DOE (Delegacia de Operações Especiais), próximo ao Mutirama e 44.

Mas devido a necessidade de segredo absoluto sobre a presença destes prisioneiros, o Estado os transferiu para a Fazenda Retiro da Interestadual Mercantil S/A, que pertencia a José Magalhães Pinto, político da UDN, que posteriormente seria Governador de Minas Gerais.

O Setor Jaó

A fazenda, que ficava às margens do Rio Meia Ponte, serviu de acampamento para os alemães morarem sob a vigia constante de guardas. Uma espécie de penitenciária rural. 

Não se sabe ao certo se a transferência deles para a área já vislumbrava a criação do novo bairro, mas logo após os alemães fixarem acampamento, o Governador Coimbra Bueno, que era engenheiro especializado em Urbanismo, teria, então, dado a ideia de urbanizar aquela fazenda, criando um novo bairro da capital, com a “ajuda” dos alemães. 

O dono da fazenda, Magalhães Pinto, só fez uma exigência: Que houvesse ali homenagens a Minas Gerais. Por isso no bairro tem as avenidas Belo Horizonte e Pampulha. Capital e Palácio do Governo mineiro. 

Já em praticamente todo o restante do bairro fez-se a tradição alemã de se nomear as ruas com a primeira letra do nome do bairro e números. 

Ex: O Zen Adega, um dos restaurantes mais famosos de Goiânia, fica na Rua J-72 com Rua J-68. 

Outra característica do Jaó são suas ruas e avenidas largas e encurvadas, com espaços verdes por todos os lados. Uma tradição do urbanismo alemão. 

Já o nome eles tiraram de um pássaro que era comum na região. 

Para onde foram o prisioneiros

Pouco se sabe, com exatidão, do paradeiro de todos. O que é público é que os 50 foram libertados pelo estado após concluírem o bairro. Alguns foram pra Argentina, outros para São Paulo e etc, mas 3 ficaram em Goiânia. 

Foto capa: Imagem ilustrativa

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