Crítica de artista goiano aos ataques de 8 de janeiro ganha destaque no Museu do STF

Goiânia agora tem seu nome registrado nas paredes do STF (Supremo Tribunal Federal)! A obra do artista Siron Franco, batizada como “8 de janeiro de 2023”, foi entregue nesta segunda-feira (25) pelo artista à presidente Rosa Weber, durante cerimônia que marcou a assinatura do termo de doação.

Constituída por um carpete com marcas de pés, bagunça e destruição, “8 de janeiro de 2023” é uma alusão à data em que a sede dos Três Poderes, em Brasília, foi atacada por vândalos que arruinaram o acervo histórico, artístico e cultural de patrimônio público, guardada na sede do Supremo.

“É um episódio recente que já faz parte da história do Brasil e, por isso, eu queria que ficasse aqui (no STF), e não em museu qualquer”, frisa o artista. Siron conta que a inspiração para o quadro surgiu enquanto assistia aos acontecimentos daquele dia pela televisão. À mente veio apenas uma ideia: uma espécie de diário da República.

Enquanto analisava a obra alocada no chão, a ministra lembrou da travessia da Praça dos Três Poderes, feita com outras autoridades, no dia seguinte à invasão. “Veio a mim a lembrança da visão do chão, encharcado, cheio de cacos de vidros e pedras”. A obra deve ser instalada no Museu do Supremo.

Siron

Conheça o artista

Nascido na Cidade de Goiás em 1947, Gessiron Alves Franco é um artista plástico com reconhecimento internacional desde 1974, quando foi premiado em sua participação na 12° Bienal Nacional de São Paulo como melhor pintor nacional. No ano seguinte, ganhou o prêmio internacional.

Suas obras estão expostas nos mais importantes museus do Brasil e do mundo, como: MASP (São Paulo), MAC (São Paulo), MNBA (Rio de Janeiro), MON (Curitiba), The MET (Nova Iorque).

Para o ministro Gilmar Mendes, presente na cerimônia, as obras de Siron Franco mostram grande relevância por trazer críticas sociais e políticas. 

Imagem: Reprodução

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Artista plástico goiano expõe obras inspiradas em selfies em Goiânia

O Pop Art surge em 1952 na Inglaterra. Desde então se desenvolvou em um movimento artístico mundial que invadiu até mesmo vídeos musicais de cantores famosos, como Anitta.

Em Goiânia, Carlos Catini traz elementos questioradores do Pop Art. O artísta plástico trabalha com acessórios masculinos, esculturas em pedra, pintura estilo Pop Art e esculpindo corações com a intervenção de peças de relógio.

Na exposição Do Princípio ao Meio, Carlos critica em suas telas a influência que os famosos têm em nossas vidas, quando na verdade trata-se de um mundo digital em que filtros são usados, criando um modelo ideal que é inalcançável.

Além de famosos, Catini retrata pessoas do cotidiano da sua própria vida. Se baseia em selfies e/ou fotos postadas de amigos que aparecem no feed das suas redes sociais. Com isso, nos faz refletir sobre as várias fotos que tiramos no celular objetivando a postagem nessas redes.

Além disso, lembrando que das mil fotos que tiramos, escolhemos apenas uma e ainda colocamos um filtro para ficar mais ‘perfeita’. Tais filtros podem ser vistos nas pinturas da exposição.

SERVIÇO

Exposição Do Princípio ao Meio

Data: de 9 a 13 de julho (segunda a sexta)

Horário: das 10h às 18h

Local: Galeria 588 Artshow – Rua C-167, Qd 588, Lt 11, Setor Nova Suíça

Entrada: franca

Mais informações: (62) 3259-0939 | [email protected]

Foto: Divulgação

Artista plástica goiana doa escultura de uma década para Teatro Basileu França

Na última quinta-feira (21), a artista plástica goiana Cléa Costa doou uma obra de arte de sua autoria para a escola técnica de Artes do Basileu França de Goiânia. A escultura tem 10 anos de existência e agora vai dar o ar da graça no hall interno de entrada do Teatro Basileu França. Trata-se de uma escultura em ferro, pintura em hamerite cinza asfalto. As dimensões da mesma medem 1,50 m de altura X 1,05 m de largura e 0,37 cm de profundidade. A obra doada foi produzida pela própria artista em 2007 e tem um valor estimado de R$ 9.900,00. 

Para Cléa, a doação nada mais é que um agradecimento a escola onde trabalhou como professora de artes. “Tenho uma relação muito forte com a educação. Para mim é um prazer doar e ter essas obras de arte minhas espalhadas pelas escolas onde já fui professora. As artes, em todas as suas linguagens, são uma necessidade da alma e enobrecem o ser humano”, destaca a artista plástica.

Sobre a artista
Cléa Costa Vieira nasceu em 1946, em Goiânia. Ela é pintora, desenhista e professora. É graduada em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Goiás (UFG), desde 1967, onde estudou com o pintor Cleber Gouvêa. Licenciou-se em desenho em 1973, ano em que ganhou o prêmio de desenho no 1º Concurso de Artes Plásticas de Goiânia. Atuou como professora da cadeira de desenho, gravura e pintura, desde 1976, no Instituto de Artes da UFG. Em 2001, ministrou curso de desenho e pintura na Fundação Jaime Câmara. Ela também foi professora de artes da Escola de Artes Veiga Valle (atual Itego em Artes Basileu França).


Informações: Ellen Ribeiro

Fotos: Mariele Fernandes