Esmeraldas: revelamos porque o Palácio do Governo de Goiás carrega esse nome

O Palácio das Esmeraldas, localizado na Praça Cívica de Goiânia, capital do estado de Goiás, recebeu esse nome devido à cor verde-esmeralda de sua fachada. Essa tonalidade dá a impressão de que todo o palácio é feito de pedras preciosas esmeraldas. A construção foi autorizada em 1933 pelo interventor Pedro Ludovico Teixeira e projetada pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima.

A obra foi concluída em 1937. Desde então, nenhum governante deixou de ocupar suas dependências. O Palácio das Esmeraldas tornou-se o principal cenário dos acontecimentos políticos, servindo como sede dos despachos oficiais, eventos sociais e também como residência oficial do governador do Estado e da primeira-dama. A história desse palácio é rica e marcante, e sua cor característica reflete a opulência e a brasilidade que ele representa.

Arquitetura e Significado

O Palácio das Esmeraldas não é apenas um edifício monumental; é um símbolo de poder, história e cultura. Sua arquitetura imponente, com influências art déco e neocolonial, reflete não apenas a grandiosidade do período em que foi construído, mas também a identidade única da região.

O nome “Esmeraldas” foi uma escolha deliberada, simbolizando não apenas a riqueza mineral de Goiás, mas também sua exuberância natural e cultural. As esmeraldas, gemas preciosas, evocam uma sensação de preciosidade e distinção, características que o palácio compartilha como centro do poder político e administrativo do estado.

Legado e Importância Atual

Ao longo dos anos, o Palácio das Esmeraldas testemunhou momentos cruciais da história de Goiás. Desde sua inauguração em 1937, serviu como sede oficial do governo estadual, palco de decisões políticas, culturais e administrativas que moldaram o destino da região.

Hoje, o palácio continua a desempenhar um papel vital na vida de Goiânia. Além de sua função administrativa, é também um local de interesse turístico e cultural, recebendo visitantes de todo o país e do mundo que desejam explorar sua arquitetura deslumbrante e aprender mais sobre a história e cultura de Goiás.

Significado Cultural e Histórico

O Palácio das Esmeraldas, um dos mais proeminentes bens culturais da cidade, transcende sua função administrativa para se tornar um símbolo vivo da identidade e história de Goiânia. Seu status como patrimônio tombado, tanto pelo Estado quanto pelo Município, atesta sua importância inquestionável como um tesouro cultural a ser preservado e apreciado pelas gerações futuras.

Tradição como Sede Oficial do Governo

Desde sua inauguração em 1937, o Palácio das Esmeraldas tem sido a sede oficial do governo do estado de Goiás, testemunhando décadas de decisões políticas cruciais e eventos históricos que moldaram o destino da região. Sua presença majestosa e imponente na paisagem urbana de Goiânia o torna não apenas um local de administração, mas também um símbolo do poder e da autoridade estadual.

Centro Vital do Cenário Político e Social

O Palácio das Esmeraldas é muito mais do que um edifício governamental; é um ponto focal para a vida política e social de Goiás. Além de servir como local para despachos oficiais e reuniões de governo, o palácio também desempenha um papel crucial como cenário para uma variedade de eventos sociais, cerimônias e recepções oficiais. Além disso, como residência oficial do governador e da primeira-dama, ele se torna um símbolo tangível da presença do governo e da liderança estadual na comunidade.

História Teatral e Cultural

Uma curiosidade fascinante sobre o Palácio das Esmeraldas é sua conexão com o mundo das artes, especificamente o teatro. Concebido como um dos personagens principais na peça de teatro “Goiânia” (1938), o palácio transcende sua função arquitetônica para se tornar uma figura emblemática na imaginação coletiva da cidade. Versos como “Minha cor verde relembra, tal qual em nossa bandeira, a opulência dessa flora tão nossa, tão brasileira!” destacam não apenas sua imponência física, mas também sua importância simbólica como um ícone da riqueza cultural e natural de Goiás.

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Árvore foi o primeiro ‘palácio’ do estado de Goiás

A história por trás do que muitos consideram como o primeiro palácio do governo em Goiânia revela uma narrativa rica e surpreendente que remonta aos primórdios da construção da cidade. Enquanto o Palácio das Esmeraldas se destaca como um ícone arquitetônico e político, uma investigação mais aprofundada revela que o verdadeiro pioneirismo pode residir em uma amostra singular da natureza: uma amoreira.

Em 1934, nas terras que se tornariam o coração pulsante da nova capital de Goiás, uma “frondosa moreira” erguia-se majestosamente, testemunhando os primeiros passos do desenvolvimento da cidade. Localizada na Rua 24, essa árvore não apenas testemunhou, mas também desempenhou um papel central nos eventos históricos da época. Era sob sua sombra que Pedro Ludovico Teixeira, uma figura central na história de Goiânia, despachava documentos enquanto supervisionava a construção da nova capital do estado.

Para os residentes locais e historiadores, como a respeitada ex-reitora da UFG e ex-presidente da Academia Goiana de Letras, Maria do Rosário Cassimiro, a amoreira representava muito mais do que apenas uma árvore. Era um símbolo de resistência e continuidade, a última herança de um passado que desaparecia gradualmente sob o peso do desenvolvimento.

 

Assim, enquanto o Palácio das Esmeraldas brilha como um símbolo de poder e autoridade, é importante reconhecer que o verdadeiro primeiro palácio de Goiânia pode ter sido uma amoreira – uma árvore que testemunhou os primórdios da cidade e os sonhos daqueles que a construíram, apenas para ser relegada ao esquecimento pela marcha inexorável do progresso.

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Fotos: Reprodução / Diário de Goiás

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Foto: Google Street View 2011 / Reprodução

Tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal, a moreira se tornou assim uma árvore histórica. A ação civil pública foi motivada por informações enviadas à 7ª Promotoria de Justiça de que as construções existentes naquele endereço estavam sendo demolidas. Tratava-se de três casas geminadas, no estilo bangalô, com construção característica da época e destinadas a abrigar os funcionários públicos que vinham a Goiânia, ou mesmo moradores da nova capital.

Apesar de sua importância para a história de Goiânia, a árvore acabou sendo esquecida e hoje se encontra abandonada, seca e mal cuidada. O lote no local nada mais era do que um grande espaço utilizado como estacionamento.

Em 2010, também, uma decisão do juiz Jeronymo Pedro Villas Boas havia determinado a proteção do patrimônio, cabendo, inclusive, ao Município de Goiânia a preservação da árvore, por meio de equipe profissional de seus quadros, com o conhecimento técnico que a situação requer. No entanto, não foi isso o que aconteceu, o local não existe mais. No lugar, existe apenas a existência de um pequeno prédio com um conjunto de pontos comerciais.

Hoje o Palácio do Governo, também conhecido como Palácio das Esmeraldas, está localizado na Praça Cívica de Goiânia. É a sede oficial do governo do estado desde 1937. O Palácio das Esmeraldas foi projetado pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, e foi concluído em 1937.

O Palácio faz parte dos edifícios e monumentos públicos tombados pelo Iphan, em 2003. O conjunto urbano de Goiânia inclui 22 edifícios e monumentos públicos, concentrados em sua maioria no centro da cidade, e o núcleo pioneiro de Campinas, antigo município e atual bairro da capital goiana. Entre essas edificações, destacam-se o Cine Teatro Goiânia e a Torre do Relógio da Av. Goiás, de 1942. Inaugurada em 1935, seu acervo arquitetônico é considerado um dos mais significativos do Brasil.

Esta história da amoreira que leva o título de primeiro “palácio” do governo nos leva a refletir sobre como a história e a identidade de uma cidade são moldadas por eventos surpreendentes e frequentemente esquecidos. Enquanto o progresso e o crescimento urbano podem apagar fisicamente o passado, as histórias como essa nos recordam a importância de preservar e valorizar nosso patrimônio cultural.

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[1]“Primeiro Palácio de Goiânia”

[2] “Primeiro palácio de Goiânia está em ruínas”

[3] “Tombada no 4º. Registro de Imóveis Árvore representativa da fundação de Goiânia”

[4] “Juiz determina preservação de árvore moreira, patrimônio histórico de Goiânia”

Bairro de Goiânia é referência de urbanização e valorização imobiliária

Certamente você já ouviu falar do setor Bueno. Certamente você também sabe que ele é um dos bairros mais importantes da capital de Goiás. Hoje vamos contar como isso aconteceu. A fundação de Goiânia na década de 1930 marcou um importante capítulo no desenvolvimento urbano e econômico de Goiás, concebida como um projeto modernista sob a liderança de Pedro Ludovico Teixeira. Designada para ser a nova capital do estado, Goiânia representava a visão de modernidade e progresso de Ludovico, destinada a ser um polo de atração demográfica e econômica para a região central do Brasil.

Goiânia foi oficialmente inaugurada em 24 de outubro de 1933, uma decisão estratégica de Pedro Ludovico, nomeado interventor por Getúlio Vargas, para impulsionar a ocupação do estado e direcionar excedentes populacionais para áreas menos densas, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento econômico. A escolha do local e o planejamento da cidade foram meticulosos, buscando condições topográficas, hidrológicas e climáticas ideais, resultando na escolha de uma região próxima ao povoado de Campinas​​​​.

Em seus primeiros anos, Goiânia experimentou um crescimento lento, mas eventos subsequentes como a chegada da ferrovia em 1950 e a construção de Brasília contribuíram para um aumento significativo da população nas décadas seguintes. Estes desenvolvimentos transformaram a cidade no maior polo econômico do estado, hoje abrigando cerca de 1,5 milhão de habitantes e sendo reconhecida como a capital mais verde do Brasil, dada a sua abundância de parques e praças​​​​.

A campanha de marketing de Ludovico, em parceria com a empresa Coimbra e Bueno, visava atrair investimentos e residentes para a nova capital, promovendo-a como uma oportunidade de enriquecimento através da aquisição de lotes. A diversidade de pratos e a rica tradição cultural refletem a influência dos imigrantes, especialmente do Nordeste, que escolheram Terezópolis como seu lar, contribuindo para a tapeçaria cultural da cidade. Goiânia, desde sua concepção, foi projetada para ser mais do que uma capital; era para ser um símbolo de renovação e um catalisador para a modernização e o progresso em Goiás​​.

Este esforço de marketing, alinhado com a política de interiorização do governo Vargas e a visão progressista de Ludovico, não apenas estabeleceu Goiânia como um centro administrativo e cultural, mas também como um coração pulsante de Goiás, conectando o estado ao restante do Brasil através do maior corredor econômico do Centro-Oeste, a rodovia BR-153​​.

As propagandas difundidas por Ludovico Teixeira em parceria com Coimbra Bueno prometiam lotes com juros baixos e boa rentabilidade. Os efeitos deste trabalho estratégico se apresentaram no momento em que a cidade foi hiperpovoada. O nome da empresa que ajudou o Interventor Federal a alcançar tal feito deu origem a dois importantes bairros de Goiânia. Dentre eles cabe falar sobre o Setor Bueno que, em 2010 segundo dados do IBGE registrava cerca de 40 mil habitantes.

A transformação do Setor Bueno, em Goiânia, é uma história de sucesso em termos de desenvolvimento urbano e valorização imobiliária. Inicialmente adquiridos a preços modestos, os lotes nessa região tornaram-se altamente valorizados ao longo dos anos, refletindo não apenas o crescimento da cidade, mas também a importância estratégica e comercial do bairro. Em novembro de 2023, o preço médio do metro quadrado no Setor Bueno atingiu R$ 9.720, segundo o relatório da MyIndex, evidenciando a sua posição como uma área de alto padrão e grande demanda imobiliária​​.

O Setor Bueno é descrito como um bairro completo, oferecendo uma variedade de serviços e comodidades que incluem academias, escolas, centros de comércio e lazer, bem como espaços empresariais e residências confortáveis. Este ecossistema diversificado atende às necessidades da vida contemporânea, tornando-o um local ideal para moradia e negócios. Destaca-se também pela presença de importantes avenidas, como a Avenida T-63, Avenida T-4 e Avenida T-9, que facilitam o acesso a outras regiões da cidade, reforçando sua conexão com o dinamismo urbano de Goiânia​​​​.

Um dos pontos turísticos mais relevantes do bairro é o Parque Vaca Brava, criado em 1951 e transformado em Área de Proteção Ambiental em 1985. Com cerca de 80 mil metros quadrados, o parque é uma área de lazer predileta para moradores e visitantes, oferecendo um ambiente tranquilo para descanso e atividades ao ar livre, além de ser cenário para eventos culturais durante datas comemorativas​​.

Ao lado do Parque Vaca Brava, localiza-se o Goiânia Shopping, um dos principais centros comerciais da cidade, com aproximadamente 160 lojas. A diversidade de comércios e serviços, juntamente com a localização estratégica do Setor Bueno, solidifica sua reputação como um dos bairros mais nobres e dinâmicos de Goiânia, atestando sua capacidade de atrair investimentos e oferecer qualidade de vida aos seus habitantes​​​​.

A história do Setor Bueno, portanto, é um exemplo notável de planejamento urbano bem-sucedido que alia crescimento econômico à conservação ambiental, tornando-o um modelo de desenvolvimento sustentável e de alta qualidade de vida urbana.

O Setor Bueno guarda residências que variam entre médio e alto padrão em uma mesma área nobre. Sendo sua área de maior destaque as redondezas do Vaca Brava. Com escassez de espaço para levantar novos edifícios, o local tronou-se super valorizado. O empreendimento mais visado é a casa Opus, conhecida por seus entalhes luxuosos e um apartamento por andar. A Casa Opus vaca Brava conta com unidades de 528 metros quadrados, as chamadas “casas suspensas”.

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Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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Os Bailes do Grande Hotel marcaram época e guardam memórias imponentes

O Grande Hotel era sinônimo de luxo, glamour, exuberância e fé no progresso social e tecnológico. A construção estava entre os edifícios prioritários do fundador, Pedro Ludovico Teixeira. O local é símbolo do movimento art déco e tratava-se de uma obra estratégica, já que a nova cidade precisava de um local para hospedar os visitantes.

Originalmente era uma construção imponente: com três pavimentos, 60 quartos, além de quatro apartamentos de luxo. O local recebeu nomes famosos como o antropólogo Claude Lévi-Strauss. O presidente da República, na época da Fundação de Goiânia, Getúlio Vargas, também veio à cidade e se hospedou no Grande Hotel.

O prédio também já serviu de hospedagem para grandes nomes, como o poeta chileno Pablo Neruda e o escritor brasileiro Monteiro Lobato, autor de obras conhecidas como o Sítio do Picapau Amarelo.

Créditos: Grande Hotel. Década de 1960.  Alois Feichtenberger. Goiânia – GO. Acervo MIS|GO. 

Com a defesa de intelectuais e outras personalidades, o prédio foi finalmente tombado, em 1991, como um dos 20 bens que formam o patrimônio do estilo arquitetônico art déco em Goiânia. Naqueles tempos, de uma cidade ainda em construção, o hotel modernista ia muito além de local de hospedagem dos famosos. Era ponto de encontro da elite que aqui se instalava. 

Foi palco dos bailes mais badalados das primeiras décadas da capital, do primeiro carnaval de Goiânia e o seu restaurante era um dos lugares preferidos da alta sociedade. O lugar também era palco onde se apresentavam a banda da 1ª Cia. da Polícia Militar, o Jazz Band Imperial e outros grupos.

Da construção original, resta a estrutura da fachada. O interior foi descaracterizado ao longo dos anos. Mesmo durante seu auge, os problemas já começaram a surgir no Grande Hotel. Em 1938, o Governo de Goiás publicou um despacho convocando a arrendatária do Grande Hotel para, dentro de 30 dias, efetuar pagamentos atrasados para o Estado e Previdência, a fim de não perder a concessão de arrendamento.

Créditos: Carlos Falcão / Aproveite à Cidade

Em 2003 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), declarou o tombamento do Grande Hotel e dos demais edifícios e monumentos públicos que integravam o conjunto urbano de Goiânia, um total de 22 construções concentradas, em sua maioria, no Centro da cidade. As instalações passaram por reforma em 2004, quando o Grande Hotel sediou o evento Casa Cor.

Atualmente, o lugar não está em pleno funcionamento e tem parte das salas ocupadas por funcionários do INSS. Além disso, conta com atividades pontuais, como as oficinas realizadas pelo centro cultural que leva o nome do imóvel.

Com o passar dos anos, o primeiro hotel da capital goiana se tornou ponto de encontro de diversas tribos urbanas, curtindo um samba ao vivo. No entanto, as rodas de chorinho deram lugar ao silêncio. O imóvel está vazio, abandonado, sem vida. Na época de glória ficou apenas na memória dos que ali frequentavam.

 

Créditos da imagem de capa: Grande Hotel. 194-. Alois Feichtenberger. Goiânia – GO. Acervo MIS|GO.

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A arquitetura Art Déco floresceu no início do século 20 e deixou uma impressão duradoura em Goiânia, que foi planejada e construída em meados do século. Os elementos distintivos desse estilo arquitetônico, como linhas geométricas, detalhes decorativos e uma abordagem moderna, podem ser vistos em edifícios públicos, residências e marcos urbanos por toda a cidade.

O projeto da nova capital era marcado pela modernidade e sofisticação, deixando para trás o antigo estilo colonial, presente nas cidades que nasceram com a mineração. Assim, Attilio Corrêa Lima encontrou no estilo Art Déco, uma alternativa para expressar o progresso que a nova capital representava para o estado

A maioria das primeiras construções da cidade, erguidos entre 1940 e 1950, fazem parte do conjunto urbano de Goiânia, tombado como Patrimônio Histórico e Cultural (2003), mas hoje se encontram abandonados e pichados e se concentram no Setor Central. Confira abaixo alguns lugares que se adequam a essa arquitetura surpreendente.

 

Grande Hotel 

Créditos: Poder Goiás

Inaugurado em 1937, o Grande Hotel recebia importantes hóspedes em suas visitas à capital. Atualmente, o prédio recebe eventos de cunho cultural, apesar do precário estado de conservação. 

 

Endereço: Av. Goiás, 462 – St. Central, Goiânia – GO, 74063-010

 

Palácio das Esmeraldas

Créditos: Correio Braziliense

Sua composição Art Déco tem predominância de linhas retas e caráter sóbrio, pendendo para a simplificação. Na visão do arquiteto Atílio Corrêa Lima, a sede do executivo goiano deveria representar a racionalidade e economia, traduzidas em uma construção sólida e que atendesse às exigências da vida moderna.

 

Endereço: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira – St. Central, Goiânia – GO, 74083-010

 

Teatro Goiânia 

Créditos: Curta Mais

Conhecido como o mais nobre e tradicional espaço cultural da cidade, o Teatro Goiânia foi inaugurado em 14 de junho de 1942 e integra o conjunto arquitetônico do início da capital. A mais luxuosa casa de espetáculos da nova capital recebeu a cerimônia do Batismo Cultural da Cidade, que contou com discursos, entrega da chave da cidade ao primeiro prefeito, Venerando de Freitas, e a presença de autoridades e intelectuais para extensa programação cultural.

 

Endereço:  R. 23, 252 – St. Central, Goiânia – GO, 74015-120

 

Centro Cultural Marieta Telles Machado

Créditos: Via Liberdade

Construído em 1933 em estilo art déco, o prédio serviu primeiro à Secretaria Geral do Estado. Anos depois abrigou o Fórum e mais tarde, foi sede da Secretaria da Fazenda. No local, funcionou o escritório técnico das obras da construção de Goiânia, em 1936. Hoje é o Centro Cultural Marietta Telles Machado, onde funcionam algumas unidades e setores da Secretaria de Estado da Cultura.

 

Endereço: Praça Cívica, nº 2, Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira – St. Central, Goiânia – GO, 74003-010

 

Museu Zoroastro Artiaga 

Créditos: Museu Zoroastro Artiaga

Considerado o primeiro do Estado de Goiás e de Goiânia, o espaço desempenha um papel fundamental na preservação e promoção da memória e cultura da região. O edifício foi projetado, no início dos anos de 1940, e destaca-se pela arquitetura em estilo art déco. Sendo considerado um dos mais belos da cidade, um edifício bastante épico. 

 

Endereço: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, 13 – St. Central, Goiânia – GO, 74083-010

 

Antiga Estação Ferroviária de Goiânia 

Créditos: Curta Mais 

A construção foi erigida no Estilo Art-Déco, sendo uma das principais construções históricas do município de Goiânia. O edifício possui em sua área interna (saguão principal), dois importantes murais produzidos pelo artista italiano Frei Nazareno Confaloni – introdutor do modernismo em Goiás, ambos pintados no ano de 1953. Esses murais se destacam por serem afrescos, pintados em areia – uma técnica até então inovadora e primaz em nosso Estado.

 

Endereço: Av. Goiás, 1799 – St. Central, Goiânia – GO, 74063-010

 

Coreto da Praça Cívica 

Créditos: A Redação

O monumento se destaca pela riqueza dos detalhes e do acabamento, com composição simétrica, laje plana e elementos que também remetem ao ecletismo arquitetônico. O espaço é considerado um dos exemplares mais elaborados do patrimônio art déco goianiense, uma obra-prima pelo conjunto dos elementos que o compõem.

 

Endereço: St. Central, Goiânia – GO, 74015-095

 

Centro de Ensino em Período Integral Lyceu de Goiânia

Créditos: A Redação

Fundado em 1846, na cidade de Goiás, pelo presidente da província, Barão de Ramalho, o Lyceu de Goiânia é um dos primeiros colégios secundários do Brasil. Com a mudança da capital, a unidade foi transferida para a nova cidade, em 1937, por Pedro Ludovico Teixeira, pois seria muito oneroso manter dois colégios. O estilo é uma mesclagem entre o colonial e o art déco, com fachada reta, pórtico na entrada principal, pilares e os marcantes portões de ferro.

 

Endereço: R. 21, 10 – St. Central, Goiânia – GO, 74030-070

 

Instituto Federal de Goiás (IFG)

Créditos: Instituto Federal de Goiás

Nas construções art déco do edifício predominam nas fachadas as linhas retas e a limpeza visual. O pórtico de entrada do edifício é um elemento interessante. Os traços dele fazem referências aos elementos aerodinâmicos. Outra característica arquitetônica também marcante do edifício do IFG são as janelas redondas em formas de escotilhas pouco usadas em outros prédios construídos na capital no mesmo período.

 

Endereço: R. 75, 46 – Centro Centro, Goiânia – GO, 74055-110

 

Goiânia Palace Hotel

Créditos: TripAdvisor

Os traços em Art Déco, que marcam diferentes construções no centro histórico, também alcançam e deslizam a entrada do hotel, que ainda hoje recebe pessoas de diferentes lugares.

 

Endereço: Av. Anhanguera, 5195 – St. Central, Goiânia – GO, 74043-011

 

Créditos da imagem de capa: TripAdvisor

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Pedro Ludovico Teixeira foi um político, médico, jornalista brasileiro e fundador de Goiânia. Ele serviu por quatro vezes como governador e interventor federal de Goiás. Tinha como objetivo político impulsionar a ocupação do Estado de Goiás, na tentativa de aumentar a produção econômica. 

 

O político foi deputado constituinte da Constituição de 1946, interventor federal pela segunda vez (1937-1945) e governador eleito (1951-1954), além de ser senador eleito por duas vezes (1955-1962 e 1962-1970), em 1968, estava na Vice-Presidência do Senado quando teve o mandato cassado e suspensos seus direitos políticos por dez anos, em 1969 pelo AI-5.

 

Diante de tantos feitos, nasce o questionamento de qual foi o processo que levou o político a carregar o título de fundador de Goiânia, cidade querida por todos que logo completará seus 90 anos, e como por meio de seus feitos, contribuiu também para o crescimento do Estado de Goiás.

 

 

Filho do médico João Teixeira Álvares e de Josefina Ludovico de Almeida, Pedro Ludovico Teixeira nasceu na cidade de Goiás no dia 23 de outubro de 1891. Transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde se formou em medicina. Quando formado retornou a Goiás, se fixando em Bela Vista, onde começou a exercer sua profissão. Em 1917 se mudou para Rio Verde, e no ano seguinte casou-se com Gercina Borges Teixeira. Participou da Revolução de 1930. Em 24 de outubro do mesmo ano foi determinada a sua remoção para a cidade de Goiás, mas durante o percurso veio a notícia da vitória da revolução. Foi então que Pedro Ludovico chegou ao destino não mais como prisioneiro, mas para assumir a liderança de um movimento vitorioso e o governo provisório do estado, e logo mais, em 21 de novembro, foi nomeado interventor em seu estado.

 

Pedro Ludovico se opôs à oligarquia política da época e decidiu que era hora de mudar a capital de Goiás. O político visava impulsionar a ocupação do Estado e aumentar a produção econômica. Já em 1932, Pedro Ludovico instituiu uma comissão, presidida por D. Emanuel Gomes de Oliveira, que discutiria e escolheria o melhor local para a construção da nova capital. Existia uma forte oposição à ideia de Pedro Ludovico de estabelecer uma nova capital para o estado, consideravam essa uma mudança dispendiosa e desnecessária, porém Pedro Ludovico, juntamente com a cúpula dos revolucionários de 1930, consideravam a construção de uma nova cidade como investimento e não gastos desnecessários.

 

O planejamento inicial para a nova capital de Goiás foi coordenado pelo arquiteto e urbanista Atílio Correia Lima, e previa cerca de 50 mil habitantes. Hoje, com 1,3 milhão, a ideia pode parecer pequena, mas o planejamento de Goiânia foi grandioso para a época e o local. A região escolhida para abrigar a nova capital não tinha nenhuma força política, mas se localizava a uma distância razoável das cidades históricas, e próxima aos municípios importantes da época, tornando-a um local perfeito para dar vida à Goiânia. A fundação da nova capital aconteceu então em outubro de 1933, mas somente em 1937 Goiânia se tornou oficialmente a capital de Goiás. A mudança da capital trouxe diversas transformações para a região e impulsionou o desenvolvimento do estado.

 

Quando Pedro Ludovico assumiu em 1930 por força da vitória da revolução liberal de 1930 liderada por Getúlio Vargas, Goiás estava no antepenúltimo lugar do ranking do desenvolvimento dos estados, estava à frente apenas do Piauí e do Mato Grosso. Hoje Goiás está entre os primeiros, mesmo sendo uma das capitais mais jovens do país, a cidade já acumula inúmeros títulos, desde a mais arborizada até a mais desigual das capitais. Isso se deve graças a visão de Pedro Ludovico que contribuiu diretamente para que isso acontecesse. Vale destacar que além de contribuir para o desenvolvimento de Goiás, a fundação de Goiânia contribuiu também para o surgimento da nova capital do Brasil. O surgimento de Goiânia foi uma experiência bem sucedida que simulou a construção de Brasília. Foi um modelo que sem dúvida ajudou no projeto.

 

 

Ao fundar a cidade de Goiânia e impulsionar o desenvolvimento de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira deixou um legado permanente na história do Estado e da Capital. Sua visão ousada e sua determinação em mudar a capital do estado tiveram um impacto transformador, e sua história é um exemplo inspirador de uma liderança visionária e dedicação. 

 

Fonte: Secom, ufg, wikipedia

Fotos: Reprodução 

 

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Conheça a curiosa história do nome de Goiânia que por pouco não foi batizada de Petrônia

 

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A cidade de Goiânia, até então fundada pelo interventor do estado de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, coleciona grandes nomes que deixaram um legado no coração da capital. Vários líderes políticos, artistas, empresários, entre outros nomes conhecidos, tiveram papéis significativos no desenvolvimento e na formação da Metrópole.

Confira abaixo algumas figuras marcantes que moldaram a história e a identidade de Goiânia:

Pedro Ludovico Teixeira 

Pedro

Responsável pela fundação de Goiânia, Pedro Ludovico é considerado o interventor do estado de Goías, pois em apoio as intervenções políticas de Getúlio Vargas, o médico decidiu que era hora de mudar a capital. Por isso, impulsionou a ocupação do Estado, direcionando os excedentes populacionais para espaços demográficos vazios na tentativa de aumentar a produção econômica.

De acordo com relatos históricos, o nome sugerido para a nova capital de Goiás teria sido “Petrônia”, em homenagem ao seu fundador Pedro Ludovico. O jornal O Social havia realizado um concurso cultural com seus leitores para o batismo da nova cidade. Dois nomes concorreram: Petrônia e Goiânia. O primeiro foi escolhido por 68 leitores do jornal, enquanto Goiânia obteve menos de 10 votos. Pedro Ludovico, no entanto, por razões que ele nunca revelou a ninguém, preferiu Goiânia e em decreto de 2 de agosto de 1935 formalizou o nome da nova capital. 

Attilio Corrêa Lima

Attilio

Uma fígura importante na construção de Goiânia foi Attilio Corrêa Lima, engenheiro-arquiteto e paisagista, responsável pelo plano urbanístico da capital. Ele trouxe consigo o estilo Art Déco, que estava associado ao luxo e à modernidade, além de ter se inspirado em jardins no modelo do urbanismo francês para definir a estrutura de Goiânia. Considerada a primeira capital planejada no início do século XX e idealizada pelo primeiro urbanista brasileiro de formação acadêmica, onde estudou Urbanismo em uma das escolas mais tradicionais, o Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris – Sorbonne. 

A cidade teve origem no Plano Diretor elaborado pelo arquiteto, que em 1932, a convite de Pedro Ludovico, se inspirou, em concepções avançadas para criar uma cidade moderna e planejada. Localizada no Centro-Oeste brasileiro, funcionou como uma espécie de ponta de lança da interiorização do Brasil, precursora da mudança da capital brasileira para o Planalto Central.

Íris Rezende

iris

Natural de Cristianópolis, Goiás, Iris nasceu em 1933 e se mudou para a capital no ano de 1940. Formado em direito, ingressou na política por volta do anos 50, quando tinha apenas 16 anos. Além de se tornar prefeito de Goiânia em 1966, ele também foi deputado estadual em Goiás, Governador por dois mandatos, Senador da República por Goiás, ministro da Agricultura no governo José Sarney e ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso.

Com a popularidade em alta e querido pelo povo, Íris se tornou alvo de militares, opositores da ditadura e teve seu mandato cassado em 1969. Por causa disso, ele perdeu seus direitos políticos por 10 anos. Após o reestabelecimento dos direitos em 1979, decidiu retornar à política e disputar o governo de Goiás em 1982, sendo eleito com 67% dos votos. 

Após 60 anos de vida pública, Íris faleceu em decorrência de um AVC na capital goiana. O ex-governador coleciona conquistas políticas no estado de Goiás e também a nível nacional. O mutirão das 1000 casas e o enorme apoio ao movimento de redemocratização do Brasil após da ditadura militar, são alguns dos feitos do político. 

Nion Albernaz

Nion

Natural da cidade de Goiás, antiga Vila Boa, Nion Albernaz se formou em Direito e Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Ele começou a trajetória política como vereador, em Goiânia, quando foi eleito em 1957. Nion chegou a ser presidente da Câmara Municipal, esteve à frente da Companhia de Habitação de Goiás e foi diretor-geral da Universidade Federal de Goiás (UFG). Durante anos, atuou como professor de matemática no Colégio Lyceu de Goiânia. 

Nion foi eleito prefeito de Goiânia por três mandatos, entre 1983 e 1986, depois de 1989 e 1992 e pela terceira vez de 1997 a 2000. Ele ficou conhecido por ter investido na arborização e planejamento urbano da capital, colocando jardins nas praças e avenidas. Outras medidas que chamaram a atenção durante administração dele foram: a criação de cooperativas de produção em bairros pobres, início da construção das marginais Botafogo e Cascavel, além da informatização da prefeitura. Nion Albernaz morreu em Goiânia, no dia 6 de setembro de 2017, aos 87 anos. 

Altamiro de Moura Pacheco

Altamiro

Nascido em Bela Vista em 1896, Altamiro Pacheco se formou em Farmácia na cidade de Goiás e depois em Medicina na antiga Faculdade de Medicina Fluminense, em Niterói. Se mudou para Goiânia no final dos anos 30, retornou para sua terra natal e resolveu abrir uma farmácia por lá. Quando Goiânia se consolidava como um novo centro urbano, mudou-se para a cidade que seu amigo de jaleco, Pedro Ludovico Teixeira, fundara e criou o Instituto Médico-Cirúrgico.

Sua residência, situada na Avenida Araguaia com a Rua 15 é um dos marcos do Centro de Goiânia. Construída ainda nos anos 40, no estilo eclético, e tombado como bem histórico de Goiânia pela prefeitura e pelo Estado, o sobrado foi doado em testamento por Altamiro para a Academia Goiana de Letras (AGL) em 1993, três anos antes de sua morte. Além do sobrado, foi doado todo o seu acervo pessoal: fotos, medalhas, livros da histórica biblioteca, bens móveis e obras de arte que preservam a história de Goiás, tanto na abrangência da parte arquitetônica e histórica do imóvel quanto ao acervo cultural nele inserido.

Doou grande parte das terras para instituições públicas de Goiânia, como a área destinada para a construção do aeroporto, que se chama Santa Genoveva em homenagem à sua mãe. Foi um dos principais articuladores da fundação da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) e da UFG, tendo sido o responsável por entregar o documento com o pedido de fundação da universidade nas mãos do próprio presidente Juscelino Kubitscheck.

Foi responsável também pela compra das terras do futuro Distrito Federal. Era o proprietário da área verde de cerca de 3.200 hectares, às margens da BR-060, que se tornou o Parque Ecológico que leva seu nome. Altamiro faleceu aos 100 anos de idade, no ano de 1996.

Célia Câmara

Célia

Nascida no Paraná, Célia casou-se com Jaime Câmara em 1943 e começou a escrever sua história em Goías. Fundou o programa “Mulher”, que trazia debates interessantes sobre a condição feminina, arte e cultura. É considerada uma das principais mecenas do cenário cultural goiano, com a criação de espaços como a Grande Galeria de Arte e a Fundação Jaime Câmara.

Neusa Moraes

Neusa

Natural da Cidade de Goías, Neusa sempre foi apaixonada pela arte e influenciada desde a infância pelo tio, irmão de sua mãe, a estudar arquitetura. Graduada em aperfeiçoamento de escultura na Escola de Belas Artes em São Paulo, ela ocupava a cadeira 32 na Academia Feminina de Letras e Artes de Goías. Uma de suas marcas era o uso de materiais diversos em sua produção, como ferro, cerâmica, pau-brasil, bronze, pedra-sabão e mogno.

É a autora do monumento “As Três Raças”, localizada no centro da capital e considerado um dos principais cartões postais de Goiânia. O monumento, feito de bronze e granitina, também é chamado popularmente por outros nomes, como “Três Raças”, “Monumento ao Trabalhador”, “Monumento aos Construtores” e “Os Negrões”. Representa a miscigenação de três raças – o índio, o negro e o branco – trabalhando na construção de uma cidade. Na estaca de granito que as estátuas de bronze erguem, está incrustado o brasão da cidade.

A artista juntamente com seu assistente, Júlio, são responsáveis por outra escultura bastante popular. Os dois ainda trabalhavam na obra quando Neusa veio a falecer, em fevereiro de 2004 e por isso, Júlio ficou, então, com a incumbência de finalizar a peça. O monumento chamado “Resgate à Memória”, foi construído em homenagem ao fundador de Goiânia, Pedro Ludovico, e instalado pela primeira vez no gramado lateral do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na confluência da Rua 82 com a Avenida 85. Com a revitalização da Praça Cívica, em 2016, a estátua foi transferida para a parte central, ao lado da obra do artista plástico Siron Franco. Inicialmente a ideia era que ela fosse colocada no Morro da Serrinha, onde Pedro Ludovico teria visto pela primeira vez a área onde seria construída a futura capital. Apenas 19 anos após sua confecção, ela foi instalada na Praça Cívica, que é considerada o marco zero de Goiânia.

Maurício Vicente de Oliveira (Mauricinho Hippie)

Mauricinho

Foi um dos primeiros hippies da cidade, fazia artesanato, tocava sanfona primorosamente e andava pela cidade de bicicleta, com roupas diferentes ou femininas e longos cabelos cacheados, entre os anos de 1960 e 1990. Maurício Vicente de Oliveira, seu nome de registro, declamava poesias, fazia performances corporais e atuava em defesa dos direitos dos homossexuais em uma época conservadora. Suas ações ajudaram a fundar a Feira Hippie, na Avenida Goiás, que reunia músicos, artesãos e artistas plásticos. Em 1995, Maurício sofreu um acidente e perdeu o pé. A partir daí, mesmo tendo colocado uma prótese, passou a ficar em casa e pouco saia. Atualmente, está com mais de 80 anos e mora ainda no setor aeroporto. 

Gustav Ritter

Gustav

Henning Gustav Hitter, alemão naturalizado brasileiro, foi um dos fundadores da Faculdade de Artes Visuais da UFG e participou também da Escola Goiana de Belas Artes, embrião da futura Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Deu aulas para vários artistas e foi um dos responsáveis pela modernização das artes plásticas na região, a partir da estruturação do ensino das linguagens, métodos e técnicas tridimensionais. Foi homenageado ao dar nome a uma das principais escolas de artes do Estado, o Instituto de Educação em Artes Gustav Ritter, órgão da Secretaria de Estado da Educação. 

Ricardo Paranhos 

Ricardo

É a figura que dá nome à famosa Avenida no setor marista, em Goiânia. Foi um poeta, contista, político, advogado e um dos mais exímios cidadãos goianos, tanto para a literatura quanto para a política do estado de Goiás. Ricardo Paranhos também foi um dos fundadores da Academia Goiana de Letras, além de deputado estadual, senador e Capitão da Guarda Nacional. Uma de suas principais obras, reconhecidas a nível nacional, é o livro “O Crime de Catalão e os Canibais”, onde trata da morte do pai. Ricardo faleceu em Corumbaíba, no ano de 1941 e até hoje seu legado permanece no coração de Goías.

João Malandro 

João

Natural da Cidade de Goiás, João Malandro veio para Goiânia antes mesmo da fundação da capital. Ele trabalhou na construção da cidade e foi um dos primeiros torcedores do Goiás Esporte Clube, chegando a fazer parte do Grupo 33, que era um seleto grupo de torcedores esmeraldinos. Na década de 1940, ele serviu na Força Pública de Goiás (atual PM) e também foi um dos mais conhecidos motoristas da capital, tendo atuado na função por mais de 50 anos. 

Foi pioneiro do transporte coletivo em Goiânia e o primeiro motorista da primeira linha de ônibus da Viação Araguarina, atualmente Rápido Araguaia. A linha ligava Campinas (Pç. Joaquim Lúcio) ao Setor Universitário (Pç. da Bíblia) passando pela 24 de outubro, as avenidas Anhanguera, Tocantins, Praça Cívica e Avenida Universitária. Por mais de 50 anos esteve na ativa como motorista desta linha e trabalhou também nas empresas Expresso Goiás, Expresso Bandeirante e Viação Santa Luzia. Infelizmente, João veio a falecer aos 95 anos em maio de 2022, em decorrência de problemas de saúde relacionados a diabetes e hipertensão.

Joelma Fernandes (Nega Brechó)

Nega

Conhecida como Nega Brechó, Joelma Fernandes é uma fanática torcedora do Vila Nova Futebol Clube e desde menina, dedica sua vida a acompanhar o time do coração. Aos 58 anos de idade, sendo que 40 destes dedicados ao Vila Nova, Brechó é o símbolo da torcida colorada e não perde um jogo do Tigrão.

Créditos das Fotos

Pedro Ludovico Teixeira – Loja Maçônica Luz no Horizonte 

Attilio Corrêa Lima – Jornal Hora Extra

Iris Rezende – Assembleia Legislativa do Estado de Goiás 

Nion Albernaz – Câmara dos Deputados 

Célia Câmara – Bernadete Alves 

Neusa Moraes – Curta Mais 

João Malandro – Sagres

Nega Brechó – O Popular 

Mauricinho Hippie – Curta Mais

Créditos da imagem de capa: Loja Maçônica Luz no Horizonte

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Goiânia: A construção da cidade planejada e seu legado arquitetônico

A cidade de Goiânia foi fundada através de intervenções políticas e sob o comando do médico, Pedro Ludovico Teixeira, nomeado interventor do estado de Goías, colocaram em prática o projeto de mudança da capital. Em 1930, a revolução liderada por Getúlio Vargas impôs uma renovação das lideranças políticas nacionais e regionais. No ano de 1932 foi organizada uma comissão que deveria realizar a escolha da melhor região para a qual a nova capital seria transferida. A escolha acabou sendo realizada em função de cidades que já existiam e, entre as opções existentes, Goiânia veio a ser definida nas proximidades da cidade de Campinas, hoje o mais antigo bairro da metrópole.  

Vista

A construção de Goiânia foi um importante marco para o desenvolvimento de Goiás, assim como para toda a região Centro-Oeste do Brasil, em razão da centralidade implementada pela nova capital, em termos políticos e econômicos. Ela foi construída de maneira planejada, com áreas residenciais, comerciais, industriais e administrativas bem delimitadas. Além disso, o centro urbano foi concebido com inúmeros parques e áreas verdes.

A partir do crescimento da mancha urbana da cidade, foram surgindo áreas de ocupação que não estavam previstas no projeto original, sendo inclusive notável na cidade, nos dias atuais, o fenômeno de conurbação com municípios vizinhos. A construção de Goiânia gerou ainda um intenso processo de migração para a região, e os vários grupos de imigrantes assentados na cidade possibilitaram o desenvolvimento local e o enriquecimento cultural goianiense.

Construída inicialmente para 50 mil habitantes, Goiânia experimentou um crescimento moderado até 1955. Entretanto, devido a uma série de fatores, como a chegada da estrada de ferro, em 1951, a retomada da política de interiorização de Getúlio Vargas, de 1951 a 1954, a inauguração da Usina do Rochedo, em 1955, e construção de Brasília, de 1954 a 1960, cerca de 150 mil pessoas já habitavam a nova capital em 1965. Apenas da década de 1960, Goiânia ganhou cerca de 125 novos bairros e tudo isso exigia mais infraestrutura, energia, transporte e escolas. 

Uma fígura importante na construção de Goiânia foi Attilio Corrêa Lima, engenheiro-arquiteto e paisagista, responsável pelo plano urbanístico da capital goiana. Ele trouxe consigo o estilo Art Déco, que estava associado ao luxo e à modernidade, além de ter se inspirado jardins no modelo das cidades-jardins do urbanismo francês para definir a estrutura de Goiânia. 

Palácio

Considerada a primeira capital planejada no início do século XX e idealizada pelo primeiro urbanista brasileiro de formação acadêmica, onde estudou Urbanismo em uma das escolas mais tradicionais, o Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris – Sorbonne. A cidade foi um canteiro experimental da nova técnica do concreto armado, utilizado em grande escala para a construção dos primeiros edifícios modernos. É bastante relevante lembrar que Attilio trouxe além de concepções projetuais inovadoras, também técnicas construtivas ainda desconhecidas no Brasil. 

Attilio apresentou o projeto da cidade a Pedro Ludovico, que previa a organização do traçado da cidade, projetos de infraestrutura, plano diretor, projetos arquitetônicos dos principais edifícios públicos e casas para funcionários, além da estruturação administrativa. Após a execução de relatórios e da escolha do sítio, Attilio Corrêa Lima não questionou a região escolhida pela comissão técnica, que foi outra, porém discordava do local indicado para implantar a área central da nova capital. O arquiteto projetou o núcleo inicial mais próximo da rodovia (atual Avenida Anhanguera) que então fazia a ligação entre Campinas – cidade que deu apoio à construção de Goiânia – e a cidade de Leopoldo de Bulhões, onde chegava a ferrovia. 

Panorama

A cidade possui 21 bens tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Entre eles estão o belo Teatro Goiânia, o Grande Hotel, o Museu Pedro Ludovico Teixeira, a Estação Ferroviária, o Palácio das Esmeraldas, entre outros. Confira abaixo alguns desses patrimônios:

Grande Hotel

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Localizado no centro da cidade, o hotel foi inaugurado em 1937 e conta com 60 quartos, sendo quatro de luxos, distribuídos em três pavimentos. Considerado um dos três primeiros edifícios de Goiânia, o lugar recebeu fíguras importantes como o presidente da República, Getúlio Vargas, o antropólogo Claude Lévi-Strauss, o poeta chileno Pablo Neruda, o famoso escritor brasileiro, Monteiro Lobato, entre outros hóspedes que marcaram a história do hotel.

Da construção original resta apenas a estrutura da fachada, tendo o interior sido descaracterizado ao longo dos anos. As instalações passaram por reforma em 2004, quando o Grande Hotel sediou o evento Casa Cor. Hoje o espaço abriga o Núcleo Centro Cultural Grande Hotel, onde são realizados cursos e qualificações para jovens, adultos e crianças. O Núcleo integra também a Secretaria Municipal de Cultura (Secult).

Teatro Goiânia

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Inaugurado em 1942, o Teatro Goiânia é o mais nobre e tradicional espaço cultural da cidade, integrado ao conjunto arquitetônico do início da capital. Trata-se de projeto do arquiteto Jorge Félix, que o concebeu em estilo art déco. Sua construção teve início em 1940 e sua inauguração oficial se deu em 14 de julho de 1942. Anteriormente chamado de Cine-Teatro Goiânia, o local foi criado por Pedro Ludovico como parte do seu plano de desenvolvimento para a cidade. Além de contar com moderna aparelhagem cinematográfica (equipamentos importados, o que havia de mais sofisticados na época), acomodações confortáveis, o espaço que passou a ser conhecido apenas como Cine Goiânia mantinha programação de filmes nacionais e estrangeiros em sintonia com o eixo Rio-São Paulo. 

Sua última reforma, foi em 1998, com reinauguração em 28 de novembro. Na reforma geral, recebeu 100 novos lugares. Com isso, passou a acolher 710 pessoas. Outro aspecto de reforma foi a retirada da antiga lanchonete que funcionava em suas dependências, descaracterizando o projeto original. Em 2003, o espaço cultural foi tombado como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

Museu Pedro Ludovico 

Museu

A construção foi realizada nos anos 30, mediante a execução do projeto de Atílio Corrêa Lima, renomado arquiteto e urbanista responsável pelo projeto da nova capital do Estado de Goiás. O casarão é um destaque na história arquitetônica de Goiânia, sendo um marco da modernidade anunciada e símbolo da ruptura com o passado colonial da antiga capital. Um mês após a morte de Pedro Ludovico em 1979, o Governo do Estado de Goías sancionou a Lei n°8690 que previa a criação de um museo em homenagem ao fundador de Goiânia, com sede na residência oficial de Ludovico.

Tem como objetivo preservar, conservar, restaurar e ampliar todo o acervo, ligado à história de Goiânia. Assim, o museu visa proporcionar ao pesquisador um ambiente propício ao resgate da memória da capital de Goiás. A casa manteve seus padrões originais como os móveis, biblioteca e os demais objetos usados pela família.

Estação Ferroviária

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Inaugurada em 1950, a antiga Estação Ferroviária de Goiânia funcionou até a década de 1980, recebendo trens de cargas e passageiros da Estrada de Ferro Goyaz. Ela é um dos mais importantes edifícios representativos do Acervo arquitetônico e urbanístico Art Déco de Goiânia, tombado pelo Iphan desde 2002. O pavimento central do edifício possui dois relevantes afrescos de autoria de Frei Nazareno Confaloni, pintor e muralista, reconhecido como pioneiro da arte moderna em Goiás. 

Créditos da imagem de capa: Michel

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Goiás Velho: a cidade histórica que preserva a cultura colonial

A Cidade de Goiás, também conhecida como Goiás Velho, é uma das cidades mais antigas do Brasil e é repleta de história e cultura religiosa.

Sendo um importante destino turístico em Goiás, a cidade atrai visitantes de todo o mundo com sua arquitetura colonial preservada, igrejas históricas e cerimônias religiosas. Além disso, a cidade é berço de grandes personalidades brasileiras, como Cora Coralina e Pedro Ludovico Teixeira. Nesse artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber para planejar sua viagem à Cidade de Goiás.

A história da Cidade de Goiás começa em 1727, quando foi fundada pelos bandeirantes portugueses que buscavam ouro no interior do Brasil. A cidade já foi capital do estado de Goiás e seu patrimônio histórico se estende por toda a sua extensão territorial. O centro histórico é um verdadeiro museu a céu aberto, com ruas de pedra, casas coloniais e igrejas centenárias.

Uma das principais atrações da cidade são as igrejas históricas, todas construídas no período colonial. A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário é uma das mais famosas e uma das primeiras construções religiosas da cidade. Outra igreja imperdível é a Igreja de São Francisco, que possui uma fachada barroca espetacular e um interior ricamente decorado.

Além das igrejas, a cidade também é conhecida por suas cerimônias religiosas, como a Semana Santa e a Festa do Divino, que acontecem todos os anos e atraem milhares de fiéis. Durante esses eventos, as ruas da cidade são enfeitadas com tapetes multicoloridos feitos de serragem e flores.

Outro ponto turístico importante é a casa de Cora Coralina, localizada no centro da cidade. A casa foi transformada em museu e preserva objetos pessoais da escritora, além de uma bela vista para o Rio Vermelho. A poetisa é uma das personalidades mais importantes para a literatura brasileira e suas obras retratam a vida simples e cotidiana da cidade.

A Cidade de Goiás é um tesouro histórico do Brasil e um destino imperdível para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a cultura religiosa e arquitetura colonial do país. A cidade oferece muitas opções de passeios turísticos, como visitas às igrejas históricas, cerimônias religiosas e museus. Além disso, é possível apreciar vistas panorâmicas incríveis da paisagem circundante. Não deixe de incluir a Cidade de Goiás no seu roteiro de viagem pelo interior de Goiás.

 

História da Cidade de Goiás

Como toda a porção central do Brasil, a região de Goiás Velho era habitada por indígenas. Mas com a descoberta de ouro e investidas de bandeirantes vindos de São Paulo, Goiás começou a ter sua história contada. 

Onde habitava a nação Goiá, Bartolomeu Bueno da Silva fundaria, em 1729, o Arraial de Sant’Anna.

Pouco mais de uma década depois, em 1736, o local seria elevado à condição de vila administrativa, com o nome de Vila Boa de Goyaz (ortografia arcaica). Nesta época, ainda pertencia à Capitania de São Paulo. Em 1748, foi criada a Capitania de Goiás, mas o primeiro governador, dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos, só chegaria ali cinco anos depois.

Com ele, instalou-se um “Estado mínimo” e, logo, a vila transforma-se em capital da comarca. Noronha manda construir, então, entre outros prédios, a Casa de Fundição, em 1750, e o Palácio que levaria seu nome (Conde dos Arcos), em 1751. Décadas depois, outro governador – Luís da Cunha Meneses, que ficou no cargo de 1778 a 1783-, cria importantes marcos, fazendo a arborização da vila, o alinhamento de ruas e estabelecendo o primeiro plano de ordenamento urbano, que delineou a estrutura mantida até hoje.

Com o esgotamento do ouro, em fins do século XVIII, Vila Boa teve sua população reduzida e precisou reorientar suas atividades econômicas para a agropecuária, mas ainda assim cultural e socialmente sempre esteve sintonizada com as modas do Rio de Janeiro, então capital do Império. Daí até o início do século XX, as principais manifestações seriam de arte e cultura, com sarais, jograis, artes plásticas, literatura, arte culinária e cerâmica – além de um ritual único no Brasil, a Procissão do Fogaréu, realizada na Semana Santa.

Entretanto, a grande mudança, que já vinha sendo ventilada há muito tempo, foi a transferência da capital estadual para Goiânia, nos anos trinta e quarenta, coordenada pelo então interventor do Estado, Pedro Ludovico Teixeira. De certa forma, foi essa decisão que preservou a singular e exclusiva arquitetura colonial da cidade de Goiás.

Depois tornou-se simplesmente Goiás. Usa-se o Cidade apenas para diferenciar do nome do estado. Goiás Velho é apenas um apelido da velha capital. Mesmo com a mudança de nome, quem nasce lá ainda é chamado de vilaboense.

 

Turismo

Com tanta história, somente dar uma volta pelo centro da cidade já é um atrativo turístico. Mas onde ir? Nós vamos te contar tudo agora…

Com certeza, observar o Centro Histórico da simpática cidade goiana, com sua arquitetura preservada e chão de pedra já é um programa para o dia todo.

Listamos os principais pontos turísticos da Cidade de Goiás, com fotos e informações relevantes, para sua visita ser perfeita. 

 

Vamos conferir?

 

Museu Casa de Cora Coralina

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Foto: Marcos Aleotti

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Foto: Marcos Aleotti

O Museu Casa Cora Coralina, também conhecido como Casa Velha da Ponte. Fica às margens do Rio Vermelho e preserva a memória de uma das maiores poetisas da literatura brasileira. O museu foi criado em 1989. A casa pertencera ao desembargador Francisco Lins dos Guimarães Peixoto, pai de Cora, adquirida no início do século XIX.

 

Igreja do Rosário

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Foto: Marcos Aleotti

Independentemente de sua religião – e mesmo que não pratique nenhum, você irá se interessar pela beleza e arquitetura das várias igrejas da cidade. E a Igreja do Rosário é uma das mais belas da cidade. Com arcos góticos e paredes de pedras, ela foi construída em 1761, depois demolida e reconstruída em 1934, quando sua fachada original foi totalmente restaurada.

 

Praça do Coreto

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Foto: AnnaPrado / Flickr

Ainda no Centro Histórico da Cidade fica a encantadora Praça do Coreto. Logo abaixo encontra-se uma sorveteria que funciona desde 1952, onde você pode apreciar o movimento da praça, cuja arquitetura apaixona todos os que a admiram. O nome oficial do local é Praça Dr. Tasso de Camargo.

 

Palácio Conde dos Arcos

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Foto: Vívian Marçal / Flickr

Antiga cara dos governadores de Goiás, recebe o nome do primeiro deles. O lugar apresentar uma encantadora arquitetura barroca, com o curioso apelido de “Casa Chata”, com aspecto alongado. É uma das estruturas mais belas da cidade.

 

Museu das Bandeiras

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Foto: Marcos Aleotti

Antiga cadeia e prédio legislativo, hoje guarda armamentos, roupas, arte sacra, documentos, ferramentas de garimpo e outros objetos históricos.

 

Casa da Fundição do Ouro

Casas de Fundição do Brasil: conheça a história de 20 delas

Foto: Nélio Oliveira

Essa repartição, muito comum durante o ciclo do ouro nas capitanias mineradoras, subsistiu em Goiás até 1832, quando ainda era contemplada no orçamento. Era sua atribuição fundir o ouro trazido pelos mineiros em barras, descontando na ocasião os tributos que incidissem sobre o minério.

 

Cachoeira das Andorinhas

Cachoeira das Andorinhas: refúgio pra quem busca relaxar à apenas 2 horas  de Goiânia - Curta Mais

Foto: Trip Advisor

O turismo em Goiás Velho também está ligado a suas cachoeiras, como essa que é uma das mais famosas da cidade. 

A cachoeira das andorinhas é uma propriedade particular que o visitante de Goiás pode ter acesso ao um preço bem em conta. Faz-se uma caminhada de aproximadamente 1,5 km para chegar até ela, em meio a uma trilha na mata com belas paisagens. Ao chegar, o acesso é bem fácil e o banho a recompensa por estar num local bem preservado e maravilhoso.

Valor: R$ 20,00 (O valor pode sofrer alterações)

Maiores Informações: Telefone CAT – (62) 3524-1052 | Site Oficial 

 

Chafariz de Cauda

 

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Foto: Marcos Aleotti

 

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Foto: Marcos Aleotti

Fundado em 1778, o Largo do Chafariz foi criado para abastecer a cidade. Localiza-se na Praça Brasil Caído, seguindo um padrão arquitetônico próprio do século XVIII. O nome “Chafariz de Cauda” se deu pelo fato do aqueduto que o abastece ser bastante parecido a uma enorme cauda, na sua parte posterior. Diz-se que é o “único chafariz de cauda do Brasil”.

 

Mercado Municipal

 

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Foto: Marcos Aleotti

A parte mais deliciosa da Cidade de Goiás – com os melhores empadões, o bolinho de arroz e outros sabores imperdíveis – foi restaurada recentemente. Com seus mais de 90 anos de existência, o projeto arquitetônico manteve-se como no original, inicialmente idealizado para comercialização de mercadorias entre os produtores rurais da região.

 

 

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Fotos de capa: Marcos Aleotti

Dona Gercina: Conheça a história da mulher que inspirou e apoiou o criador de Goiânia

Dona Gercina Borges Teixeira foi uma importante figura histórica na fundação e desenvolvimento da cidade de Goiânia. Filha do senador estadual Antônio Martins Borges, Gercina nasceu em 1900 em Rio Verde. Ao contrário da maioria das moças de seu tempo, ela optou por ter uma formação, tornando-se professora após um período de estudos no interior paulista.

Segundo a biógrafa Esther Barbosa Oriente, que escreveu ”Dona Gercina – Mãe dos Pobres”, foi no ano em que retornou a Rio Verde (1917) que ela conheceu seu futuro marido. Em 1918, ela se casou com Pedro Ludovico Teixeira, que mais tarde se tornaria o governador de Goiás e o fundador da cidade da capital goiana.

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Dona Gercina Borges Teixeira (Foto: reprodução DM / Bento Fleury)

Mas engana-se quem pensa que a primeira Dama de Goiânia foi apenas a ‘’esposa’’ de Pedro Ludovico. Durante o processo de fundação da cidade, ela teve um papel importante no planejamento e organização local, e ajudou a projetar a disposição das ruas, praças e jardins.

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Gercina e Pedro Ludovico Teixeira (Foto: reprodução Alego)

Além disso, sem a esposa, talvez Pedro Ludovico sequer tivesse ingressado na política. Sem ela, Goiânia teria encontrado ainda mais dificuldades para se firmar como sede do poder.

Gercina também dedicou parte da sua vida para ajudar as minorias. Cognominada de “Mãe dos pobres”, em vista de seu benemérito trabalho de caridade junto aos menos assistidos, mendigos e doentes, ela se dedicou a fazer o bem indistintamente, e, na condição de esposa de Pedro Ludovico, ombreou com ele a imensa tarefa de levantar uma cidade em pleno sertão, em época adversa, com o fantasma da Guerra e as dificuldades; mas não se absteve da luta e construiu uma obra eterna.

Foi considerada a mulher mais importante da história social de Goiás no século XX. E também nos séculos anteriores.

Por conta desse trabalho de caridade, Dona Gercina também foi a primeira presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA) em Goiás. Essa foi sua bandeira, atendendo áreas a que poucas pessoas davam atenção.

Na Santa Casa, por exemplo, apoiou a criação de um serviço funerário para quem não podia pagar. Também incentivou cursos profissionalizantes e foi uma defensora da construção de moradias populares, apelidada de Vila dos Pobres, para atender pessoas que habitavam em condições insalubres na cidade.

Também fundadora da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Dona Gercina ligava seus trabalhos assistenciais à imagem pública das gestões do marido. Mas também costurava acordos políticos.

Curiosidades

O salão principal do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, se chama Dona Gercina Borges. Um quadro que a retrata decora o espaço, usado, sobretudo, para cerimônias especiais, principalmente ligadas ao mundo cultural.

No Palácio das Esmeraldas, muito do estilo da ex-primeira dama ainda está preservado. O mobiliário e várias peças de decoração são da época que ela morava lá. São móveis de madeira de lei, sóbrios e com cores fechadas. 

Em 1976 ela faleceu depois de insidiosa enfermidade, na sua casa do centro de Goiânia, como queria. Quase 50 anos se passaram desde que adentrou nos jardins da eternidade, mas não foi esquecida pelos goianos.

Museu

Para conhecer mais sobre a história, visite o Museu Pedro Ludovico que foi criado em 1987, e fica na Rua Gercina Borges Teixeira, nº 133, Centro. O local trata-se da antiga casa da família de Pedro Ludovico Teixeira construída em 1934, em estilo art déco, com dois pavimentos.

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Foto: reprodução DM / Bento Fleury

 

*Fontes: Diário da Manhã, Jornal O Popular e Museu Pedro Ludovico

Imagem de capa: Reprodução Museu Pedro Ludovico

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Agitado centro comercial de Goiânia foi projetado para ser avenida residencial

O dia 24 de outubro de 1933 não foi escolhido para o nascimento de Goiânia de forma aleatória. A data era o marco em homenagem aos três anos da revolução de 1930. Responsável pelo plano original de Goiânia, Atílio Corrêa Lima escolheu o local onde Pedro Ludovico inauguraria a obra de suas vidas, a nova capital de Goiás.

Atílio entregou um planejamento que se estruturou em três pilares principais: o sistema viário, o zoneamento e a configuração do terreno. Formado na França, o arquiteto desenhou o traçado conforme o plano das cidades francesas, onde o mais importante seria a funcionalidade.

Diferentes vias foram calculadas segundo a intensidade e direção do tráfego. O sistema viário de Goiânia foi formado por vias em forma de xadrez, por ser um sistema mais rápido e fácil para a circulação de veículos. As vias em diagonal, como as Avenidas Araguaia e Tocantins, foram mapeadas com objetivo de ir além do funcional.

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A formulação das vias visava a estética da cidade, transportando o espectador à visualização do centro administrativo. Essa disposição direcionando à Praça Cívica enganou muitos goianienses que a enxergou como sendo o manto de Nossa Senhora Aparecida.

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Até meados do ano de 1955, a cidade projetada para abrigar cerca de 50 mil habitantes crescia de maneira moderada. Os investimentos de Pedro Ludovico com equipes de engenheiros e arquitetos trouxeram para Goiânia uma média de 150 mil pessoas até a década de 1960. Naquela época, a cidade foi agraciada com 125 novos bairros.

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Aquela superpopulação exigia mais infraestrutura, energia, transporte e escolas. A Avenida Araguaia, projetada para funcionar como ponto residencial, recebeu o comércio. Os moradores da região migraram para setores e ruas mais calmas nos arredores da via.

Com seus 2km de extensão, a Araguaia já foi palco de diferentes manifestações populares. Na década de 1980, cerca de 20 anos após receber um título de importante área comercial, recebeu o público que pedia pelas ‘Diretas Já’. O espaço recebe ainda a parada do orgulho LGBTQIA+, movimento tradicional que acontece pelas ruas do mundo anualmente.

A Avenida Araguaia fornece acesso direto ao Mercado Central, Parque Mutirama, Rodoviária e importantes bairros da capital como Vila Nova e Negrão de Lima. A via também abriga o Banana Shopping, importante ponto na mapa da moda de Goiânia, com mais de 100 lojas.

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Praça Cívica: conheça a história e peculiaridades do marco inicial da construção de Goiânia

Villa Boa de Goyas, atual Cidade de Goiás, era o centro de desenvolvimento do Brasil Central sendo alimentada pelas minas de ouro que desencadeou um grande período de riqueza e prosperidade. Com o passar dos anos, a produção começou a decair e a economia da capital estagnou. Era iminente a mudança de capital do Estado. 

Durante a Revolução de 1930, reconhecendo as necessidades do estado de Goiás, o político Pedro Ludovico Teixeira iniciou o processo de construção da cidade que mais tarde viria a ser a nova capital. Attilio Corrêa Lima foi o arquiteto responsável por desenhar o projeto inicial inspirado pela Art Déco. Armando de Godoy recebeu a responsabilidade de desenvolver o Plano Diretor inspirado na teoria de urbanistas ingleses. 

Inicialmente, foram abertas três avenidas principais (Goiás, Araguaia e Tocantins) que levam ao Centro onde foi inaugurada em 1935 a Praça Cívica, considerado um dos acervos arquitetônicos mais significativos do Brasil com Art Déco. A praça foi erguida com a função de ser o ponto principal da cidade, conectando os futuros setores e facilitando o acesso aos prédios administrativos. 

Praça

Dentro da Praça se encontra a residência oficial do governo do Estado, o Palácio das Esmeraldas. Concluída em 23 de março de 1937 o idealizador do projeto, Pedro Ludovico, foi o primeiro morador do prédio. O edifício tem predominância de linhas retas e caráter sóbrio, aspirando a simplificação. Para o arquiteto, a sede do executivo goiano deveria exprimir racionalidade e economia, atendendo exigências da vida moderna. 

Palácio

Em 1988, frente ao prédio, foi feito o lançamento das Diretas Já, em comício que contou com a presença de Tancredo Neves, Ulisses Guimarães e Henrique Santillo. Não apenas parte importante no acervo da História do Brasil, o Palácio guarda também algumas lendas a seu respeito. Uma delas narra a existência de um túnel que o liga a prédios localizados nos arredores – o túnel nunca foi encontrado. 

O Palácio Pedro Ludovico é outro ponto na Praça. O edifício é sede da administração pública estadual e abriga, além do gabinete do governador e a sua assessoria direta, secretarias e órgãos estaduais. 

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O Muza (Museu Goiano Professor Zoroastro Artiaga), importante centro na Praça, foi o primeiro museu do Estado de Goiás e preserva trabalhos inteiramente relacionado à história e riquezas da Região Centro-Oeste.

muza

A Praça Cívica abriga também importantes monumentos. O primeiro, dedicado às Três Raças está localizado no centro da praça sendo obra assinada da artista goiana Neusa Moraes. O segundo, Monumento Carajá, foi incluído no acervo da praça durante sua restauração. A obra de espelhos e aço inoxidável é assinada pelo artista plástico Siron Franco, natural da cidade de Goiás. 

Monumento

 

carajás

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Em março de 1937 Goiânia foi oficializada a capital do Estado de Goiás. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Cultural (IPHAN) em 2003, a praça cívica tem como nome original Doutor Pedro Ludovico Teixeira.

11 curiosidades sobre Pedro Ludovico Teixeira que talvez você não saiba

1– Nasceu na atual Cidade de Goiás, na época, atual capital de Goiás

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2– Formou-se em Medicina, no Rio de Janeiro

 

3– Em 1930, aconteceu um movimento armado liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que resultou em um golpe de estado, depondo o presidente da República Washington Luiz, impedindo Júlio Prestes a ter posse da presidência e pôs fim na República Velha. Pedro Ludovico foi ativo na revolução, sendo obrigado a voltar para Goiás, mas antes da sua chegada, recebeu a notícia da vitória na Revolução. Assim, ele chegou não como prisioneiro, mas para assimir a liderança de um movimento vitorioso e o Governo provisório de Estado.

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4– No final de 1932, Pedro Ludovico tomou as primeiras providências para que Goiânia fosse construída. A proposta de transferir a capital de Goiás, que àquela altura já durava há pelo menos 180 anos, encontrou campo fértil na política do governo federal. A decisão de Pedro Ludovico estava em consonância com a Marcha para o Oeste, política desenvolvida pelo governo Vargas para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do Centro-Oeste brasileiro.

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5– Em 1933, ele foi parte ativa para a criação do Partido Social Republicano (PSR)

6– Em 1935, foi eleito governador de Goiás pelo PSR.

7– Em 1945, com a crise do Estado Novo, e o surgimento de novos partidos, ele participou da criação do Partido Social Democrático (PSD)

8– Em Dezembro de 1945 foi eleito senador pelo PSD

9– Em 1964 mobilizou homens armados para defenderem seu filho no poder do governo, mas não obteve sucesso, pois uma internção federal o fastou do poder.

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10– O médico e político faleceu em 16 de junho de 1979

11– Seu filho caçula, Goiânio Borges Teixeira, faleceu em abril de 2018 aos 82 anos, após um infarto.

5 goianos que seguiram os passos dos pais

Nem sempre acontece dos filhos atuarem na mesma área que os pais. Ter uma figura paterna bem-sucedida numa atividade profissional pode até abrir portas, o mas o principal fator para o sucesso, é o amor pela profissão!

Em homenagem ao dia dos pais, o Curta Mais fez uma lista com 5 goianos que seguiram os passos dos pais profissionalmente. Eles inspiraram seus filhos nas mais diversas profissões.

Confira!

1. Seu Alberto e Amâncio

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Foto: Divulgação Facebook

Seu Alberto é o dono da receita de empada mais famosa de Goiânia. Começou o empreendimento no Mercado Central, e hoje tem várias unidades pela cidade, que são administradas por seu filho Amâncio.

2. Leonardo e Pedro

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Foto: Roberto Nemanis

Leonardo é um dos músicos mais queridos do Brasil! Seu filho Pedro é músico e apresentador, é ex-membro da dupla Pedro e Thiago.

 

3. Zezé di Camargo e Wanessa

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Foto: Rafael Cusato Contigo

Zezé di Camargo é um dos músicos de maior sucesso na história da música sertaneja.  Sua filha, Wanessa Camargo, cantora e compositora, já lançou muitas músicas que foram as mais tocadas em rádios de todo Brasil.

 

4. Moka e Mokinha

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Foto:  Ricardo Rafael

 Moka, é baterista, percussor da música goiana é considerado o pai do rock goiano. Seu filho, Mokinha, é baterista e produtor musical. 

 

5. Pedro Ludovico e Mauro Borges

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Pedro Ludovico, foi o político responsável pela mudança da capital de Goiás para Goiânia, foi eleito governador várias vezes. Mauro Brges,foi governador do estado de Goiás e deputado federal.

 

 

10 ex-alunos do Lyceu de Goiânia que fizeram história no Brasil e no mundo

O colégio Lyceu de Goiânia é um dos primeiros colégios secundários do Brasil, e surgiu quando Goiás ainda era uma província, na Cidade de Goiás (Vila Boa) no ano de 1748. Com a mudança da capital, o estado não teria condições financeiras de manter dois colégios, um na Cidade de Goiás, outro em Goiânia. E Pedro Ludovico Teixeira, inventor federal e fundador de Goiânia transferiu o colégio para nova capital no dia 27 de novembro de 1937. E nesses 269 anos de Lyceu, passaram por lá centenas de goianos ilustres nas mais variadas profissões.

A seguir, uma lista com 10 ex-alunos do Lyceu de Goiânia que fizeram história!

 

 1. Pedro Ludovico Teixeira (1891–1979)

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Foto: Trabalhos sobre Goiânia

Político goiano,responsável pela mudança da capital de Goiás para Goiânia, foi um dos líderes da Revolução de 1930. Fazia parte do núcleo de oposição em Goiás que se esboçava em Rio Verde, Inhumas e Anápolis, contra o poderio político dos Caiado.

Pedro Ludovico, morava na antiga rua 26, atualmente Dona Gersina Borges, tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual foi transformada em museu em 1987. No museu você encontra o acervo constituído de 1836 peças. São porcelanas, mobiliário, vestuário, cristais e objetos de uso pessoal. Dois mil livros e oitocentos documentos originais datados dos anos vinte até a década de setenta, compõem a biblioteca particular de Pedro Ludovico. O acervo iconográfico contém um mil, cento e quarenta e duas fotos, formando importante registro histórico.

 

 2. Iris Rezende

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Foto: Goiânia 24 horas

Político brasileiro, com 83 anos,atualmente é prefeito de Goiânia pela quarta vez, foi governador de Goiás duas vezes, senador, Ministro da Justiça do Brasil e Ministro da Agricultura do Brasil.

 

3. Raquel Teixeira

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Foto: Alovalparaiso 

Professora e política brasileira, atualmente Secretária de Estado da Educação, Cultura e Esporte e, docente titular da Universidade Federal de Goiás, onde foi vice-diretora e diretora do Instituto de Ciências Humanas e Letras e Pró-Reitora de Assuntos Internacionais. Foi deputada federal suas vezes e diretora executiva da Fundação Jaime Câmara e diretora-presidente do Instituto Jaime Câmara.

 

 4. José J. Veiga (1915 – 1999)

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Foto: Acervo pessoal O estadão

Escritor, que estreou a literatura aos 45 anos de idade, com o livro ‘ Os cavalinhos de Platipanto’ que foi ganhador do prêmio, Fábio Prata em 1959. Teve livros publicados nos Estados Unidos, Inglaterra, México, Espanha, Dinamarca, Suécia, Noruega e Portugal. Pelo conjunto de sua obra, ganhou o Prêmio Machado de Assis, outorgado pela Academia Brasileira de Letras.

O Sesc Centro em Goiânia abriga o Espaço José J. Veiga.  Com 1.772 volumes catalogados nesse acervo particular, o que demonstra a importância dada por Veiga à leitura. São títulos em português, inglês e espanhol. Entre as prateleiras dispostas no Espaço José J. Veiga é possível encontrar cópias de seus textos adaptados para o cinema, o teatro e a televisão.

 

5. José Mendonça Teles

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Foto: Flores de Goya

Escritor, professor, atual presidente Ad Vitam do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás; presidente do Instituto Cultural José Mendonça Teles; e membro do Conselho do Patrimônio Histórico de Goiânia. O escritor também pertence a várias instituições culturais do país, entre elas: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (único goiano a integrá-lo como sócio correspondente), Academia Paulistana de História de São Paulo e da Ordem Nacional dos Bandeirantes de São Paulo. É sócio-correspondente dos Institutos Históricos e Geográficos de Santa Catarina, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Alagoas, Bahia, Paraná e Rio de Janeiro. Ex-secretário de Cultura de Goiânia, presidiu o Conselho Estadual de Cultura por dois mandatos. É autor da letra do Hino Oficial de Goiás.

 

6. Henrique Meirelles

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 Foto: Pedro Ladeira Folhapress

Atualmente é o Ministro da Fazenda do Brasil, considerado uma das figuras mais respeitadas do ambiente financeiro brasileiro internacional. Foi presidente internacional do BankBoston (principal executivo) e ex-presidente do Banco Central do Brasil (BCB). É também membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas Brasileiras. Foi eleito deputado federal em Goiás com maior número de votos em 2002.

 

 7. Mauro Borges

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Foto: Mantonvani Fernandes

Político e militar, filho de Pedro Ludovico Teixeira, foi governador do estado de Goiás , deputado federal duas vezes e senador. Criou a Secretaria de Planejamento e Coordenação, iniciativa pioneira no país.

 

8. Alcides Rodrigues

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Foto: Wildes Barbosa

 Médico e político, foi governador do estado de Goiás, deputado estadual, prefeito de Santa Helena e vice-governador por sete anos durante a gestão de Marconi Perillo.

 

 9. Nando Rocha

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Ator, diretor, produtor e professor de Teatro, Nando Rocha é um dos fundadores do Grupo Teatro Ritual. Atualmente é diretor do Espaço Sonhus, sede do grupo anexa ao colégio Lyceu de Goiânia. Aprofundou seus conhecimentos em diversos cursos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Itália , Alemanha, Portugal,Espanha, Japão, EUA, Colômbia e Argentina.

 

 10. Bernardo Élis

(1915 –1997)

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Foto: O popular

Advogado, professor, poeta, contista e romancista brasileiro. Foi o primeiro e único goiano a entrar para a Academia Brasileira de Letras. Filho de Erico Curado, considerado o poeta de maior expressão do simbolismo. Bernardo Élis, teve várias obras premiadas, entre ela Apenas um Violão, O Tronco (que virou filme), e Ermos e Gerais, sua mais premiada obra.

Foi escolhido para integrar importantes antologias nacionais, como a clássica Antologia do Conto Brasileiro Contemporâneo, do crítico literário Alfredo Bosi.

 

 Foto: Arquivo pessoal de Maria Dulce Loyola Teixeira