Cantor R. Kelly é condenado por tráfico sexual de mulheres e menores de idade

O cantor R. Kelly, de 54 anos, foi considerado culpado pelo crime de tráfico sexual de mulheres e de menores de idade em julgamento que aconteceu em um tribunal federal de Nova York, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (27).

A condenação é uma vitória do movimento contra o assédio sexual na indústria do entretenimento e confirma o declínio da carreira e da imagem pública de um dos artistas que dominaram as paradas dos EUA e um dos músicos que renovou o R&B nas últimas décadas.

De acordo com o jornal “New York Times”, o cantor ficou sentado sem reação no tribunal após receber o veredito dado pelo júri, que o considerou culpado por atividade criminosa organizada e oito acusações de tráfico sexual. 

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(Foto: Getty Images)

As acusações eram de extorsão, com 14 atos subjacentes que incluíam exploração sexual de uma criança, sequestro, suborno e tráfico sexual, e também oito adicionais acusações de violações da Lei Mann, uma lei de tráfico sexual. Além disso, R. Kelly foi apontado como o líder de um esquema ilegal que recrutava mulheres e menores de idade para atividades sexuais e produção de pornografia. 

Durante todo o julgamento, promotores federais chamaram 45 testemunhas, incluindo 11 acusadores, nove mulheres e dois homens, em sua tentativa de retratar Kelly como o chefe de uma organização criminosa que lhe permitiu atacar mulheres e menores durante quase 30 anos.

Sua audiência está marcada para 4 de maio de 2022, e ao todo, R. Kelly pode enfrentar décadas de prisão após sentença.

 

Imagem: Reprodução

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Rapper R. Kelly é preso por tráfico sexual e pornografia infantil nos EUA

Um dos mais importantes nomes da black music mundial, o rapper norte-americano Robert Sylvester Kelly, mais conhecido como R. Kelly, de 52 anos, foi preso na noite de quinta-feira (11), de acordo com informações da NBC New York e do site TMZ.

Kelly, que era alvo de investigações por abusar sexualmente de quatro pessoas, sendo três delas menores de idade, foi preso por acusações de obstrução de justiça, tráfico sexual e até pornografia infantil. Mais informações, porém, devem ser reveladas publicamente nesta sexta (12).

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R. Kelly (Foto: Getty Images)

Em junho, Kelly negou em julgamento as acusações anteriores durante audiência em Chicago. Entre as acusações contra R. Kelly, dez no total e datadas de 1998 a 2010, ele é apontado por uma das testemunhas, que tinha 14 anos à época, por ser filmada fazendo sexo com o artista na casa dele.

Outras duas supostas vítimas, conseguiram amostras de esperma e em um dos casos, um exame de DNA confirmou que o sêmen era de R. Kelly. Uma delas, inclusive, tinha 16 anos à época. Se condenado, R. Kelly pode pegar de três a sete anos de prisão por cada acusação.

Após acusações de assédio sexual feitas contra R. Kelly, Lady Gaga se desculpa e remove parceria de streamings

R. Kelly, um dos maiores nomes do R&B norte-americano, é acusado de ter cometido inúmeros crimes sexuais contra jovens mulheres e meninas menores de idade ao longo dos últimos 20 anos.

Gravada no ano passado, uma nova produção da Lifetime reuniu relatos exclusivos de supostas vítimas do cantor. Com o título “Surviving R. Kelly“, o documentário foi ao ar entre os dias 3 e 5 de janeiro, mostrando mulheres que relataram suas experiências, com acusações de estupro, abuso sexual, cárcere privado, posse de pornografia infantil, dentre outros crimes.

Confira o trailer abaixo. É bem triste.

A polêmica em volta da produção aumentou ao envolver o nome de outras celebridades, que se recusaram a participar do projeto, por medo de se posicionarem sobre o caso.

Nomes como Lady Gaga, Jay-Z, Eryka Badu e Dave Chappelle, que já tiveram projetos colaborativos com Kelly, não quiseram se envolver, porque a “situação é complicada e difícil”, como explicou a produtora executiva do documentário, Dream Hampton.

Em 2013, Lady Gaga fez uma parceria com R. Kelly na música Do Want U Want (With My Body), do álbum ARTPOP. Colaboração que gerou muita polêmica à época e ainda mais agora, com o estopim das denúncias e o documentário.

Gaga, que já relatou ter sido vítima de agressão sexual, levantou muitas questões ao não se pronunciar sobre sua música com o cantor, depois da repercussão das denúncias e outras mais ao anúncio de Hampton sobre sua recusa de participar do documentário.

Hoje de manhã, Gaga lançou em suas contas nas redes sociais, um comunicado oficial se desculpando pela parceria feita com Kelly há 6 anos.

Eu apoio essas mulheres 1000%, acredito nelas, sei que elas estão sofrendo, e sinto que suas vozes devem ser ouvidas e levadas a sério. O que tenho ouvido das alegações contra R. Kelly é absolutamente horrível e impossível de defender.

Como vítima de agressão sexual, eu fiz a música e o vídeo em um momento sombrio da minha vida, minha intenção era criar algo extremamente desafiador e provocante, porque eu estava com raiva e ainda não havia processado o trauma ocorrido na minha própria vida

Se eu pudesse voltar e ter uma conversa comigo mesma mais nova, diria a ela para fazer a terapia como tenho feito desde então, para que pudesse entender o estado pós-traumático confuso em que estava – ou se a terapia não estivesse disponível para mim ou para qualquer pessoa na minha situação – para procurar ajuda, e falar honestamente sobre o que nós passamos

“Não posso voltar atrás, mas posso ir adiante e apoiar mulheres, homens e pessoas de todas as identidades sexuais e de todas as raças, que são vítimas de abuso sexual. Demonstrei minha posição sobre esta questão em muitos momentos ao longo da minha carreira. Compartilho isso não para dar desculpas a mim mesma, mas para explicar. Até que aconteça contigo, você não sabe como se sente. Mas sei como me sinto agora

 “Removerei a música das plataformas e não voltarei a trabalhar com ele de novo. Me desculpe, tanto pelo meu pobre julgamento quando eu era jovem, e por não falar mais cedo. Eu amo vocês

Ela prometeu retirar Do Want You Want (With My Body) de todas as plataformas de streaming.

Informações de Hugo Gloss e Uol