Crítica de artista goiano aos ataques de 8 de janeiro ganha destaque no Museu do STF

Goiânia agora tem seu nome registrado nas paredes do STF (Supremo Tribunal Federal)! A obra do artista Siron Franco, batizada como “8 de janeiro de 2023”, foi entregue nesta segunda-feira (25) pelo artista à presidente Rosa Weber, durante cerimônia que marcou a assinatura do termo de doação.

Constituída por um carpete com marcas de pés, bagunça e destruição, “8 de janeiro de 2023” é uma alusão à data em que a sede dos Três Poderes, em Brasília, foi atacada por vândalos que arruinaram o acervo histórico, artístico e cultural de patrimônio público, guardada na sede do Supremo.

“É um episódio recente que já faz parte da história do Brasil e, por isso, eu queria que ficasse aqui (no STF), e não em museu qualquer”, frisa o artista. Siron conta que a inspiração para o quadro surgiu enquanto assistia aos acontecimentos daquele dia pela televisão. À mente veio apenas uma ideia: uma espécie de diário da República.

Enquanto analisava a obra alocada no chão, a ministra lembrou da travessia da Praça dos Três Poderes, feita com outras autoridades, no dia seguinte à invasão. “Veio a mim a lembrança da visão do chão, encharcado, cheio de cacos de vidros e pedras”. A obra deve ser instalada no Museu do Supremo.

Siron

Conheça o artista

Nascido na Cidade de Goiás em 1947, Gessiron Alves Franco é um artista plástico com reconhecimento internacional desde 1974, quando foi premiado em sua participação na 12° Bienal Nacional de São Paulo como melhor pintor nacional. No ano seguinte, ganhou o prêmio internacional.

Suas obras estão expostas nos mais importantes museus do Brasil e do mundo, como: MASP (São Paulo), MAC (São Paulo), MNBA (Rio de Janeiro), MON (Curitiba), The MET (Nova Iorque).

Para o ministro Gilmar Mendes, presente na cerimônia, as obras de Siron Franco mostram grande relevância por trazer críticas sociais e políticas. 

Imagem: Reprodução

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Aborto: entenda como funciona a descriminalização e a votação no STF

Aborto! Um dos assuntos mais falados da semana. O Supremo Tribunal Federal (STF) está analisando a descriminalização do aborto no Brasil, mas o julgamento sofreu uma mudança significativa. Inicialmente, estava ocorrendo no plenário virtual, porém, com o pedido do ministro Luís Roberto Barroso, foi transferido para o plenário físico.

Ainda não há uma data definida para a retomada das discussões, pois isso depende da agenda da presidência da Corte. É provável que o caso permaneça em espera por algum tempo.

Essa alteração no ambiente de decisão não afeta a posição da ministra Rosa Weber, atual presidente do STF e relatora da ação. Ela já se declarou favorável à descriminalização do aborto, defendendo o direito de interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana.

Rosa Weber tomou a iniciativa de pautar o processo para garantir que seu voto fosse registrado antes de sua aposentadoria, que ocorrerá no final do mês, quando completar 75 anos. Luís Roberto Barroso a sucederá na presidência do tribunal.

Rosa Weber quis assegurar seu voto em um tema relevante para as mulheres, especialmente considerando que pode ser sucedida por um homem no STF. A indicação do novo ministro é responsabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, apesar das pressões de grupos progressistas, resistiu a utilizar o gênero como critério na seleção dos candidatos.

A ministra conseguiu manter a ação em seu gabinete quando assumiu a presidência do STF, o que é incomum, pois geralmente o acervo de processos é transferido para o ministro que está sendo substituído na liderança do tribunal.

No que diz respeito ao seu voto, Rosa Weber argumentou que a mulher deve ter o direito de decidir se deseja interromper a gravidez, desde que isso ocorra durante o primeiro trimestre da gestação. Ela destacou a importância de considerar os direitos das mulheres e sua dignidade como fundamentais e humanos.

A ministra também ressaltou que o Estado deve promover e proteger os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e adolescentes, com foco na saúde pública. Acreditando que o acesso a procedimentos seguros pode reduzir a mortalidade materna.

Rosa Weber argumentou que, devido a falhas nos métodos contraceptivos, as mulheres devem ter autonomia para decidir seu próprio destino. Ela considera que a criminalização da interrupção voluntária da gestação, sem restrições, viola diversos direitos das mulheres, incluindo liberdade, autodeterminação, intimidade, liberdade reprodutiva e dignidade.

Agora, o processo segue parado, até que seja transferido para votação física e presencial.

 

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Foto de Capa:  Divulgação/STF

STJ diz que plantar maconha para extrair óleo medicinal não é crime

STJ diz que plantar maconha para extrair óleo medicinal não é crime

Na última quarta-feira (13), a 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), discutiu os termos sobre a plantação da cannabis medicinal. A decisão é que plantar maconha para extrair o óleo medicinal não configura crime de tráfico, como era considerado anteriormente.

Para fazer o cultivo, é necessário passar não só por prescrição médica, mas também receber uma autorização da ANVISA, que liberava somente a importação do canabidiol.

Justamente por não conseguir pagar o valor excessivo que é cobrado na importação, o cultivo da planta em casa é uma solução viável, desde que regularizada e fiscalizada por órgãos responsáveis.

Em paralelo, o STF está julgando a descriminalização do porte da cannabis para uso pessoal. Praticamente já no fim, o placar está em 5×1 para a liberação, que só precisa ser discutida em relação a quantidade.

Uso para fins medicinais
canabis

Com o objetivo de ajudar na área da saúde, o canabidiol é um óleo extremamente medicinal, que auxilia em quase todo tipo de tratamento, desde ansiedade, a enxaquecas e problemas mais graves. Atualmente, quase ninguém possui acesso ao medicamento, precisando recorrer ao uso de outras formas. Portanto, a discussão sobre a liberação envolve temas como a possível diminuição do tráfico.

Além disso, foram tomadas outras decisões judiciais positivas, como os planos de saúde, e farmácias de manipulação, que agora fornecem esses medicamentos.

 

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Foto de Capa: FioCruz

Alexandre de Moraes vota a favor da descriminalização da maconha

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta quarta-feira (2), para não ser considerado mais crime o porte de maconha para consumo pessoal.

Pelo voto do ministro, deve ser considerado usuário quem portar entre 25 a 60 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas de cannabis. Além disso, a Justiça também poderá avaliar as circunstâncias de cada caso para verificar eventual situação que possa configurar tráfico de drogas. 

O julgamento sobre o porte de drogas foi retomado nesta tarde com o voto do ministro, que, em 2015, pediu vista (mais tempo para analisar o caso) e suspendeu o julgamento.  A sessão continua para a tomada dos votos dos demais ministros. 

O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas. 

Moraes avaliou que a lei aumentou o número de presos por tráfico de drogas e gerou “um exército para as facções criminosas”. O ministro informou que dados oficiais mostram que 25% dos presos no Brasil (201 mil) respondem por tráfico de drogas.

“Isso gerou o fortalecimento das facções no Brasil. A aplicação da lei gerou aumento do poder das facções no Brasil. Aquele que antes era tipificado como usuário, quando despenalizou, o sistema de persecução penal não concordou com a lei e acabou transformando os usuários em pequenos traficantes. O pequeno traficante, com a nova lei, tinha uma pena alta e foi para sistema penitenciário. Jovem, primário, sem oferecer periculosidade à sociedade, foi capturado pelas organizações criminosas”, comentou.

O ministro também defendeu a definição de limites de quantidade de drogas para diferenciar usuários e traficantes. 

“Hoje, o tráfico de drogas em regiões abastadas das grandes cidades do país é feito por delivery. Há aplicativos que a pessoa chama e, assim como o IFood leva comida, leva a droga”, completou.

Além da quantidade, Moraes também disse que devem ser levadas em conta as circunstâncias das apreensões para não permitir discriminação entre classes sociais. 

“Quanto mais velho e mais instrução, mais difícil ser caracterizado como traficante”, afirmou.

 

*Agência Brasil

 

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STF mantém suspensão de piso da enfermagem

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou hoje (15) para manter a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu o piso salarial da enfermagem. O julgamento virtual continua para a tomada dos demais votos. 

Com o voto do ministro Gilmar Mendes, foi formada a maioria (6 votos a 3) pela suspensão. Faltam os votos de Luiz Fux e da presidente, Rosa Weber. O julgamento virtual começou na sexta-feira (9) e será finalizado amanhã (16). 

No dia 4 de setembro, Barroso atendeu pedido de liminar feito pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) e concedeu prazo de 60 dias para que os envolvidos na questão possam encontrar soluções para garantir o pagamento. 

Após a decisão, caso foi levado à referendo dos demais ministros da Corte no plenário virtual, modalidade de votação na qual os votos são inseridos em um sistema eletrônico e não há deliberação presencial. 

Além de Barroso, os ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes votaram para manter a suspensão.  

Os ministros Nunes Marques, André Mendonça e Edson Fachin foram a favor da derrubada da liminar. 

Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, a Lei 14.434/2022 instituiu o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.

Na semana passada, Barroso afirmou que a decisão foi tomada porque é preciso uma fonte de recursos para viabilizar o pagamento do piso salarial. O ministro disse que é favor do piso salarial da enfermagem, mas aceitou a suspensão diante do risco de descumprimento imediato da lei. 

Segundo o ministro, hospitais particulares estavam realizando demissões por antecipação. Além disso, obras sociais, santas casas e prefeituras relataram que não têm recursos para fazer o pagamento do piso.  

( Com informações da Agência Brasil) 

 

Com promessa de defesa da democracia, Rosa Weber é eleita presidente do STF

A ministra Rosa Weber foi eleita na terça-feira (10/08), presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), substituindo o ministro Luiz Fux. A magistrada destacou que comandará a Corte com “serenidade” e “defesa máxima da democracia”. Na mesma sessão, o ministro Luís Roberto Barroso foi eleito vice-presidente. A cerimônia de posse dos dois ministros está marcada para 12 de setembro.

Weber e Barroso foram eleitos por 10 votos a um — é praxe que o ministro que assumirá a presidência vote em seu vice. A eleição é feita entre os próprios integrantes da Corte e são protocolares. O Supremo adota para a sucessão de seus presidentes um sistema de rodízio, baseado no critério de antiguidade.

Diferentemente de gestores anteriores, a ministra não cumprirá dois anos de mandato porque se aposentará em outubro de 2023, quando completará 75 anos de idade. Ela declarou que, mesmo com o pouco tempo em que permanecerá à frente do Supremo, irá cumprir com rigor todas as tarefas que o cargo demanda.

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Foto: André Richter / Agência Brasil

STF suspende bloqueio do Telegram no Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu neste domingo (20/03), o bloqueio ao aplicativo de mensagens Telegram no País. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, que havia determinado a suspensão, a plataforma cumpriu integralmente as medidas determinadas dentro do prazo de 24 horas estabelecido.

Entre as medidas adotadas a exclusão de uma publicação feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com ataques ao sistema eletrônico de votação. O Telegram também precisou excluir um canal citado no inquérito das fake News, além de informar sobre sua representação oficial no Brasil, tendo apresentado o nome de Alan Campos Elias Thomaz. 

A indicação de um representante legal no País era um dos pontos centrais da decisão de Alexandre de Moraes, uma vez que a ferramenta deixou de responder comunicações do STF, da Política Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Vale ressaltar que a Justiça Eleitoral tem desenvolvido uma série de estratégias para combater a propagação de notícias falsas nas eleições de outubro.

De acordo com o ministro, a empresa também apresentou providências relacionadas ao combate à desinformação. Uma delas é o monitoramento manual diário dos 100 canais mais populares do Brasil. O Telegram também anunciou o acompanhamento manual diário de todas as principais mídias brasileiras; capacidade de marcar postagens específicas em canais como imprecisas; restrições de postagem pública para usuários banidos por espalhar desinformação; atualização dos Termos de Serviço; análise legal e de melhores práticas; e promover informações verificadas.

Foto: Portal Poder 360

 

STF determina bloqueio do Telegram no Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o aplicativo de mensagens Telegram no País. A ordem atende um pedido da Polícia Federal e foi encaminhada a plataformas digitais e provedores de internet, que devem adotar os mecanismos para inviabilizar a utilização da ferramenta.

Há denúncias de que o Telegram é usado para propagar discursos de ódio, tráfico de drogas, comércio de dinheiro falso, propaganda nazista e vendas de certificados de vacinação. Nos últimos meses, por causa das eleições de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviou diversos ofícios solicitando reuniões com os representantes da empresa. A intenção era incluir a plataforma no Programa de Enfrentamento à Desinformação, que tem como objetivo combater a propagação de notícias falsas durante o período eleitoral e já conta com a colaboração de empresas, como meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Twitter, TikTok e Google.

A ordem de bloqueio ainda está em fase de cumprimento. As empresas estão sendo notificadas pela Agência Nacional de Telecomunicações. As empresas que não cumprirem a determinação de bloqueio poderão pagar multa diária de R$ 100 mil.

Foto: Banco de Imagens / Canva

 

Cantor Sérgio Reis é internado em São Paulo

O cantor Sérgio Reis, de 81 anos, está internado no Hospital Albert Einstein desde terça-feira (24), de acordo com informações do Jornalista Geraldo Luis, que postou em seu perfil, uma foto de uma visita que fez a ele na instituição médica, nesta quarta-feira (25). “Vim visitar no hospital meu amigo querido Sérgio Reis. Ele está melhor e ao lado de sua amada  ngela. Precisou ser internado ontem, em breve em casa se Deus quiser”, escreveu.

 

Sérgio se envolveu em polêmica recetemente quando fez declarações contra o  Supremo Tribunal Federal (STF), o que resultou em uma ação legal contra o sertanejo. Ainda ontem o cantor chegou a prestar depoimento à Polícia Federal por vídeo conferência, pois é alvo de incitar atos violentos contra o Supremo Tribunal Federal (STF). O artista negou que tenha agido de forma intencional para ameaçar os ministros, no áudio polêmico que enviou a um amigo e vazou.

Dividindo opiniões na classe artística, ele teve parcerias em seu novo DVD canceladas. Em contrapartida, outros artistas do meio sertanejo tem se mobilizado a favor de Reis. 

O cantor de Panela Velha alega que seu discurso foi enviado para um amigo em forma de brincadeira, acabou vazando e sendo mal interpretado. 

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Sérgio Reis diz que sua fala sobre ameaça ao STF foi uma brincadeira com um amigo

Em entrevista exclusiva para o Domingo Espetacular, da Record TV, o cantor Sérgio Reis disse que vem sofrendo várias intimidações depois que seu áudio, ameaçando invadir o Supremo Tribunal Federal (STF), foi vazado. O artista afirma que se arrepende da sua fala e que o áudio não passou de uma brincadeira.

 

“Não me arrependo de nada. Só esta frase infeliz, que eu brinquei com um amigo, que vazou. Mas não é a realidade. E se eu falei, foi brincando”, contou Sérgio em entrevista ao repórter Roberto Cabrini.

 

No áudio que foi motivo da investigação da Polícia Federal consta a voz do cantor afirmando: “Se em 30 dias não tirarem aqueles caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser”.

 

Durante a entrevista, Sérgio afirma que sabe que corre risco de uma eventual prisão. “Mas não tem problema, eu vou lá. Não matei ninguém, não bati em ninguém, não agredi ninguém”. E quando foi perguntado sobre o áudio da investigação, ele  se exalta: “Esquece esse áudio. Eu errei, dá licença de eu errar? Então acabou, morreu aí, não fala mais. Se não eu paro a entrevista aqui.”

 

Ao continuar a entrevista, o artista se retratou. “Se caso eu os ofendi, me perdoe, como ser humano, e também com respeito ao cargo de vocês. Agora, respeitem o povo também. Isso é o que eu peço, acho que estou sendo justo. Peço desculpas se eu magoei o Alexandre, o Barroso ou qualquer um. Nunca falei de todos eles. Já cruzei com esses ministros e nunca joguei uma frase: ‘Ae, safado’. Nunca fiz isso, nem faria, porque não é justo”, disse.

 

Investigação 

 

Nesta semana, Sérgio Reis foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão da PF, como parte de um inquérito que apura “eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

 

De acordo com a Polícia Civil, “a investigação teve início após a circulação de vídeos e áudios nas redes sociais e em matérias jornalísticas em que alguns indivíduos, dentre eles o cantor Sérgio Reis, manifestam-se no sentido de cometerem crimes previstos nos artigos 147, 163 e 262 do Código Penal”.

 

O cantor convocou protestos em Brasília para promover o fechamento de estradas e sitiar a cidade, com a invasão do Supremo Tribunal Federal (STF) e derrubada de ministros.

 

Zé Ramalho e mais três artistas cancelam participações em novo álbum de Sérgio Reis

Zé Ramalho anunciou que não participará do novo disco de Sérgio Reis. Em 2019, o cantor havia gravado com Reis a canção ”Admirável Gado Novo”, que seria incluída no novo projeto do cantor e ex-deputado federal. O músico paraibano, disse ainda, que Sérgio Reis está desautorizado de utilizar a canção como um de seus trabalhos.

O fim das parcerias musicais tem relação com as posições políticas de Sérgio Reis. Tudo começou quando áudios do cantor foram vazados, nos quais convocava uma greve nacional de caminhoneiros para protestar contra os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), após isso, vários artistas desistiram de participar do novo álbum do cantor.

Além de Zé Ramalho, a cantora Maria Rita, Guilherme Arantes e Gutemberg Guarabyra, famoso pela dupla com o cantor e compositor Luiz Carlos Sá, também informaram que deixaram o projeto.

Em nota a equipe de Zé Ramalho explicou: ‘’Embora o artista Zé Ramalho tenha participado como convidado na gravação da canção “Admirável gado novo”, no disco do cantor Sérgio Reis em maio de 2019, agora em 2021 a gravação perdeu o sentido e tanto o compositor quanto sua editora não autorizarão a utilização da obra. Solicitamos ao escritório do cantor Sérgio Reis que não utilize o fonograma de forma alguma. Pedimos ainda que se abstenha de usar por meios radiofônicos, eletrônicos ou qualquer outro, para que esta faixa não seja veiculada de forma alguma. O artista declara que é tudo que tem a dizer sobre esse assunto e não mais se pronunciará.’’

 

Imagem: Reprodução

 

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Sérgio Reis diz que ‘errou muito’ sobre o vídeo em que pede impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal

O cantor Sérgio Reis disse que o vídeo que circulou na semana passada, no qual ele convoca caminhoneiros e a população a saírem às ruas em defesa do governo de Jair Bolsonaro e para pedir o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi espalhado por um ‘amigo da onça’. Segundo uma entrevista que o cantor concedeu ao site Congresso em foco, ele disse que falou com um ‘amigo da onça’ e que ele espalhou o vídeo em um ‘grupinho’ e que depois disso foi se espalhando.

 

Na entrevista, o cantor que foi ‘cancelado’ nas plataformas digitais disse que querem destruí-lo. “Querem me massacrar. Já estou tendo prejuízo. Cancelaram quatro shows e dois comerciais que ia fazer agora. Tiraram do ar um que faço para um supermercado de Curitiba. Vão tirar por um mês do ar e esperar para ver o que acontece”, afirmou.

 

O cantor disse ainda que defende a democracia, que “não há necessidade” de uma intervenção militar e que “mão sou puxa-saco do Bolsonaro”. Sérgio Reis também assumiu a sua culpa:  “Eu errei mesmo, errei muito. Não devia ter falado, porque as pessoas pensam… Falei com um amigo. Ele postou num grupinho. Um amigo da onça. É da vida. Estão me ameaçando, pensando que estou com medo. Mas não me escondi. Estou aqui em casa, não agredi ninguém. Arco com minha responsabilidade”, afirmou.

 

Após pedido do STF, Anvisa autoriza doação de sangue de gays no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou trecho de resolução que impedia que homens que tiveram relação sexual com outro homem pudessem doar sangue dentro de 12 meses após a relação sexual.

A alteração foi publicada nesta quarta-feira (8) no Diário Oficial da União, após o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar inconstitucional as restrições impostas a gays para doação de sangue. O julgamento no Supremo ocorreu em maio, mas só agora entrou em vigor.

O documento publicado também informa que a Anvisa vai preparar uma orientação técnica para os hemocentros públicos e privados de todo o país. Como a decisão do STF é de maio, entidades LGBT+ questionaram na justiça o cumprimento da Anvisa, as reclamações eram de que os hemocentros ainda não estavam aceitando as doações de sangue dos gays. Agora é oficial!

A ação no Supremo começou em 2016 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e recebeu o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Ordem dos Advogados do Brasil e de várias ONGs. As autoridades de saúde defendiam que a medida tinha o objetivo de reduzir o risco de contaminação por HIV em transfusões, no entanto, heterossexuais não enfrentavam a mesma restrição.

Por exemplo, um homem heterossexual que tenha feito sexo sem camisinha pode doar sangue, enquanto um homossexual que tenha um parceiro fixo e use preservativo ficava vetado pelos 12 meses seguintes à última relação sexual.

Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

‘Quem manda sou eu’, diz Bolsonaro sobre suspensão da nomeação de Ramagem na PF

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (29) na porta do Palácio da Alvorada, que pretende recorrer da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de retirar a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal.

“Eu quero o Ramagem lá. É uma ingerência, né? Vamos fazer tudo para o Ramagem. Se não for, vai chegar a hora dele, e vamos colocar outra pessoa”, declarou Bolsonaro.

Questionado sobre o posicionamento da Advocacia-Geral da União (AGU) de não recorrer da decisão do STF, Bolsonaro afirmou que recorrer é um “dever do órgão”. E completou: “Quem manda sou eu”.

Bolsonaro acusa Moro de negociar troca do chefe da Polícia Federal por vaga no STF

Rodeado por todos os seus ministros, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), fez um pronunciamento ao vivo pelas redes sociais e que foi transmitido na íntegra pelos principais canais de televisão do país.

Em um discurso duro, feito às 17 horas desta sexta-feira, o presidente começou falando de como conheceu o ex-juiz da Operação Lavajato e do concite para que ocupasse o superministério da Justiça e Segurança Pública.

“O senhor disse que tinha uma biografia a zelar. Eu tenho um Brasil a zelar”, disse Bolsonaro já no início do discurso.

Em uma das partes mais duras do presidente, Moro foi acusado de tentar negociar a substituição da direção da PF. “O senhor pode tirar o Valeixo se o senhor me indicar para o Supremo Tribunal Federal. É desmoralizante para um presidente ouvir isso”, disse Bolsonaro sobre Moro.

Minutos depois de terminar o discurso do presidente, o ex-ministro negou a acusação pelo Twitter. “A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF”, escreveu Moro.

Em 2019, o próprio presidente disse, em entrevista a Milton Neves na rádio Bandeirantes, ter feito o compromisso da indicação de Moro ao STF. “Fiz um compromisso com ele (Moro), porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura. Eu falei: a primeira vaga que tiver lá está à sua disposição. Obviamente, ele teria de passar por uma sabatina no Senado. Eu sei que não lhe falta competência para ser aprovado lá. Mas uma sabatina técnico-política. Eu vou honrar esse compromisso com ele. Caso ele queira ir para lá, será um grande aliado, não do governo, mas dos interesses do nosso Brasil dentro do Supremo. A primeira vaga que tiver, eu tenho esse compromisso com Moro, e, se Deus quiser, cumpriremos esse compromisso. Acho que a nação toda do Brasil vai aplaudir um homem desse perfil no Supremo.