Psicóloga goiana, destaque internacional no agronegócio, foi reconhecida pela Forbes

Nascida em Goiânia em 2 de fevereiro de 1962, Kátia Regina de Abreu é uma figura multifacetada na política brasileira. Psicóloga por formação, empresária por vocação e pecuarista por opção, Abreu emergiu como uma das vozes mais proeminentes no cenário político nacional, sendo filiada atualmente ao Progressistas (PP).

Após enfrentar uma reviravolta em sua vida pessoal com a morte de seu marido, Irajá Silvestre, em 1987, Kátia assumiu a gestão de uma fazenda no então norte goiano, hoje estado do Tocantins. Apesar da falta de familiaridade inicial com a pecuária, ela demonstrou resiliência e determinação, encontrando orientação nos planos meticulosamente delineados por seu esposo, os quais delineavam estratégias para otimizar a produtividade.

Ascensão na Carreira Política

A incursão de Kátia Abreu na esfera política teve início como deputada federal pelo Tocantins, cargo que ocupou entre os anos de 2003 e 2007. Sua atuação nesse período a destacou como uma voz influente, principalmente no que diz respeito às questões agrícolas e pecuárias.

Em seguida, ascendendo ao Senado, Abreu serviu como senadora pelo Tocantins por expressivos 16 anos, de 2007 a 2023. Durante sua trajetória senatorial, ela se notabilizou por sua defesa firme dos interesses dos agropecuaristas, consolidando-se como uma líder respeitada no setor.

Além disso, Kátia Abreu ocupou o posto de Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, contribuindo para a formulação e implementação de políticas voltadas ao desenvolvimento do agronegócio nacional.

Polêmicas e Desafios

Contudo, a trajetória política de Kátia Abreu não esteve isenta de controvérsias. Apelidada por alguns como a “Rainha da Motosserra”, ela enfrentou críticas por sua postura em relação a questões ambientais, gerando embates com setores da esquerda e da direita.

Além disso, seu nome esteve envolvido em diversas polêmicas, incluindo acusações de recebimento de recursos ilícitos de empreiteiras durante campanhas eleitorais e, mais recentemente, suspeitas de tráfico de influência relacionadas à implantação da tecnologia 5G no país.

 

Vamos explorar alguns aspectos da trajetória dessa influente personalidade:

  1. Carreira Política:
    • Kátia Abreu serviu como Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
    • Ela também foi deputada federal entre 2003 e 2007 e senadora pelo estado do Tocantins de 2007 a 2023.
    • Em 2018, como parte da chapa de Ciro Gomes, ela concorreu à vice-presidência da República.
  2. Origens e Transição para a Pecuária:
    • Formada em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Kátia Abreu assumiu uma fazenda no antigo norte goiano (atualmente Tocantins) após a morte de seu marido, Irajá Silvestre, em 1987.
    • Mesmo sem muito conhecimento prévio sobre pecuária, ela encontrou um roteiro detalhado deixado por seu marido, que explicava como gerenciar a fazenda, incluindo investimentos prioritários para aumentar a produtividade.
  3. Controvérsias e Polêmicas:
    • Kátia Abreu não é estranha a polêmicas. Ela já foi apelidada de “Rainha da Motosserra” pela bancada ambientalista.
    • Ela se envolveu em disputas tanto com a direita quanto com a esquerda.
    • Em 2017, foi acusada de receber 500 mil reais de uma empreiteira para sua campanha eleitoral de 2014.
    • Em 2021, foi acusada de tráfico de influência no contexto da internet 5G no Brasil.
  4. Liderança no Setor Agropecuário:
    • Kátia Abreu se destacou entre os produtores da região e ocupou cargos importantes, como presidente do Sindicato Rural de Gurupi e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins.
    • Ela também foi eleita presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entre 2008 e 2011, onde se destacou e se tornou uma referência feminina no setor agrícola. 

Em resumo, Kátia Abreu é uma figura complexa, cuja influência se estende além da política para o setor agropecuário e além. Suas ações e polêmicas moldaram sua trajetória e a tornaram um nome de peso no cenário brasileiro.

História da psicóloga Kátia Abreu

Após deixar o Senado em janeiro de 2023, Kátia Abreu, ex-senadora do Tocantins, permanece como uma figura emblemática no cenário político e agrícola do Brasil. Sua trajetória é marcada por uma determinação inabalável e significativas contribuições para o desenvolvimento do agronegócio no país.

O Início da Jornada

Após a trágica perda do marido em um acidente aéreo em 1987, Kátia Abreu viu sua vida tomar um rumo inesperado. Grávida de sua filha mais nova, ela se viu diante do desafio de assumir o comando de uma vasta fazenda no norte de Goiás, que viria a se tornar parte do estado do Tocantins. Apesar das pressões familiares para vender a propriedade, Kátia optou por assumir o desafio de administrá-la.

Determinada e visionária, mergulhou de cabeça na administração das terras, enfrentando os desafios do agronegócio com coragem e determinação. Sua liderança logo se destacou, levando-a a assumir cargos importantes nos órgãos representativos do setor.

Ascensão Política e Contribuições ao Agronegócio

Kátia Abreu rapidamente se destacou na política, tornando-se deputada federal em 2003 pelo PFL (atual DEM) e, posteriormente, senadora pelo Estado do Tocantins em 2007. Sua atuação no Congresso Nacional foi marcada por um compromisso incansável com o desenvolvimento rural e o bem-estar das comunidades agrícolas.

Em seus mandatos como senadora, Kátia Abreu desempenhou um papel fundamental na formulação de políticas voltadas para o agronegócio, defendendo os interesses dos produtores rurais e trabalhando pela modernização do setor. Sua vasta experiência como administradora de fazendas a tornou uma voz respeitada e influente no debate político sobre agricultura e pecuária.

Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Em um dos momentos mais destacados de sua carreira política, Kátia Abreu foi nomeada Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Sua nomeação foi vista como um reconhecimento de sua expertise e liderança no setor agrícola.

Como ministra, Kátia Abreu trabalhou incansavelmente para promover o crescimento e a competitividade do agronegócio brasileiro, implementando políticas para aumentar a produtividade, melhorar a infraestrutura rural e fortalecer a segurança alimentar no país.

Legado e Reconhecimento

Apesar das críticas e controvérsias que enfrentou ao longo de sua carreira, o legado de Kátia Abreu no agronegócio brasileiro é inegável. Sua determinação, liderança e compromisso com o desenvolvimento rural deixaram uma marca indelével no setor, beneficiando milhões de produtores e trabalhadores rurais em todo o país.

Hoje, Kátia Abreu é lembrada como uma das figuras mais influentes e respeitadas do agronegócio brasileiro, cujas contribuições continuam a impactar positivamente o setor e a economia do país como um todo.

6e544220d0351c159fb9bea8b75a7ac6.png
Foto: Divulgação

A senadora Kátia Abreu, conhecida por sua postura polêmica, tem sido uma figura marcante na política brasileira. Em 2015, durante um evento na casa do senador Eunício de Oliveira, ela se envolveu em um incidente que misturou humor e preocupação: uma discussão com o então senador José Serra, que culminou com Kátia jogando uma taça de vinho em seu rosto.

Na ocasião, Kátia comentou o caso em uma rede social, afirmando: “Reagi à altura de uma mulher que preza sua honra”. Segundo relatos, o senador havia chamado Kátia de “namoradeira”, e ela, sem papas na língua, não hesitou em se defender.

Outra situação controversa envolvendo a senadora foi quando ela “roubou” a pasta da sessão de posse da presidência do Senado. Esse episódio gerou diversos memes na época e repercutiu amplamente na internet .

Kátia Abreu é uma figura que desperta opiniões divergentes, sendo criticada por alguns e admirada por outros. Suas atitudes e declarações continuam a alimentar debates e discussões no cenário político brasileiro. Mas não só de polêmicas vive a agropecuarista. Kátia, que foi a primeira mulher a assumir a presidência da Bancada Ruralista do congresso, também fez muito pelo país.

Foi por parte dela o projeto que proibe o desmatamento ilegal até 2025, indo contra ao título que os ambientalistas deram a ela de Rainha  da Motossera  que mais tarde, teria sido aprovado pelo senado. Também apresentou ações no meio digital para o produtor rural, visando facilitar e automatizar o trabalho no campo. O projeto de lei que inclui  “empreendedorismo” e “inovação” nos currículos da educação básica e superior, também foi ideia dela.

Também foi dela o projeto de lei que garante aos avós o direito de visita aos netos. Para casos em que o relacionamento se termine com desavenças.São diversas as contribuições de Kátia Abreu para o Brasil, não só para o aspecto agropecuário rural, mas para com um todo.

Defendendo ou não, a bandeira feminista, Kátia, e toda sua história, provam que a força e imposição feminina é sim e importante na política. A representatividade de sua trajetória política, principalmente no ramo do agronegócio, é um diferencial e tanto em um dos países com maior controle do patriarcado do mundo. Hoje, a ex-senadora e ex-ministra da agricultura é melhor do Conselho da JBS. No Mês de março foi homenageada pela Revista Forbes com a matéria “Conselheiras do agro: quem são as raras mulheres nestes cargos” onde a matéria mostrou as poucas mulheres nestas posições no cenário brasileiro. No ano anterior, a psicologa goiana também foi protagonista na matéria ‘Mulheres do agro: um crescimento exponencial por todos os lados’.

Leia mais:

Prédio é um verdadeira jóia preciosa na avenida Goiás e um marco da inovação modernista em Goiânia

Avenida Paranaíba em Goiânia abriga casa residencial modernista assinada por arquiteto do Conjunto Nacional em São Paulo

Triângulo Mineiro em Ebulição: Aciub comemora 90 Anos como força motriz do desenvolvimento de Uberlândia

Completando nove décadas de dedicação ao desenvolvimento econômico de Uberlândia e região, a Aciub – Associação Comercial e Industrial de Uberlândia – prepara uma série de celebrações. Marcando seus 90 anos de trajetória, a associação organiza dois eventos distintos no dia 16 de outubro, além de um aguardado lançamento de documentário no dia 30 do mesmo mês.

Esses momentos especiais são dedicados aos mais de 1500 associados e convidados especiais. Veja o que esperar:

Homenagens e Reconhecimento

No dia 16 de outubro, às 9h, a sede da Aciub, localizada na av. Vasconcelos Costa, 1500, será palco de uma solenidade que prestará homenagens a empreendedores, ex-presidentes e autoridades que fizeram parte dessa jornada.

Noite de Celebração com Bernardinho e Show Especial

No mesmo dia, mas às 19h, o Center Convention (Av. João Naves de Ávila, 1331) será o local de um encontro festivo. Bernardinho, renomado técnico de vôlei, compartilhará insights sobre liderança e sucesso. Além disso, Jhean Marcell trará músicas e histórias relacionadas à trajetória da Aciub. A noite culmina com a performance da Banda Venosa, tocando hits do pop rock nacional e internacional.

Documentário ‘Aciub 90 anos’

No encerramento das festividades, dia 30 de outubro, a Aciub lançará o documentário ‘Aciub 90 anos’. Este filme retrata a rica história da associação, destacando feitos notáveis que impulsionaram o crescimento de Uberlândia e melhoraram o cenário empresarial do Triângulo Mineiro. Serão exibidos depoimentos de personalidades, presidentes e indivíduos que foram pilares na evolução da Aciub ao longo dos anos.

Recorde a história do político goiano conhecido pelos grandes mutirões

Importante figura política goiana, Iris Rezende marcou o estado de Goiás em diversos momentos históricos, sendo eleito prefeito de Goiânia e governador do estado em diferentes ocasiões.

 

História

A história dos 87 anos de Goiânia contada por Iris Rezende | Diário da manhã

Iris Rezende jovem, prefeito, em 1966; Créditos: Diário da Manhã

Nascido em 22 de dezembro de 1933, Iris Rezende Machado é natural de Cristianópolis, cidade do interior localizada a 92 km de Goiânia. Vindo de família humilde, seu pai se chamava Filostro Machado Carneiro, e sua mãe, Genoveva Resende Machado. Ele foi o segundo filho de um total de cinco que o casal teve. Seus irmãos eram Orlando, Jairo, Otoniel e Iracema. 

Quando Iris nasceu, seu pai trabalhava fabricando tijolo e telhas, mas, ao longo dos anos, juntou dinheiro suficiente para comprar terras e construir a própria fazenda. Surgia, assim, a Fazenda Canastra, onde Iris passou grande parte de sua infância e adolescência, pois, segundo ele mesmo, sua rotina na fazenda começava antes do galo cantar. 

Em 1949, seus pais decidiram mudar-se para Goiânia. Eles repetiram o movimento de milhões de brasileiros que, nesse período, abandonaram o campo para se estabelecer nas cidades. Em Goiânia, a família de Iris procurou investir em alguns negócios e na educação dos filhos. Por conta disso, a Fazenda Canastra foi vendida.

Em Goiânia, sua família comprou uma casa no bairro Campinas e assim, ele deu início aos seus estudos, sendo matriculado em duas escolas: Escola Técnica de Goiânia e Colégio Liceu.

 

Carreira política

Iris Rezende no início de sua carreira política, em Goiânia; Créditos: A Redação

A adesão de Iris Rezende à carreira política aconteceu no final da década de 1960, quando ele concorreu ao cargo de vereador de Goiânia. A disputa por esse cargo marcou o início da carreira ascendente do jovem político goiano, que foi eleito vereador e o candidato mais votado na ocasião. Foi vereador de 1959 a 1962, e presidiu a Câmara Municipal entre 1960 e 1961.

Em 1962, Iris decidiu dar um salto na sua carreira e se candidatou ao cargo de deputado estadual. Sendo assim, foi eleito e, novamente, alcançou o feito de ser o candidato mais votado da disputa. No ano seguinte, ele assumiu como deputado estadual e permaneceu na função até 1965. Nesse período, chegou a ocupar a função de presidente da Assembleia Legislativa.

Com o apoio do ex-governador de Goiás, Mauro Borges, Iris decidiu disputar a prefeitura de Goiânia em 1966. Ele desejava ser prefeito da capital havia alguns anos, mas suas chances só se tornaram reais quando ele conquistou o apoio de Borges. Seu adversário era Juca Ludovico, primo do ex-governador Mauro Borges e com isso, o resultado dessa eleição foi uma nova vitória para Iris Rezende, que derrotou seu adversário com quase 30 mil votos.

O goiano ficou conhecido em todo o estado pela construção de diversas casas populares. Essa estratégia auxiliou o político a se manter próximo das camadas populares, trazendo prestígio para a sua gestão e, ao mesmo tempo, chamou a atenção dos militares. Foi convidado a filiar-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido dos militares durante o período da ditadura, mas o político goiano não aceitou o convite.

 

Carreira após a ditadura militar 

O ex-governador Naphtali Alves, Iris e Maguito Vilela, nas campanha de 1998; Créditos: A Redação

Após ficar afastado da política por 10 anos, Iris Rezende retornou à vida normal com seus direitos políticos sendo restaurados apenas em 1979. Durante o seu período como governador, apoiou a campanha das Diretas Já, que exigia o retorno do voto direto na eleição presidencial, e apoiou a candidatura do político mineiro Tancredo Neves à presidência. Iris chegou a discursar em um dos comícios das Diretas Já e com o fim da ditadura, em 1985, teve atuação em cargos de projeção nacional.

Foi ministro da Agricultura entre 1986 e 1990, durante o governo de José Sarney, e ministro da Justiça entre 1997 e 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Paralelamente a esses cargos, Iris continuou como uma figura influente na política goiana sendo eleito governador de Goiás pela segunda vez, em 1990. Esteve no exercício dessa função entre 1991 e 1994.

Em 1994, foi eleito senador por Goiás com uma votação expressiva. Em 1998 e 2002, sofreu duas derrotas políticas, pois não conseguiu eleger-se para os cargos de governador e senador, respectivamente. Os últimos anos da sua carreira política tiveram mais projeção municipalmente. Ele foi eleito prefeito de Goiânia em 2004, reeleito em 2008 e eleito para um novo mandato em 2016.

Em 2020, decidiu não se reeleger prefeito de Goiânia e aposentou-se da política aos 87 anos. Do ponto de vista pessoal, Iris casou-se com Iris Araújo e fruto do relacionamento, tiveram três filhos: Cristiano, Ana Paula e Adriana.

 

Morte de Iris Rezende 

Meses após se aposentar da carreira política, Iris Rezende sofreu um Acidente Vascular Cerebral, episódio conhecido como AVC. O ocorrido foi em agosto de 2021, com o ex-político submetido a uma cirurgia de emergência na capital goiana. Ele permaneceu internado alguns dias na capital tendo sido transferido para São Paulo. 

Ficou internado por cerca de três meses, com seu estado de saúde oscilando entre bons e maus momentos ao longo desse período. Sua condição se agravou no último mês de internação, e seu falecimento aconteceu na madrugada de 9 de novembro de 2021. Iris foi sepultado em Goiânia, cidade em que foi prefeito por diversos mandatos.

 

Memorial Iris Rezende

No dia 11 de setembro deste ano, em uma segunda-feira, a construção do memorial foi discutida pelo prefeito Rogério Cruz e pelas filhas de Iris, Adriana e Ana Paula Rezende, em reunião realizada no Paço Municipal. 

O museu será implantado no Centro Cultural Casa de Vidro, no Setor Oeste da capital, visando se tornar um espaço educativo e interativo. O projeto inclui a instalação de painéis de LED, exposições temáticas, totens interativos, exibição de documentários, espaços imersivos e um ambiente dedicado à coleta de histórias pessoais daqueles que conviveram com Iris.

Deputado estadual Clécio Alves é o autor da lei que deu origem ao memorial. Além dele, outros 18 vereadores de Goiânia também destinaram emendas impositivas para financiar o projeto. A reforma da Casa de Vidro e as adequações para implantação do memorial serão realizadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra).

 

Créditos da imagem de capa: Mais Brasília

Quer receber nossas dicas e notícias em primeira mão? É só entrar em um dos grupos do Curta Mais. Basta clicar AQUI e escolher.

 

>Veja Também<

Descubra como a ferrovia goiana impulsionou a construção a brasília

Conheça a história do banco orgulho dois goanos que acabou em grande escândalo

Conheça as lendas e mitos mais assustadores do estado de goiás

Relembre a trajetória do goiano e cantor sertanejo Cristiano Araújo

Nesta sexta, dia 24 de junho, completa exatamente 7 anos em que presenciamos um dos momentos mais tristes para a música sertaneja: a morte do cantor Cristiano Araújo. O artista, com apenas 29 anos de idade, sofreu um trágico acidente enquanto voltava de um show realizado em Itumbiara, interior de Goiás, e não resistiu aos ferimentos. E mesmo com pouca idade, o cantor goiano nos deixou uma história e colecionou milhares de fãs durante toda sua carreira no Brasil inteiro.

 

Cristiano Araújo nasceu em Goiânia no dia 24 de janeiro de 1986. E com a música presente em sua família há 4 gerações, o artista já manifestou o interesse desde cedo pela arte e ganhou o seu primeiro violão com apenas 6 anos de idade. Três anos depois, o pequeno já começava a se apresentar em público e participar de pequenos festivais de música que aconteciam na capital.

 

Como não gostava de perder tempo, aos 10 anos de idade, começou a criar composições para que artistas de sua região pudessem gravar suas canções, e consequentemente, ganhar dinheiro para ajudar a sua família. Porém, mesmo com a procura, Cristiano decidiu gravar seu primeiro álbum com apenas 5 músicas com objetivo de participar de um festival realizado no programa do apresentador Fausto Silva, transmitido na Rede Globo. O garoto conseguiu participar e sua colocação lhe rendeu a oportunidade de gravar uma faixa no álbum “Jovens Talentos” e participar de outros programas nacionais ganhando visibilidade.

 

Aos 17 anos, o rapaz formou uma dupla sertaneja, mas durou apenas 6 meses devido ao insucesso que obteve. A partir disso, em 2010, Cristiano se lançou em carreira solo e o cantor começou a fazer sucesso, não somente em sua região, mas sim, alcançando visibilidade nacional.

 

E foi com a música “Efeitos”, composição que possui alcance até hoje, que Cristiano deu o nome e integrou de vez ao universo sertanejo. Em 2011, o lançamento do CD e DVD que leva o título da música citada acima, contou com participação dos cantores Jorge (da dupla Jorge & Matheus), Humberto & Ronaldo e Gusttavo Lima. A música “estourou” nas paradas musicais, que chegou a ser um dos assuntos mais buscados no Google daquele ano.

 

Devido ao sucesso, o cantor decidiu engatar em mais um novo projeto e lançou um segundo álbum que contou com participações de outros artistas com prestígio nacional, como por exemplo, Fernando & Sorocaba, Hugo Henrique e Israel & Rodolffo.

 

Neste álbum intitulado “Ao Vivo em Goiânia” teve sucessos como “Você Mudou”, “Mente Pra Mim” e a regravação da música “Bará Berê”, que chegou a ser usada como trilha sonora da novela global “Salve Jorge”, transmitida em 2013. No mesmo ano em que sua música foi divulgada na emissora Rede Globo, Cristiano se preparou para gravar seu primeiro álbum de estúdio, trazendo músicas como “Caso Indefinido” e “Maus Bocados”. Ambas composições que se tornaram as maiores responsáveis por seu sucesso na música sertaneja, e também, as mais tocadas em rádios e programas de televisão.

 

Em 2014, o rapaz lança o seu último DVD em Cuiabá, Mato Grosso, e se preparava para uma carreira internacional que seria lançada nos próximos meses, com shows agendados na Europa e também nos Estados Unidos. Porém, não aconteceu.

 

O trágico acidente ocorrido no ano seguinte, em 2015, marcou a vida de inúmeras pessoas ligadas ao universo sertanejo e também a cidade em que o cantor havia nascido. Família, amigos, colegas e fãs se mobilizaram para prestar as últimas homenagens ao cantor que havia planos para estender seu sucesso para muitas outras pessoas de outros continentes. 

 

E mesmo passado todo esse tempo, 6 anos após sua morte, Cristiano Araújo ainda é lembrado e sua música “Cê que sabe” eternizou no coração de muitos goianos que prestigiaram e viram de perto a sua carreira acontecer.

 

 

 

Foto: Divulgação/Reprodução

‘Olá, tudo bem?’: a trajetória e o legado que Paulo Henrique Amorim deixa para o jornalismo brasileiro

Irreverente, gênio sarcástico, pai, esposo, amante dos felinos de peito aberto (e corajoso), o filho do jornalista e estudioso do espiritismo Deolindo Amorim, Paulo Henrique Amorim nos deixou na manhã desta quarta-feira (10), por conta de um infarto fulminante, aos 77 anos. “Boa Noite e Boa Sorte”, ficará apenas na saudade, assim como o eterno cumprimento: “Olá, tudo bem?”. Eu sei, você leu com a voz do mesmo, sempre ao iniciar (ou finalizar) o programa Domingo Espetacular, pela TV Record, o qual trabalhou durante longos 13 anos e há cerca de um mês havia sido afastado.

Resultado de imagem para paulo henrique amorimImagem: Conversa Afiada / Reprodução

Uma perda imensurável de um dos mais antigos, combatíveis e gênios do jornalismo brasileiro. Paulo teve passagens por grandes emissoras de TV: estreou no jornal A Noite, em 1961. Em seguida, trabalhou em Nova York, como correspondente internacional da revista Realidade e, depois, da revista Veja. Passou pela extinta TV Manchete e pela TV Globo, também como correspondente internacional em Nova York. Em 1996, trabalhou na TV Bandeirantes, onde era apresentador do Jornal da Band e do programa Fogo Cruzado. Depois, teve passagem pela TV Cultura, onde apresentou o Jornal da Cultura. Em 2003, foi contratado pela Record TV, onde permaneceu por 13 anos no comando do programa Domingo Espetacular. Amorim mantinha o seu blog Conversa Afiada, onde tratava de assuntos polêmicos e exibia suas opiniões políticas sem medo algum de represália. Conversas afirmam que este foi um dos motivos de seu afastamento da TV Record. Ele também atuava ativamente no Youtube, com o mesmo blog. O jornalista já ganhou vários prêmios, entre eles o Esso de jornalismo, o maior prêmio da categoria no Brasil.

Resultado de imagem para olá tudo bem paulo henrique amorimImagem: TV Record / Reprodução

O jornalista Michael Keller, em entrevista à Record TV, descreveu Amorim como um jornalista grandioso. “Uma pessoa polêmica? Sim! Mas ninguém pode tirar a contribuição dele. Ele era um homem do contraditório. Um homem muito contundente, mas ele também ouvia quando a gente falava”. Paulo foi sem sombra de dúvidas o jornalista mais processado deste período digital. Alguns processos, justificáveis. Como cada um de nós, ele também errava, mas não fugia do debate. Apesar de jornalista, ele não deixava de expor suas opiniões pessoais, principalmente em suas próprias redes sociais e, em seu blog Conversa Afiada, onde ele falava sobre política, economia e personalidades. 

Paulo também era popular e adorado: “A gente chegava na rua para gravar matéria e todo mundo reconhecia que a gente era do programa do Paulo Henrique Amorim”, disse Keller ao descrever a popularidade do famoso bordão “olá, tudo bem”, afirma Keller.

Imagem relacionadaImagem: TV Record / Reprodução

Amorim foi responsável por grandes reportagens no país, uma delas, ao apresentar o Jornal da Band, em agosto de 1998, onde ele acusou o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva de adquirir um apartamento e carro de maneira ilegal. O político provou o contrário e ganhou na Justiça o direito de resposta. Com um grande faro de jornalista, também foi o primeiro a notar Neymar, ainda nas categorias de base do Santos, quando o jogador estava com as “canelas finas” driblava seus companheiros adolescente. Apesar das inúmeras críticas ao Neymar recentemente, Paulo foi o primeiro jornalista a dar espaço e destaque ao atleta. Foi ele também quem convidou a modelo e apresentadora Ana Hickman para trabalhar na Record: “Foi ele quem deu a minha primeira oportunidade”.

Resultado de imagem para paulo henrique amorim ana hickmannImagem: TV Record / Reprodução

Às vezes, o jornalista ainda utilizava do humor para noticiar fatos. Em seu blog, vários podcasts fizeram sucesso onde ele mesmo se põe em uma situação constrangedora ou com uma charge de duplo sentido. 

0757f3060ff841a3cd3a1efe4b8d076d.png

Além disso, seus seguidores acompanhavam a saga de Paulo em trabalhar ao lado de seus felinos.

d24230cc35a4913f01d6280e89e3035c.jpgImagem: Instagram / Reprodução 

Paulo Henrique Amorim nos deixou no dia 10 de julho, mas também deixou um grande legado para o jornalismo brasileiro. Trabalhou incansávelmente em busca de uma imprensa com credibilidade e competência, tem bagagem de sobra para provar isso. Não fugia de debates, não poupava seus amigos e nem os ditos “inimigos”, que nesta hora, não sobrou espaço para desavenças. Todo o jornalismo do país sofre com a perda de mais um profissional de êxito que deixa todo um trabalho de exemplo para sua área. Icônico, cheio de bordões e de uma voz inconfundível; Amorim era respeitado em todas as emissoras de TV, até mesmo aquelas em que ele não gostava de tocar no nome. 

348b8cf0b73292b63ccc35426f1ace3d.pngImagem: TV Record / Reprodução

O jornalista deixa quatro livros publicados, uma imensa carreira de 58 anos, a mulher e jornalista Geórgia Pinheiro, sua filha Maria Amorim, seus dois felinos e o legado do jornalismo livre que não se cala.