Fake news prejudicam tratamento contra o câncer

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que o Brasil terá cerca de 704 mil novos casos de câncer a cada ano, no triênio 2023-2025. Essa estatística alarmante reforça a importância do Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado em 08 de abril, mas a questão permanece relevante durante todo o mês de abril. Anualmente, o mundo se une em um esforço coletivo para conscientizar sobre a doença e combater sua principal fonte de desinformação: a disseminação de fake news.

As supostas curas milagrosas ocupam um espaço significativo entre as fake news propagadas sobre o câncer. Desde listas intermináveis de alimentos considerados “curativos”, como graviola e água de coco quente, até a crença em uma única cura para todas as formas de câncer, essas informações enganosas podem ser prejudiciais e perigosas. O Dr. Uirá Resende, médico oncologista do Hospital Hemolabor, esclarece que não existe e nunca existirá uma cura única para o câncer. O termo “câncer” abrange mais de 300 doenças diferentes, cada uma com suas causas e tratamentos específicos.

“Entre as principais falácias está a crença de que há uma cura para o câncer, o que nunca vai existir porque ‘câncer’ não é uma doença, é um nome que a gente dá para mais de 300 doenças diferentes, da mesma forma como são diferentes sinusite e infarto, por exemplo. Alguns dizem até que a cura já existe e estaria sendo escondida pelos laboratórios farmacêuticos, essa é a máxima de charlatões que querem vender coisas que não funcionam”, explica o médico.

Apesar de essa informação ser amplamente conhecida, as fake news ainda conseguem atrair aqueles que são facilmente persuadidos por explicações místicas e sem respaldo científico. Isso não apenas prejudica a prática médica, mas também interfere negativamente nos tratamentos adequados e comprovadamente eficazes, comprometendo a saúde da população. Segundo o Dr. Uirá, “muitas pessoas tendem a interpretar o câncer como se ele tivesse um propósito, seja como punição, seja para controle populacional ou até mesmo como uma mensagem de alguma divindade para ensinar uma lição ao enfermo”.

No entanto, o oncologista enfatiza que todo tipo de câncer nada mais é do que a evolução de seres unicelulares continuando dentro do corpo humano. É a evolução de células que se reproduzem mais rapidamente, consumindo todos os recursos do meio em que estão, o nosso organismo, e interferindo no funcionamento adequado dos órgãos. “Entender esses conceitos básicos de evolução e de que o câncer é um termo para inúmeras doenças é primordial para evitar desinformações e cair em falácias sobre tumores malignos e curas fantasiosas”, afirma Uirá.

A falsa informação geralmente é envolta de uma espécie de encantamento. É por isso que ele acredita que cientistas e médicos deveriam ser mais acolhedores ao compartilhar o conhecimento, para que as pessoas se sintam mais identificadas com a informação verdadeira. Para o especialista, se as pessoas conseguirem entender o câncer como a continuação do processo de evolução celular, fica mais fácil interpretar as informações que chegarem até elas e não se deixar seduzir facilmente pelas mentiras. “O que impede o câncer de se manifestar numa pessoa são ‘coisas’ que impedem a evolução de uma célula. Logo, um chá não teria como impedir o câncer porque não tem esse poder”, completa.

Acreditar em qualquer informação apenas pelo fato de querer que seja verdade, ou por medo de que aquilo seja verdade, é um grande passo para se tornar presa fácil para as fake news. A dica que Uirá Resende compartilha para evitar essas armadilhas é, em primeiro lugar, sempre analisar a fonte da informação recebida. “Na internet temos boas e confiáveis fontes de conhecimento sobre o câncer e sobre saúde em geral, como os sites do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e do Ministério da Saúde, além dos canais do doutor Dráuzio Varela. Além disso, perante qualquer dúvida, é recomendável levá-la ao consultório para conversar com o seu médico”, finaliza.

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Planta típica do Cerrado é base de pesquisa para tratamento de Vitiligo

O Vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele, caracterizado pela alteração da função ou ausência de melanócitos, que são as células responsáveis pela produção de melanina, que é o pigmento que dá a cor à pele, cabelo, pelo e olhos.

A doença pode se manifestar em qualquer fase da vida e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vitiligo afeta mais de 150 milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar do alto número de casos, pouco se fala sobre a doença e muitas dúvidas ainda surgem.

A dermatologista e docente do Instituto de Educação Médica – IDOMED, Renata Bertino, explica que ‘’devido à ausência de produção de melanina, há o aparecimento de manchas esbranquiçadas com localização e distribuição características, principalmente nas mãos, pés, joelhos, rosto e cotovelos, podendo também, em alguns casos, haver descoloração de cabelo e pelo e alteração na sensibilidade do local. Isso possibilita o diagnóstico essencialmente clínico”.

Além disso, Renata reforça que os sintomas de vitiligo são mais frequentes antes dos 20 anos, mas a doença também pode surgir em qualquer idade e em qualquer tipo de pele, embora seja mais frequente em pessoas de pele mais escura. “A maioria dos pacientes não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele”, observa. Entretanto, argumenta “em alguns casos, os pacientes relatam sentir sensibilidade e dor na área afetada”.

A dermatologista ainda pontua que “atualmente existem excelentes resultados no tratamento da doença. O fato de não se falar em cura, não quer dizer que não existam várias opções terapêuticas. O paciente tem que acreditar e buscar ajuda médica”. Sendo importante ressaltar que existem três possíveis causas para esta doença: de origem autoimune, de origem genética e por estresse, uma das hipóteses que mais vem crescendo na atualidade.

Tratamento com planta do Cerrado

Para a pesquisadora sobre vitiligo e professora do curso de Farmácia da Estácio, e doutora em ciências farmacêuticas, Mariana Cristina de Morais, existem tratamentos que fazem efeito e que têm origem no próprio Cerrado brasileiro. “A mama-cadela, por exemplo, é um fruto típico desta região que pode ser utilizado no desenvolvimento de cremes, géis e pomadas para serem utilizados na pele e comprimidos para o uso complementar oral do tratamento”, revela.

A mama-cadela é um arbusto lactescente e de pequeno porte muito comum na zona dos cerrados do Centro-Oeste brasileiro

A pesquisa está sendo desenvolvida há 10 anos, sob coordenação do professor Edemilson Cardoso da Conceição, professor titular da Universidade Federal de Goiás (UFG). “Escolhemos a mama-cadela pois já tínhamos um conhecimento tradicional. As pessoas usam o chá da planta, como um conhecimento popular, para ajudar a repigmentar a pele. Por meio desta informação, fizemos um estudo científico para entender melhor a planta e suas propriedades”, relata Mariana.

“Durante o estudo” – explica – “encontramos substâncias que são extraídas da planta e ocasionam a repigmentação da pele. Com isso, desenvolvemos produtos, como gel e cremes, para que os pacientes consigam reduzir as manchas por meio de um tratamento de uso correto. Lembrando que todo o processo foi realizado de forma segura e seguindo os acompanhamentos recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que a manipulação da planta não deve ser realizada em casa, já que a mesma pode apresentar toxicidade hepática quando usada incorretamente. Além disso, é importante não utilizar medicamentos sem uma avaliação médica indicada antes”, completa a professora. A farmacêutica e pesquisadora pontua que a fórmula dos produtos base ainda estão em fase de testes clínicos e não estão prontas para serem comercializadas.

Mariana explica que segundo os testes realizados, as respostas são promissoras e de resultado rápido. “Os pacientes devem fazer uso diário das apresentações, aguardando 30 minutos e depois se expondo ao sol. A repigmentação da área afetada é feita de dentro para fora. Com isso, o efeito começa nas camadas mais internas da pele e seguem até a parte externa”, observa a profissional.

A professora conta que fez um uso teste dos produtos em um tratamento. “Tenho manchas de vitiligo no queixo e no pé. Então fiz um tratamento teste, seguindo as recomendações de segurança, para avaliar os resultados. Fiz uma avaliação gradual e percebi que de fato surgiu efeito natural”, relata.

Mariana também chama a atenção para o tratamento mais natural e menos agressivo. “Uma das formas de tratamento mais comum que temos no mercado é a fototerapia com radiação ultravioleta do tipo B (UVB). As luzes UVB são as mesmas usadas em bronzeamentos artificiais e podem ser muito agressivas para a pele. Ela pode ocasionar queimaduras e traz muitos inconvenientes para o paciente”, conclui.

Fruta nativa da Amazônia será utilizada para tratamento contra o câncer

Uma fruta brasileira, já reconhecida por seus efeitos protetores contra obesidade e diabetes, será testada, ainda este mês, contra o câncer, no primeiro ensaio clínico em pacientes com a doença. As informações são do portal Só Notícia Boa.

Pesquisadores canadenses descobriram que a fruta camu-camu (Myrciaria dubia) – que contém castalagina, um polifenol presente no fruto amazônico – aumenta a eficácia da imunoterapia, modificando o microbioma dos pacientes – as pesquisas até agora eram feitas apenas em cobaias.

Para a pesquisa em humanos, os cientistas fizeram o recrutamento de 45 pacientes com câncer de pulmão ou melanoma e o tratamento será combinado a inibidores de pontos de verificação imunológico.

A fruta brasileira

A pequena fruta do camu-camu é originária da Amazônia e cresce nas várzeas dos rios, principalmente na época das cheias. É uma grande fonte de vitamina C, superando o teor da acerola em 20 vezes e o do limão em 100 vezes.

Nenhum brasileiro na pesquisa

Apesar da fruta ser de origem brasileira, a pesquisa não tem cientistas brasileiros envolvidos e está sendo desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Montreal.

“Com esta pesquisa, realizada com nossos colegas da Universidade Laval e da Universidade McGill, provamos que a castalagina, um polifenol que atua como prebiótico, modifica o microbioma intestinal e melhora a resposta à imunoterapia, mesmo para cânceres resistentes a esse tipo de tratamento,” disse o Dr. Bertrand Routy, da Universidade de Montreal.

“Nossos resultados abrem caminho para ensaios clínicos que usarão a castalagina como complemento de medicamentos chamados inibidores de pontos de verificação imunológicos em pacientes com câncer,” acrescentou sua colega Meriem Messaoudene.

Tratamento atua no sistema imunológico

Nos últimos anos, os inibidores de pontos de verificação imunológico trouxeram uma esperança renovada de que o sistema imunológico dos pacientes poderia superar a resistência do câncer, revolucionando as terapias direcionadas ao melanoma e ao câncer de pulmão. Esse tipo de imunoterapia ativa o sistema imunológico para matar as células cancerosas.

Apesar dessas esperanças, apenas uma minoria dos pacientes tem respostas duradouras à imunoterapia que se assemelhe a uma cura. Por isso os cientistas voltaram aos laboratórios em busca de novas abordagens terapêuticas.

O objetivo agora é transformar um microbioma não saudável em um saudável, a fim de fortalecer o sistema imunológico. Entre essas estratégias está uma que emprega prebióticos, compostos químicos que podem melhorar a composição do microbioma intestinal.

“Nós descobrimos que a castalagina se liga a uma bactéria intestinal benéfica, a Ruminococcus bromii, e promove uma resposta anticancerígena,” disse o Dr. Routy.

 

 

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Pesquisa mostra que o uso do Canabidiol reduz tumor cerebral altamente agressivo

Pesquisadores da USP descobrem composto que pode regredir o câncer de mama 6 vezes mais rápido

Um composto encontrado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Faculdade de Medicina de Harvard, pode acelerar o tratamento e regredir em até seis vezes o câncer de mama considerado mais agressivo, o triplo negativo.

Esse tipo de câncer de mama corresponde a 15% de todos os casos e sua incidência costuma ser maior em mulheres jovens. Diferente dos outros cânceres invasivos, o triplo-negativo é considerado um dos mais perigosos, pois as células cancerígenas crescem e se multiplicam rapidamente, com maior chance de reaparecerem em outras partes do corpo, ocasionando a metástase.

O trabalho, publicado na aclamada revista científica ‘’Science Signaling’’, analisou compostos disponíveis para encontrar a molécula ideal e inclui uma etapa anterior ao processo da quimioterapia, com a utilização de uma droga identificada que enfraquece as células tumorais.

O tratamento continua em estudo e foi testado durante 21 dias em camundongos. Os resultados, entretanto, se mostraram bastante positivos.

Veneno de aranha brasileira pode ser a cura para o câncer? Entenda

O veneno produzido por uma aranha brasileira serviu de inspiração para uma pesquisa que busca novas formas de tratar o câncer.

O trabalho, conduzido há cerca de 20 anos por cientistas do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Butantan, em São Paulo, avalia o potencial terapêutico de uma substância obtida a partir da Vitalius wacketi, uma aranha que habita o litoral paulista.

O candidato a remédio oncológico, porém, não é feito diretamente do veneno: as moléculas foram isoladas, purificadas e sintetizadas em laboratório, a partir de técnicas desenvolvidas e patenteadas pelos especialistas brasileiros.

Nas pesquisas iniciais, a molécula em teste mostrou-se promissora no combate à leucemia, o tipo de tumor que afeta algumas células sanguíneas.

Ela também apresentou algumas vantagens estratégicas quando comparada aos métodos disponíveis atualmente para tratar essa doença, como a quimioterapia.

No entanto, os estudos com a substância ainda estão nos estágios preliminares. É preciso experimentá-la em mais células e cobaias para observar a segurança e a eficácia — para só depois começar os testes clínicos com seres humanos.

Os profissionais dizem que já negociam com empresas farmacêuticas para fazer parcerias e obter os investimentos necessários para seguir adiante.

Décadas de investigação

Essa história começa há cerca de três décadas, quando cientistas do Instituto Butantan fizeram uma série de expedições pelo litoral de São Paulo.

“Nós geralmente éramos chamados para regiões em que aconteciam movimentações, como o corte de árvores e desmatamento. Nessas visitas, fazíamos a coleta de aranhas”, lembra o biólogo Pedro Ismael da Silva Junior, do Laboratório de Toxinologia Aplicada do Butantan.

Outro integrante dessas expedições era o aracnólogo Rogério Bertani, também do Butantan, que fez estudos e reclassificações taxonômicas da Vitalius wacketi — e outras aranhas — da década de 1990 em diante.

Alguns anos depois, entrou em cena o bioquímico Thomaz Rocha e Silva, que hoje trabalha no Einstein. Quando ele estava terminando a formação acadêmica, no início dos anos 2000, resolveu investigar as possíveis atividades farmacológicas de algumas substâncias encontradas no veneno dessas espécies.

“Ao estudar aranhas do gênero Vitalius, encontramos no veneno uma atividade neuromuscular. Fomos atrás da toxina responsável por esse efeito, que era uma poliamina grande e instável”, lembra ele.

As poliaminas citadas pelo pesquisador são moléculas presentes no organismo de plantas, animais e micro-organismos.

Essa investigação foi publicada em periódicos acadêmicos mas, como não havia um interesse comercial imediato na molécula, o projeto acabou engavetado.

“Anos depois, me estabeleci numa faculdade e um aluno me disse que gostaria de estudar o potencial citotóxico desses mesmos venenos”, conta Rocha e Silva.

Os cientistas resolveram fazer um painel de testes e análises para avaliar as toxinas encontradas em várias aranhas do gênero Vitalius.

“E vimos que uma toxina encontrada na Vitalius wacketi possuía uma poliamina pequena e com uma atividade bastante interessante”, aponta o bioquímico.

Essa molécula foi isolada e purificada por Rocha e Silva — depois, Silva Junior conseguiu sintetizá-la, ou seja, criou uma versão química idêntica, sem a necessidade de extraí-la diretamente da aranha.

Na sequência, essa substância passou por testes in vitro. Na bancada do laboratório, ela foi colocada junto de células cancerosas, para ver qual ação teria.

E a atividade da molécula contra as unidades doentes foi considerada “importante” para os especialistas.

Isso porque o candidato a fármaco causou a morte das células cancerosas por meio de um processo chamado apoptose — geralmente, os tratamentos oncológicos mais tradicionais provocam uma necrose.

“Quando ocorre a necrose, a célula sofre um colapso, o que gera uma reação inflamatória com efeitos no organismo”, explica Rocha e Silva.

“Já a apoptose, ou a morte programada das células, é um processo muito mais limpo. É como se as células implodissem de forma controlada”, compara ele.

Na apoptose, o sistema imunológico “é avisado” sobre o colapso dessas células — e isso gera uma reação bem mais controlada, sem grandes impactos para outros órgãos e tecidos.

Até existem opções terapêuticas capazes de provocar a tal da apoptose nas células do câncer — é o caso, por exemplo, dos anticorpos monoclonais. Mas esses fármacos são mais difíceis de produzir e costumam ter um preço elevado.

A molécula desenvolvida a partir do veneno de aranha é sintética, o que facilita a fabricação (e reduz os custos).

“Além disso, ela possui algumas características físico-químicas que facilitam a permanência no sangue e depois a excreção com facilidade pelos rins”, acrescenta Rocha e Silva.

A poliamina foi testada inicialmente contra a leucemia, mas há uma expectativa de analisar qual será a atividade dela contra outros tipos de tumores.

Os próximos passos

Após essa análise in vitro que teve resultados promissores, as equipes de inovação das instituições correram para fazer as patentes e garantir a propriedade intelectual da novidade.

A farmacêutica Denise Rahal, gerente de parcerias e operações do Health Innovation Techcenter do Einstein, explica que a patente tem a ver com o processo de purificação e sintetização que foi desenvolvido pelos pesquisadores — e não com a molécula em si.

“Eu não posso patentear algo que já existe na natureza, como é o caso do veneno da aranha ou das toxinas presentes nele. Mas a síntese, o processo de obtenção dessa molécula, é um produto que foi desenvolvido a partir dessas pesquisas”, contextualiza ela.

Pesquisa reforça a importância de conhecer a biodiversidade brasileira (foto: THOMAZ ROCHA E SILVA/EINSTEIN)

Cristiano Gonçalves, gerente de Inovação do Butantan, acrescenta que as instituições estão em contato com parceiros para licenciar a tecnologia e seguir com as pesquisas.

“Nem o Einstein, nem o Butantan, têm capacidade de produção da molécula, mesmo que seja para gerar o material necessário para os testes clínicos de fase 1”, diz ele.

“Estamos em contato com parceiros para desenvolvermos juntos essa tecnologia”, complementa Gonçalves.

Rahal destaca que esse estudo em específico traz ainda mais um atrativo: ele tem como base e inspiração a biodiversidade brasileira.

“Nosso trabalho é justamente tirar essas pesquisas do papel e trazê-las para o benefício da sociedade”, pontua ela.

Do ponto de vista científico, os especialistas desejam começar análises que vão desvendar o mecanismo de ação da poliamina. Eles querem entender a forma exata que ela age, de modo a matar as células com câncer.

A substância também precisará ser avaliada em cobaias, para avaliar a eficácia e a segurança dela em organismos mais complexos do que um conjunto de células.

Se esses testes forem bem-sucedidos, o projeto evolui para a chamada fase clínica, dividida em três etapas diferentes. O objetivo aqui é estudar como a substância age em seres humanos — e se realmente pode funcionar como um tratamento contra o câncer.

Caso os resultados sejam de fato positivos, a droga poderá finalmente ser submetida à aprovação nas agências regulatórias, como a Anvisa, para ser usada em clínicas e hospitais.

Questionado sobre o significado de fazer investigações do tipo com a biodiversidade brasileira, Silva Junior destaca a “experiência” longeva de algumas espécies.

“Alguns dos aracnídeos surgiram há 300 ou 350 milhões de anos, e os trabalhos mostram que eles mudaram muito pouco desde então”, estima ele.

“Para sobreviver a esses milhões de anos, eles certamente desenvolveram estratégias para protegê-los das ameaças de ambientes inóspitos.”

“E nós podemos hoje em dia estudar como essas características e habilidades aparecem na biodiversidade brasileira, que é a maior do mundo, para encontrar essas moléculas que podem nos ajudar futuramente contra uma série de doenças”, conclui ele.

 

 

*BBC Brasil

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 Bazar Gratidão em Goiânia oferece artigos natalinos a partir de R$1

Com o final do ano se aproximando, as famílias já começam os preparativos para as festas e encontros de dezembro. Para aqueles que estão montando a árvore de Natal ou preparando presentes e lembranças, o Bazar Gratidão é o lugar ideal para encontrar ótimas opções. O evento acontecerá de 8 a 10 de novembro em Goiânia.

 

Serão disponibilizados para venda uma ampla variedade de artigos natalinos, como árvores, guirlandas, cachepôs, laços, centros de mesa, além de louças como pratos, tigelas, jarras e xícaras, e peças decorativas. Todos os produtos são novos e foram doados por indústrias paulistas.

 

Os preços variam de R$1 a R$200, proporcionando opções acessíveis para todos os gostos. Por exemplo, arranjos de laços e porta-guardanapos estarão disponíveis a partir de R$1, enquanto flores decorativas custarão R$2. Já os pratos de sobremesa em porcelana serão encontrados a partir de R$5, e arranjos na taça a partir de R$20.

 

Além dos artigos natalinos, o bazar contará com uma seleção de calçados e semijoias novas, roupas para todas as idades – masculinas, femininas e infantis, incluindo vestidos de festa. Entre as doações, destacam-se peças da influencer Rafa Kalimann.

 

O evento acontecerá na sede da Associação para o Cuidado de Câncer em Goiás (ACCEG), das 9h às 18h. Além de proporcionar oportunidades de compra com preços acessíveis, o Bazar Gratidão tem um propósito ainda mais nobre: toda a renda arrecadada será revertida para a construção do Hospital de Câncer Francisco Camargo, em Inhumas-GO.

 

O Hospital de Câncer Francisco Camargo é um projeto de extrema importância, que visa ser uma referência no tratamento gratuito de câncer para todo o país. Iniciado em 2014, o projeto já conta com uma policlínica em funcionamento e, neste ano, receberá uma nova ala de atendimentos, graças às doações, leilões e bazares organizados com esse propósito.

 

Para Rosemar Bregolin, uma das organizadoras do bazar, ser voluntária e trabalhar no Bazar Gratidão é uma experiência gratificante. “Preparamos o bazar com muito carinho. Toda mercadoria passa por triagem, é lavada, etiquetada e separada em araras e prateleiras, proporcionando a oportunidade das pessoas adquirirem roupas de qualidade a preços acessíveis e ajudarem uma causa tão importante como a prevenção e tratamento do câncer”, destaca. Esta será a nona edição do evento.

 

Sobre o HCG:

 

O HCG – Hospital de Câncer Francisco Camargo está localizado em Inhumas-GO, na GO-070, KM 47. É uma entidade beneficente sem fins lucrativos que iniciou seu funcionamento em 2021 com a inauguração da policlínica, oferecendo gratuitamente exames de mamografia, ultrassonografia, eletrocardiografia, exames laboratoriais, além de consultas.

 

Atualmente, estão em andamento as obras da primeira fase, com 15 mil metros quadrados. Até o final do ano, está prevista uma nova inauguração: a primeira ala do prédio principal, com 650 metros quadrados, ampliando os serviços de endoscopia, colonoscopia, broncoscopia e oferecendo uma área avançada para o tratamento de câncer de pele.

 

A meta é transformar o hospital em uma referência nacional para o tratamento de câncer no país, com uma estrutura final de mais de 100 mil metros quadrados. Toda a obra está sendo financiada pela comunidade, que se envolveu de forma ativa no projeto. Até o momento, foram arrecadados R$18 milhões por meio de leilões, bazares, entre outras iniciativas. Além disso, outros R$4 milhões foram destinados ao projeto por meio de doação de insumos ou equipamentos.

 

O cantor Zezé de Camargo é o embaixador do projeto e, em 2020, após o falecimento de seu pai devido ao câncer, o hospital passou a adotar seu nome como uma homenagem.

 

Serviço – Bazar Gratidão – Peças natalinas, louças, semijoias, roupas e calçados

Data: 8 a 10 de novembro de 2023

Horário: Das 9:00 às 18:00 horas na ACCEG

Endereço: Av. T 03 1367,  setor Bueno. Goiânia

 

Fotos: Reprodução

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Goiano que teve dois AVCs volta a andar após tratamento com canabidiol

O empresário Paulo Camargo, natural de Goiânia, sofreu dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) em fevereiro de 2022. Com o lado esquerdo do corpo paralisado por conta do derrame, o empresário ficou com dificuldade para se locomover e, por isso, passou quase um ano usando cadeira de rodas. 

Desde janeiro usando o canabidiol do laboratório NuNature prescrito pelo médico que acompanha o quadro clínico, Paulo, agora com 63 anos de idade, conta que melhorou muito sua qualidade de vida, inclusive, uma das evoluções foi voltar a andar sem auxílio. “Cada dia, era uma surpresa! Foram dois AVCs, um isquêmico e outro hemorrágico. Passei 21 dias na UTI. Não tomava banho e nem trocava roupa sozinho. Não andava sem auxílio de bengala! Depois do medicamento, faço tudo sozinho e a bengala e a cadeira de rodas estão encostadas!”, afirma o paciente.

Segundo o empresário, ele tem muito mais autonomia após o uso da medicação. “Eu tô tomando há cerca de seis meses e mudou minha vida. Hoje consigo realizar tarefas do dia a dia sozinho. Faço limpeza da casa, faço comida, resolvo meus negócios bancário, odontológicos e até assistência aos meus clientes. O próximo passo é renovar a carteira profissional e comprar um carro. Também quero voltar à faculdade para terminar meu curso de direito”, celebra Paulo.

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Aos 63 anos, Paulo Camargo volta a andar após tratamento com canabidiol (Foto: Arquivo pessoal)

Benefícios do canabidiol 

De acordo com o Dr. Flávio Geraldes Alves, diretor da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC) e consultor médico da NuNature Labs, o canabidiol pode ser um grande aliado em casos de pós-AVC. “É uma excelente opção terapêutica. O CBD pode auxiliar na recuperação neurológica desse paciente. Outra questão muito comum, os pacientes por terem essas condições debilitantes, podem desenvolver ansiedade ou depressão por perderem os movimentos. Então, o canabidiol tem esse potencial de melhorar a saúde mental e a qualidade de vida”, explica. 

O médico ainda explica que o tratamento também atua na espasticidade, que causa dor crônica e limita ainda mais os movimentos. “Lesões neurológicas podem desenvolver sequelas motoras, como a espasticidade. O Canabidiol Full Spectrum, que contém o THC, pode ajudar nessa espasticidade e na dor que essa sequela pode causar”, afirma o Dr. Flávio.

 

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Cora vai consolidar Goiânia como referência nacional no tratamento de câncer

entrega do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora) vai colocar a capital goiana entre as melhores do Brasil no tratamento de câncer. A obra segue rígido cronograma e tem mais de 50% da estrutura metálica já instalada. A ala pediátrica será a primeira a ser concluída. 

A entrega é prioridade para o governador Ronaldo Caiado e será uma das grandes marcas de seu segundo mandato. “Essa é uma obra que mexe muito comigo. O tratamento das nossas crianças merece toda estrutura de excelência que o Cora vai proporcionar”, afirma Caiado. O investimento do Estado é de R$ 424,71 milhões no prédio de 45 mil metros quadrados.

O novo hospital terá 148 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagem, de infusão quimioterápica, além de espaço destinado à prevenção e alojamento para receber familiares de pacientes. O Cora comportará ainda procedimentos de alta complexidade, como transplante de medula óssea. 

A unidade especializada será uma das maiores do país e a primeira em Goiás, já que a instituição que atualmente atende a população, o Hospital Araújo Jorge, é mantida por entidade filantrópica.

Goiano que sofre com doença rara de ouvido precisa de ajuda para realizar tratamento no exterior

Quem vê o jovem goiano Rafael Regis de Azevedo não imagina que ele tem uma doença rara que o faz sentir 24h por dia, as piores dores registradas pela medicina. Seu caso assombra até os maiores especialistas na área, porque segundo a ciência se trata de uma condição hiper-rara. 

 

Segundo a revista científica Science, doença rara pode ser definida como aquela que afeta um indivíduo para cada 1.650 pessoas, mas há ainda duas outras classificações. A doença extremamente rara afeta um indivíduo para cada 50.000 pessoas e a doença super rara, um para cada 100.000.000 pessoas.

 

A condição do Rafael se enquadra nessa última classificação, pois é a união de diversas doenças incomuns, que afetam a região do ouvido e da cabeça, o fazendo sentir dores excruciantes e zumbido muito alto. 

 

O jovem, que precisa de um coquetel de medicamentos fortíssimos para sentir alívio por alguns minutos.

 

“To cansado, deprimido, não tô querendo falar muito, ansiedade a mil, não sei até quando eu vou aguentar. Eu passo as piores dores que um ser humano pode sentir na vida. Eu tenho que estar 24h tentando achar um equilíbrio emocional para conseguir suportar essa pressão que passa dentro da minha cabeça”, diz Rafael.

 

Uma dessas doenças é a neuralgia do nervo intermédio, com apenas 150 casos registrados na história da medicina. Outra é a neuralgia do nervo timpânico, essa com o maior estudo reunindo apenas 13 pacientes. Agora um caso como o do Rafael, de dupla e talvez até tripla neuralgia não é conhecido.

 

O Rafael demorou 7 anos para conseguir o diagnóstico, já passou pela Alemanha, por pesquisa da USP e todo o Brasil. 

 

Agora, o jovem tem esperança. O autor do estudo que reuniu 13 pacientes de uma de suas condições, o americano Daniel S Roberts, concordou em receber o caso de alta complexidade no Hospital das Clínicas da Universidade de Connecticut. Para auxiliar o diálogo internacional, até o Itamaraty se envolveu no caso.

 

Outras instituições religiosas e artísticas e políticas como o Senado Federal, a Câmara dos Deputados Federais e a Alego assinaram documentos de apoio ao rapaz. Foram milhares de mensagens de apoio, e-mails e curtidas em seus vídeos em português e inglês. 

 

Seu tratamento pode custar até R$3 milhões de reais e a família, não tem condições para arcar com o que pode ser a única chance de o Rafael ter uma vida normal. O valor parece alto, mas não se compara aos mais de R$16 milhões que foram devolvidos pelo Estado de Goiás à União no ano passado e que poderiam ser destinados para tratamento de doenças de média e alta complexidade, como a do Rafael.

 

Amigos e familiares estão há dois anos arrecadando dinheiro em vaquinhas e rifas, mas o valor arrecadado é ínfimo perante o necessário.

 

O vice-governador do Estado, Lincoln Tejota (União Brasil), se reuniu com os familiares e advogados (18/08/2022) e se solidarizou com o caso, que agora seguirá para a justiça, porém, a família se preocupa com a possível demora processual que eles consideram bastante perigosa, pois há risco de morte para o Rafael.

 

Um dos médicos que acompanha o caso, o Dr Fausto Jaime afirma que Rafael precisa da cirurgia o mais rápido possível.

 

“Em 40 anos de experiência com a UTI nunca vi alguém sofrer tanto. O Rafael precisa de cirurgia urgentemente”, pontua o médico. 

 

A situação é gravíssima. Nesse histórico de 7 anos sem diagnóstico e 8 anos de dores excruciantes, a condição do Rafael já evoluiu muito e fica cada vez mais difícil de tratar. Os custos emocionais, fisiológicos e financeiros só aumentam. 

 

A família e os milhares de amigos feitos pelo Brasil e no mundo aguardam ansiosamente essa decisão que pode salvar essa vida.

 

O processo do Rafael ainda não está em trâmite na justiça, estava tramitando na Secretaria de Saúde como um processo administrativo para tratamento fora de domicílio excepcional e internacional. A Secretaria da Saúde de Goiás negou o pedido por ser recomendada a judicialização do caso, para que haja uma liminar por questões de segurança jurídica.

 

 

 

Foto: Arquivo Pessoal

Brasil começa fase de testes de tratamento inédito contra o câncer

Um tratamento contra o câncer inédito no Brasil, feito a partir de células geneticamente modificadas, acaba de ter seu estudo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os alvos da terapia promissora, até o momento, serão a leucemia linfocítica aguda, linfocítica crônica B e linfomas B. As informações são do portal Só Notícia Boa.

Segundo a agência, a pesquisa clínica será realizada pelo Hospital Israelita Albert Einstein com financiamento do SUS (Sistema Único de Saúde). O estudo envolve as chamadas células CAR-T. O próprio glóbulo branco, uma célula de defesa, do paciente é retirado e modificado geneticamente em laboratório para atacar um tumor específico. Depois é reintroduzido no corpo da pessoa, onde se reproduz e combate o câncer.

Mais barato e eficiente

Além de ser uma terapia promissora, a pesquisa se tornou atrativa por reduzir consideravelmente os custos médicos. De acordo com a Anvisa, o tratamento pode ficar até dez vezes mais barato, se compararmos com os custos comerciais hoje.

“O ensaio clínico se encontra em fase inicial de desenvolvimento e deverá ser rigorosamente controlado para avaliação dos riscos e benefícios”, disse a equipe que comandará as pesquisas.

Primeiros testes

Nesta primeira etapa poucos pacientes vão participar do estudo. O tratamento contra o câncer, a partir das células CAR-T envolverá apenas 10 pacientes, incialmente. A previsão é terminar a etapa 1 até o meio do ano que vem.

As pesquisas ou ensaios clínicos são estudos realizados com humanos para descobrir ou confirmar efeitos clínicos e terapêuticos de algum tipo de tratamento direcionado.

Essas pesquisas também ajudam a identificar eventos adversos e analisar características e mecanismos de ação, metabolismo e excreção de produto ou medicamento, a fim de verificar a segurança, eficácia e qualidade da terapia, antes de ela ser disponibilizada para todas as pessoas.

A Anvisa já autorizou mais de 18 ensaios clínicos com produtos de terapia avançada, onde os medicamentos e produtos são desenvolvidos a partir de células e genes humanos.

Bruce Willis anuncia pausa na carreira por conta de doença

O ator Bruce Willis, conhecido por filmes de sucesso como Duro de Matar, O Sexto Sentido e O Quinto Elemento, anunciou pausa na carreira para cuidar da saúde. As informações são do Portal Notícias da TV.

Em comunicado oficial nas redes sociais, a família do ator de 67 anos informou que ele foi diagnosticado com afasia, distúrbio que afeta a comunicação e precisará se afastar da atuação.

A afasia é o nome dado a toda e qualquer alteração de linguagem, afetando as seguintes funções: Capacidade de falar ou se expressar verbalmente; compreensão da linguagem verbal; compreensão da linguagem escrita (leitura) e a capacidade de escrever.

Segundo a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBF), esse comprometimento ocorre após um dano cerebral. A causa mais comum é o AVC, mas também pode ocorrer após um traumatismo cranioencefálico (TCE), tumor cerebral, aneurisma, infecções cerebrais e alguns tipos de demência.

Vencedor de dois prêmios no Emmy e com mais de 40 anos de carreira, Willis tem atualmente uma dúzia de projetos em produção ou aguardando a estreia. Um deles, o longa Paradise City, marca a reunião do ator com John Travolta quase 30 anos –a última vez que a dupla atuou junta foi no clássico Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994).

‘’Para os incríveis apoiadores de Bruce, como família, queríamos compartilhar que nosso amado Bruce está passando por alguns problemas de saúde e recentemente foi diagnosticado com afasia, o que está afetando suas habilidades cognitivas. Como resultado disso e com muita consideração, Bruce está se afastando da carreira que significou tanto para ele. Este é um momento realmente desafiador para nossa família e estamos muito gratos por seu amor, compaixão e apoio contínuos. Estamos passando por isso como uma unidade familiar forte e queríamos trazer seus fãs porque sabemos o quanto ele significa para você, assim como você significa para ele.

Como Bruce sempre diz, “Viva” e juntos planejamos fazer exatamente isso.

Com amor,

Emma, ​​Demi, Rumer, Scout, Tallulah, Mabel e Evelyn’’

 

 

Imagem: Divulgação

Fiocruz vai produzir injeção que é capaz de prevenir a HIV

O Brasil vai receber financiamento da Unitaid, agência global ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), para iniciar um tratamento injetável de prevenção ao HIV no país. A profilaxia pré-exposição (PrEp) utiliza o medicamento cabotegravir de ação prolongada e consiste em seis aplicações por ano, o que se mostrou mais eficaz do que o tratamento diário por via oral.

A implementação se dará em uma parceria da agência com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o projeto será coordenado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e pelo Ministério da Saúde. A coordenadora será a chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do INI, Beatriz Grinsztejn, infectologista que recentemente se tornou a primeira mulher da América Latina a presidir a maior associação de profissionais e pesquisadores dedicados ao HIV/Aids, a International AIDS Society. 

A parceria foi anunciada no último dia 18 de Março, no seminário conjunto Brasil e Unitaid – parcerias atuais e perspectivas futuras, no auditório do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Participou do seminário a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. Segundo a Agência Fiocruz de Notícias, Nísia afirmou que os US$ 10 milhões que serão investidos trarão forte impacto para o Brasil e a África do Sul.

O cabotegravir de ação prolongada propicia oito semanas de proteção contínua contra a infecção pelo vírus, por meio de uma única injeção intramuscular. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, o projeto terá como público-alvo os grupos mais vulneráveis à infecção pelo HIV: homens que fazem sexo com homens e mulheres trans, de 18 a 30 anos.

Além do Brasil, a Unitaid também selecionou a África do Sul para implantar o projeto, que será disponibilizado para adolescentes e jovens mulheres. Segundo a Fiocruz, na África Subsaariana, seis em cada sete novos casos de infecção em adolescentes ocorrem em garotas, e mulheres jovens têm o dobro do índice de contaminação em relação a homens jovens.

Os dois países vão adotar o tratamento de forma integrada a seus programas nacionais de saúde, e os dados gerados devem servir de apoio para a implantação global do programa. A meta das Nações Unidas é fazer com que a prevenção alcance 95% das pessoas com risco de infecção em 2025.

A Fiocruz explica que a PrEP injetável, além de facilitar o tratamento, ajuda a mitigar o medo de que os comprimidos sejam interpretados como tratamento do HIV e façam com que o usuário sofra estigma, discriminação ou violência por parceiro íntimo como resultado.

 

*Agência Brasil

Imagem: pixabay 

Atriz Ana Beatriz Nogueira descobre que está com câncer

No ar em “Um lugar ao Sol”, Ana Beatriz Nogueira descobriu um câncer em estágio bem inicial. Ela teve influenza, precisou fazer uma tomografia e, no exame, achou um pequeno tumor no pulmão. As informações são da colunista Patrícia Kogut.

De acordo com a assessoria de imprensa da artista, Ana teve influenza e, ao fazer os exames, o tumor foi detectado, ainda em estágio inicial.

A atriz vai operar e, em maio, quando começam as gravações de “Olho por olho”, estará liberada para o trabalho. Ana, que esteve em cartaz no teatro e na televisão sem interrupções desde que a pandemia começou, já está reservada para a novela de João Emanuel Carneiro.

Em 2018, em entrevista à coluna, revelou ser portadora de esclerose múltipla e contou como lida com a doença. Durante a pandemia, ela precisou redobrar os cuidados com a saúde.

Na trama das 21h, ela interpreta Elenice. A personagem será diagnosticada com mal de Alzheimer. Com o agravamento da doença, acabará internada numa clínica. No fim da história, se nada mudar, ela morrerá por complicações da Covid.

 

Imagem: Divulgação TV Globo

Anvisa aprova terapia que muda células do paciente para combater câncer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou pela primeira vez um produto utilizado em um tipo específico de terapia para modalidades de câncer originadas no sangue (hematológicos), como leucemia, linfoma e mieloma.

O produto é indicado para pessoas com até 25 anos de idade com determinados tipos de Leucemia Linfoblástica Aguda, bem como para pacientes adultos com tipos específicos de Linfoma.  

Na avaliação da Anvisa, essa é uma forma de terapia pioneira. A equipe técnica da Agência avaliou que o produto cumpre os requisitos mínimos de segurança e eficácia.

O produto Kymriah, da empresa Novartis, poderá ser aplicado em terapias que empregam as chamadas células CAR-T para o tratamento destes tipos de tumor. Segundo a agência, esse tipo de tratamento atua por meio da coleta e alteração das células imunes dos pacientes.

Neste método as células do paciente são coletadas para serem alteradas com a inclusão de um novo gene. Este gene contém uma proteína que direciona as chamadas células T para atuar contra as células tumorais. Após a modificação, as células são incorporadas no produto que será aplicado no paciente.

 

*Agência Brasil

Imagem: Pixabay

Pesquisadores da UFMG desenvolvem novo método para tratamento de câncer cerebral

Uma pesquisa de doutorado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu um novo método que pode contribuir para o tratamento do câncer no cérebro. O estudo da agora doutora Isadora Carvalho resultou na criação de um nanomaterial que pode ser adotado para a aplicação de medicamentos às células infectadas por tumores.

A pesquisa se preocupou em melhorar a chegada do fármaco ao local do tumor e causar menos efeitos colaterais. O tratamento de câncer provoca muitos efeitos colaterais nos pacientes, sendo muitas vezes bastante agressivo.

O dispositivo foi criado para transportar dois remédios utilizados no tratamento do câncer de cérebro, KLA e doxorrubicina. Foram feitos testes bem-sucedidos in vitro, aqueles que não envolvem pessoas.

Nesses ensaios, o nanomaterial atacou células tumorais sem danificar as células saudáveis. Quando o material entra na célula a medicação é liberada. Outro efeito do dispositivo foi iluminar com fluorescências as áreas atingidas. Isso permite formar uma bioimagem e visualizar onde está cada componente na célula.

A nanotecnologia atua com estudos e soluções em dimensões minúsculas. Nanômetro é uma medida equivalente a 1 metro dividido em 1 bilhão de partes.

A tese de Isadora Carvalho foi indicada na área de engenharias para o prêmio de teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o mais importante concurso de pós-graduação do país.

 

 

*Agência Brasil

Imagem: Robson Valverde