UFG anuncia paralisação total de atividades no segundo semestre

Medida será tomada caso persistam os bloqueios orçamentários feitos pelo MEC em abril

Tainá Luíza Barreto Marques
Por Tainá Luíza Barreto Marques
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Em nota publicada nesta quarta-feira (10/07), a Universidade Federal de Goiás informou que paralisará todas as suas atividades no segundo semestre caso persistam os bloqueios orçamentários feitos pelo Ministério da Educação (MEC) em abril deste ano.

A instituição afirma que a retenção de 30% do orçamento fez que com que chegassem ao final do primeiro semestre “com severas dificuldades para a manutenção das atividades meio, como contratações e aquisições”. A prioridade tem sido manter as atividades fins: ensino, pesquisa e extensão. Ainda em nota, a Universidade informa que tem se mobilizado intensamente para reverter a situação, mas ainda não tiveram nenhuma sinalização por parte do MEC quanto ao desbloqueio do orçamento.

Cerca de 39 milhões estavam reservados para os próximos 6 meses, o que seria a metade do orçamento anual previsto em lei para a UFG no ano de 2019, mas 27 milhões desse montante estão bloqueados, resultando em um déficit de 69% no orçamento previsto que seria destinado ao custeio de serviços essenciais como àgua, energia, limpeza e segurança. A redução também afeta parte do pagamento de bolsas de ensino, pesquisa e extensão de alunos da graduação e pós-graduação. 

Considerando que o orçamento disponível após bloqueio (cerca de 12 milhões) não será suficiente para custear as despesas da instituição até o final do ano, serão implementadas novas medidas de racionamento e redução de serviços. 

A UFG, juntamente com a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), com entidades da sociedade civil e parlamentares e as demais universidades federais do Brasil, irá intensificar as ações junto ao Governo Federal para reverter o quadro.

Caso a situação não seja revertida, a Universidade afirma que não terá como evitar a  paralisação de todas as suas atividades, acarretando graves prejuízos à comunidade acadêmica e, consequentemente, à sociedade.