9 lendas urbanas de Uberlândia e região para você ler nessa sexta-feira treze

A crença de que data é dia de azar causa arrepios para muitos povos de diferentes culturas

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Por developer

Mineiro que é mineiro sempre tem um “causo” para contar! E geralmente são aquelas histórias que sua avó contou para sua mãe, que passou para você e que você provavelmente contará para seus filhos e netos. Muitos têm medo, alguns levam ao pé da letra e outros até acham graça. O que não dá para negar é que todas enriquecem a cultura do estado. Por isso, nesta sexta-feira 13 selecionamos 9 “causos” que fazem parte do imaginário popular de Uberlândia e de Minas Gerais.

1) O caso de João Relojoeiro
Uberlândia possui diversos relatos de casos sinistros e lendas urbanas que vão desde um simples aparecimento de assombração até fatos verídicos que se tornaram trágicos por causa de uma mentira. Um dos casos mais conhecidos é o do João Relojoeiro, que foi preso, torturado e morto, acusado de furto a uma joalheria em 1956.

Na época, a polícia, pressionada a desvendar o caso que envolvia uma família influente da cidade, ouviu de um informante que o autor poderia ser João Luiz Fagundes. Segundo consta no processo, a família do acusado disse que João passou a noite no velório de uma sobrinha, mas a versão não o livrou da mira da polícia. Somente após sua morte é que se descobriu que João era inocente. Ainda segundo o processo, a suspeita é que os donos da loja forjaram o crime para receber o seguro das joias. De todos os envolvidos que foram a júri popular, somente os investigadores foram condenados.

2) Lenda da Fazenda Tira Couro
Já uma lenda urbana que mexeu com o imaginário popular e que sobreviveu por muitos anos é a da fazenda Tira Couro, na região do distrito de Cruzeiro dos Peixotos. Dizem que o nome seria uma referência a um padre que teria sido morto após lhe arrancarem a pele. A versão mais aceita, no entanto, é que muita gente aproveitava as margens de um córrego na região para abate de animais, que tinham o couro lavado ali mesmo.

O motorista aposentado Lourival Honório da Silva lembra de outro caso sinistro, porém menos traumático, ocorrido numa residência na avenida Cesário Alvim. Segundo conta, durante quase um mês a residência foi alvo de pedras que quebraram todo o telhado. “Ninguém sabia de onde vinham as pedras. Até trouxeram padre, pastor, uma benzedeira, polícia, mas não descobriram o que aconteceu”, conta Lourival. Ele diz que pouco tempo depois, quando estava na casa da patroa de sua namorada, um fato semelhante aconteceu. “A gente estava na cozinha e ouviu um estrondo no banheiro, mas não havia ninguém. Quebrou o telhado. As costas do sofá também recebeu uma tijolada, o estranho é que não havia espaço na janela para o tijolo passar”, diz o aposentado.

3) Loira do Bonfim
Uma das mais tradicionais de Belo Horizonte, a Loira do Bonfim surgiu em meados do século XX. Trata-se da história de uma mulher loira que, por volta das 2h da madrugada, insinuava-se para os boêmios da cidade, que estavam no ponto do bonde. Ela os conduzia para sua “casa”, o cemitério do Bonfim. Os homens acreditavam que se tratava de uma garota de programa, mas, ao chegar no local, ela simplesmente desaparecia. Muitos motoristas de ônibus e táxis preferiram não rodar tarde da noite, naquela região, por causa da lenda tão famosa.

4) Capeta da Vilarinho
Uma das histórias mais ousadas que a capital mineira tem. O capeta da Vilarinho foi um rapaz que, em uma noite agitada da cidade, no início dos anos 90, convidou uma garota para dançar, numa gafieira localizada na avenida Vilarinho. A jovem só não esperava que, entre um passo e outro da música, o homem revelasse seus chifres quando seu chapéu caiu no chão. Com os gritos assustados, quem estava presente não ousou capturar o ser estranho, mas garantiu ver as patas de bode no lugar de pernas do homem. Repórteres de TV e rádio foram até o local, mas nunca mais avistaram algo parecido com o tal “Capeta da Vilarinho”. Até hoje, o assunto repercute nas rodas de conversa da região.

5) Fantasmas de Ouro Preto
Os fantasmas e seus mistérios dominam o cenário dos templos religiosos de Ouro Preto. Na Igreja do Rosário, moradores garantem escutar tambores e cantorias à noite, quando ninguém está presente. Segundo os que creem na lenda, gemidos e correntes se arrastando também podem ser ouvidos de madrugada dentro da igreja São Francisco de Assis. Frequentemente, à noite, velas acesas são vistas sobre as campas do cemitério da Capela de Nossa Senhora das Dores. E, muito antes da Igreja de São Francisco de Paula ganhar luz elétrica, ela foi vista brilhando na escuridão da noite. Ah! Tem ainda o caso da Maria Chinelaque, mulher que arrastava os chinelos enquanto limpava a igreja do Carmo. Muita gente diz ouvir as passadas de chinelo, mesmo após a morte dela.

6) ET de Varginha
A cidade de Varginha é mundialmente conhecida pela sua famosa lenda: o ET de Varginha! Na noite de 19 de junho, do ano de 1996, um casal, que morava a 10 quilômetros da cidade, avistou uma nave esfumaçando que sobrevoa o pasto. No outro dia, três garotas afirmaram que viram ter visto um ET agachado junto ao muro. Segundo elas, a critura tinha pele marrom, veias saltadas, olhos enormes vermelhos e crânio grande, com 3 protuberâncias. Os ufólogos da cidade afirmam que o ser espacial teria sido capturado pelas autoridades. Depois teria passado por 2 hospitais, mas morreu. A história continua sendo um grande mistério.

7) Fantasma do Palácio
E quem diria que o Palácio da Liberdade, que serviu de moradia para os primeiros governadores de Minas, seria alvo de causos assombrados, hein? Com seus cômodos luxuosos, decoração francesa e painéis milionários, o Palácio carregou a fama assombrada após uma sequência de mortes trágicas em suas dependências, o que levou os políticos a se mudarem. Reza a lenda que a antiga moradora do terreno assombrava as autoridades públicas insatisfeita com a demolição da sua humilde casinha. A senhora despejada também era conhecida como Maria Papuda, uma vez que sofria de bócio.

8) Saci Pererê
Um dos personagens marcantes do folclore brasileiro é uma lenda mineira! O negro de uma perna só, que usa um capuz vermelho e um cachimbo na boca, é o guardião das florestas. Gosta de assobiar e desaparecer num redemoinho. Quem quiser entrar na mata, precisa pedir autorização ao Saci, do contrário pode cair em uma armadilha. Segundo a lenda, o único jeito de capturar um Saci é retirando seu gorro e prendendo-o em uma garrafa, isso depois de usar uma peneira ou um rosário em cima do redemoinho que ele usa na hora de fugir. Sabe-se lá o porque!

9) A mulher do algodão
Quem nunca ouviu falar na mulher do algodão ou na loira do banheiro? Mesmo com nomes diferentes são a mesma lenda. Dizem que a famosa aparecia em banheiros de escolas assustando crianças, com algodões que saiam pelas orelhas e nariz, vestida com roupa branca, tinha a expressão triste e surgia no vaso sanitário quando fosse invocada ou não. segundo a lenda, a história começou depois que uma mulher morreu em um acidente de carro tentando chegar até seu filho, que tinha ficado de castigo no banheiro da escola onde estudava. Por não ter chegado nenhum socorro para salvar a mulher, colocaram algodão em seus machucados e em seu nariz e ouvido para tentar evitar a hemorragia. Na tentativa de encontrar seu filho ela ainda aparece nas escolas. 

Fontes: Sou BH/Diário de Uberlândia

Foto capa: Loira do Bonfim – Globo