Shows ao vivo em bares e restaurantes são liberados no DF

O Governo do Distrito Federal autorizou a realização de shows ao vivo em bares e restaurantes. A medida foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal desta segunda-feira (14). Desta forma, a partir de hoje, os estabelecimentos já podem promover música ao vivo para o público brasiliense.

Além disso, algumas medidas de prevenção ao novo coronavírus seguem mantidas como o funcionamento com apenas 50% da capacidade, disponibilização de álcool em gel 70%, aferição de temperatura, higienização de mesas e banheiros, dentre outras ações. As mesas devem seguir distantes dois metros umas das outras, e os funcionários e colaboradores devem usar máscara de proteção.

As atrações musicais estavam suspensas desde março. Os bares e restaurantes foram autorizados a reabrir no mês de julho, mas os shows ainda não eram permitidos.

Apesar da flexibilização, as aglomerações estão proibidas. O responsável por fiscalizar aglomerações e descumprimentos de normas é o DF Legal. O órgão disponibiliza o telefone 162 e o site http://www.ouvidoria.df.gov.br para denúncias.

Foto: Heudes Regis

Vacina BCG será testada no Brasil contra a Covid-19

Em mais uma tentativa para frear a pandemia, a vacina da tuberculose (BCG) será testada no Brasil contra o novo coronavírus. Os testes de fase 3 (a última parte dos testes clínicos) serão realizados em 3 mil voluntários brasileiros da área da saúde, comandados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o instituto australiano Murdoch Children’s Research Institute.

A hipótese que os cientistas pretendem provar tem como base estudos científicos prévios que mostraram que a BCG foi capaz de induzir uma resposta imune viral nos participantes (crianças e idosos) que a utilizaram. Nas crianças, por exemplo, a vacina contra a turbeculose foi capaz de prevenir infecções virais de um ano a um ano e seis meses. Vale lembrar que as pesquisas citadas não foram testadas na covid-19.

Os testes no Brasil estão previstos para começar em outubro e devem durar por até um ano. O acompanhamento dos voluntários será feito semanalmente pelo período de duração dos testes. Todos os voluntários envolvidos também serão testados com frequência para saber se contraíram ou não o SARS-CoV-2. Os dados iniciais do estudo devem ser divulgados no primeiro trimestre de 2021.

“Em relação às novas vacinas de covid que estão em desenvolvimento, temos mais segurança por usarmos uma vacina que já é amplamente conhecida e difundida no mundo”, explica Julio Croda, um dos coordenadores dos testes no Brasil. Croda também afirma que os testes serão realizados em idosos acima de 70 anos, visando a segurança da BCG.

A BCG será testada como forma de proteção contra o vírus em 10 mil pessoas no total. Outros três mil voluntários foram recrutadas na Austrália e o restante será dividido entre o Reino Unido, a Espanha e a Holanda. “O que buscamos é ter uma alternativa e avaliar uma vacina que é conhecida. Sabemos que existem vacinas específicas para a covid-19, mas não sabemos em quanto tempo elas serão fornecidas para a população”, diz. “É uma alternativa que será testada e que se, no momento da finalização do estudo, não tivermos outra opção, ela pode ser uma proposta de proteção por algum tempo.”

Visto que a vacina tem uma duração de pouco mais de um ano contra alguns tipos de vírus, não significa que porque um indivíduo já foi vacinado com a BCG que ele não será infectado nunca mais por doenças virais — uma vez que a proteção é normalmente dada durante a infância. A vacina da BCG é inespecífica no caso da covid-19, mas ainda assim eficaz contra a tuberculose.

Croda faz um alerta e lembra que não existe recomendação para que a população se vacine com a BCG imediatamente. “É importante ressaltar que é um estudo que, ainda, não tem nenhuma evidência científica de que realmente funciona contra o vírus que estamos enfrentando atualmente”, diz.

O estudo tem apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e é financiado pela a Fundação Bill & Melinda Gates.

Fonte: Exame

Vacinação contra Covid-19 na Rússia pode começar ainda nesta semana

A Rússia liberou sua vacina contra a Covid-19 para o público em geral, anunciou o Ministério da Saúde do país nesta terça-feira (8).

Segundo o comunicado, o primeiro lote de vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, passou nos testes de qualidade e foi liberada para a população civil. O Ministério diz ainda que a entrega de fato dos primeiros lotes está prevista para um futuro próximo, mas não especifica datas.

N0 última a sexta-feira (4), o vice-diretor do instituto Gamaleya, Denis Logunov, já havia anunciado que a vacina poderia ser liberada para a população esta semana.

Segundo Logunov, existe uma “vasta base de evidências de que a vacina é segura” e que a segurança “foi o principal pré-requisito para seu registro”.

Um estudo com resultados preliminares publicado na revista científica “The Lancet” no dia 4 mostrou que a vacina russa para a Covid-19 não teve efeitos adversos e induziu resposta imune.

A liberação da vacina Sputnik V ocorrerá junto com os testes clínicos da Fase 3, que serão feitos em 40 mil voluntários, sendo que 30 mil receberão o imunizante e 10 mil receberão uma substância placebo (sem efeito).

A vacina deverá ter uma versão mais leve para crianças, informou o professor Aleksandr Butenko, do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamalyea, nesta terça-feira (8).

Segundo Butenko, apenas pessoas maiores de 18 anos participam dos testes, mas o produto final deverá ter uma versão infantil adaptada. Até o momento, a vacina russa contra a Covid-19 é destinada para pessoas com idade entre 18 e 60 anos.

No Brasil, o governo do Paraná firmou uma parceria para desenvolver a vacina russa e informou na sexta (4) que o pedido de registro do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve ser feito em 10 dias. Os testes no país devem começar em 30 dias.

Foto: Reprodução/Pixabay

Decreto libera celebrações religiosas em todas igrejas e templos de Brasília

O Governo do Distrito Federal liberou a realização de cultos, missas e rituais em todas as igrejas, templos e espaços religiosos da capital federal. Um decreto publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (14) retirou a proibição a locais com capacidade inferior a 200 pessoas, em vigor desde 3 de junho. Com isso, estabelecimentos de qualquer porte estão autorizados a realizar celebrações.

Na última quarta (12), o governador também liberou a presença de pessoas maiores de 60 anos em cultos e missas.
O novo decreto obriga os estabelecimentos religiosos de menor porte a adotar as mesmas medidas sanitárias. Entre elas, está o uso de máscara e a redução do número de fiéis. 

Encontros devem ser realizados em locais com capacidade para mais de 200 pessoas com as seguintes normas:
– Afastamento mínimo de 1,5 metro entre fiéis, com demarcação nos assentos
– Alternar fileiras de cadeiras a serem ocupadas de outra com cadeiras desocupadas
– Afixação, em local visível, de placa com informações quanto à capacidade total do estabelecimento, metragem quadrada e quantidade máxima de frequentadores permitida
– Proibição do acesso de idosos com mais de 60 anos, crianças com menos de 12 anos e pessoas do grupo de risco
– Na entrada, deve haver produtos para higienização de mãos e calçados, preferencialmente álcool em gel 70%
– Uso obrigatório da máscara de proteção
– Medição da temperatura dos frequentadores na entrada do estabelecimento, com termômetro infravermelho sem contato, sendo proibido o ingresso de quem apresentar mais de 37,3°C

O decreto prevê ainda o aconselhamento individual – para evitar aglomerações – e o uso dos meios virtuais para reuniões coletivas. Além disso, as celebrações presenciais devem ocorrer com intervalos de, no mínimo, duas horas. Idosos estão autorizados a participar das celebrações. Já as crianças menores de 12 anos e pessoas com comorbidades – ou seja, doenças que podem agravar o quadro clínico dos infectados pelo novo coronavírus – estão proibidas.

Foto: Divulgação/GDF