Vídeo mostra cantora sendo agredida com ataque racista em restaurante de Brasília

A cantora Andresa Sousa Alves foi agredida em ataque racista em um restaurante de Brasília. Imagens mostram o momento em que Valkiria Tavares de Moraes, acusada de injúria racial, teria dito ”Essa negra não sabe cantar”, além de agredir a artista com dois tapas no braço. 

 

O caso ocorreu no dia 19 de outubro e as câmeras de segurança registraram todo o episódio. 

 

Leia a nota do restaurante na íntegra: 

“Em resposta ao triste episódio ocorrido no dia 19/10, o Vasto Restaurante se posiciona, por óbvio, veementemente contra qualquer ato e/ou fala que endosse o crime de injúria racial. No momento do ocorrido, e durante o dia seguinte, prestamos todo apoio possível à vítima. Também nos colocamos à disposição das autoridades e das partes envolvidas para prestar os esclarecimentos necessários. Emitimos essa nota na certeza de que esse tipo de conduta deve ser reprimida sempre que presenciada”.

 

O Curta Mais Brasília não conseguiu contato com a empresária conhecida como Kika Cardoso até o fechamento desta matéria. 

 

 

*Com informações do Metrópoles

 

Foto: Reprodução Instagram

Jovens negras participam de desfile em shopping do Distrito Federal e são comparadas a escravas

Cerca de 180 jovens negras, entre 16 e 25 anos e moradoras do Distrito Federal e do Entorno, foram alvos de ofensas raciais disseminadas na internet. As moças participaram da seletiva do concurso de beleza Top Cufa, realizado neste sábado (13/10), no Shopping JK, em Taguatinga.

As mensagens foram postadas na internet e tem conteúdo racista, como “Está tendo um desfile só de negra aqui no JK. Coisa horrorosa”, feito por um homem identificado como Alex. Em seguida, alguém do grupo pede para que ele pare de falar ‘merda’.

Os comentários continuam e uma pessoa identificada como Muniz apoia as ofensas e age com escárnio. “Mas é horroroso mesmo. Black moda week”, diz. Em seguida a mesma pessoa publica foto de escravos e compara a imagem com as jovens.

Encorajado, outro homem não identificado diz: “achar preta bonita?”. Em seguida, uma pessoa identificada como Alex posta um papel de parede todo preto, afirmando ser uma imagem do desfile. Ele completa pedindo desculpas pela “qualidade ruim do celular”.

A discussão toma conta do grupo. Pessoas se mostram indignadas, mas um dos integrantes defende os autores dos comentários racistas e justifica que foi apenas uma piada. “Ele só fez um comentário sobre o desfile estar feio, em um sentido de brincadeira”, defende.

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Nota de Repúdio

A Central Única das Favelas do Distrito Federal (Cufa-DF), organizadora do evento, emitiu nota repudiando o episódio. “A comissão de organização do Top Cufa DF vem por meio desta nota manifestar seu total repúdio e externar sua preocupação com o crescimento de casos de racismo relatados em nosso país”.

A Cufa ainda disse ter sido “informada de atos de racismo realizados em um grupo de WhatsApp com ofensas direcionadas a nossas candidatas negras”. Os organizadores ressaltaram o fato do concurso possuir um recorte territorial e chamou atenção para apenas as candidatas negras terem sido alvo de ataques, “demonstrando que os agressores têm como objetivo promover ataques racistas ao concurso”.

A organização ainda afirma a importância do trabalho desenvolvido, que promove a articulação de diversas atividades em busca do desenvolvimento e promoção da igualdade, não abrindo espaço para qualquer manifestação que possa ferir a dignidade humana.

Fotos: reprodução Facebook

Grupo de Brasília explora elementos da cultura popular em espetáculo teatral

(Foto: Ricardo EK)

As escolas da rede pública de Brasília recebem, do dia 24 de abril a 28 de maio, o espetáculo gratuito ‘Quilombo da liberdade, raízes’. As apresentações são gratuitas e rodam o Distrito Federal levando cultura e informações sobre a identidade negra.

Para isso a Caravana Teatro Artetude e o Grupo Cultural e Social Grito da Liberdade trazem para os jovens cantos e danças tradicionais da capoeira, misturadas com circo e poesia. A montagem aborda alguns temas delicados e que precisam ser discutidos no ambiente escolar, como agressões, machismo e racismo.

O diretor, Ankomarcio Saúde, é o responsável, juntamente com o Mestre Cobra, a levar aos jovens os mitos e ritos afrodescendentes numa mescla de capoeira regional e angola. O espetáculo é uma verdadeira reverência a mitologias africanas, com uma linguagem artística e coreografias que entretem e conscientizam os jovens.

Confira aqui a programação completa do espetáculo:

Riacho Fundo II
24/04
Local: Centro de Ensino Fundamental 2
Horários: 10h às 11h, 14h às 15h e 20h às 21h

25/04
Local: Centro Educacional Agrícola
Horários: 10h às 11h e 14h às 15h

27/04
Local: Centro Educacional 1
Horários: 10h às 11h, 14h às 15h e 20h às 21h

30/04
Local: Escola Classe 1
Horários: 10h às 11h e 14h às 15h

Candangolândia
07/05
Local: Centro Educacional Fundamental 1
Horários: 10h às 11h e 14h às 15h

09/05
Local: Centro de Ensino Médio Júlia Kubitcheck
Horários: 10h às 11h, 14h às 15h e 20h às 21h
Riacho Fundo I

11/05
Local: Centro de Ensino Médio 1
Horários: 10h às 11h, 14h às 15h e 20h às 21h

14/05
Local: Escola Classe Verde
Horários: 10h às 11h e 14h às 15h

16/05
Local: Centro Educacional 2
Horários: 10h às 11h e 14h às 15h

Núcleo Bandeirante
17/05
Local: Centro Educacional Vargem Bonita (Parkway)
Horários: 10h às 11h e 14h às 15h

28/05
Local: Escola Classe Ipê
Horários: 10h às 11h e 14h às 15h

Ludmilla critica SBT Brasília por contratação de apresentador após comentários racistas

Em meados de janeiro, o apresentador Marcão do Povo ofendeu a cantora Ludmilla publicamente. Durante o programa ‘ Balanço Geral DF’ exibido pela Record Tv. Com palavras de ofensa, ele a chamou de macaca. O comentário racista não pegou bem e a cantora foi as redes sociais se defender. A emissora acabou dispensando o apresentador.

No entanto, essa semana o caso deu um reviravolta e Marcão do Povo foi contratado pelo SBT Brasília. Assustada, Ludmilla reagiu a essa notícia: “Quando ele foi demitido pela Record, eu pensei ‘caraca, fez bem, não está conivente com este tipo de ação e não concorda com este tipo de crime’. Quando eu soube que o SBT o contratou, eu pensei ‘oi?’. Não posso mudar nada. É algo que me assustou e não imaginei isso.”

A assessoria do SBT trata o assunto como “problema pessoal” do novo contratado, que deverá voltar ao ar ainda este semestre.

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