Seis trilhas do Jardim Botânico para relaxar e se conectar com a natureza em Brasília

O Jardim Botânico de Brasília (JBB) instalou 63 placas de orientação para pedestres em mais de seis quilômetros em três trilhas. O objetivo do projeto realizado pela Superintendência Técnico-Científica/ SUTEC é facilitar a localização dos visitantes do JBB que aproveitam a beleza do nosso bioma. A distância curta entre as placas de identificação indicará a direção correta aos visitantes, evitando que se percam.

Vale lembrar que o JBB disponibiliza desde setembro do ano passado, banners com detalhes dos percursos que somam mais de 25 quilômetros com informações sobre a distância, uso da vegetação, atividade a que se destina (caminhada ou ciclismo), grau de dificuldade e acessibilidade. Os mapas podem ser acessados pelo QR Code.

Espaços de leitura
As trilhas são espaços de leitura da paisagem para construção de valores e tomada de atitudes em relação à natureza. 

Restrições
Temporariamente fechados em razão da pandemia de Covid-19, os banheiros e bebedouros do Jardim Botânico já estão novamente em funcionamento, conforme o Decreto 41.170. O uso de máscaras é obrigatório nas dependências do JBB e as regras de distanciamento social devem ser seguidas rigorosamente.

Trilhas
1. Tamanduá-bandeira: são 12 quilômetros adequados para ciclismo e caminhada. O percurso se inicia em meio à vegetação de Cerrado densa e outras fitofisionomias farão companhia aos visitantes, como campos sujos, cerrados mais ralos e mata de galeria do contorno do Córrego Cabeça de Veado. Essa trilha percorre as bordas da área de visitação e apresenta toda a riqueza e diversidade do JBB.

2. Tamanduá-mirim: são 4,25 quilômetros para ciclismo e caminhada. O início e o fim se dão no Centro de Visitantes. E a trilha passa por estradas de terra e pista asfaltada, percorrendo diferentes paisagens e terrenos.

3. Trilha Mater: são 4,53 quilômetros para ciclismo e caminhada. Esta é a primeira trilha do JBB. É toda asfaltada e com acessibilidade. Também cobre diferentes vegetações, com destaque à diversidade de árvores típicas do Cerrado. O trajeto conta com identificação botânica e proporciona uma visitação autoguiada.

4. Horto Medicinal: são apenas 345 metros, apenas para caminhada. A coleção implantada por técnicos do JBB buscou na literatura informações sobre uso terapêutico de espécies do Cerrado. A trilha está inserida em uma densa área de vegetação nativa e conta com 100 espécies medicinais identificadas.

5. Trilha Ecológica: são 3,83 quilômetros apenas para caminhada. O percurso passa por diferentes fitofisionomias do Cerrado, como a nascente do Córrego Cabeça de Veado, e é uma das trilhas mais propícias para ver animais como tamanduá-bandeira, tatu e veado.

6. Trilha Krahô: são 1,84 quilômetro para uma caminhada leve. Compartilha parte de seu trajeto com a Trilha Ecológica e o percurso é um reconhecimento à importância do povo Krahô, nossa cultura ancestral. Nela, em meio à vegetação nativa, o visitante poderá ver espécies introduzidas por orientação do consultor Feliciano Krahô, contratado pelo projeto para a sua idealização.

Foto: Arquivo/Pedro Ventura/Agência Brasília

Brasília comemora Dia do Cerrado com trilha guiada no Jardim Botânico

A equipe do Jardim Botânico de Brasília (JBB) preparou uma atividade especial para o Dia Nacional do Cerrado, lembrado em 11 de setembro, que exalta a importância da preservação do segundo maior ecossistema brasileiro.

Devido à pandemia de Covid-19, a programação será um pouco diferente dos anos anteriores: não haverá nenhum evento no JBB para evitar aglomerações. Mas, como a prática esportiva ao ar livre é recomendada – com uso de máscara e respeito ao distanciamento social –, foi desenvolvido um projeto alternativo para os visitantes.

A partir de terça-feira (8), será possível fazer uma trilha guiada. O guia, porém, não será um dos educadores ambientais da unidade, mas a própria natureza. O percurso escolhido para a iniciativa que celebra o Cerrado foi a Trilha Krahô, que tem 1,8 km de extensão e baixo nível de dificuldade, mas percorre diferentes fitofisionomias do bioma, exibindo diferentes espécies da flora e da fauna.

Uma equipe formada por biólogos do JBB identificou pontos estratégicos e marcantes para ajudar as pessoas a concluírem todo o caminho. Além de incentivar a prática esportiva e facilitar a caminhada pela trilha, a meta é provocar as pessoas a observarem detalhes que costumam passar despercebidos, e, a partir dessa reflexão, promover uma nova relação com o meio ambiente e despertar a consciência sobre a importância da preservação do Cerrado.

Serão ao todo 11 paradas ao longo da trilha. Pessoas interessadas em participar da atividade poderão pegar o folheto no Centro de Visitantes para ver o mapa, as imagens de cada local e fazer as reflexões propostas pelo JBB.

Orientações para o passeio
– O uso de máscara é obrigatório durante toda a permanência no JBB.
– A administração recomenda o uso de roupas leves, sapatos fechados e confortáveis, protetor solar e garrafa para hidratação.  
– Confira as informações técnicas sobre a Trilha Krahô, escolhida para o passeio.
– Veja as informações sobre a Semana do Cerrado.
– Devido à pandemia, os banheiros, bebedouros e restaurantes estão fechados.
– Consulte as restrições ao programa.

* Com informações do JBB e Agência Brasília

DF terá Refúgio de Vida Silvestre entre o Jardim Botânico e Paranoá

O Instituto Brasília Ambiental está convidando a população do Distrito Federal para participar da consulta pública on-line com o objetivo de auxiliar na criação da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre (RVS) do Taboquinha, localizada entre as RAs Jardim Botânico e Paranoá. O processo de consulta começa nesta segunda-feira (17) e segue até 15 de outubro de 2020.

Os interessados devem preencher o questionário que ficará disponível durante 60 dias, neste link. A idéia é coletar contribuições para a definição da categoria, poligonal final e dos seguintes elementos: propósito, significância, ameaças e potencialidades do RVS do Taboquinha. O documento servirá também para o Brasília Ambiental conhecer o perfil e a percepção dos visitantes e das comunidades locais sobre o lugar.

Para informações mais detalhadas é fundamental a leitura do Estudo Ambiental para a criação do Refúgio de Vida Silvestre do Taboquinha. Manifestações sobre a proposta, dúvidas e outras considerações podem ser encaminhadas para este e-mail.

Refúgio de Vida Silvestre do Taboquinha
A criação do Refúgio de Vida Silvestre do Taboquinha foi uma demanda da comunidade local, por meio de um abaixo-assinado com mais de 2 mil assinaturas. Suas paisagens são de grande beleza e valor cênico, com grande potencial para atividades de baixo impacto, como turismo ecológico e turismo de aventura – além de representar um importante corredor ecológico para fauna e flora, contendo várias espécies ameaçadas de extinção. O nome ilustra e valoriza sua localização, próximo ao córrego Taboquinha e já é um termo utilizado pelos moradores e frequentadores, quando se referem à área. A área do RVS inclui várias trilhas conhecidas amplamente pelos ciclistas e amantes das caminhadas, como a trilha das abelhas.

Foto: Divulgação/Agência Brasília