O Parque Estadual dos Pireneus, localizado a pouco mais de 130 km de Goiânia, reabre nesta sexta-feira (27), a partir das 14h, após dez dias de mobilização para combater um incêndio que se espalhou pela unidade. As informações são da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A administração recomenda que os passeios se restrinjam à área da Capelinha e da Cachoeira do Sonrisal. 

A Semad ainda está trabalhando no inventário do prejuízo causado pelo incêndio, que teve início na manhã do dia 17 de setembro. Cerca de mil hectares de vegetação se perderam. Além das perdas relacionadas à fauna e flora, houve danos à estrutura administrativa do parque.

“Temos agora que refazer parte da sinalização, reconstruir quilômetros de cercas e substituir equipamentos que foram danificados”, afirma Fernando Morato, chefe do PEP. 

O combate ao incêndio envolveu cerca de 40 pessoas ao longo de dez dias, entre servidores da Semad, integrantes das brigadas Gavião Fumaça e Aliança da Terra, além de militares do Corpo de Bombeiros. A Semad publicou, nas redes sociais, um vídeo homenageando os homens e mulheres envolvidos nessa missão. 

Sobre o Parque 

O Parque Estadual dos Pireneus existe desde novembro de 1987 e tem pouco mais de 2,8 mil hectares. É uma das 15 unidades de conservação de proteção integral administradas pelo Governo de Goiás. Abriga o segundo maciço mais alto do Estado, o Pico dos Pireneus com 1.380 metros de altura.

“O parque destina-se a preservar a flora, fauna e os mananciais ali existentes, protegendo sítios naturais de excepcional beleza e assegurando condições de bem-estar público”, diz o artigo 2º da lei 10.321, de 20 de novembro de 1987.

Protegido pelos municípios de Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás, o local foi batizado em virtude de imigrantes espanhóis, que encontraram, ali, uma familiaridade com os Pirinéus na Europa – uma cadeia de montanhas, situada entre Espanha e França. A grafia sem acento foi adotada ao ‘jeitinho goiano’ da pronúncia.

Em uma área de aproximadamente 2.833 hectares, o parque ganha os turistas por suas paisagens cinematográficas que incluem montanhas, cachoeiras e uma biodiversidade rica e peculiar. Para quem curte ecoturismo como caminhadas ao ar livre, trilhas e observação do pôr do sol, essa será uma viagem marcante.

Características Biológicas

Agraciado com cinco diferentes tipos de vegetação (fitofisionomia), o Parque preserva o cerrado-rupestre, cerrado-de-aluvião, campos, mata-seca e mata-de-galeria.

No ano de 1992, a Fundação Pró-Natureza (Funatura) apresentou um arquivo de descrição dos cinco tipos básicos de fitofisionomias daquela área. O inventário lista 69 famílias com 309 espécies de vegetais vasculares, numa área de apenas 540 hectares.

Os esforços foram maiores na família das Orquiddceas, registrando 135 espécies. Foram registrados, ainda, 81 espécies na área do Morro Cabeludo e entorno.

Estão registradas 55 espécies de mamíferos para o município de Pirenópolis e 36 dessas na área do parque, sendo que seis delas estão incluídas na lista de animais ameaçados de extinção do Ibama. Na área, foram registrados sete serpentes e oito lagartos.

Os dados são do Governo de Goiás.

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