Senar Goiás contribui para tornar município goiano polo de produção de baunilha no cerrado

Assistido pelo Senar Goiás, produtor Daniel Briand promove cultivo de baunilha no cerrado

Luana Limongi
Por Luana Limongi
Senar Goiás baunilha Cocalzinho de Goiás Daniel Briand
Produtor Daniel Briand ao lado de plantação de baunilha (Imagem: reprodução/divulgação Senar Goiás)

A baunilha, considerada uma das especiarias mais caras do mundo, é bastante procurada por ser essencial em diversas áreas, como na gastronomia, principalmente no que envolve confeitaria e consumo de café, nas indústrias de perfumes, de cosméticos e farmacêutica. Essa especiaria valiosa é uma planta trepadeira da família das orquídeas que é originária das regiões tropicais. Ela é amplamente cultivada em Madagascar e nas Ilhas Maurício, no Brasil, há variedades nativas da planta na Mata Atlântica e na Amazônia. 

 

Pelo cuidado necessário para o manejo da especiaria e sua alta demanda no mercado, o preço do quilo da baunilha pode ultrapassar R$4 mil. Recentemente, descobriu-se que o cerrado goiano possui um ambiente propício para seu cultivo devido às condições favoráveis de plantio encontradas na região. 

 

Com o objetivo de contribuir para que Cocalzinho de Goiás se torne um polo produtor de baunilha, o técnico de campo do Senar Goiás, Saulo Araújo de Oliveira, juntamente com o Sindicato Rural de Cocalzinho de Goiás, estão mobilizando produtores de agricultura familiar da região para o plantio. A ideia é que os produtores possam aumentar sua renda e contribuir para o desenvolvimento do município, aproveitando as condições naturais do bioma. 

 

As organizações enxergaram no Sítio Jatobá, do francês Daniel Briand, um caso de sucesso com o cultivo de baunilha no município. Em 2016 o francês plantou seus primeiros pés da iguaria. Três anos depois, as primeiras favas começaram a aparecer, o que o incentivou a buscar mais conhecimentos sobre o cultivo. Com o apoio do Senar Goiás, Briand recebeu orientações para aprimorar o manejo de sua plantação, o que incluiu ajustes na forma de conduzir as plantas e no uso de técnicas mais eficientes.

 

O auxílio técnico fornecido ao produtor envolveu diversas etapas. Inicialmente, as plantas foram organizadas em estruturas específicas para facilitar o manejo. Além disso, a adubação orgânica e o uso de microrganismos naturais foram introduzidos para melhorar o desenvolvimento das plantas. A polinização, um processo minucioso e essencial para a produção de favas de qualidade, passou a ser realizada de forma manual e cuidadosa, seguindo um rigoroso cronograma. 

 

É claro que em uma produção em grande escala, esse processo requer alguns avanços para ser mais eficiente, mas os resultados já se mostram claros. Em 2023, foram colhidas 1.600 favas de baunilha, para a colheita da safra de 2024 há perspectiva de aumento na quantidade a ser colhida. O exemplo de Daniel é uma grande oportunidade para difundir o cultivo da planta e repassar os resultados a outros produtores, que podem ser atraídos por essa nova fonte de renda. 

 

Daniel Briand expressou sua satisfação com a ajuda do Senar Goiás e do Sindicato Rural de Cocalzinho de Goiás, afirmando que o cultivo da baunilha em sua propriedade se tornou muito mais profissional e eficiente. Com a adoção das novas técnicas, ele percebeu uma melhoria significativa na produção, o que o deixou otimista em relação ao futuro.

 

A produção de baunilha em Cocalzinho de Goiás está em crescimento, mas o município já começa a se destacar nesse mercado. No último final de semana, dia 17 de agosto de 2024, foi realizada a primeira edição da Festa da Baunilha, um evento que celebra a importância dessa especiaria para a economia local e reforça o compromisso da região em se tornar um polo relevante na produção da iguaria no Brasil.

 

***Fonte: Senar Goiás***

 

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