Será que os streamings acabaram mesmo com os DVDs… ou nem tudo está perdido?
Dados mostram que a mídia física está mais viva do que nunca

O ano é 2005, você está em casa e na TV diz que sua banda favorita lançou um novo álbum. Você vai correndo até a banca ou loja mais próxima para garantir rapidamente, ora, você é o fã número 1! Você chega em casa, o CD está com um plástico cobrindo a capa, a sensação de tirar aquele plástico, e ver a capa se revelando é única! Você abre o material, e lá está o CD, com um encarte com todas as letras das músicas, e fotos exclusivas, que todo fã sempre sonhou poder ver. Você pega o CD, liga seu aparelho de som, e vú a là! Música para os ouvidos!
Tempo bom, né? Pena que não volta mais… ou volta?!
Foto: Divulgação
Em uma era em que os serviços de streamings dominam, é quase impensável que os CDs físicos voltem a ser como eram antes. Segundo dados da Recording Industry Association of America, os streamings representam cerca de 84% do mercado, mas mesmo com essa dominância do mercado, a venda de CDs aumentou consideravelmente no último ano.
As receitas físicas atingiram o seu nível mais alto desde a última década, ultrapassando os 880 milhões de dólares. Número que parece elevado, mas é bastante baixo, quando comparado aos US$ 7,2 bilhões arrecadados pelos streamings.
Crise nos streamings
Apesar dos lucros altíssimos, as empresas de streaming como a Netflix, HBO Max e Disney+ andam fazendo malabarismos para manter a sua receita. Desde aumentar os valores de mensalidade, até tirar títulos de seus catálogos, tudo isso para economizar dinheiro.
Em 2022 e 2023, as plataformas Disney+ e Paramount+ cancelaram produções, e a HBO cortou orçamentos em algumas outras. Seria esse, o colapso do streaming? Não exatamente.
Em pesquisa encomendada pela Rocket Lab, esta receita de mais de US$ 7 bilhões deve dobrar até 2027, afirmam as expectativas. Mas é aí que entram as mídias físicas!
Com muitos cortes de gastos, alguns filmes saem dos catálogos, ou recebem versões exclusivas para bluray, e assim por diante, o mercado das mídias tradicionais vão crescendo, de pouco em pouco.
Christopher Nolan, diretor de “Oppenheimer” — Foto: Divulgação
Christopher Nolan, diretor de filmes como “Oppenheimer”, “O Cavaleiro das Trevas” e “Interestelar”, é um dos grandes nomes da indústria, e defende com unhas e dentes, a mídia física. Em entrevista recente, o diretor do filme que conta a história do criador da bomba atômica, afirmou estar trabalhando em uma versão física para “Oppenheimer”: “Para que nenhum serviço de streaming malvado possa tirá-lo de você”, brincou o diretor.
Uma coisa é certa: os streamings tem sim um grande público, pela facilidade e comodidade, mas só uma boa mídia física tem a magia que só quem viveu sabe!