Cidade do Triângulo Mineiro quer se transformar no Parque dos Dinossauros do Brasil

Sabe aquelas visitas chiques, tipo das ONU? Então, Uberaba tá toda se achando! A cidade está esperando umas feras da UNESCO, prontinhas para avaliar se a cidade pode se tornar um tal de Geoparque. Aí você me pergunta: “Mas o que diabos é um Geoparque?” Calma, meu chapa, que a gente explica direitinho!

Então, afinal, o que é um Geoparque? Bom, os Geoparques, segundo a galera da UNESCO, são lugares com pedras, fósseis e histórias geológicas mais legais que estampa de camisa havaiana. E não é só sobre pedras! Tem a ver também com a cultura local e com tudo de legal que a região pode oferecer para turistas.

Uberaba tá querendo o quê com isso? Basicamente, Uberaba tá de olho no sucesso! Imagina só a cidade bombando de turistas, novos investimentos e aquela levantada básica na economia local? Seria o “boom” do momento, ou, como diria o Cássio Facure da Fundação Cultural de Uberaba, a oportunidade de ouro.

Uberaba tem plano? Claro que sim! Uberaba quer mostrar que é a “Terra dos Dinossauros do Brasil”, graças à paleontologia em Peirópolis; a “Capital Mundial do Zebu”, por causa da pecuária chique local; e o “Local onde Chico Xavier mandou seus alôs espirituais”, já que o Chico era figura carimbada por lá.

E a visita da UNESCO, como vai ser? Os doutores Artur Sá (Portugal) e César Goso (Uruguai) vão dar uma volta por Uberaba, conhecer tudo e avaliar o projeto. E se eles gostarem do que virem, Uberaba entra no clube vip dos Geoparques.

E depois? Uberaba vai ser Geoparque para sempre? Quase isso! O título dura 4 anos. Depois disso, tem que passar por uma espécie de “revisão de carro”, para ver se tá tudo nos trinques.

E o Brasil, já tem outros Geoparques? Já sim! São 5 ao todo, com destaque para Caçapava do Sul e Quarta Colônia, lá no sul do país. Mas, se Uberaba conseguir, será a primeira estrela de Minas Gerais e da Região Sudeste a brilhar no mapa dos Geoparques.

E aí, tá ansioso para ver Uberaba no topo? A gente também! Enquanto isso, que tal preparar as malas? Quem sabe você não é o próximo turista a desembarcar por lá?

Ah, Uberaba! Aquela cidade mineira que parece ter saído de um conto encantado. Situada no famoso Triângulo Mineiro (e não, não estamos falando de uma figura geométrica que decidiu viajar), esta cidade fica a uma distância que podemos chamar de “um pulinho” de 481 km a oeste da capital, Belo Horizonte. Com uma extensão de mais de 4.500 km², imagine só quantos campos de futebol caberiam aí? E falando em números grandiosos, Uberaba não brinca em serviço: abriga mais de 330 mil uberabenses, o que a coloca no sétimo lugar no pódio das cidades mais populosas de Minas!

E o nome, “Uberaba”? Soa exótico, não é? Vem da língua geral e significa “águas cristalinas”. Mas, entre nós, acho que eles estavam tentando dizer: “Venha nos visitar, temos as águas mais instagramáveis do Brasil!” Brincadeiras à parte, esse nome tem uma vibe bem século XVIII e é uma ode às nascentes encantadoras da cidade. Crescendo entre histórias, festivais e uma cultura rica, Uberaba é aquele lugarzinho em Minas que, além de pão de queijo e doce de leite, serve também um prato cheio de aventuras e descobertas!

Já nos anos 1940 e 1950, Uberaba estava a todo vapor! Em 1947, o Professor Mário Palmério achou que a cidade precisava de mais sorrisos e fundou a Faculdade de Odontologia do Triângulo Mineiro. Quer mais? A Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro chegou em 1954 e, de tão popular, foi “promovida” a Universidade Federal do Triângulo Mineiro em 2005.

Falando em saúde, em 1957, a “Dona Cida”, ou Aparecida Conceição Ferreira, abriu o “Hospital do Fogo Selvagem”, que se tornou referência nacional! E em 1959, Uberaba recebeu um ilustre residente, o médium espírita Chico Xavier. E sabe, ele gostou tanto da cidade que resolveu ficar por lá para sempre, estando sepultado na cidade desde 2002.

Em 1961, Uberaba comemorou com a pavimentação da BR-050 até a divisa São Paulo-Minas. E, claro, nos anos 70 e 80, foi a vez dos primeiros Distritos Industriais chegarem para dinamizar a economia local. Se você é fã de história pré-histórica, ah! Uberaba tem uma surpresa! Em 1992, no distrito de Peirópolis, foram inaugurados o Centro de Pesquisas Paleontológicas “Llewellyn Ivor Price” e o Museu dos Dinossauros, com fósseis tão antigos que farão você se sentir um adolescente novamente.

Em 2007, a cidade, já com muita história e tradição, resolveu declarar oficialmente sua devoção à Nossa Senhora da Abadia, tornando-a a padroeira da cidade.

Hoje em dia, Uberaba não para de crescer e se desenvolver. Centro comercial vibrante, parque industrial diversificado e uma estrutura de ensino robusta, tudo isso faz com que Uberaba seja o coração pulsante do Triângulo Mineiro.

E, se você é fã de documentos históricos, Uberaba tem um baú cheio deles! Desde a transferência do Triângulo Mineiro à Capitania de Minas Gerais em 1816, até a criação da vila em 1836. É história que não acaba mais!

Ah, sobre o clima? Uberaba sabe como surpreender. Em 1981, os termômetros bateram incríveis −2,2 °C, mas em 2014, a cidade decidiu caprichar no bronzeado com 40,7 °C. Sem falar na chuva de 160,8 mm em um único dia em 2016. Se tem uma coisa que Uberaba ensina é a esperar o inesperado!

E aí, pronto para dar um pulo em Uberaba e mergulhar na rica tapeçaria de histórias, ciência, fé e progresso?

Mas, peraí, que tem mais!

Fóssil de 85 milhões de anos é achado no Triângulo Mineiro, a 154 km de Uberlândia

O fóssil de um crocodilo de cerca de 80 milhões de anos foi apresentado nesta sexta-feira (14), no Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba. Batizado de Caipirasuchus mineirus pelos pesquisadores, o esqueleto completo do animal foi encontrado na região de Honorópolis, município de Campina Verde, em 2014.

De acordo com o geólogo da UFTM, Luiz Carlos Borges Ribeiro, restos de Caipirasuchus já tinham sido encontrados no estado de São Paulo, mas o novo fóssil descrito representa uma nova espécie e é a primeira encontrada em Minas Gerais.

Fotos: Luís Adolfo – UFTM

Diferente dos crocodilos atuais, o fóssil tem um esqueleto articulado e possuía hábitos terrestres e um andar ereto, o que significa que era erguido do chão, similar ao andar de um cachorro. O esqueleto tem cerca de 70 centímetros (cm) de comprimento, com o crânio de formato triangular dotado de dentes adaptados a uma alimentação herbívora-onívora – dieta que inclui alimentos de origem vegetal e animal.

Em artigo publicado na revista científica internacional PeerJ, os pesquisadores explicam que o fóssil tem 90% do esqueleto praticamente completo e articulado, com muitos dentes bem preservados. Segundo Ribeiro, o fóssil foi preservado durante todo esse período, entre outros fatores, em virtude da salinidade da água na região.

“O animal morreu próximo a um corpo d’água, na margem de um rio e durante uma enchente, ele foi sepultado por camada de areia, cascalho e sem muita movimentação – o que era areia e lama se torna rocha e o osso é substituído por calcário, o que permitiu que o animal ficasse guardado como se fosse em um cofre”, explicou.

A região do Triângulo Mineiro, onde o fóssil foi encontrado, é conhecida como a “terra dos dinossauros do Brasil”. Segundo Ribeiro, outros fósseis já foram encontrados na região de Campina Verde, que é considerada um sítio paleontológico de relevância nacional. “A região de Uberaba já é conhecida como a área que possui mais dinossauros encontrados no país, e, inclusive, movimenta o turismo local em torno dessa temática. É uma região muito rica, o problema é que muito mal conhecido porque ninguém procura”, disse.

Fonte: Agência Brasil