Médica goiana é premiada por estudo que relacionou Zika vírus e microcefalia

Um levantamento inédito que comprovou a relação entre o surto de Zika Vírus com bebês nascidos com microcefalia no nordeste do Brasil, realizado pela médica goiana Celina Turchi e indicado pela Fundação Oswaldo Cruz, foi o vencedor da 17ª edição do Prêmio Péter Murányi. O estudo também apontou a relação do vírus com o aumento da mortalidade de fetos.
Celina Turchi formou-se pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 1981 e é irmã da presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), de Maria Zaira Turchi. Além da formação em uma academia aqui de Goiás, Celina possui mestrado em epidemiologia pela London School of Higiene & Tropical Medicine/UK e doutorado pelo Departamento de Medicina Preventiva da USP. Atualmente Turchi é infectologista da Fundação Oswaldo Cruz, em Pernambuco.
Segundo a presidente da Fundação Péter Murányi, Vera Murányi Kiss, estudos como o da médica goiana revelam a importância do trabalho dos pesquisadores brasileiros para preservar o futuro das próximas gerações.
Os resultados obtidos devido ao projeto permitiram que fossem criadas medidas de combate ao mosquito transmissor do Zika Vírus por parte do poder público. Como resultado, foram distribuídos repelentes para grávidas moradoras de áreas de risco – além do acompanhamento que foi oferecido para crianças portadoras de microcefalia.
O estudo foi o primeiro que traçou um paralelo entre a microcefalia e a infecção pelo vírus da Zika e acompanhou a gestação de mulheres de oito diferentes maternidades públicas de Recife. Todo processo se deu entre os meses de janeiro e novembro de 2016.
Ademais, o reconhecimento do trabalho de Celina Turchi foi além e ganhou reconhecimento internacional – ela foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, eleitas em 2017 pela conceituada revista norte-americana Time.
A cientista brasileira formou uma rede internacional com cerca de 30 profissionais de diversas especialidades e instituições, juntos no Microcephaly Epidemic Research Group (Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia), que conseguiu identificar a relação entre o vírus Zika e a microcefalia em tempo recorde: apenas três meses.

Foto de capa: Celina Turchi/Divulgação/Istoé.

Goiana foi eleita uma das personalidades mais influentes do mundo pela Time

Anualmente, a revista estadunidense ‘Time’ elege as 100 personalidades mais influentes do mundo. Neste ano, os brasileiros que figuraram na lista foram a médica goiana Celina Turchi e o jogador do Barcelona, Neymar.

A médica, natural de Goiânia, entrou pra história mundial da medicina ao descobrir a relação entre a microcefalia e o vírus da zika. Turchi foi reconhecida na categoria ‘Pioneers’ (Pioneiros, em português). Em dezembro de 2016, sua pesquisa teve notoriedade mundial pela revista ‘Nature’, quando apareceu no ranking dos 10 cientistas mais importantes do mundo.

“Turchi é apaixonada, motivada e um modelo de liderança global e de colaboração necessárias para a proteção da saúde humana.”, afirma na publicação o ex-diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), Tom Frieden.

Entre os pioneiros, a lista é liderada por Riz Ahmed, ator e cantor britânico, Samantha Bee, apresentadora de TV norte-americana focada na luta das mulheres, e pelo rapper Chance the Rapper, conhecido por disponibilizar os seus álbuns na Internet em vez de os vender.

Confira aqui a lista completa.

Sobre Celina Turchi
Celina Maria Turchi formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Goiás no ano de 1981, possui mestrado em epidemiologia pela London School of Hygiene & Tropical Medicine/UK e doutorado pelo Departamento de Medicina Preventiva da USP.

A pesquisa
Quando Celina e seus colegas começaram suas pesquisas o conhecimento sobre o zika era extremamente limitado, não havia consenso em relação à definição de microcefalia. “Nem em meu maior pesadelo como epidemiologista eu havia imaginado uma epidemia de microcefalia em bebês”, pontuou a pesquisadora à revista ‘Nature’.

Turchi integrou uma rede de epidemiologistas, pediatras, neurologistas e biólogos que levou a resultados “formidáveis”, que permitiu gerar evidências suficientes para ligar a infecção por zika e a doença no primeiro trimestre da gravidez.

Sua ação contrariou parte da comunidade médica, que não acreditava em sua tese.

5 mulheres que enchem Goiás de orgulho

Nesta quarta-feira (8) é celebrado o dia Internacional das Mulheres. Embora todo o dia seja dia da mulher, hoje o Curta Mais resolveu eleger 5 mulheres goianas que dão orgulho para o nosso Estado. Além disso, nossas musas eleitas mostram que lugar de mulher é onde ela quiser, seja na música, teatro, cinema ou fazendo ciência.

 

1- Carolina Ferraz

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Fina e inteligente, Carolina Ferraz é dona de um bordão atemporal que sempre lacra nas redes sociais. “Sou ricaaa” virou meme por causa de uma cena protagonizada por ela e o ator Edson Celulari na novela Beleza Pura, que foi exibida em 2008, na Rede Globo. Natural de Morrinhos , a 128 km da Capital, Ferraz é atriz e apresentadora de um programa de culinária que vai ao ar na GNT.

 

2- Marília Mendonça

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De Cristianópolis, a 86 km de Goiânia, para o Brasil, Mendonça virou fenômeno por causa de suas canções e músicas que abordam algumas realidades vividas em relacionamentos. Além de dona de um timbre vocal caraterístico, Mendonça é também compositora.

 

3- Ingrid Guimarães

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Figurinha carimbada nas telas do cinema brasileiro, Ingrid Guimarães é natural de Goiânia. Uma coisa é certa, se tem a atriz em novela ou cinema a risada é garantida. Para quem está com saudade de ver a humorista nas telinhas, aí vai uma boa notícia, Ingrid estará no elenco da novela Novo Mundo a próxima trama da Globo.

 

4- Cora Coralina

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Quando o tema é orgulho de mulheres goianas, é claro que não podíamos deixar de fora Cora Coralina. A poetisa ficou nacionalmente conhecida devido seus versos representarem um pouco da história de Goiás. Após sua morte, a casa de Cora foi transformada em Museu no qual até hoje são guardados diversos pertences dela.

Leia mais

 

5- Celina Turchi

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Quem foi que disse que lugar de mulher não é produzindo ciência? Para fechar a nossa lista com chave de ouro, a última selecionada é Celina Turchi. A professora aposentada da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi reconhecida em 2016 como uma das 10 cientistas mais importantes do ano. A revista incluiu a médica na lista de pesquisadores mundiais devido à investigação que relacionou a microcefalia em bebês à epidemia de Zika vírus.

 

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(Carolina Ferraz: Foto reprodução Instagram)

(Marília Mendonça: Foto reprodução Internet)

(Ingrid Guimarães: Foto reprodução Facebook)

(Cora Coralina: Foto: reprodução Internet)

(Foto Turchi: Carlos Siqueira/Reprodução UFG)