Como driblar o medo de ir ao dentista?

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Por Redação Curta Mais

Certas pessoas só de escutarem o barulho do “motorzinho” já ficam inquietas. Parece algo engraçado, mas é muito sério e comum, pois impede que o paciente cuide da saúde bucal e tenha sintomas como ansiedade, tremedeira e suor. A fobia de ir ao dentista tem nome e é conhecida como odontofobia. Segundo uma pesquisa realizada pela British Dental Health Foundation, 36% dos entrevistados afirmam que não se consultam com um dentista regularmente porque têm medo.

 

De acordo com a dentista Ilana Marques, da clínica IGM Odontopediatria, esse medo está relacionado algumas vezes a experiências pregressas ruim, que o paciente possa ter tido, onde algum tratamento possa ter sido feito sem a utilização de anestesia e por isto associam o barulhinho do motor a dor. Quando o paciente é bem anestesiado, ele pode ter uma experiência mais tranquila. O tipo de técnica anestésica e aparelho a ser usado para anestesiar também pode influenciar. A anestesia convencional requer do operador uma destreza e uma experiência grande para que seja realizada de forma indolor. E infelizmente nem todos profissionais possuem estas características. Uma outra possibilidade de uma anestesia sem dor é quando o profissional possui um aparelho chamado Morpheus que propicia uma anestesia computadorizada indolor e muito segura. Mas que poucos profissionais têm acesso. 

Em caso de crianças que nunca tiveram qualquer experiência, pode existir a princípio, o medo do desconhecido. Porém, hoje em dia, os odontopediatras são extremamente preparados para conseguirem fazer um excelente condicionamento psicológico, propiciando uma entrada com o pé direito da criança na rotina odontológica. 

“Hoje, a odontologia mudou e está cada vez mais moderna e avançada. E assim, para casos mais extremos de ansiedade que alguns pacientes possam ter, existe a possibilidade da sedação leve inalatória com óxido nitroso. Ela é amplamente usada nos países de primeiro mundo e está começando a ter seu uso  ampliado no Brasil. 

Alguns profissionais oferecem fones de ouvido e programas na tv para que o paciente possa se distrair e não ficar atento aos barulhos externos. Sendo o barulho e a dor um dos maiores culpados desse trauma, principalmente entre as crianças”, explica

 

Para evitar a odontofobia, a dentista aconselha que tudo que for realizado no paciente seja explicado, pois o medo do desconhecido, é um dos principais fatores entre os pacientes.  No entanto, ela alerta que, em alguns casos de síndrome do pânico ou fobia aguda, é preciso que a pessoa concilie o tratamento odontológico com a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra. “Até que o paciente supere esse medo, ele não conseguirá se submeter aos procedimentos bucais”, ressalta. Porém se necessária uma intervenção urgente, existe a possibilidade de se realizar o procedimento por meio de uma sedação moderada por meio de medicamentos que deixarão o paciente inconsciente e sem memória do que ocorreu. 

Na odontopediatria, a especialista reforça que a melhor maneira de trabalhar com as crianças é de forma lúdica. “Todo esse cuidado tem formado uma geração de adultos que não tem nenhum receio de ir ao dentista.”  Ilana também afirma que hoje a odontologia é uma área com enfoque preventivo, ou seja, à medida que o tempo passa, menos as pessoas terão necessidade de realizar procedimentos dolorosos e demorados.