Fumaça em Brasília: quais as causas e até quando vai o fenômeno
Fenômeno deve continuar nos próximos dias
Brasília amanheceu coberta por uma densa camada de fumaça no domingo (25), resultado de queimadas em outras partes do país. O fenômeno também foi observado em outras capitais do Centro-Oeste, como Goiânia, e do Sudeste, como Belo Horizonte.
Conforme o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF), a fumaça, que obscureceu marcos importantes como o Congresso Nacional, foi intensificada pelos incêndios no estado de São Paulo, sendo trazida por ventos favoráveis.
A seca prolongada em Brasília, com mais de 120 dias sem chuva, também agrava a situação. Este período sem precipitações é típico nesta época do ano na região central do Brasil. A baixa umidade facilita o surgimento de queimadas e mantém as partículas de fumaça suspensas na atmosfera.
O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta informando que a umidade em Brasília pode cair abaixo de 20% durante a tarde deste domingo, elevando os riscos de incêndios florestais e problemas de saúde para a população.
No sábado, bombeiros enfrentaram um grande incêndio em uma área de preservação da cidade, onde fica uma das nascentes que alimentam o Lago Paranoá. Este ano, de janeiro a julho, o Distrito Federal já registrou 3.368 ocorrências de incêndios florestais, segundo o CBMDF.
Até quando vai o fenômeno?
De acordo com a meteorologista Andrea Ramos, do Inmet, em entrevista ao Metrópoles, a fumaça deve persistir nos próximos dias. “As condições meteorológicas de baixa umidade, variação de temperatura e estiagem, que são comuns nesta época do ano, somadas à grande quantidade de focos de queimadas em regiões como São Paulo, Goiás e Amazônia, favorecem o transporte da nuvem de fumaça, trazida pelos ventos Sul e Sudeste, para a região central do país”, explicou a especialista.
Cuidados com a saúde
O Ministério da Saúde recomenda algumas medidas para se proteger da fumaça intensa e da neblina causadas pelos incêndios:
– Aumentar a ingestão de água e líquidos, o que ajuda a proteger o sistema respiratório.
– Reduzir, ao máximo, o tempo de exposição à fumaça, permanecendo em casa com ventilação adequada ou utilizando purificadores de ar.
– Manter portas e janelas fechadas para evitar a entrada de partículas no ambiente.
– Evitar atividades físicas nos horários mais críticos, especialmente entre 12h e 16h.
– Utilizar máscaras, lenços ou bandanas para proteger nariz e boca da exposição aos poluentes.
– Ter cuidado redobrado com crianças menores de 5 anos, idosos acima de 60 anos e gestantes.
*Com informações da Agência Brasil e Metrópoles
Foto: Agência Brasil