Nesta sexta-feira Goiânia registrou uma temperatura maior que a do deserto do Saara

Goiânia está mais quente que o deserto Saara

Kamilly Carvalho
Por Kamilly Carvalho
deserto Saara
Foto:reprodução/ acervo Curta Mais)

Goiânia está ficando cada vez mais quente, quebrando recordes de temperatura a cada dia que passa. Acredite se quiser, hoje (27/09) a capital goiana está mais quente do que a capital de um país que abriga parte do deserto do Saara. Segundo o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil), em Goiânia, a máxima prevista para hoje é de 40°C e a mínima de 24°C, enquanto em Rabat, capital do Marrocos, a máxima é a mínima marcam 24°C e 18°C, respectivamente.

O engraçado é que Rabat, apesar de estar situada na costa do Atlântico e próxima ao deserto do Saara, tem desfrutado de temperaturas mais amenas do que as de Goiânia. 

A capital de Goiás registrou em dois dias seguidos 23/09 e 24/09 uma máxima de mais de 40°C, temperatura superior à medida na capital marroquina. Dessa forma, podemos identificar que a querida Goiânia enfrenta um calor ainda mais intenso do que cidades próximas ao deserto do Saara.

Rabat

Rabat é a capital do Marrocos e repousa nas margens do Rio Bu Regregue e do Oceano Atlântico. Os seus pontos de referência, que remetem à herança colonial islâmica e francesa, é o que tornam essa cidade tão única e reconhecida, entre eles se destaca o Casbá dos Udaias. Este forte real da era berbere está rodeado de jardins formais projetados pelos franceses e tem vistas sobre o oceano. Já a icônica Torre Hassan, um minarete do século XII, eleva-se sobre as ruínas de uma mesquita. 

Por que o Saara está ficando tão fresco?

O Saara, o maior deserto quente do mundo, tem mostrado sinais de transformação em algumas regiões, com o surgimento de lagos e áreas mais verdes. Mas isso não é nada bom e ocorre devido a uma combinação de fatores naturais e mudanças climáticas. Confira alguns dos motivos dessa mudança climática brusca do maior deserto do mundo.


  1. Mudança climática

O aumento da temperatura global está alterando os padrões climáticos, incluindo a quantidade e a distribuição de chuvas. Em algumas partes do Saara, essas mudanças têm provocado um aumento das precipitações sazonais, permitindo que a vegetação floresça temporariamente. Tudo isso colaborou para que um dos locais mais secos do mundo tivesse uma precipitação cinco vezes maior que a média de setembro. 

  1. Ciclo de mudanças naturais

O Saara já passou por ciclos de umidade e seca ao longo de milhares de anos. Durante o chamado “Período Úmido Africano”, há cerca de 10 mil anos, a região era muito mais verde, com lagos, rios e até fauna abundante. Alguns estudos publicados como o da revista Nature Communications em 2019 examinou a possibilidade de que, com as alterações climáticas globais, o Saara possa ter períodos de aumento da precipitação. Isso está relacionado a variações nas correntes atmosféricas e oceânicas, que afetam a distribuição da umidade no norte da África, o que é exatamente o que está acontecendo agora.

 

  1. Lençois freáticos

Em algumas áreas, o lençol freático está mais acessível, facilitando a formação de lagos temporários, principalmente após chuvas intensas e raras. Isso permite a criação de pequenos oásis de vegetação que, embora passageiros, são impressionantes em um ambiente tão árido.

Embora essas mudanças tragam um cenário intrigante, é improvável que o Saara se transforme completamente em uma região verde, mas há cada vez mais áreas com pequenos sinais de vida vegetal e fontes de água inesperadas, novamente, o que não é motivo de alegria, pelo fato de ser algo inapropriado para esse lugar. 

 

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