Fim de uma era: Revista Playboy não terá mais ensaios nus

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque

A edição norte-americana da revista “Playboy” não vai mais publicar ensaios nus. Essa decisão anunciada nesta terça-feira, dia 13 diz respeito a novas reformulações, que serão feitas na revista devido à concorrência de sites e blogs pornográficos. Segundo os proprietários a internet tornou a nudez desatualizada e revistas pornográficas não são mais tão comercialmente viáveis. Portanto, a partir de março de 2016, a publicação não terá mais o nu frontal.

A circulação da Playboy caiu de 5,6 milhões em 1970 para os atuais 800 mil exemplares, segundo números oficiais. O site da Playboy já baniu a nudez, em parte, para dar-lhe o acesso a plataformas de mídia social como Facebook e Twitter. E sua popularidade aumentou, com a quadruplicação do tráfego na web.

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Os mais saudosistas vão lembrar que a proposta apresentada pela edição americana para o futuro da revista lembra o ensaio de Lucinha Lins, que posou em agosto de 1984 para celebrar o nono aniversário da publicação no Brasil.  Esse ensaio não tinha nudez explícita, apenas fotos sensuais.

Vale ressaltar que essa decisão, por enquanto se restringe à edição norte-americana da “Playboy”. A versão brasileira da revista, até segunda ordem, continua publicando os ensaios fotográficos com nudez.

Revista

Edição recorde de vendas: Feiticeira – Dezembro de 1999 – 1.247.000 exemplares.

História

Playboy é uma revista de entretenimento erótico direcionada para o público masculino. Foi fundada em 1953 por Hugh Hefner. A primeira edição norte-americana teve na capa a atriz Marilyn Monroe, sendo levada curiosamente às bancas sem número na capa da edição, pois seu criador não tinha certeza de sua continuação. Na época de seu lançamento, a revista destacou-se como pioneira na exibição de fotografias de mulheres nuas. 

No Brasil, a 1ª edição da Playboy chegou às bancas em agosto de 1975. Porém devido a Ditadura Militar que julgava o nome Playboy erótico demais, a revista teve que mudar o nome e foi batizada como A Revista do Homem.

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