Goianos elegeram cidade fascinante na Serra da Mantiqueira como opção apaixonante para viagem a dois

Campos do Jordão tem clima ameno e excelentes opções de hospedagem, gastronomia e passeios ao ar livre

Fernanda Cappellesso
Por Fernanda Cappellesso
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Campos do Jordão é um município na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil. A cidade  faz parte do estado de São Paulo. Faz parte da recém-criada Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, sub-região 2 de Taubaté. O local se destaca pela arquitetura de estilo suíço e  pelo Parque Estadual de Campos do Jordão. 

O parque fica a nordeste da cidade e Abrange um terço do município. As florestas de pinheiros do parque e as montanhas abrigam  várias aves e animais em risco de extinção, incluindo pumas e jaguatiricas.

A cidade fica à altitude de 1.628 metros de altitude. É considerado o mais alto município brasileiro,levando em consideração a altitude da sede. Sua população estimada para 2021 era de 52 713 habitantes.

Campos do Jordão fica a 183 quilômetros da cidade de São Paulo, capital do estado. De Goiânia são 1.038 km. A distância de Brasília é de 1156 km.  Suas  principais vias de acesso são a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro e a Estrada de Ferro Campos do Jordão.

 Campos do Jordão é chamada de “Suíça Brasileira”, como estratégia de marketing, pela sua arquitetura tardia baseada em construções europeias e pelo seu clima mais frio que a média brasileira. Por isso, a cidade recebe maior quantidade de turistas tanto nacionais quanto internacionais durante a estação do inverno, especialmente no mês de julho.

 

É neste mês que acontece o Festival de Inverno de Campos do Jordão, que é um grande festival de música erudita do Brasil. O evento acontece anualmente, no Auditório Cláudio Santoro

Foi idealizado em 1970 pelo então secretário estadual da Fazenda, Luis Arrobas Martins e inspirado no Festival de Tanglewood. É considerado o maior festival de música clássica da América Latina.[ Em setembro, a cidade realiza o Festival da Viola.

 

Palácio Boa Vista 

Palácio Boa Vista em Campos do Jordão – Crédito:Governo de São Paulo

Campos do Jordão abriga o Palácio Boa Vista, detentor de um amplo acervo de arte nacional do período colonial e do modernismo, aberto à visitação pública. 

O Palácio Boa Vista é a residência oficial de inverno do governador do Estado de São Paulo. Localiza-se no bairro de  Alto da Boa Vista, na cidade de Campos do Jordão. Sua construção se iniciou em 1938, a pedido do interventor federal Adhemar de Barros, para servir então de residência oficial de veraneio, sendo concluída somente em 1964

Em 1970, o palácio seria declarado “monumento de visitação pública” e transformado em um centro de arte, sem prejuízo de sua finalidade precípua de sede de inverno do governo estadual.

O palácio abriga um precioso acervo artístico, constituído por obras de importantes nomes da arte brasileira, além de uma coleção de itens de artes aplicadas e artesanato. Anexa ao palácio encontra-se a Capela de São Pedro Apóstolo, projetada pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que abriga um acervo de arte sacra do período colonial e de artistas contemporâneos. O acervo do Palácio da Boa Vista é aberto à visitação pública e integra, em conjunto com as coleções dos palácios dos Bandeirantes e do Horto, o Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo de São Paulo.

 

Museu Casa da Xilogravura

Museu da Casa da Xilogravura é o maior museu brasileiro de xilogravura. Foto: Governo de São Paulo

A cidade Também abriga o maior museu brasileiro de xilogravura, o  Museu Casa da Xilogravura. É uma instituição privada sem fins lucrativos, mantida pela Editora Mantiqueira. Foi fundada em 1987 por Antonio Fernando Costella, com o objetivo de divulgar e preservar a história da xilogravura no Brasil. Conserva cerca de 2000 obras, de mais de 300 artistas brasileiros e estrangeiros. É o único museu em seu gênero no país.[2]

Encontra-se localizado em um antigo edifício, onde funcionou o Mosteiro de São João, erguido em 1928, no bairro de Jaguaribe, o núcleo histórico de Campos do Jordão. Mantém biblioteca e arquivo especializados em artes gráficas, promove exposições temporárias e eventos culturais. Por disposição testamentária de Antonio Costella, o imóvel e todo o acervo serão legados à Universidade de São Paulo após a morte do fundador.

Museu Felícia Leirner

O Museu Felícia Leirner é um museu a céu aberto. Foto: Governo de São Paulo

 

O Museu Felícia Leirner está localizado em uma área de aproximadamente 35 mil metros quadrados, em meio a um remanescente de Mata Atlântica, em Campos do Jordão (SP). O equipamento cultural divide o espaço com o Auditório Claudio Santoro[1], casa do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Atualmente, as instituições atuam com destaque em três frentes: Artes Visuais], Música e Ambiente.

Desde 2010, a gestão é realizada pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), Organização Social de Cultura, em parceria com o Governo do Estado.

 

Fábrica de Chocolate Araucária

Fabrica de Chocolate Araucária 

Quem visita a cidade não pode deixar de conhecer a Fábrica de Chocolate Araucária. No tour pelo local pode-se conhecer um pouco do processo de produção do chocolate e visitar o Museu do Chocolate.

 

Parque Estadual de Campos do Jordão

Horto Florestal em Campos do Jordão – Foto: Prefeitura Municipal

 

Outra parada obrigatória em Campos do Jordão é o Parque Estadual de Campos do Jordão. O local é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada na Serra da Mantiqueira e conhecido regionalmente como Horto Florestal, foi criado pela Lei Estadual nº 11.908, de 27 de março de 1941.

É um dos 29 parques do estado de São Paulo destinados à observação da natureza. Foi a primeira Unidade de Conservação a ser implantada no Estado de São Paulo, tendo sido o primeiro parque brasileiro a possuir um Plano de Manejo. 

Está localizado no Cone Leste do estado, no município de Campos do Jordão e se estende por uma área de aproximadamente 8 341 hectares. 

 Quem visita o local pode fazer uma das cinco trilhas auto-guiadas. São elas: 

 

  • Trilha da Cachoeira, caminho com 4 500 m, passando pelo córrego e cachoeira do Galharada e Estação de Truticultura e Salmonicultura do Instituto de Pesca.[4]

  • Trilha Quatro pontes, caminho com 1 000 m, com destaque para duas pontes pênseis.

  • Trilha do Rio Sapucaí, percurso com 2 600 m, observação das corredeiras do  Rio Sapucaí e araucárias centenárias.

  • Trilha celestina com 8 500 m de extensão, passando pela Mata Atlântica e Campos de Altitude chegando a uma altitude de 1 905, só pode ser percorrida com o acompanhamento de monitores.

  • Trilha dos campos, caminho com 3 000 m, acompanhando o vale do  Rio do Meio.

A cidade é um dos quinze e municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo governo do estado de São Paulo, por cumprirem os pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal nomeação garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. 

O município também adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância climática, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

 

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