Estudo revela que escrever à mão potencializa o cérebro e amplia a memória, superando a digitação

Escrever à mão impulsiona o cérebro, fortalece as conexões neuronais e aprimora a memória dos indivíduos, segundo a ciência.

Rodrigo Souza
Por Rodrigo Souza
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Foto: Pexels

No mundo moderno, onde as telas e teclados dominam a comunicação, o ato de escrever à mão está lentamente sendo relegado ao passado. No entanto, estudos recentes destacam os benefícios profundos que essa prática aparentemente simples oferece ao cérebro humano.

Contrariamente à crença popular, escrever à mão não é apenas uma habilidade arcaica; é um exercício cognitivo valioso que melhora a memória e a aprendizagem de forma que a digitação não consegue replicar. Continue a leitura até o final e fique por dentro deste assunto.

O Impacto Positivo no Cérebro

Pesquisas recentes, destacadas na revista Frontiers in Psychology, demonstram que escrever à mão desencadeia um aumento significativo na atividade cerebral. Ao traçar cuidadosamente letras e palavras, o cérebro é desafiado de maneira única, promovendo a formação de novas conexões neurais.

Em contraste, a digitação tende a ser uma atividade mais passiva, exigindo movimentos repetitivos dos dedos que não estimulam o cérebro da mesma maneira.

A Importância do Movimento Manual

O movimento das mãos durante a escrita manual é fundamental para seu impacto cognitivo. A ação de segurar uma caneta e formar letras, ativa áreas do cérebro relacionadas à coordenação motora fina e à memória muscular. Essa ativação sensorial é crucial para o processo de aprendizagem e retenção de informações.

Ao contrário do ambiente digital, onde a correção automática muitas vezes mascara erros ortográficos, escrever à mão exige atenção cuidadosa à forma e à precisão das letras. Esse nível de envolvimento mental é fundamental para o desenvolvimento da alfabetização e habilidades linguísticas.

Desafios da Aprendizagem Digital

O crescente uso de dispositivos digitais na educação levanta preocupações sobre os efeitos negativos na aprendizagem das crianças. Estudos sugerem que crianças que dependem exclusivamente de tablets para aprimorar suas habilidades de escrita podem enfrentar dificuldades com letras espelhadas, como ‘b’ e ‘d’. A falta de experiência prática na formação dessas letras pode prejudicar sua compreensão fundamental da linguagem escrita.

A pesquisadora do cérebro na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, Van der Meer, observa que os alunos que escrevem manualmente têm uma vantagem significativa. Eles experimentam uma conexão tangível entre os movimentos de suas mãos e a linguagem escrita, o que não é replicado ao digitar em um teclado.

O Papel Crucial na Sala de Aula

À medida que a tecnologia continua a avançar, o uso de caneta e papel está se tornando cada vez mais raro nas salas de aula. No entanto, pesquisas sugerem que escrever à mão durante as aulas pode melhorar significativamente a aprendizagem e a retenção de informações. Van der Meer enfatiza a importância de dar aos alunos mais oportunidades de escrever manualmente, destacando os benefícios duradouros dessa prática tradicional.

A Experiência do Estudo

Um estudo recente envolvendo 36 estudantes universitários examinou os efeitos da escrita manual e os da digitação na atividade cerebral. Os participantes foram solicitados a escrever e digitar palavras em uma tela sensível ao toque repetidamente. Utilizando uma caneta digital, eles formaram letras cursivas enquanto a atividade de seus cérebros era monitorada por uma rede de 256 sensores.

Esses resultados destacam não apenas a importância de escrever à mão no desenvolvimento cognitivo, mas também a necessidade contínua de integrar essa prática nas experiências de aprendizagem. Em um mundo cada vez mais digital, o ato aparentemente simples de escrever à mão continua a ser uma ferramenta poderosa para fortalecer o cérebro e aprimorar a memória.

 

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