Motoristas do transporte coletivo de Goiânia decidem entrar em greve

Paralisação deve começar na próxima sexta-feira (28/06) e deve atingir mais de dois milhões de passageiros

Rafael Vaz
Por Rafael Vaz
Greve de motoristas do transporte coletivo de Goiânia pode começar a partir da próxima sexta-feira. (Foto: CMTC)
Greve de motoristas do transporte coletivo de Goiânia pode começar a partir da próxima sexta-feira. (Foto: CMTC)

Os motoristas do transporte coletivo de Goiânia e da Região Metropolitana aprovaram indicativo de greve a partir da próxima sexta-feira (28/06). O impacto deve atingir mais de dois milhões de passageiros que utilizam o serviço. Os trabalhadores exigem reajuste salarial de 15%, além de um aumento de 20% no valor do auxílio-alimentação.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros (SET) apresentou proposta de 4,5% de aumento imediato e outros 2% em setembro. No entanto, os índices foram rejeitados pela categoria.

De acordo com o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e Urbano (Sindicoletivo), a negociação se arrasta desde o fim do ano passado. “A proposta apresentada não oferece dignidade à categoria, principalmente quando consideramos os subsídios recebidos pelas empresas por parte do governo do Estado e das prefeituras”, afirma o diretor da entidade, Sérgio Reis.

Caso as empresas não apresentem uma contraproposta, a paralisação será deflagrada a partir de meia-noite de sexta-feira. Procurado pelo Curta Mais, o SET informou que “vem se dedicando em incontáveis etapas da negociação coletiva para atender aos pleitos dos representantes sindicais, atuando com urbanidade, diálogo e absoluto compromisso com o trabalhador e com o passageiro”.

A entidade informou, ainda, que criou um comitê permanente de debates, envolvendo representantes das empresas de transporte e dos empregados, para tratar de assuntos de interesses comuns.  O SET também afirmou que os índices oferecidos estão “acima da média nacional e da inflação medida no período, a qual foi de 3,86% e se somado ao aumento concedido no ano passado, representa um acréscimo de quase 20% nos salários de todos profissionais da categoria”.