Barbie (2023): Deslumbrante Fantasia ou Fracasso Superficial?

Contrastes na Recepção de 'Barbie' (2023): uma obra-prima visual de Gerwig ou uma oportunidade perdida para explorar a complexidade da icônica boneca?

Fernanda Cappellesso
Por Fernanda Cappellesso
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O lançamento da adaptação cinematográfica “Barbie” (2023) gerou uma série de opiniões e reações divergentes. Com direção da notável cineasta Greta Gerwig e a performance envolvente da atriz Margot Robbie, o filme gerou um burburinho significativo na indústria e entre os espectadores.

Por um lado, alguns críticos elogiam o filme por sua abordagem inovadora do universo Barbie, misturando elementos da fantasia com discussões políticas e filosóficas profundas. O design de produção, descrito como “impecável”, conseguiu mergulhar o público no coração da Barbielândia, evocando os sonhos e imaginações das brincadeiras da infância. A trama também é elogiada por sua habilidade de equilibrar drama e humor, fornecendo uma visão crítica do capitalismo e do patriarcado através da lente única de Gerwig.

Dentre as performances dos atores, destaca-se a de Ryan Gosling. A polivalência de Gosling, que atua cantando, dançando e se emocionando, além de momentos de humor, foi apreciada por muitos espectadores e críticos. Ao lado de Robbie e America Ferrera, eles apresentam uma espécie de homenagem a Elton John, enfatizando a influência de “O Mágico de Oz” (1939) no trabalho de Gerwig.

No entanto, nem todas as opiniões foram positivas. O Globo, um veículo de comunicação respeitado, destacou que o filme poderia ser descrito como uma coletânea de piadas e ironias, uma crítica às mensagens propagadas pela boneca Barbie e seus derivados desde o lançamento da primeira boneca pela Mattel em 1959. O jornal argumentou que a produção teve um marketing excessivo, que acabou inflando as expectativas do público para o “primeiro live-action da Barbie”, tornando o resultado final decepcionante.

O Globo criticou ainda a abordagem do filme, que se manteve dentro de uma fronteira segura de críticas e reflexões, possivelmente devido ao envolvimento da Mattel como produtora. Além disso, personagens coadjuvantes foram pouco explorados, a história parecia superficial e a jornada de autoconhecimento de Barbie não foi totalmente bem resolvida, segundo o jornal.

Em resumo, a adaptação cinematográfica de “Barbie” (2023) tem sido um campo de batalha de opiniões contrastantes. Enquanto alguns aplaudem o visual deslumbrante e a abordagem corajosa, outros estão desapontados com a falta de profundidade na exploração dos temas e na complexidade dos personagens. A resposta final sobre o sucesso ou o fracasso do filme ainda está para ser decidida, mas uma coisa é certa: “Barbie” (2023) já causou um grande impacto na indústria cinematográfica e entre os espectadores.

 

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