Caso Choquei: entenda todos os detalhes do caso e veja o pronunciamento do jurídico do perfil

Ministro Silvio Almeida pede regulação de redes sociais após suicídio de Jéssica Canedo, vítima de fake news

Fernanda Cappellesso
Por Fernanda Cappellesso
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O caso de Jéssica Canedo, associado ao perfil “Choquei”, ganhou grande repercussão e levantou importantes debates sobre as consequências das fake news e o uso das redes sociais. Jéssica, uma jovem de 22 anos, foi vítima de uma notícia falsa divulgada pelo perfil de fofoca Choquei e outros, que a apontavam como novo affair do humorista Whindersson Nunes. Essa informação foi amplamente disseminada e provocou uma resposta negativa do público contra Jéssica, levando a ataques e ameaças.

Jéssica e Whindersson negaram a veracidade do material, e ela fez um apelo público para que os ataques cessassem, detalhando sua luta contra a depressão severa e os desafios de saúde mental que enfrentava. Infelizmente, na sexta-feira, 22 de dezembro, foi confirmado que Jéssica tirou a própria vida.

A mãe de Jéssica, Inês Oliveira, também havia feito um apelo público, pedindo que parassem com os ataques e as mentiras, destacando a grave depressão da filha. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e políticos como o deputado federal Nikolas Ferreira, reagiram ao caso, criticando a irresponsabilidade dos perfis de redes sociais e a falta de regulamentação das plataformas digitais. Ferreira anunciou que acionaria o Ministério Público contra os donos da página “Choquei”.

Por sua parte, o perfil Choquei, por meio de sua advogada Adélia de Jesus Soares, expressou pesar pela morte de Jéssica, mas se eximiu de qualquer culpa, apelando para a liberdade de expressão e o direito à informação. Apesar disso, o perfil foi criticado por internautas e por influenciadores como Felipe Neto por sua postura no caso e por não assumir responsabilidade pelo ocorrido.

Whindersson Nunes, através de sua assessoria, também lamentou profundamente o ocorrido e expressou solidariedade à família de Jéssica, condenando o linchamento virtual e o uso nocivo das redes sociais.

Regulação das redes

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida, se manifestou sobre a morte de Jéssica Vitória Canedo, uma jovem de 22 anos que cometeu suicídio após ser alvo de fake news. Almeida defendeu a regulação das redes sociais, destacando a irresponsabilidade das empresas que gerem essas plataformas e a necessidade de uma vida social minimamente saudável. Ele mencionou que este é o segundo caso de suicídio de uma pessoa jovem em menos de um mês relacionado à propagação de mentiras e ódio nas redes sociais, ressaltando a urgência de regulamentação como um imperativo civilizatório.

Almeida frisou a importância da regulação para a continuidade da democracia e apontou que a falta de ação das plataformas está ligada à monetização do sofrimento. Ele criticou a disseminação de conteúdos irresponsáveis e criminosos nas redes, que têm destruído famílias e prejudicado a vida social